1. Um dos aspectos que se pode
observar (na Maçonaria) já há algum tempo, é a grande dificuldade que a Ord.’. possui
em conseguir reter os IIr.’. Assim (normalmente se procedem) as coisas, os
AApr.’. ingressam, permanecem por um bom tempo, possivelmente cheguem a
serem MM.’., mas então não continuam.
A princípio começam a faltar
frequentemente, então, no caso de ainda assistirem a Oficina o fazem mais
esporadicamente, não participam dos “Pós Reuniões”, não procuram constituir uma
amizade fora da Loj.’., e finalmente o indivíduo começa a se afastar.
2. Isto pode se dá por diversas
circunstâncias, e também dependerá de cada Loj.’.em particular. Entretanto,
alguns elementos que se devem levar em conta podem ser comuns a todas as Loj.’.
e na verdade a própria Ord.’..
3. A seguir incluímos aqueles
aspectos ou situações que consideramos de importância (a tal questão), embora
reconheçamos a limitação que desta análise em tratar de todas as situações
possíveis que poderíamos ter abordado. Também que os pontos detalhados são os
que podemos notar no geral em nossa Loj.’. embora, acreditem que também
poderiam ser notados em outras.
3.1. As Reuniões, no geral não
são atrativas. Resumindo a conversa, não é raro que certamente se irá ganhar o
“salário” [1].
3.2. O novo ou recentemente iniciado
necessita de estímulos de motivação e “fidelização” ou retenção, em relação à
Ordem.
3.3. Não se desenvolve no Ir.’. um
espírito autêntico de família.
3.4. As Conferências, Oficinas,
Pranchas, não contribuem a sua formação intelectual nem pessoal.
3.5. Não se emprega com um
“Plano da Docência” (maçônica) ou similar.
3.6. Os Mestres, e referências
da Loj.’. não comparecem frequentemente e se o fazem, não participam apresentando PPr.’.
etc. Não há exemplos aos quais espelhar-se.
3.7. O trato ou comportamento
nas LLoj.’. e fora delas não constitui um exemplo ao qual espelhar-se.
3.8. Não se realizam atividades
de expansão, colaboração, integração ou inserção na Comunidade.
4. Com anteriormente dito, não
desejamos esgotar a lista e nem as situações, e sim, assinalar aqueles pontos
que nos parecem mais importantes.
5. Neste sentido também
desejamos desenvolver cada um das situações listadas no ponto 3.
5.1. As Reuniões no geral não são
atrativas. Resumindo a conversa, não é raro que certamente se irá ganhar o
“salário”. (3.1)
As Reuniões são excessivamente monótonas.
Cumpre-se com o ritual de ler o balaústre anterior, a correspondência enviada e
recebida, tudo relevante ao conhecimento geral tal como iniciações, aumento de
grau, festejo de aniversário, etc.
Posteriormente circula a Bolsa de
Propostas e Informações, que nem sempre inclui alguma prancha interessante e
logo a Bolsa para o Tronco de Solidariedade. A palavra se concede e assim
termina a Reunião.
Nada especial acontece, é tudo muito
formal. O Ir.’. não percebe nada especial nem novo, tudo é excessiva ou
exclusivamente “administrativo”, previsível.
Embora sejamos conscientes da
importância do cumprimento do ritual, o que ocasiona este tipo de Reuniões é um
espectador um tanto aborrecido, sem surpresas, carente de atrativos.
Nossa posição é que todas e cada uma
das Reuniões devem ser únicas e singulares, devemos oferecer ao Ir.’. a
sensação de participar de uma verdadeira reunião de interesse e que, se
eventualmente não assistir, esteja perdendo algo relevante.
A apropriada mescla de temas,
variedade na quantidade e qualidade de pranchas e IIr.’.que as apresentem
contribuirão para melhorar o nível das Reuniões.
Por um lado, se isto se faz
fundamental, frequentemente ocorre que pranchas do IIr.’. Apr.’. e Comp.’. são
deixas sob o Malhete e não são lidas em Reunião alguma, com o conseguinte vem o
desgosto e a desilusão por parte do autor.
Embora exista a possibilidade que
algumas pranchas sejam lidas em Câmara, isso de modo algum substitui a
satisfação e o reconhecimento formal frente a toda a Loj.’. que o Ir.’. em
questão tem de apresentar sua própria prancha em sua Oficina.
5.2. O indivíduo recentemente
iniciado necessita de estímulos de motivação, “fidelização” e retenção em
relação à Ord.’. (3.2)
Em geral, o Apr.’. não recebe
uma formação apropriada apenas através da Câmara. Isso faz que a motivação pela
Ord.’. tenha um ponto excessivamente frágil ou débil no seu próprio início,
naquilo que faz o alicerce ou ponto de partida para a “formação” do Apr.’.
Por sua vez, no caso de se realizar a
Câmara, os temas desenvolvidos não têm uma ordem específica, tanto do ponto de
vista docente como tampouco maçônico.
Isto também tem haver com a ausência
de um “plano estratégico para o ano” do próprio Quadro da Loja, que vincule seu
plano com o aspecto de formação propriamente dita do recém-iniciado.
