SIGNIFICADO DA MAÇONARIA PARA O MUNDO E A HUMANIDADE: UMA REFLEXÃO


 

Gostaria de começar este artigo com a pergunta: Qual é o significado mais profundo da franco-maçonaria no desenvolvimento do mundo e da humanidade?

Desde o século XVI, que se tem pouco entendimento do verdadeiro significado da maçonaria. Ou seja, de que um templo deve ser construído de tal maneira que as suas proporções sejam um reflexo das grandes proporções cósmicas, que uma catedral deve ser construída de um modo tal que a sua acústica reproduza algo da harmonia das esferas.

O conhecimento dessa visão original foi gradualmente perdido. De tal modo foi assim, que, quando John Desaguliers reuniu a maçonaria na Inglaterra durante a primeira metade do século XVIII, já ninguém tinha um entendimento adequado do fato de que a palavra “maçonaria” tinha que ser tomada literalmente.

Ou seja, no sentido de realizar no mundo material o ofício do pedreiro praticante – aquele que construiu igrejas e templos e outros grandes edifícios de acordo com as leis cósmicas e incorporou neles proporções celestiais e não terrenas.

Esta intuição original foi gradualmente perdida.

Um significado e utilidade da maçonaria na evolução pressupõe a posse de uma ligação real com as forças e a maneira pelas quais os seres evoluem e progridem.

A alquimia hermética, enquanto processo de desenvolvimento da consciência, descreve – simbolicamente falando – a reunificação do Sol e da Lua em nós mesmos.

A Arte Real visa a reintegração microcósmica humana ou transfiguração, que eram ensinados no seio de irmandades gnósticas ao longo de mais de dois mil anos.

Nessas escolas, o iniciado procurava gradualmente alcançar uma consciência superior, sem a qual a vida do humano é vivida com a consciência incompleta.

Os ensinamentos que podemos estudar, por exemplo nas correntes de pensamento hermético, neoplatônico e no cristianismo gnóstico, cujas fontes escritas estão hoje amplamente disponíveis, nunca visaram o desenvolvimento do instinto de autoconservação e de autossobrevivência.

Pelo contrário, os seus ensinamentos centraram-se sempre no conhecimento claro e totalmente consciente da vida que flui do núcleo espiritual da vida humana.

Destes ensinamentos emerge de forma transversal uma lei universal, ensinada com roupagens diferentes em épocas e culturas distintas, relativamente ao desenvolvimento progressivo da consciência, que poderíamos resumir da seguinte forma: é precisamente o trabalho desinteressado de ajudar os outros a atingir a consciência superior, que mais contribui para o nosso desenvolvimento.

Esta é uma proposição aparentemente paradoxal: tudo o que um ser trabalha sem ter como objetivo desenvolver a sua própria consciência, ajuda-o a desenvolver a consciência.

Tomemos um exemplo comum. Um arquiteto constrói uma casa; ele não constrói essa casa para si, mas assume a tarefa de a construir por razões que nada têm a ver com ele. Agora tomemos outro caso – o de um homem de negócios, por exemplo. Ou o de um advogado. Este pode ter boas e nobres intenções no trabalho para os seus clientes – parte do seu trabalho pode muito bem ser altruísta, mas a verdadeira questão é ganhar a vida.

O que quer que se faça nos negócios meramente em prol de seus próprios meios de subsistência, na medida em que os negócios servem exclusivamente para esse fim, muita coisa se perde no caminho do ganho espiritual (na acessão que temos vindo a desenvolver).

E, por outro lado, tudo o que é introduzido no trabalho para um objetivo de serviço ao próximo em esquecimento de si mesmo, tudo o que está ligado aos interesses de outro ser humano – compreendido no seu sentido microcósmico de personalidade-alma-espírito, prepara a consciência para um processo realmente evolutivo.

E a Franco maçonaria? No impulso inicial, conforme é aludido nas narrativas fundacionais maçônicas, os seus membros recebiam uma diretriz categórica: constrói edifícios que não contribuam para a tua própria subsistência – que não possuam relação com nenhuma questão relacionada com a tua autoconservação e autoafirmação, seja em que âmbito for.

Entretanto muito do que sobreviveu da Maçonaria dos séculos passados são certas instituições de caridade – ou referência a elas. E embora as lojas tenham perdido suas raízes vivas na gnose, mesmo assim essas instituições caritativas são evidências de um humanitarismo que, embora vazio de substância real, ainda persistem e são cultivadas como uma tradição.

Atividade altruísta é, portanto, algo que pertence ao código genético da Maçonaria. A Maçonaria originalmente exortou seus membros a trabalhar a serviço da humanidade, a construir no mundo objetivo.

Estamos a viver atualmente uma época crítica, de máxima materialidade, e desumanidade. E a tarefa daqueles que compreendem e se reconhecem neste impulso, é possivelmente a de permear o mundo, na sua máxima densidade material, com o próprio espírito.

Por outras palavras, mais exatas: imaginemos que estamos a construir uma casa. Trazemos as pedras de uma pedreira, colocamo-las nas formas necessárias para a casa, e o edifício vai-se estruturando. O que estamos a juntar a essa matéria-prima obtida do reino mineral? Estamos a unir a matéria-prima ao espírito humano.

Todas as escolas dos mistérios das quais conseguimos conhecer algo, preocupavam-se em saber de que maneira pode um ser humano libertar-se da esfera gravítica do seu ego e elevar o núcleo da consciência a um plano de inteligência cognitiva, a ser capaz de agir desinteressadamente, com base numa nova consciência.

