A sentença “Ninguém pode
servir a dois Senhores” é parte de um preceito religioso ou regra de costumes,
às vezes usado pelos críticos da Maçonaria, quando a tratam como uma religião.
Tratam-se de críticas
desinformadas ou mal informadas.
A desinformação ocorre
quando se sustenta dogmas que impedem o pretenso crítico de ser um livre
pensador.
Por outro lado, há a má
informação.
Muitos equívocos
divulgados, até por Maçons, podem sustentar falsas criticas:
- Não existe “Casamento
Maçônico”. O que há é uma cerimônia de Reconhecimento Conjugal.
- Não temos, na
Maçonaria, nem sessão preta nem “Sessão Branca.” Existem Sessões Públicas.
- O Grande Arquiteto do
Universo não é nosso Deus. É um Princípio (início, razão, regra, fundamento)
Criador. Portanto, não é o Senhor dos Maçons.
A Maçonaria não é uma
religião, não presta culto a nenhuma divindade, não difunde entre seus membros
regras que garantirão o paraíso e muito menos obriga a todos seguirem uma mesma
liturgia religiosa.
Mas a crença em um Ser
Superior, tenha o nome que tiver, é obrigatória.
Pois, até mesmo o homem
mais primitivo reconhece sua pequenez diante da complexidade da natureza e
sente, em tudo que lhe rodeia, uma força que não consegue explicar e que lhe
causa profundo respeito.
Para nós, o título de
“SENHOR” não nos representa o respeito pela dignidade de alguém.
Mas sim ao nosso
comportamento diante de situações e escolhas que fazemos na vida.
A simbologia está
claramente expressa no Pavimento Mosaico: Podemos caminhar sobre várias
alternativas, mas, ao pararmos, estaremos onde escolhemos estar.
Caminhamos por estradas
tortuosas com entradas para as virtudes e vícios, verdades e mentiras, honra e
lubricidade.
A cada trevo há o desvio,
sempre voluntário e individual.
O resultado pode ser o
ponto final, onde nos relacionamos com o ambiente.
Esta sim será a relação
de senhorio.
Assim como nos feudos
medievais, as leis eram criadas por um Senhor.
Se ele for um bom Senhor,
haverá virtudes, verdades e honra em sua vida.
Mas, se houver vícios,
mentiras e libidinagem, estará sob o jugo da escravidão.
SOMOS NÓS QUE
DIRECIONAMOS NOSSA VIDA.
EM ESSÊNCIA, NOS TORNAMOS
NOSSOS PRÓPRIOS SENHORES, PELA CARTA DE ALFORRIA QUE NOS FOI DADA PELO SENHOR
DEUS, QUALQUER QUE SEJA A SUA DENOMINAÇÃO.
*ESTA CARTA DE ALFORRIA
CHAMA-SE LIVRE ARBÍTRIO.*
NASCEMOS LIVRES E DE BONS
COSTUMES.
MAS, DURANTE NOSSO
CRESCIMENTO SERÃO NOSSAS ESCOLHAS QUE NOS MANTERÃO OU NÃO NESTA CONDIÇÃO.
Em uma livre adaptação
maçônica da Lei, poderemos dizer:
- Ninguém pode servir a
dois senhores, porque não há de honrar um e enganar o outro, ou mentir para um
e dizer a verdade ao outro.
- Não se pode com a boca
falar o que fazer e com as ações contradizer sua própria fala.
O Verdadeiro Maçom não se
acovarda perante o desafio da sinceridade e da Transparência de seus atos para
subjugar suas ações ao agrado de grupos oportunistas.
O Verdadeiro maçom é LEAL
com sua consciência, o seu próprio *SENHOR*.
Não podeis servir à
Virtude e ao Vício...
A História se escreve
pela Virtude da Humildade e não pelo Vício das VAIDADES...
Sérgio Quirino M.'.M.'.