Na verdade pode ser dito que neste
ponto temos dois componentes, o primeiro relacionado com a motivação e
introdução à Ordem, e o segundo de uma (idealização e) execução continuada, já que
concatena aos conceitos de fidelização e retenção em si.
Este segundo conceito não é singular,
mas sim, refere-se a uma execução em distintos momentos (e situações), qual
influi em grande parte dos demais pontos que já apresentamos.
5.3. Não se desenvolve no Ir.’. um
espírito autêntico de família. (3.3)
O ponto anterior deve incluir
forçosamente uma relação da história e importância que teve a Loj.’. desde
seu princípio.
Se os AApr.’. não sabem muito
bem de onde vieram, será equivocada a ideia para onde toda a Ord.’. irá, e
mais particularmente a própria Loj.’., é muito provável que não lhes sejam
interessante se envolver e reconhecer efetivamente como um membro da Loj.’. de
um modo realmente comprometido e não apenas de um ponto de vista meramente administrativo.
A coleta e composição de informação
são neste caso um dos pontos críticos para assinalar aos novatos a importância
de sua Loj.’. em quais jornadas ela entrou, as personalidades que ali passaram
e também quem atualmente faz parte da mesma.
5.4. As Conferências, Oficinas e
Pranchas não contribuem a sua formação intelectual nem pessoal. (3.4)
Como dizíamos em um dos pontos
anteriores, as jornadas na Loja devem ser únicas e singulares do ponto de vista
de crescimento pessoal do Ir.’.
Um plano adequado e organizado
convenientemente de conferencistas deveria ser um tema mandatório a considerar.
E não se está referindo a um tema exclusivamente maçônico, e sim, a qualquer
tema ou situação (relevantes) da atualidade.
Também um ordenamento e sequencia
inter-relacionada das PPr.’. que se proponham e apresentem, de modo de a não se
perder uma continuidade.
Do mesmo modo, a participação da Loj.’.
em Conferências em outras LLoj.’. constitui-se em um elemento indispensável.
Embora entendamos que há uma grande
variedade de temas pelos quais os IIr.’. podem interessar-se, devemos lhe dar a
oportunidade de vinculá-lo com o melhor existente em nosso meio.
Acreditamos ser conveniente
considerar aqui o conceito de “benchmarking” que é um termo oriundo do
marketing, e que significa ou inculca a ideia de comparar-se sempre com um
padrão a seguir, um modelo a imitar ou uma posição a alcançar.
Assim então deveríamos avaliar qual nível nós deveríamos estar para que o IIr.’. sinta-se atraído e qual nós possamos estar à altura dos melhores conferencistas (sejam estes IIr.’. ou não, também devemos nos comparar com outras instituições que ofereçam debates, oficinas ou seminários sobre temas específicos a seus associados, terceiros, etc.). Contudo, o ponto anterior possa ser um conceito um tanto “técnico” em si mesmo.
Um ponto que consideramos essencial é
retomar o costume das Cerimônias Especiais, onde ao menos, poderíamos convidar
às cunhadas, sobrinhos, etc. De modo que estes também se sintam participantes
das atividades da Ord.’. [2] e, como em alguns
casos nos tem impelido a assistir, não com um conferencista em especial, e sim
com um grande espetáculo artístico para seus espectadores[3].
Naturalmente, o ideal seria que
pudéssemos oferecer digamos duas ou três Cerimônias Especiais abertas ao
público (a membros da família e terceiros) de modo a também nos inserir
(enquanto Maçons) na Comunidade. (ver ponto 5.8)
5.5. Não se emprega um plano de
docência ou similar. (3.5)
Este ponto é parte indivisível dos
outros, e essencialmente a “pedra angular” de todas estas reflexões.
Um plano que deve incluir os três
graus simbólicos de nossa Loj.’., e não exclusivamente aos AApr.’.
Estimando que todos fossem a uma nova
excursão pelas Câmaras, ao menos periodicamente.
5.6. Os Mestres, e referências
da Loja não comparecem frequentemente e se o fazem, não participam
apresentando PPr.’. etc. Não há exemplos aos quais espelhar-se.
Entendo que este é um ponto também de
primeira grandeza. A presença contínua dos MM.’. é um fato que induz ao
recém-chegado a analisar quem está presente, que atividade possui, qual modo de
proceder pratica, como poderá se fiar em seu desempenho dentro e fora da Ord.’.
etc. De modo que seja uma “referência” válida para o Ir.’. Apr.’. e também uma
opção adicional para suas consultas.
Em geral são muito poucos os MM.’. que
apresentam pranchas que acarretem o efeito de entender como puderam galgar ao
terceiro Grau, não há uma obrigação formal de apresentar PPr.’. e as
contribuições costumam ser pequenas (quando deveria ser justamente ao
contrário).
Embora geralmente nós estejamos
trabalhando no primeiro grau simbólico, somos observados como MM.’. MM.’. e
nosso compromisso deve ser maior.