Muitos homens e mulheres que buscavam esses desenvolvimentos, procuraram ser realmente altruístas, de modo que tomaram medidas para impedir que os seus nomes passassem à posteridade.

Um exemplo disso é o da obra Theologia Deutsch, Theologia Deutsch ou Teutsch, conhecido também como Der Franckforter, é um tratado místico que se supõe ter sido escrito no final do século XIV por um autor anônimo, e que inspirou uma corrente espiritual renascentista da qual se julga que beberam personagens como Paracelso ou, posteriormente, no final do século XVI e inícios do século XVII, os autores dos Manifestos Rosacruzes.

Ninguém sabe quem o escreveu. Externamente, surge apenas a referência ao " homem de Frankfurt" e a indicação de que teria tomado todas as precauções para que o seu nome não pudesse ser descoberto.

Este exemplo, se efetivamente as suas motivações foram essas, testemunha de alguém que trabalhou de tal maneira que simplesmente adicionou algo ao mundo objetivo sem pedir honra ou preservação do seu nome.

Nas narrativas maçónicas que encontramos na obra do Cavaleiro Ramsay, Os Princípios Filosóficos da Religião Natural e Revelada: explicados numa ordem geométrica encontramos referência a essa noção que orientava os mestres construtores, cuja consciência já não é compatível com qualquer trabalho para si mesmo – incluindo honras e renome.

Neste contexto podemos entender por que é que os verdadeiros pedreiros livres procuravam, tanto quanto possível, fazer o seu trabalho no mundo de tal maneira que a sua identidade se ocultasse, se subsumisse, nas catedrais, nas instituições e nas organizações sociais, nas fundações de caridade.

Pois ainda estava presente de algum modo a noção de que as ações verdadeiramente altruístas – em absoluto esquecimento de si mesmo – são os verdadeiros fundamentos da imortalidade.

Essas ações não tinham que ser monumentais e espetaculares. Tratava-se nessas escolas “mistéricas” de conseguir uma transformação estrutural do veículo da consciência humana, de modo que este se tornasse capaz de uma nova atitude de vida: de uma vida irradiante em constante serviçabilidade em auto esquecimento.

Não se tratava nessas escolas de um cultivo da personalidade, ou de um refinamento das estruturas egocêntricas, mas de deixar de viver a partir de um princípio vital, natural, egocêntrico, e passar a viver de um novo princípio, de uma Alma Nova.

Uma boa ação pode ser muito egoísta e provir de uma necessidade psicológica de que o próprio mal tenha consciência. As boas ações surgem com extrema frequência de motivos egoístas.

Mas na Idade Média ninguém poderia dizer quem tinha construído muitas das catedrais ou pintado muitas das pinturas. Importava que os autores se apagassem completamente como personalidades e permitissem que o que eles fizessem vivesse apenas nas suas ações e nos resultados das suas ações.

E isso leva-nos ao coração dos segredos: O facto de alguma coisa em particular ser mantida em segredo é menos importante do que manter em segredo a própria parte do trabalho. Todo aquele que mantém em segredo a sua parte, trabalha na sua própria imortalidade.

As fraternidades gnósticas do passado tinham a percepção de que cada ser humano possui uma alma e um espírito. A alma e o espírito (a lua e o sol) são chamados a unir-se alquimicamente e a alcançar um dia os estágios mais altos de cura, saúde e perfeição.

Ou seja, aquilo que ajudassem a construir com a espiritualização do mundo, viria a tornar-se um dia no próprio conteúdo da sua alma – fosse uma catedral ou o que fosse.

Construir, neste contexto significava espiritualizar o mundo mineral: encarnar o Logos que forma o Cosmos. O que nós mesmos criamos no mundo é o que, através de nós mesmos, constitui o nosso ser futuro.

Somente através da conquista da atividade isenta de egoísmo será possível preservar a humanidade de se destruir num inferno de conflitos entre nações, estados, empresas, grupos de interesse, grupos religiosos, em suma: a guerra de todos contra todos.

Quando lemos as fontes maçónicas dos séculos XVII e inícios de XVIII percebemos que os autores estavam ainda relativamente cientes de que a Maçonaria deveria construir um edifício dedicado à Luz, portanto à Gnose e à superação do eu, que permitisse à humanidade não se afundar no caos.

A nossa época é profundamente marcada pelo intelectualismo. Uma época do egoísmo, portanto. O intelecto é egoísta no mais alto grau, e isso constitui a marca do nosso tempo e não se resolve rejeitando o intelecto. Pelo contrário: é necessário avançar através do intelecto até a espiritualidade.

E o segredo dos segredos é este: o ser humano deve aprender a silenciar o seu ego, e a considerar os seus atos, não o seu ego, como o critério. O verdadeiro coração do segredo está nas ações e na superação do ego através da ação.

O ego deve permanecer oculto dentro da ação. A eliminação do interesse próprio do ego do fluxo contínuo da ação é nisso que consiste teoricamente o primeiro grau: de aprendiz. Qualquer que seja a ação em que o ego incorra, desta forma é eliminado da ação.

Nação, etnia, género, posição, religião - tudo isso trabalha no egoísmo humano. Somente quando a humanidade transcender todas essas coisas é que será libertada do egoísmo.

Neste ano de 2022 observamos o desenrolar diante dos nossos olhos de guerras sangrentas, conflitos econômicos entre nações, guerras por exploração, grupos financeiros e multinacionais, alianças militares e conquistas geoestratégicas.

