Convosco quero
partilhar um tema mais ou menos consciente em cada um de nós, que desde muito
cedo, é difundido na nossa programação de vida, através de ensinamentos e
formatações e que de forma sutil vai provocando inúmeros estragos e
limitações…o medo!
De forma mais ou menos
consciente na vida de cada ser, o medo mostra-se integrado na programação de
vida, revelando sinais e propostas de melhoramento interno, que na grande
maioria das vezes, requerem níveis mais despertos de consciência e atenção,
para que sejam ultrapassados processos limitadores e limitativos do potencial
humano intrínseco a todos e a cada um de nós.
O ego, agente
regulador do processo individual de conhecimento e aprendizagem, permite
através do medo, julgar formas e acontecimentos, na procura incessante, nem
sempre descodificada, da ilusória sensação de proteção, aceitação e bem estar.
Dependendo da forma
como cada ser foi programado, através de um conjunto de vivências pessoais,
assim julga e interpreta, subjugado aos filtros criados que, no decorrer do seu
processo individual e coletivo de crescimento, foram sendo construídos e
estruturados.
O medo, torna-se assim
numa potente ferramenta de controle e condicionamento, que desde cedo, passou a
ser utilizado, como forma de dirigir e subjugar vontades em benefício dos
interesses próprios.
O medo, é no meu
entender o maior e mais difundido veneno, a antítese do nosso processo
intrínseco de evolução, que se encontra institucionalmente liberalizado e
disseminado pela grande maioria da população mundial.
O medo impede e castra
a capacidade de ação.
Tenho para mim uma
máxima de vida que diz: “No dia em que largarmos esta experiência terrena, e
ficarmos frente-a-frente com Deus, entenda-se a nossa consciência, Ele não nos
vai perguntar o que fizemos, mas antes, o que não fomos capazes de fazer!”.
E aqui, seremos
obrigados a entender, por força das circunstâncias, que por medo, muito deixamos
de fazer, hipotecando assim, esta maravilhosa oportunidade de vida.
E muitos, no seu
processo final de vida encarnada, deixam transparecer no olhar, o espelho da
alma, um sentimento de desperdício e frustração!
Quantos de nós
deixamos escapar uma determinada oportunidade, matando-a mesmo antes de nascer,
pelos filtros de medo e julgamento que nos impediram de agir?
Quantos de nós vivemos
vidas infelizes com elevados níveis de frustração, por não conseguirmos agir
escutando o nosso coração?Subjugados a padrões, com os quais não nos
identificamos, mas que ao abrigo de convenções estruturadas, com medo de quebrá-las,
não ousamos transpor?
Pois é MM∴ QQ∴ II∴, muito provavelmente
TODOS!
Mas já me darei por
feliz se pelo menos tiver despertado em vós, a necessidade de estarmos
permanentemente atentos e vigilantes aos acontecimentos condicionados pelo o
medo, que no meu entender, quando não devidamente descodificados, tornam-se
maior contradição do princípio orientador da nossa Ordem – o de nos cumprirmos
como homens e de trabalharmos a nossa pedra bruta, sem medo!
Tenho para mim uma
linha orientadora de vida que ensina. Quem olha para fora sonha, quem olha para
dentro desperta! E nesse sentido, vejo o medo como um filtro que nos impede de
despertar do percurso da ilusão, que nos impede de encontrar o caminho de volta
a casa!
Impede-nos de olharmos
a necessidade de aprimoramento interior de forma isenta e construtiva,
camuflando todo o processo evolutivo e isentando, de forma mais ou menos
temporária, as reais necessidades corretivas que a todos e a cada um de nós,
individualmente dizem respeito.
O adiar permanente da
necessidade de alinhamento com o MOMENTO PRESENTE, o único ponto da nossa
existência onde nos é permitido alcançar estados de consciência verdadeiramente
únicos e onde o medo não reside, conduz-nos a um constante sentimento de
frustração pela busca incessante de algo que não temos e que procuramos
alcançar mais na frente, aliando no tempo a expectativa de satisfação que teima
em chegar…
O passado, já passou é
por isso história, o futuro por ser uma expectativa é uma incógnita,
o momento presente, é assim chamado, por se tratar de uma dádiva… um
verdadeiro presente!
No MOMENTO PRESENTE a
expectativa de futuro não existe como tal o medo do que poderá vir a seguir,
deixa de existir
Pois é meus queridos
irmãos, vivemos identificados com a imagem cartoonesca do burrico que
se deixa conduzir pelo dono sem escrúpulos, com uma cana, um fio e uma cenoura
atada na ponta, que montado na garupa do pobre animal, acena a cenoura na
frente do burro, que, sem a poder trincar, motivado pelo medo de passar fome,
acelera o passo para a comer… e assim se perpetua um ciclo que alicerçado no
tempo, nos conduz com expectativa de momentos melhores… momentos esses que
nunca chegam, pois não estão na frente. Estão no momento presente. E enquanto
deste processo não estivermos conscientes, andaremos no encalço do inalcançável
Despertemos!
Foquemos a nossa atenção
no percurso pessoal de crescimento para que a todos nos possa despertar, a cada
momento, a permanente necessidade de crescimento, livre, ou cada vez menos
limitada, de barreiras que nos impedem de manifestar a magnitude do nosso
verdadeiro ser. Quer isto dizer, interpretemos a cada momento a necessidade de
nos ligarmos internamente, para nos mantermos alinhados na nossa própria
essência, através do foco e atenção.
Este é um trabalho
constante… parafraseando Jesus: “Orai e vigiai”
O nosso processo evolutivo,
quando vivido em verdade, requer a consciência permanente deste princípio. A
consciência do momento presente. Como a única porta de acesso e verdadeira
ferramenta evolutiva ao alcance de todo o Ser humano. É nele que a noção de
medo se desvanece, pois a expectativa do que vira a seguir, deixa de existir.
Procuremos
conscientemente a cada momento, viver libertos das amarras do medo, esse
potente veneno, antítese do verdadeiro crescimento humano.
Para finalizar,
gostaria de deixar-vos a referência a dois livros, que representam para mim a
estrutura do que acima convosco partilhei:
O Poder do Agora, de
Eckhart Tolle
As mensagens
escondidas na água, de Masaru Emoto
Se no primeiro livro
sugerido, que muito provavelmente alguns vós já leram, o título tudo diz, já o
segundo fala de um cientista que criou um aparelho capaz de tirar fotografias
as moléculas da água. Ele prova cientificamente, com resultados verdadeiramente
surpreendentes, reportados em diversas imagens fotográficas, que através de
emoções e pensamentos, é possível alterar a composição molecular da água.
Ora se identificarmos
que 80% o nosso corpo é composto por água, torna-se mais importante ainda
descodificar e trabalhar conscientemente as emoções que, tal como o medo, para
além de interferirem no equilíbrio mental, físico e espiritual, atrasam e
diminuem o potencial evolutivo do ser humano.
Compete-nos pois,
assumir o controle deste processo!
Mário Tomás – R∴ L∴ Loja D. Fernando II
(GLLP / GLRP)