O SILÊNCIO, VOZ DA INICIAÇÃO



Embora apreciadores da beleza do silêncio, seja durante um passeio ao ar livre, andando na rua, trancados no interior de nosso veículo ou dentro de nossa casa, nós escutamos avidamente uma música gravada, um programa de televisão ou de rádio.
Enquanto parte de nós sonha com a calma, paz e profundidade, paradoxalmente outra parte foge do silêncio e nos arrasta para o mundo do tumulto e barulho.
De um lado, somos fascinados pela grandeza potencial do silêncio, mas por outro,  os sons dos nossos mecanismos de pensamento e emoções preenchem automaticamente o nosso espaço interior. Eles nos impedem de nos escutar, de nos ver, de nos aprofundar, de nos encontrar face a face conosco.

Nós somos infiéis à condição de nossa humanização. Nossos pensamentos e emoções agitam-se perpetuamente. Uns nos ocupam ou nos preocupam; outros nos fazem vibrar. Ambos nos hipnotizam e nós procuramos ali, a perspectiva de uma solução para os nossos problemas, ou uma esperança de felicidade para nossa solidão.

Estamos tão acostumados e identificados com suas produções ou suas autoproduções que acabamos por acreditar que nós somos os nossos pensamentos e nossas emoções e que, sem eles, nossa vida perderia sua intensidade ou simplesmente não mais existiríamos. Seus silêncios, o silêncio nos assusta.

Quando não ouvimos mais a agitação barulhenta da presença de nossos pensamentos ou de nossas emoções, temos uma terrível sensação de vazio, de nada, de morte, e fornecemos o mais rapidamente possível aos nossos mecanismos emocionais e intelectuais todos os tipos de alimentos oferecidos pelo fast-food da vida.

Para alimentar suas máquinas, e nos dar a impressão de existir, nós lhes oferecemos não importa qual alimento interno ou externo que eles engolem avidamente. Mas, ao fazer isso, tornamos superficiais estes ruídos ambientais. Eles habitam em nós, nos preenchem e nos ensurdecem. Nós nos tornamos incapazes de ouvir a vida além deles, aquela existente mais profundamente em nós.