No meio deste panorama, toda a gente sabe, de forma impotente, que, através dos meios adequados, é possível realizar de forma cada vez mais eficiente o abrangente controlo de massas. É perceptível que está em curso um desenvolvimento cuja tendência não é que nos tornemos mais democráticos, mas que nos tornemos brutalmente oligárquicos, na medida em que o indivíduo ganhará cada vez mais poder.

Se o enobrecimento da consciência humana não for alcançado de forma perceptível, mesmo que por uma minoria, as forças mais brutais assumirão a liderança.

Rui Lomelino de Freitas

 

 

 

 

TRABALHO SOBRE A TERCEIRA INSTRUÇÃO APRENDIZ MAÇOM


 

Prezados Irmãos,

A terceira instrução do grau de aprendiz maçom, enfoca o desenvolvimento moral e espiritual dos iniciados na Maçonaria. Essa instrução orienta o aprendiz a refletir sobre princípios como, a crença no G.·.A.·.D.·.U.·. a importância do discernimento ético e da responsabilidade no uso da inteligência, bem como, o cultivo do amor ao próximo e do livre pensamento.

A instrução inspira os maçons a buscar constantemente o aprimoramento pessoal, onde ele possa contribuir para um mundo mais justo e compassivo, utilizando a força moral para o bem comum. Outro aspecto importante desta instrução é o cultivo da autodisciplina através da prática da meditação e da reflexão.

Com isso meus irmãos eu quero compartilhar uma experiencia sobre o aprendizado do livro O Milagre da Manhã, que propõe uma rotina ao acordar composta por seis práticas, dentre elas ressalto tríade, Silêncio, Afirmações e Visualização.

1. Silêncio: Dedique alguns minutos para meditar, orar ou simplesmente relaxar, limpando a mente e cultivando a sua paz interior.

2. Afirmações: Faça declarações positivas sobre si e suas capacidades para fortalecer a sua autoconfiança e promover uma mentalidade voltada a prática do bem.

3. Visualização: Imagine-se alcançando seus objetivos e aspirações, concentrando sua mente no seu propósito de vida, para fortalecer sua força espiritual.

Ela também, nos encoraja a desenvolver uma mentalidade de generosidade, voltada a Filantropia, que é uma qualidade essencial para o crescimento pessoal e a iluminação espiritual, pois é através desta instrução que, o aprendiz inicia uma jornada de excelência na vida moral, construindo um conjunto de princípios que orientam o comportamento humano em relação ao que é certo ou errado, bom ou ruim, com valores que irão influenciar as suas escolhas e as suas ações, geralmente derivadas de crenças religiosas, éticas, culturais ou filosóficas, isso nos permite sermos livres em nossos pensamentos, sem preconceitos e sem paixões irracionais.

“Meus irmãos, em minha casa, nos reunimos em família para estudar o livro da lei, pois entendo que é minha responsabilidade conduzir o presente que recebi de Deus, no caminho da retidão espiritual.”

Então, essa terceira instrução é um ensinamento especial, pois ajuda o maçom a se compreender e a encontrar a sua paz interior. É como um mapa que nos orienta a seremos melhores a cada dia, para viver uma vida plena e feliz. Ela também pode nos ajudar a ver as coisas de uma outra dimensão, para que possamos fazer sábias escolhas.

Uma frase famosa do psiquiatra austríaco Viktor Frankl diz: “Entre estímulo e resposta há um espaço. Nesse espaço está nosso poder de escolher nossa resposta. E é nela que reside o crescimento e nossa liberdade”.

Amados irmãos, por trazer tanto simbolismo, esse estudo me fez mergulhar e ressignificar semelhanças em outras tradições espirituais e filosóficas, tais como:

1. O Budismo, que na Terceira Nobre Verdade ensina a cessação do sofrimento, que pode ser alcançada pelo abandono do apego e do desejo, ela encoraja o indivíduo a cultivar a atenção plena e praticar o não apego, a fim de se libertar do ciclo de sofrimento e alcançar a iluminação.

2. O Taoísmo, correlata a terceira instrução ao enfatizar a importância de viver em harmonia com o mundo natural e ao cultivar o equilíbrio interior, seguindo os princípios de ação sem esforço e abraçando o fluxo da vida, com isso o taoísta pode se alinhar com o princípio fundamental que permeia o universo (Tao), experimentando uma sensação de paz e harmonia.

3. As Tradições Espirituais Indígenas, referem-se à terceira instrução aos rituais e cerimônias que marcam ritos de passagem ou despertar espiritual, com o propósito desconectar os indígenas as suas ancestralidades e o mundo natural, fortalecendo a identidade cultural, espiritual, promovendo um profundo senso de pertencimento e propósito na vida.

4. A filosofia do Yoga, no Terceiro Membro do Yoga (Asana), envolve a prática de posturas físicas que prepara o corpo para a meditação e o crescimento espiritual, levando a uma compreensão mais profunda de si mesmo e do mundo.

5. A Cabala, representada pelo terceiro estágio na Árvore da Vida, "Sephirah Binah", que é a manifestação divina do entendimento profundo e da sabedoria, fundamental na cosmologia de seus praticantes.

6. Enfim, o Cristianismo, declara esses ensinamentos quando Jesus faz o Sermão da Montanha. Nele, Jesus aborda temas como as bem-aventuranças, o amor ao próximo, a oração, a Confiança em Deus, o julgamento e a retidão. Ele ensina sobre viver uma vida centrada em princípios como humildade, amor, perdão e justiça. O Sermão da Montanha é considerado uma das peças centrais do ensinamento moral e espiritual para que possamos ter comunhão plena com o G.·.A.·.D.·.U.·.