Por outro lado, um exercício e
compromisso dos MM.’. deve ser também o de recompor todas as colunas da
Loja e ocupar-se de chamar e convidar novamente a assistir às Reuniões a
todos aqueles que possam estar ou não afastados ou que em ocasiões não assistam
por motivos profanos.
A ação anterior, naturalmente
beneficiará a Loja em si mesma, como também ao próprio M.’. que fazia
muito ou algum tempo que não comparecia. Afinal sentir-se querido, sentir-se
chamado por um Ir.’. fraterno sempre é reconfortante e gerará uma sinergia
especial, segundo nosso entender.
O fato qual ocasionalmente, ao
circular a Bolsa para o Troco de Solidariedade, algum Ir contribuem por
si e por algum outro Ir.’. cujo nome menciona[4]não substitui a
presença física na Loja.
5.7. O trato ou comportamento
nas LLoj.’. e fora delas, não constitui um exemplo ao qual espelhar-se.
(3.7)
O ponto fundamental de ser um homem
Livre e de Bons Costumes, como condição “sine qual non” conflita frequentemente
com as condutas dentro e fora da Loja os IIr.’. sejam estes de que Loja forem.
Escândalos em que nós vemos envoltos,
situações pessoais que circulam por ai etc., geram uma sensação de insatisfação
e de receio por parte do Ir.’. que, enfim sempre se vê afetado (em alguma
medida) pela ação de outro IIr.’.
Isto inclui também o comportamento, o
modo de falar usado e mesmo as intervenções dentro da própria Loja. Ou seja,
inclui tudo que suceder em nossa Ord.’. e fundamentalmente na vida profana.
Ante esta ou aquela circunstância
desejo me espelhar a esse ou aquele Ir.’. ou desejo tomar distância do
tema ou ato que se “circula”?
E eis-nos aqui, tratando de
desembaraçar tal circunstância.
Reconhecemos a dificuldade deste
ponto e que naturalmente não se pode “legislar” nem acordar nada em particular
sobre o mesmo, e muito menos corrigir a conduta do terceiro em questão, uma
proposta que fazemos é de assumirmos pessoalmente o compromisso de atuar da
melhor forma possível dentro e fora da Ord.’.
Não nos esqueçamos de que todos e
cada de nós um somos referência para aqueles que nos sucedem. Embora nem sempre
estejamos conscientes nem assumamos pessoalmente essa questão.
5.8. Não se realizam atividades de
expansão, colaboração, integração ou inserção na Comunidade. (3.8)
Este é um aspecto que devemos
considerar não somente a Loje sim o Oriente como um todo.
Estrategicamente desejamos sair da
Ord.’., também de sermos conhecidos e notados como entre outras coisas, uma
entidade de serviços a terceiros (sejam IIr.’. ou não)?
É nosso entender que este ponto em
particular pode ser atrativo e sedutor para os novatos e para os não tão novos
também.
Embora um plano estratégico
dependesse no geral do Oriente como um todo, de todo o modo temos em nossa Aug.’. e
Resp.’ Loj.’. Simb.’. como responsabilidade própria e de interesse de
terceiros, o “gerenciamento” de suas obras de filantropia e beneficência[5]. O qual de início
nos proporciona uma boa razão para sair à vida profana com um fruto e trabalho
direto de nossa Loja.
Com anteriormente dito, quisemos
desenvolver e compartilhar nosso entendimento em relação com um tema qual
sempre nos preocupou, qual é o da retenção (ou resgate) dos IIr.’. que por
diferentes motivos se afastam da Loja.
O tema não está esgotado, existem também
motivos psicológicos e pessoais que certamente também terão sua influência,
embora estes pontos excedem o alcance de nossos conhecimentos e formação
profissional.
Para expô-los na presente Pr.’. é
pretendido difundir na Loja nossas “rusgas” e “problemas” com o tema e nossas
ideias dos motivos que originam o abandono paulatino das LLoj.’. como
também o modo de enfrentá-los.
Valle de Buenos Aires
A los 22 días del mes de Diciembre de
2008, EV.
PD: esta es una Plancha Bi-nacional,
ya que fue pensada y ordenada en el V.’. de Asunción y finalmente escrita
en el V.'. de Buenos Aires
Fonte: http://rey-salomon.blogspot.com.br/2009/01/como-retener-al-hermano.html
[1]Os Graus acabam sendo concedidos por mera formalidade e não por real
mérito do obreiro.
[2] E de certo modo preparando novas gerações para a Ord.
[3]No original "sino con la Orquesta de Câmara dirigida por Don Luis
Szaran, que en esa jornada ejecutara temas de nuestro H.: Wolfgang A. Mozart.”.
[4]Isto serve para que também os AApr.’. que não compareceram, mas
que também compõem a Loj\tomem ciência da existência de outros IIr.’..
[5]No original “Cent.: Aug.: y Resp.: Log.: Aurora del Paraguay Nº 1, como
responsabilidad propia y hacia terceros, el “gerenciamiento” de la FUNDACIÓN
ESPERANZA.”
http://pedraoculta.blogspot.com.br/