I -
INTRODUÇÃO:
A Câmara de Reflexões é a verdadeira chave da
iniciação do neófito na Ordem Maçônica, tendo ela uma enorme importância para o
Maçom futuramente, pois é justamente nesse momento que o neófito reflete sobre
toda a sua vida profana e como deverá segui-la após adentrar na Maçonaria.
Em se tratando realmente do verdadeiro ponto
crítico da Iniciação, espera-se inspirar ao Candidato, dentro da Câmara de
Reflexões, sentimentos de profundo respeito que hão de levá-lo a entregar-se a
uma meditação profunda, através da qual o seu espírito purificado será levado a
compreender o valor das coisas terrenas e o valor inestimável dos bens
espirituais. Sem essa meditação em lugar tão apropriado, a verdadeira iniciação
torna-se irrealizável.
Encontramos também um ambiente sombrio, adornado
de emblemas fúnebres, destacando frases marcantes, no qual o profano faz o seu
testamento, a fim de lembrar ao Candidato a sua morte para o mundo profano e
que, purificado e regenerado, deverá começar uma nova vida.
Esse
cenário decifra para muitos profanos, como também para numerosos Maçons, que a
Câmara de Reflexões pode ter o objetivo de amedrontar o iniciante, provocando
nele terror físico, disso resultando, muitas vezes, situações constrangedoras e
não iniciáticas. Esta situação se agrava ainda mais quando o profano não é
devidamente instruído pelo Ir:. Experto.
No entanto, devemos nos apegar ao fato da Câmara
de Reflexões possuir toda essa carregada simbologia, mas no intuito de despertar
a reflexão profunda ao profano.
Ao entrar no prédio da loja, com os olhos
vendados, o candidato é recolhido à Câmara, e essa simbologia corresponde a
Terra, a qual, por sua vez, representa a materialidade.
II - FUNDAMENTOS DA CÂMARA
A Câmara de Reflexões é também o símbolo
manifesto de um estado de conseqüência equivalente, mas seu simbolismo não para
aí. É considerada como uma descida aos infernos, ou seja, aos lugares
inferiores, visto que, na Câmara de Reflexões o neófito é obrigado a descer em
si mesmo, entregando-se a uma introspecção muito importante.
Trata-se, portanto de um recuo, de um retrocesso
ou reflexão em si mesmo. Isso levou o simbolista francês Presigout a preferir
dar a esse local a denominação de Câmara de Reflexão, porque, diz ele, o
profano não se entrega a reflexões, mas opera sobre si mesmo uma reflexão, no
sentido de “inversão”, para poder nascer de novo.
E de fato, ao fazer passar o profano pela Câmara
de Reflexão, espera-se que o isolamento que ele vai se encontrar, a atmosfera
que nela existe e os objetos que nela se encontram, hão de concorrer para
levá-lo a novas descobertas e a proporcionar-lhe ensinamentos novos. Isso, sem
dúvida, há de ajudá-lo a realizar esse recuo sobre si mesmo, assim como um
corpo muda de direção depois de chocar-se com outro.
O choque de espírito contra a superfície
refletora da Câmara há de levá-lo a examinar as suas idéias, a compará-las e,
desse processo, há de resultar certamente um pensamento novo.
Existe também a idéia de que esse simbolismo
significa a posição de feto no ventre e constitui o tempo da gestação que
precede o novo nascimento. Esse ventre é comparado à Câmara de reflexão, aonde
o embrião se desenvolve. E pelo aspecto fúnebre entende-se como o significado
da morte do neófito na vida profana.
Pode-se entender, ainda, o aspecto de uma gruta
ou de uma caverna sombria, por simbolizar o centro da Terra, o seio da natureza
material, de onde vimos e para onde voltaremos, com o nosso físico dissolvido e
transformado em pó, o que é lembrado ao iniciante pelos despojos humanos nela
contidos.
Por seu isolamento e suas paredes negras, a
Câmara de reflexões representa um período de escuridão e maturação silenciosa
da alma, por meio da meditação e da concentração em si mesmo, período que
prepara o verdadeiro progresso, efetivo e consciente, que se manifestará
posteriormente à luz do dia.