Em resumo, a Terceira Instrução é um chamado à transformação interior, pois nos inspira a abraçar os valores maçônicos, nos guiando para uma jornada rumo à excelência moral e à realização pessoal.

Referências bibliográficas

Escola de Estudos e Instruções Maçônicas: Ritual do Grau de Companheiro Maçom. R.·. E.·. A.·. A.·., Vitória - ES, 2017

Livro Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Editora Sinodal/Editora Vozes, 2019.

Novo testamento: BÍBLIA, N. T. Mateus. In: Bíblia Sagrada. Tradução de Fernando. 3ª Edição. São Paulo - SP: Editora NVI, 2023.

Instrução ministrada em: 18 de abril de 2024

Trabalho apresentado em: 02 de maio de 2024

Ir.·. Givaldo Rodrigues Da Silva | Cadastro: 10389

Orientador 1º Vig.·. Ir.·. Ramon Barcellos

Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo

ARLS Cidade da Serra, N°95

NÃO COMPACTUAMOS COM ESSES PICARETAS


O Google está vinculando no blog propagandas vinculadas aos Illuminati.

Quero realçar que o nosso blog não compactua com esses trambiqueiros.

Já fiz uma denúncia formal ao Google solicitando, que esse tipo de propaganda, não apareça mais nas publicações.

Tentamos fazer um trabalho sério, e esse lixo denigre o mesmo.

Pedimos desculpas.

Um TFA. 

O MAÇOM NÃO NASCE PRONTO!


 

Ao ser iniciado, diz-se que o Maçom morreu para a vida profana e renasceu na Verdadeira Luz.  Obviamente, isso é uma simbologia e, o que ele era, continua sendo, com todo o seu potencial e cabedal que lhe pertencia. 

É provável ter sido notado e convidado por um Maçom, justamente, por possuir essas qualidades.  Não obstante, com toda carga de conhecimentos que possa ter, não está pronto como Maçom.  Vai aprender a sê-lo ao iniciar o desbaste da Pedra Bruta transformando-a em Pedra Polida. 

É o início da construção do seu templo interior.  Ele foi introduzido na Maçonaria e a Maçonaria terá de entrar nele.  É aí que vai começar a ficar pronto...

Antes de ingressar na Maçonaria, em sua vida normal, ele também não nasceu pronto e acabado.  O Homem nunca estará acabado, pois, consciente da sua evolução, jamais considerar-se-á terminado. 

Como tal, dentro da Sublime Ordem, o Maçom trilhará um caminho análogo, na tentativa de ficar pronto.  Recebe o desafio, que é o processo formativo da Maçonaria encaminhando-o, desde o Primeiro Grau, à uma coerência entre pensamento, palavra e ação. 

Não obstante, se o Aprendiz Maçom, estiver imbuído de indigência intelectual, dificilmente ficará pronto, muito menos acabado.

Quantas vezes nos vemos perguntando por que a gente não nasce pronto, já sabendo e dominando todas as coisas?  Quem sabe, no futuro, a tecnologia fará com que nosso cérebro, ainda como feto no ventre da Mãe, receba todo o conhecimento da Humanidade. 

Há quem diga que, no futuro, nem nasceremos mais, seremos fabricados.  “Amaremos os robôs assim como hoje nos apaixonamos por carros!”, diz Dadid Levy, cientista, especialista em inteligência digital.  Seremos robotizados.  Mas se isso acontecer, quais serão os objetivos da vida se já teremos o conhecimento de tudo?!  Utopia...

A Sublime Instituição proporciona meios de vencer as paixões ignóbeis que desonram o Homem e o tornam desgraçado; orienta na prática constante da Virtude, para socorrer os semelhantes em suas aflições e necessidades, direcionando-os à senda do Bem, tirando-os da prática do Mal e estimulando a fazerem o Bem, com exemplos de Prudência, Sabedoria, Tolerância, Justiça e respeito à Liberdade.  São exigências primordiais da Maçonaria que, para pessoas comuns, seriam qualidades raras, porém, para o Maçom, não passam do cumprimento elementar de um dever, pois ele é municiado de todos os elementos morais que vem a ser o ornamento do Maçom. 

A Maçonaria tenta moldá-lo como um perseguidor da sabedoria, da honra, da coragem, da disciplina, da obediência, da retidão moral, sem deixar de manter o seu dever, atitude e postura como cidadão que era antes de ser convidado para fazer parte.  Quando consegue, eis um Maçom pronto!

É necessário, no seio da Sublime Ordem, que o Maçom queira progredir, estudar, buscar a verdade para que haja a transformação do Homem que renasceu para o mundo. 

A Maçonaria oferece aos seus membros, através da História Simbólica, oportunidades de evolução para, com ela, transformá-los numa poderosa força do bem, tornando-se influentes construtores sociais em benefício da Humanidade. 

A História Simbólica é feita e combinada de tal maneira que a evolução das personagens indica, exatamente, a evolução do Homem Maçom.  Uma das maiores características do Maçom, que quer ficar pronto, é sua avidez por essa evolução, que o fará passar por vários fatores, como aprender, criar, inovar refazer, modificar, orientar, ensinar, tolerar que são o cimento místico na construção do seu templo interior. 