AS ILUSÕES DO RUÍDO
Este “eu sou” barulhento que surfa a espuma da vida é parte de nossos mecanismos egoístas de mamíferos humanos. Ele está irremediavelmente limitado à superfície porque é total e exclusivamente voltado para si mesmo, para seus próprios medos e vaidades, suas ignorâncias e suas reivindicações.
A espuma do ego, que conhece apenas a sim mesma e seu mundo, vive como vivem todos os animais programados por um instinto de sobrevivência e reprodução, com uma consciência limitada ao instante da expressão.
Ele nos leva a nos preocuparmos conosco, com nossa aparência, nossos desejos, nossos medos e engendra nossos conflitos, nossos hábitos de traições, mentiras e julgamentos, para nos tornarmos ou continuarmos a ser um líder de grupo com um máximo de excitações emocionais ou intelectuais.
No entanto, dentro de nós existe algo como uma chamada para uma vida mais autêntica, mais justa, mais consciente. Existe como que um espaço livre não utilizado. Um espaço em que poderíamos viver de forma diferente, evoluir, tornarmo-nos mais humanos. Mas o ego de superfície, o ego mecânico que nada escuta, a não ser os seus acólitos e vive apenas para a sua preservação, não entende essa outra possibilidade, este humano natural. Ao contrário, quanto mais ele se sente quebrar e mais barulho ele faz, mais ele se agita, mais ele se opõe.
Aquele que somos efetivamente toma como refém o que poderíamos nos tornar, para que permaneçamos imóveis, que não possamos lhe escapar que não possamos nos evadir em direção a um horizonte mais vasto, onde ele não teria seu lugar.
O MEDO DO SILÊNCIO
Todas as iniciações tradicionais, religiosas ou seculares, enfatizam a importância do silêncio para superar nossas visões ruidosas, relativas, limitadas, e atingir a harmonia universal da verdade. A única maneira de não ser submergido pelos ruídos parasitas é não reservar para elas a nossa atenção, e as ouvir em nosso silêncio interior.
Ancorados no silêncio da Loja, podemos ver surgir, sem a eles aderir completamente, os mecanismos habituais de nossas associações de pensamento e nossos impulsos emocionais.
Os ruídos e as agitações estão lá e suas consistências são muito reais, mas em nosso silêncio, em nossa ancoragem vigilante nós as vemos nascer, agitar-se, tentar ampliar-se e como nós não mais as seguimos, não mais aderimos, elas morrem lentamente, mesmo se forem subitamente substituídas por  outra série de ruídos e agitação.
Concretamente, ou nós resistimos ao aparecimento de ruídos e mantemos nossa independência e nossa liberdade, ou nos deixamos seduzir pela curiosidade de ver onde elas nos levarão, e nos tornamos seus escravos.
O silêncio imposto em Loja nos permite conhecer a realidade de nossos mecanismos. O desejo de ficar em silêncio leva nossa vigilância a observar nossos mecanismos automáticos muito frequentemente inconscientes ou arbitrariamente justificados, a não mais ser seu escravo, ir além deles e os controlar pelo abandono.
No silêncio voluntário, vemos surgir nossos pensamentos e emoções, nós os ouvimos se apoiar em teorias peremptórias, nas opiniões abundantes vindas de nossa infância, de nossos pais, de nossos professores, de nossos encontros e de nossas experiências passadas, de toda a nossa história em geral, de nossas certezas imutáveis e confortáveis, de nossas revoltas e de nosso gosto pela aventura.
No silêncio, tomamos a medida de nossa contaminação por nossos ruídos antigos, e podemos observar o rodeio do pensamento, nos outros e em nós mesmos, que se esforça para sempre impor as mesmas certezas, as mesmas ambições, os mesmos desejos, a mesma aparência para sermos reconhecidos, admirados e amados, com o único objetivo de preservar este sabor falsificados de vida feliz na aparência, desde o surgimento de uma onda momentânea que será finalmente engolida na ressaca do oceano da vida.
EM DIREÇÃO A UM NOVO TEMPO
No silêncio como ascese compreendemos pouco a pouco a necessidade de ficar em silêncio para ouvir nossa profundidade humana. Não se trata mais apenas de ouvir nossos ruídos, mas de escutar nosso silêncio, a vida que abriga nosso silêncio.
Existem vários níveis de silêncio e cada nível nos dá acesso a uma realidade diferente. O silêncio não é fugir da vida, nem mergulhar em um isolamento, mas ele nos permite ouvir o baixo nível sonoro do nosso ser humano.
O silêncio exterior e depois o silêncio interior nos permitem ouvir e depois escutar a respiração do nosso ser humano futuro. O silêncio não é um fim em si, mas o meio, a condição para tomar consciência de uma realidade geralmente inaudível, geralmente coberta por nossos ruídos mecânicos.
Depois de remover nossos ruídos, resta o silêncio. O silêncio não é o oposto de ruído, o silêncio está além do ruído. O iniciado não se submete mais aos ruídos de seus pensamentos e de suas emoções, ele se submete ao silêncio que existe além. Ele se tornou um homem livre e entra em um tempo de eternidade. Nesta fase, não somos nós que impomos o silêncio, é o silêncio que reina, diz um ritual maçônico.
Quando o silêncio reina, trata-se do silêncio do Ser, e o Ser ilumina de outra forma o mundo que percebemos até então através de ruídos falsificadores do ego. Quando o silêncio reina, não nos submetemos ao silêncio, mas à beleza, à majestade, à grandeza humana e cósmica que o silêncio nos revela.
Esta nova escuta é, por vezes, perturbadora, dolorosa, mas por mais que ela nos seja estranha, por mais que estejamos habituados, ela é tão fascinante.
Quando o silêncio se torna o mestre do nosso templo interior, ele reina sobre uma e outra coluna, não sobre a loja como um lugar geográfico, mas em cada um de seus elementos humanos. Esta submissão ao silêncio é uma submissão do homem comum ao ser humano completo. Nascido agora como um novo homem, uma nova compreensão, uma nova palavra, uma nova esperança na realidade do mundo.
O silêncio que reina em nós, nos permite agora mergulhar em um novo tempo, infinito, eterno. O silêncio que reina é o sinal de vida de nosso Ser profundo que encontrou seu espaço de expressão.
O silêncio que reina é o sinal de que nosso ser reina, e que ele pode viver; que nossa vida não está mais sujeita aos caprichos do nosso ego, mas que é realmente a nossa humanidade que se expressa.
Trata-se de um silêncio estupefato por sua beleza humana, de um silêncio da inteligência, de um silêncio que olha e escuta, de um silêncio que compreende e que ama de um silêncio que é a tomada da palavra pelo Ser capaz de capturar simultaneamente o relativo e o objetivo, a materialidade e a espiritualidade, o finito e o infinito.
O silêncio que era uma porta tornou-se um estado de Conhecimento, de Consciência e de Amor. Este silêncio autêntico se desloca conosco, não importando o que façamos, ou o que nós sejamos. Ele está sempre presente, porque este silêncio está em nós no espaço e no tempo, além do tempo e do espaço em toda a nossa eternidade.
Agora que sobrevoamos o segredo do silêncio, resta-nos trabalhar, observar, e nos esforçar para descobrir como fazer para realizar concretamente em nós mesmos, da forma como os rituais nos indicam, como via da sabedoria, da força e da beleza: “Venerável Mestre, reina o silêncio em ambas as colunas.”