A finalidade da Câmara de reflexões não é
infundir terror físico aos iniciantes, como infelizmente ainda alguns supõem.
Ao contrário, pretende-se criar um estado de espírito indispensável à
compreensão dos ensinamentos decorrentes do simbolismo e do esoterismo da
Iniciação Maçônica. A incompreensão dos elevados objetivos da Iniciação por
parte de muitos iniciadores faz, muitas vezes, abortar essa necessária predisposição
espiritual.
Ao fazer passar pela Câmara de reflexões o
profano, pretende-se mostrar que tinha chegado o momento de morrer para o
vicio, as paixões, os preconceitos e os maus costumes; para fazer-lhe
compreender que diante da morte desaparecem o orgulho e a ambição humana, e que
de nada valem o poder e as riquezas do mundo.
A permanência do iniciante na Câmara de
reflexões representa o período de gestação do Maçom, pois, ao morrer para o
mundo profano, ele prepara a sua mente e o seu espírito para o nascimento de
uma nova vida.
É
necessário que se conceda ao profano tempo suficiente para meditação frente aos
símbolos que se encontram na Câmara de reflexões, tendo-se o cuidado para que
nada venha perturbá-lo durante aquele período. Deve-se evitar a todo custo
fazer entrar dois profanos ao mesmo tempo na Câmara, sob o pretexto anti
iniciático de se ganhar tempo.
Os
profanos devem ser convidados a comparecerem com antecedência suficiente para
que cada um possa permanecer pelo menos meia hora dentro da Câmara.
III - DESCRIÇÃO DA CÂMARA
A Câmara de Reflexões é um cubículo que não deve
receber luz do exterior, sendo iluminada apenas por uma vela ou uma lamparina.
As paredes, forradas e pintadas de preto, ostentam várias inscrições e emblemas
fúnebres formando um conjunto.
Em
seu interior encontram-se uma mesa e um banco pequenos, um esqueleto humano ou
um crânio e ossos, enxofre, e outra sal e mercúrio, um pedaço de pão, uma bilha
d’água, uma campainha, papel e caneta.
Muitas
Lojas mais modestas, porém mais interessadas no estudo da doutrina e do
simbolismo maçônicos, representam tais objetos sobre um simples painel. Sobre
ele acham-se pintados vários emblemas: no alto, a palavra V.I.T.R.I.O.L.
(Visita Interiora Terrae, Retificandoque, Invenies Occultum Lapidem), que
significa: “Visita o interior da terra e, retificando, encontrarás a Pedra
Oculta”.
Logo
abaixo, um galo, uma bandeirola, na qual estão inscritas as palavras Vigilância
e Perseverança. No meio do quadro vêem-se uma ampulheta, uma foice, um crânio com
duas tíbias cruzadas.
De
cada lado, duas taças com os símbolos do enxofre e do sal marinho. O do enxofre
é um triângulo com vértice para cima e uma pequena cruz grega embaixo; o do sal
é um circulo atravessado por uma diagonal horizontal.
O
galo representa o Mercúrio e estarão pintados, por baixo de duas taças, de um
lado a bilha d’água e, do outro, o pão.
IV - AS CITAÇÕES DA CÂMARA DE REFLEXÕES
Sobre as paredes da Câmara de Reflexões há
inscrições, descritas abaixo, com a finalidade de levar o profano a encarar o
ato a que vai ser submetido, com a honestidade a que deve fazer jus.
· SE A CURIOSIDADE AQUI TE CONDUZ, RETIRA-TE
A Maçonaria não pode servir de campo
experimental para satisfação de uma simples curiosidade. Inteiramente dedicada
ao estudo de problemas fundamentais e de grandes ensinamentos, todo elemento
possuído por uma simples curiosidade, longe de lhe ser útil, seria um perigo.
Sendo
manifesto o desejo da Maçonaria de participar ao mundo a sua utilidade por meio
de sábios e discretos ensinamentos e por elevados exemplos, ela reprime a louca
afeição ao superficial, ao fútil, engrandecendo no homem o desejo de
instruir-se através de estudos sadios, sérios e proveitosos.