Com esse procedimento, se estiver preparado com toda imaginação e entusiasmo, ele ficará pronto, mas, como na vida lá fora, jamais estará acabado.  Sempre haverá algo mais a se buscar...

...sempre!

E. Figueiredo

Bibliografia:

   Cortella, Mário Sérgio – Não Nascemos Prontos!
      Ritual do Simbolismo Aprendiz Maçom - GLESP

(*) E. Figueiredo - é jornalista - Mtb 34 947 e pertence ao
CERAT - Clube Epistolar Real Arco do Templo/ 
Integra o GEIA –  Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas /
Membro da  Confraternidade Mesa 22, e é
Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos– 669 (GLESP)

UMA RESPOSTA AOS CRÍTICOS DA MAÇONARIA


 

Da Irlanda do Norte ao Irã, do Médio Oriente aos Estados Unidos, o extremismo religioso é uma força crescente em todo o mundo.

Assustados com o ritmo acelerado das mudanças sociais e culturais, especialmente com a aparente desintegração dos valores morais e a desagregação da família, algumas pessoas neste movimento procuraram refúgio na complexidade da vida moderna, abraçando pontos de vista absolutos e rejeitando a tolerância de outras crenças.

Respostas simples, fáceis e aparentemente estáveis trazem conforto num mundo em rápida mudança. Por exemplo, algumas igrejas têm respondido à angústia pessoal dos seus membros, fazendo um círculo com as carroças. Definindo estritamente os conceitos teológicos e insistindo para que os seus membros “purifiquem” a sua comunhão renunciando a outras crenças.

O passo seguinte – já dado por várias igrejas – é ceder graus de controlo dentro das suas fileiras a facções vocais que defendem pontos de vista extremistas. Estes grupos dissidentes concentram as ansiedades generalizadas da congregação em alvos específicos. A cura proposta é destruir o suposto inimigo. A Maçonaria tornou-se um destes alvos precisamente porque encoraja os membros a formarem a sua própria opinião sobre muitos tópicos importantes, incluindo a religião.

Assim, algumas igrejas expressaram preocupações e até condenaram a Maçonaria. Geralmente, estas ações são baseadas em mal-entendidos. Um caso em questão é o relatório de junho de 1993 apresentado à Convenção Baptista do Sul pela Junta de Missões Internas da Convenção.

Este relatório definiu oito alegados conflitos entre os princípios e ensinamentos da Fraternidade Maçónica e a teologia Baptista do Sul.

Vejamos brevemente essas áreas. como representativas do pensamento de alguns membros bem-intencionados, mas mal-informados da igreja hoje, e vejamos se as preocupações são reais ou simplesmente uma questão de desinformação ou mal-entendido.

A maior parte das questões tem a ver, de uma forma ou de outra, com a linguagem. Quase todas as organizações têm um vocabulário especial de palavras que são compreendidas pelo grupo. Não é apropriado que alguém fora do grupo, e sem o conhecimento especial do grupo, se oponha aos termos, a não ser que os compreenda completamente e porque são usados.

Se alguém quiser ler o Journal of the American Medical Association, por exemplo, está no seu direito – mas não tem o direito de se queixar de que os artigos utilizam termos médicos. Uma pessoa que leia um livro de receitas tem de saber que termos como “dobrar”, “bater a manteiga” ou “bola macia” têm significados especiais – ou fará uma confusão em vez de um bolo. Ele se aplica a um não Maçom que leia materiais maçônicos. Quanto à crítica à Maçonaria feita pela Convenção Baptista do Sul (que, aliás, tinha várias coisas positivas a dizer sobre a Maçonaria), aqui fica uma breve discussão explicativa de cada ponto.

1 – Porque não veem palavras específicas no seu contexto histórico, alguns críticos queixam-se do uso prevalecente na Maçonaria de títulos e termos ofensivos tais como Venerável Mestre para o líder de uma Loja. O líder de uma Loja Maçônica é chamado de Mestre da Loja pela mesma razão que o chefe de um grupo de escuteiros é chamado de Chefe de Escuteiros.

 

O líder de uma orquestra é chamado de Mestre de Concerto, ou um eletricista altamente qualificado é chamado de Mestre Eletricista. O termo surgiu nas guildas da Idade Média, quando o trabalhador mais hábil “- era chamado de Mestre. Muito do vocabulário maçônico data desse período. Venerável, em Venerável Mestre não tem nada a ver com adoração em qualquer sentido religioso.

 

Em termos maçônicos, venerável é um termo de honra e, neste sentido, é um termo ainda hoje usado em Inglaterra e no Canadá – para se referir a funcionários como presidentes de câmara de cidades. Venerável John Doe significa exatamente a mesma coisa que o Honorável John Doe.

 

Na mesma linha, o Presidente da Câmara de Londres é tratado como Venerável Lord Mayor. Não há, certamente, nada de irreligioso no uso de Venerável ou Lord. Tais termos são uma questão de história e tradição, não de religião.

 

2 – Alguns críticos da Maçonaria objetam ao que eles chamam de rituais arcaicos e ofensivos ou os chamados juramentos de sangue na Maçonaria. Não há nada de ofensivo nos rituais para quem os compreende. São antigos, não arcaicos, uma vez que muitos deles são tão antigos que as suas origens se perderam na história. Mas não há nada de mau nisso. A Declaração de Independência tem mais ou menos a mesma idade que o grau de Mestre Maçom, mas poucos se queixam de ser “arcaica”.

 

Os alegados juramentos sangrentos referem-se às penalidades associadas às obrigações maçônicas. Tiveram origem no sistema legal medieval de Inglaterra e eram punições reais infligidas pelo Estado a pessoas condenadas por se oporem à tirania política ou religiosa. As obrigações da Maçonaria não contêm qualquer promessa de alguma vez infligir qualquer uma das penas ou de participar na sua execução.

 Na Maçonaria, são inteiramente simbólicas e referem-se exclusivamente à vergonha que um homem de bem deve sentir ao pensar que quebrou uma promessa.

3 – Certos críticos afirmam que as leituras recomendadas para os Graus da Maçonaria são de origem “pagã”. “Pagã”. como eles estão a usar o termo, significa simplesmente “pré-cristã”. O objetivo principal da Maçonaria é o estudo da história intelectual e moral do homem com o propósito de nos desenvolvermos moral e intelectualmente.

 

Tal estudo tem de começar com os conceitos de homem e de Deus, tal como eram defendidos pelas culturas primitivas e evidenciados nas suas mitologias. Os gregos e os romanos, bem como os povos mais antigos, tinham muito a dizer sobre muitos temas, incluindo a religião.

 

A ideia de que um médico deve agir no melhor interesse do seu paciente vem do pagão Hipócrates e o conceito de que o Governo não pode entrar em nossa casa e levar o que quer por capricho vem do pagão Aristóteles.

 

Nenhum de nós gostaria de viver num mundo sem estas ideias.

 

Em quase todos os domínios – direito, governo, música, filosofia, matemática, etc. – é necessário rever o trabalho dos primeiros escritores e pensadores. A maçonaria não é exceção. Mas estudar o trabalho de culturas antigas não é a mesma coisa que fazer o que eles fizeram ou acreditar no que eles acreditavam. E nunca se diz a nenhum Maçom o que ele deve acreditar em questões de fé.

Essa não é a tarefa de uma fraternidade, nem de uma biblioteca pública, nem do governo. Esse é o dever da religião revelada de uma pessoa e é apropriadamente expressa através da sua igreja.

4 – Ironicamente, algumas pessoas reclamam do fato de a Bíblia usada na Loja ser referida como a “mobília” da Loja. Não há intenção de desrespeitá-la. De fato, é exatamente o contrário que acontece. Os maçons usam a palavra “mobília” no seu significado original de equipamento essencial.

 

Uma vez que nenhuma Loja se pode reunir sem um volume aberto da Lei Sagrada (que na América do Norte é quase sempre a Bíblia), a Bíblia é essencial e tem um lugar especial de honra como “mobília” de todas as Lojas regulares.

 

5 – O uso maçônico do termo “luz” é muitas vezes mal interpretado pelos não maçons. Esta confusão pode levar alguns a pensar que os maçons estão a falar de salvação em vez de conhecimento ou verdade. Em nenhuma parte do ritual maçônico a “luz” está implícita como significando algo diferente de conhecimento. A luz era um símbolo de conhecimento muito antes de ser um símbolo de salvação. A lâmpada da aprendizagem aparece em quase todos os cartões de formatura e diplomas universitários.

 

A maçonaria usa a luz como um símbolo da busca da verdade e do conhecimento. É muito improvável que um Maçom pense que a luz representa a salvação.

 

6 – A Maçonaria não implica que a salvação possa ser alcançada através de boas obras. A Maçonaria não ensina nenhum caminho para a salvação. Esse é o dever de uma Igreja, não de uma Fraternidade. O mais próximo que a Maçonaria chega desta questão é apontar para a Bíblia aberta, e dizer ao Maçom para procurar nela o caminho para a vida eterna.

 

A Maçonaria acredita na importância das boas obras, mas como uma questão de gratidão a Deus pelos seus muitos e grandes dons e como uma questão de responsabilidade moral e social individual. O caminho para a salvação encontra-se na casa de culto de cada Maçom, não na sua Loja.

 

7 – Vários críticos acusam os escritores maçônicos de ensinarem a “heresia do universalismo”. O universalismo é a doutrina de que todos os homens e mulheres são, em última análise, salvos. A Maçonaria não ensina o universalismo ou qualquer outra doutrina de salvação. Mais uma vez, essa é a área da igreja, não de uma fraternidade.

 

É preciso procurar muito para encontrar escritores maçônicos que “ensinem o universalismo”. Mesmo que encontrasse um, é importante lembrar que qualquer autor maçônico escreve apenas para si próprio, não como um Oficial da Fraternidade. A Maçonaria simplesmente não tem uma posição, oficial ou não, sobre a salvação.

 

Uma vez que homens de todas as crenças são bem-vindos na Fraternidade, os maçons têm o cuidado de não ofender a fé de ninguém. Possivelmente, isto em si mesmo pode parecer universalismo para alguns críticos. Os maçons chamam-no de cortesia comum.

 

8 – Alguns críticos, menos ansiosos por pôr em ordem a sua própria casa do que por encontrar defeitos nos outros, afirmam que a maioria das Lojas se recusa a admitir afro-americanos como membros. Atualmente, a Maçonaria não é uma organização só para brancos, como o demonstram as centenas de milhares de maçons negros, nativos americanos, hispânicos e orientais.

 

Os maçons hispânicos e orientais podem testemunhar isso. As petições de adesão não perguntam a raça do peticionário, e seria considerado completamente errado fazê-lo. 