· SE TENS RECEIO DE QUE SE DESCUBRAM OS TEUS
DEFEITOS, NÃO ESTARÁS BEM ENTRE NÓS
O ensinamento que essa frase encerra é
fundamentalmente proveitoso. O homem não pode alcançar um grau de elevada
perfeição, senão pelo constante estudo de si mesmo e com o conhecimento mais
amplo de seus próprios defeitos, e, dessa forma, a Maçonaria exige de seus
adeptos uma recíproca advertência sobre si mesmos.
O
Maçom, para seguir o seu caminho de constante aprendizado, precisa
transparecer, sem receios, todos os seus defeitos, por mais amargo que isso
venha a ser, pois é através desta exteriorização que se pode lapidar a
verdadeira pedra bruta.
· SE FORES DISSIMULADO, SERÁS DESCOBERTO
A hipocrisia é uma das causas principais que
fazem progredir o mal no mundo, devendo o Maçom fazer sempre o possível para
desmascará-la, combatendo-a por toda a parte onde ela se encontre. Todo aquele
que finge, aquele que oculta, cedo ou tarde será desmascarado e seus vícios
expostos à luz do sol, à luz da verdade.
· SE ÉS APEGADO ÀS DISTINÇÕES MUNDANAS,
RETIRA-TE; NÓS AQUI, NÃO AS CONHECEMOS
A Maçonaria respeita as hierarquias do mundo
profano e as distinções sociais exigidas pela ordem social. No entanto, dentro
de seus templos, isso é desprezado pelo princípio da igualdade que deve reinar
entre todos os seres, sem mais distinções que as merecidas pela virtude,
nobreza e talento; da mesma forma em que os trabalhos dos Aprendizes Maçons
iniciam-se ao meio dia, fazendo com que os irmãos trabalhem sem fazer sombra
uns aos outros.
Esse sentimento de igualdade traz, por
conseguinte, uma evolução em conjunto muito mais forte e duradoura, fazendo com
que o sentimento de desprezo ou o próprio individualismo não sejam bem quistos
na Ordem Maçônica.
· SE TENS MEDO, NÃO VÁS ADIANTE
Embora a Maçonaria não pretenda despertar o
terror ao iniciante, essa inscrição existe para indicar que no momento de
perigo, o homem carente de fé e de valor, que se deixa dominar pelo terror e a
superstição, não consegue exteriorizar a sua pedra bruta.
O sentimento de medo faz com que o homem
bloqueie seu caminho a ser triunfado, inibindo a sua coragem, perseverança,
auto-estima, valor e fé, que é justamente o que o iniciante está precisando
exteriorizar nesse momento.
· SE QUERES BEM EMPREGAR A TUA VIDA, PENSA NA
MORTE
Sendo a morte o fim de tudo, a sua aproximação
será o castigo ou a recompensa da vida, de acordo com o emprego que lhe foi
dado e a direção que lhe foi impressa. O homem deve refletir sobre a morte para
assim valorizar e lapidar a sua vida. Sendo assim, o Maçom deve fazer de sua
vida um caminho laborioso, superando obstáculos, com a máxima valorização
intrínseca de si mesmo.
Pode-se entender, ainda, a morte, como sendo o
fim da vida profana e o nascimento na vida maçônica, na qual o iniciado começa
a glorificar a verdade e a justiça, levantando templos à virtude e cavando masmorras
ao vício.
V - O SIMBOLISMO DOS ELEMENTOS DA CÂMARA
A VELA
A Câmara de reflexões é iluminada apenas pela
luz de uma vela ou de uma lamparina. Há várias interpretações sobre este
símbolo. Pode ser a primeira luz da Maçonaria que o profano recebe, de início
fraca, para que o profano, através dos pensamentos que o ambiente lhe sugere,
possa acostumar a sua visão espiritual à luz deslumbrante das verdades que lhe
serão reveladas.
A luz dessa vela é o reflexo e a representação
da divindade no plano terrestre. É ela o único asilo seguro contra as paixões e
perigos do mundo e que proporciona o repouso, o discernimento e a luz da
inspiração, quando a Ela se recorre.