Ao mesmo tempo, deve dizer-se que a Maçonaria, tal como a sociedade americana e as igrejas em geral, não tem vivido inteiramente de acordo com o seu elevado ideal de fraternidade ao lidar com os afro-americanos e outras minorias.

 

Esta é uma situação que a maioria dos maçons, tal como a maioria dos americanos, está a tentar ultrapassar. Há um cisma na Maçonaria que remonta a mais de 200 anos, quando os maçons do “Prince Hall”, que são afro-americanos, se declararam independentes. Este cisma é semelhante à divisão da Igreja Metodista Unida da A.M.E. C.M.E. e da Igreja Metodista Unida das igrejas A.M.E., S.M.E. e A.M.E. Zion ou dos Baptistas Nacionais dos Baptistas Americanos e do Sul.

 

Em cada um destes três exemplos, as organizações estão a trabalhar para reparar os danos de séculos de segregação. Para cada uma delas, a reunificação completa continua a ser um objetivo ilusório, dificultado pela resistência social de ambos os lados, mas não pelos ideais organizacionais.

No caso da Maçonaria, o reconhecimento mútuo entre as Grandes Lojas “negras” e “brancas” tem-se processado a um ritmo constante desde há quase dez anos, enquanto os membros afro-americanos são cada vez mais comuns em antigas Lojas “brancas”.

Por exemplo, na celebração internacional do 275º aniversário da Grande Loja de Inglaterra em 1992 (a mais recente reunião maçônica com aproximadamente a mesma dimensão da Convenção Baptista do Sul), havia muito mais negros presentes do que na Convenção Baptista do Sul em Houston em 1993. O movimento da Maçonaria em relação às questões raciais afirma a evolução genuína da Maçonaria com o resto da sociedade e igrejas americanas em direção a uma fraternidade genuína entre todas as raças.

Em resumo, analisando as preocupações levantadas no relatório, nenhuma delas são princípios e ensinamentos como o relatório afirma. Quatro das preocupações são meramente incompreensões do vocabulário maçônico por não maçons. A queixa de que alguns dos escritores cujo trabalho a Maçonaria estuda são pré-cristãos poderia ser levantada contra qualquer estudo do homem, Governo ou filosofia. Quase todas as áreas de estudo começam com os gregos antigos (pagãos).

Todos os membros da Fraternidade sabem que a Maçonaria não invade a área da Igreja para ensinar qualquer doutrina de salvação, nem o universalismo, nem a salvação pelas obras, nem qualquer outra. E a objeção de que a Maçonaria é uma espécie de clube só para brancos é refutada pela miríade de não brancos que usam o esquadro e o compasso.

A Maçonaria é simplesmente uma Fraternidade – uma organização de homens, unidos para se desenvolverem ética e moralmente, e para beneficiarem a comunidade em geral!

Tradução de António Jorge, M M


Fonte:Short Talk Bulletin – Vol. LXXII nº 11 – novembro de 1994

 

CISÃO DO GOB E A FORMAÇÃO DO COLÉGIO DE PRESIDENTES DA MAÇONARIA BRASILEIRA






Em março de 1973, realizaram-se eleições para os cargos de Grão-Mestre Geral e Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil.

O candidato de oposição, Athos Vieira de Andrade, obteve 7.166 votos, enquanto seu adversário, da situação, Osmane Vieira de Resende, obteve 3.824 votos. 

Embora a vitória da oposição tenha sido indiscutível, a comissão apuradora optou por anular aproximadamente 70% dos votos, sendo o equivalente a 85% dos votos para Athos Vieira e apenas 45% para o candidato da situação, sendo Osmane declarado eleito. 

Inconformados com a decisão, dez Grandes Orientes Estaduais, federados ao Grande Oriente do Brasil, desligaram-se deste proclamando-se Obediências autônomas e independentes, expondo as razões por que o faziam. 

"Iniciava-se uma nova jornada na Maçonaria brasileira e fixavam-se os alicerces para que outros Grandes Orientes Estaduais se orientassem pelos princípios federativos e constituíssem, primeiramente, um Colégio de Presidentes da Maçonaria brasileira, que evoluiu para a Confederação Maçônica do Brasil". 

Em 4 de agosto de 1973, fundou-se, em Belo Horizonte (MG), o Colégio de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira, congregando, então, as dez Obediências dissidentes, tendo por objetivo propugnar pela unificação da Maçonaria brasileira e estudar e divulgar normas que providenciassem a defesa e o progresso da Maçonaria. 

Foram fundadores do Colégio de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira os Grandes Orientes de São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio de Janeiro, então dissidentes do Grande Oriente do Brasil.

Alagoas, do Estado do Amazonas, da Bahia, do Ceará, Autônomo do Maranhão, do Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, Paulista, Independente da Paraíba, do Paraná, Independente de Pernambuco, Independente do Piauí, Independente do Rio de Janeiro, Independente do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Hoje, são vinte e cinco os Grandes Orientes Estaduais e do Distrito Federal que integram a Confederação Maçônica do Brasil - COMAB.

A COMAB, reúne-se ordinariamente no mês de agosto de cada ano, em uma cidade pré-definida no ano anterior, para tratar de assuntos de ordem interna, e de Eleição e Posse para a sua Administração; que se renova a cada ano, extraordinariamente tantas vezes quantas forem necessárias.

Na COMAB, podem funcionar lojas maçônicas trabalhando em vários ritos, para que pessoas de diferentes formações ideológicas, possam melhor entender a essência da maçonaria. E é no âmbito da COMAB, onde também funcionam dois dos mais importantes ritos maçônicos do mundo, que é Rito brasileiro e o Rito Moderno.

No Grande Oriente de Mato Grosso do Sul, funciona o Grande Capítulo Geral Para o Brasil do Rito Francês (Altos Graus ou Ordens Sapienciais do Rito Moderno); e no Grande Oriente de Minas Gerais, funciona o Supremo Conclave Autônomo Para o Rito Brasileiro (Altos Graus do Rito Brasileiro). No Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro (GOIRJ), funciona o Rito York (Americano) que é o mais praticado no mundo.

Os maçons deste mesmo Grande Oriente podem trabalhar nos Altos Graus do Rito York através do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco que possui carta constitutiva do General Grand Chapter of Royal Arch Masons International (GGCRAMI). 

E além desses ainda são trabalhados os Ritos AdonhiramitaEscocês Antigo e Aceito (O mais praticado no Brasil), Rito Escocês RetificadoRito Schröder e o Ritual de Emulação (Rito Inglês, conhecido erroneamente como Rito de York no seio do Grande Oriente do Brasil).

 

 

O HOMEM VITRUVIANO


 

O Homem Vitruviano de Leonardo Da Vinci é um estudo das proporções do corpo humano.

Uma das medidas mais importantes do Homem Vitruviano é a “Razão Áurea” ou “Divina Proporção”.

Razão Áurea (1:1.618) é um padrão que demonstra simetria perfeita.

O padrão se repete em toda a natureza incluindo o corpo humano.

O Umbigo exibe a razão áurea, a razão áurea está presente na face e também pode ser encontrada na mão.

Entretanto, a várias outras ideias em funcionamento no desenho de Leonardo.

Na história clássica o Círculo representa o mundo espiritual.

O Homem Vitruviano de Leonardo, o círculo também mostra Movimento.

As pernas formam um triângulo equilátero.

Nesta posição o centro exato do corpo é o umbigo.

Os dedos juntam-se a intersecção entre o círculo e o quadrado.

Isto de acordo com Vitrúvio e Leonardo, nos demonstra a relação entre o mundo físico e espiritual.

Na História Clássica do quadrado representa o mundo físico.

O quadrado também representa as 4 direções do vento, pois o quadrado também representa os 4 elementos:

• Terra
• Fogo
• Água
• Ar

Nesta posição o centro exato do corpo são os órgãos genitais.

O Comprimento formado pelos braços estendidos é igual a altura do homem.

A Régua abaixo do desenho, mostra as proporções do corpo humano.

• 4 dedos é igual a 1 Palmo
• 6 Palmos é igual a um Cúbito (Cúbito é a distância entre o cotovelo e o dedo médio).

Em suas anotações Leonardo afirma que 4 cúbitos é a altura de um Homem.

• A distância entre a sola do pé e o joelho, é de 1 Cúbito.
• Do Joelho aos órgãos genitais, a distância também é de 1 cúbito.
• Dos órgãos genitais aos mamilos, a distância é de 1 cúbito.
• Dos mamilos ao topo da cabeça, a distância é de 1 cúbito.
• A distância entre os ombros, também é de 1 cúbito.

O comprimento da passada de um homem também é igual a sua altura ou seja , 4 cúbitos .

O pé sozinho corresponde a 1/7 da altura do Homem .

A parte superior do braço corresponde a 1/8 da altura de um homem ou metade de 1 cúbito .

O tamanho da cabeça de um homem é de 1/8 de sua altura .

A Face é dividida em 3 partes , a testa corresponde a 1/3 .

Novamente ele afirma que a face é dividida em 3 partes , o nariz corresponde a 1/3

Mais uma vez ele afirma que , a face é dividida em 3 partes , sendo que a distância do queixo ao nariz corresponde a 1/3 .

O tamanho da orelha também é igual a 1/3 da Face .

O Comprimento da Face é de 1/10 da altura do Homem , que também é .... o tamanho da mão .

Estas teorias e medidas foram originalmente descobertas por um Arquiteto Chamado Vitrúvius.

Leonardo as estudou e encontrou uma maneira de expô-las em uma obra de Arte .

Você consegue encontrar estas medidas em teu próprio corpo .

Nota: Como foi registrado por Vitrúvius:

“Um palmo é o comprimento de quatro dedos

Um pé é o comprimento de quatro palmos

Um côvado é o comprimento de seis palmos

Um passo são quatro côvados

A altura de um homem é quatro côvados

O comprimento dos braços abertos de um homem (envergadura dos braços) é igual à sua altura

A distância entre a linha de cabelo na testa e o fundo do queixo é um décimo da altura de um homem

A distância entre o topo da cabeça e o fundo do queixo é um oitavo da altura de um homem

A distância entre o fundo do pescoço e a linha de cabelo na testa é um sexto da altura de um homem

O comprimento máximo nos ombros é um quarto da altura de um homem

A distância entre a o meio do peito e o topo da cabeça é um quarto da altura de um homem

A distância entre o cotovelo e a ponta da mão é um quarto da altura de um homem

A distância entre o cotovelo e a axila é um oitavo da altura de um homem

O comprimento da mão é um décimo da altura de um homem

A distância entre o fundo do queixo e o nariz é um terço do comprimento do rosto

A distância entre a linha de cabelo na testa e as sobrancelhas é um terço do comprimento do rosto

O comprimento da orelha é um terço do da face

O comprimento do pé é um sexto da altura”

Quem aprende convosco é...

REINALDO DE FREITAS LOPES - M.M.

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