Esse clarão simboliza então a lâmpada da razão,
iluminando a Câmara que não é outra coisa senão o interior do homem, dando lhe
assim a esperança de um mundo novo e diferente, que se abre a sua frente, mundo
do qual ele não pode fazer uma ideia precisa, mas que na iniciação haverá de
descobrir.
O GALO
O galo representa o Mercúrio, principio da Inteligência
e da Sabedoria. Essa ave é, também, um símbolo de Pureza.
O Galo é um gerador da esperança, o anunciador
da ressurreição, pois seu canto marca a hora sagrada do alvorecer, ou seja, a
do triunfo da Luz sobre as Trevas. A sua presença na Câmara de Reflexões
simboliza o alvorecer de uma nova existência, visto que o iniciante vai morrer
para a vida profana e renascer para a vida maçônica, sendo ele o signo
esotérico da Luz que o Profano vai receber.
Também simboliza a Vigilância que o iniciado
deve manter relativamente ao papel que desempenha na sociedade. Também
simbolizado por forças adormecidas que a Iniciação pretende realizar,
esotericamente simbolizado pela “força moral”, indestrutível, guiando os passos
do Maçom dentro e fora do Templo.
A BANDEIROLA
Colocada por baixo do Galo traz inscritas as
palavras Vigilância e Perseverança. Consideradas do ponto de vista etimológico,
essas palavras podem significar “vigiar severamente”. Indicam ao Futuro Maçom
que deve, a partir daquele momento, prestar toda a atenção e investigar os
vários sentidos que podem oferecer os símbolos, os quais, só conseguirá
entender completamente através de uma paciente Perseverança.
Assim como o dever moral, que o Maçom deve
colocar em prática dedicando-se a uma Vigilância constante. É também a difícil
tarefa de desbastar a Pedra Bruta que só alcança algum sucesso, quando
realizada com a mais firme Perseverança.
O CRÂNIO
A presença de um Crânio pode despertar no
profano alguns pensamentos, através dos quais ele poderá imaginar a
representação, pela caixa óssea, da inteligência e Sabedoria, da qual ela é
símbolo. A Sabedoria é tão importante para o nosso cotidiano como o conjunto de
nossa existência e para as grandes decisões. Pode ser vista como a Razão
governando a prática pela teoria.
Assim como na Câmara, os ossos são um mero
complemento do Crânio como símbolos da Morte.
A AMPULHETA
Como é um instrumento para medir o tempo, é
considerado na Maçonaria, um símbolo que mostra, pelo escoamento da areia, o
rápido transcorrer do tempo, e recorda ao profano a brevidade da existência
humana, aonde têm um significado esotérico com diversas interpretações.
O tempo passa e voa, e a vida sobre a terra é
semelhante ao cair da areia. Por isso é preciso saber aproveitá-la em coisas
úteis e proveitosas para si próprio e também para a humanidade. Pois uma vida
dedicada ao acumulo de riquezas e ao gozo dos prazeres sensuais não contribui
para a felicidade de ninguém, é uma vida desperdiçada. O iniciante deve lembrar
que as pequenas porções do tempo juntam-se umas as outras e terminam no seio da
Eternidade.
A FOICE
Símbolo muitas vezes não utilizado, mas que
representa o símbolo da destruição e da morte, que em dado momento perturba a
vida de qualquer pessoa, sem distinção de classe social. Pode ser interpretada
como também, um símbolo do tempo, mostrando-nos a curta duração de nossa
existência terrena e despertando-nos o medo.
O PÃO E A ÁGUA
Tende a assemelhar a Câmara de Reflexões a uma
masmorra, onde o profano deve ser recolhido. Mas o Pão simboliza o laço de
fraternidade entre os irmãos e a Água é o símbolo da purificação. São emblemas
da simplicidade que deverá reger a vida do futuro iniciado, assim como
alimentos do corpo e do espírito, os quais são indispensáveis, mas que não
devem ser o único objetivo da vida.
Sendo assim, é o elemento indispensável à vida,
e o pão, provindo do trigo, simboliza a força moral e o alimento espiritual.
O SAL
É o símbolo da mão estendida, representando a
hospitalidade. Os antigos Greco-Romanos o simbolizavam pela amizade, finura e
limpeza da alma e da alegria. Seria como se fosse algum dizer de boas vindas ao
iniciante, mostrando-lhe que ele será acolhido alegremente, com todo o coração,
e que ele há de se sentir em “sua casa”. Assim, o profano, com o espirito
livre, se entregará inteiramente à conquista das verdades prometidas.
O MERCÚRIO
Representado pelo Galo, é um símbolo não apenas
de Vigilância e Coragem, como também de Pureza. Princípio fêmea, na alquimia, é
considerado Hermeticamente como o princípio da Inteligência e Sabedoria.
ENXOFRE
É considerado o princípio macho, na alquimia. É
o símbolo do espírito e por isso simboliza o ardor.
“ A pedra Filosofal é um Sal perfeitamente
purificado, que coagula o Mercúrio afim de fixá-lo em um Enxofre extremamente
ativo. Esta fórmula sintética resume a Grande Obra em três Operações que são: a
purificação do Sal, a coagulação do Mercúrio e a fixação do Enxofre”. (In “O
Simbolismo Hermético” de Oswald Wirth)
TESTAMENTO
É o ato que geralmente, na vida Profana, é praticado
a aqueles que se encontram à beira da morte. Mas na Maçonaria é considerado
como um testamento “filosófico”, e não um testamento “civil”, como o dos
profanos.
No
testamento o iniciado irá “testemunhar” por escrito as suas intenções
filosóficas, assumindo, dessa forma, uma obrigação prévia.
Sua verdadeira finalidade não é somente
responder as perguntas, mas sim, fazer com que o iniciado expresse sua opinião
sobre elas e escreva as suas últimas vontades, como se fosse mesmo morrer, no
seu Testamento.
O
profano expressará seus últimos pensamentos e suas últimas disposições, pois é
sob influência da Câmara de Reflexões que ele dirá a verdade.
Assim, por esse documento, em que a sua mente só
dirá a verdade, a Loja terá um conhecimento quase perfeito dos verdadeiros
sentimentos do Profano.
VI - CONCLUSÃO
Resumidamente, a Câmara de Reflexões nada mais é
do que a transição da vida profana para a vida Maçônica, que usa de seus
elementos e simbolismos para preparar o iniciante para essa nova e frutífera
vida.
A
Câmara de reflexões leva o neófito ao mundo da introspecção. Mais tarde, pelo
V.’.M.’. fica sabendo: "Os símbolos que ali existem vos levaram,
certamente, a refletir sobre a instabilidade da vida, lição trivial sempre
ensinada, e sempre desprezada".
Assim, constatamos que a Câmara de Reflexões tem
como fundamento maior fazer com que o iniciante consiga exteriorizar, expor a
sua pedra bruta, para que assim, a mesma possa ser permanentemente lapidada,
intuito este, inerente à Maçonaria.
É neste local que o iniciante consegue se
preparar para se tornar um verdadeiro Aprendiz Maçom, resgatando o seu
verdadeiro eu interior e desprezando a sua parte infrutífera, catalisando assim
todos os elementos necessários para o início dos trabalhos Maçônicos.
Essa
fundamental preparação realizada pela Câmara no candidato torna-se claramente
necessária ao entender-se que tal profano já está prestes a iniciar-se na
Ordem.
A
garimpagem de um irmão Maçom, o achado dessa nova pedra bruta (o iniciante), já
fez com que se trouxesse uma grande expectativa de mais um irmão abrilhantando
os trabalhos em Loja. Mas sem dúvida esse momento de garimpagem do próprio
candidato, dentro da Câmara de reflexões, é vital para sua completa preparação.
VII - Bibliografia
Ritual do Primeiro Grau – Aprendiz – GOB;
ASLAN, Nicola, Comentários ao Ritual de Aprendiz
– VADE MÉCUM INICIÁTICO, Editora MAÇÔNICA, Rio de Janeiro;
WIRTH, Oswald – O Simbolismo Hermético -