Autor: Alain Pozarnik
Tradução: José Filardo

OS PRIMEIROS MESTRES MAÇONS



Sabe-se que na Maçonaria antiga até 1725 existiam apenas dois graus, o de a p r e n d i z e o d e companheiro.

O grau de aprendiz praticamente nasceu com a Maçonaria. Os jovens que trabalhavam na arte de construir eram aprendizes de pedreiros, c a n t e i r o s, p i n t o r e s funileiros. Inicialmente aprendiz era também uma função e não grau, mas com o desenvolver da Maçonaria Operativa foi o primeiro grau a aparecer.

Existia a figura do mestre de obras que também não era grau e sim função, que era o chefe que ensinava os aprendizes e coordenava os trabalhos da construção.

Em 1717 quando foi fundada a primeira obediência maçônica, ou até antes desta época já se previa o aparecimento de mais um grau. As lojas já estavam repletas de maçons aceitos, que começaram a ser recebidos desde há muito tempo.

O primeiro a ser recebido no dia 08/06/1600 na Maçonaria Operativa, que não era ligado às construções e sim um abastado fazendeiro, foi um Irmão de nome John Boswel, na Loja Capela de Santa Maria (Saint-Mary Chapell) de Edinburgh – Escócia – Portanto, 117 anos antes da fundação da Grande Loja de Londres. 

A Maçonaria Operativa estava decadente. Estava se renovando. O grau de aprendiz uma vez criado como grau tinha uma situação estranha. Havia os aprendizes juniores (novos aprendizes) que tomavam assento ao Norte, onde simbolicamente não havia luz e suas funções eram justamente proteger a Loja dos Cowans* e bisbilhoteiros e os aprendizes seniores (aprendizes mais velhos na Ordem) tomavam assento no Sul e suas funções eram atender, recepcionar e dar boas vindas aos estrangeiros. Havia no mesmo grau, uma descriminação de trabalho.

Havia duas classes de aprendizes, os velhos e os novos cada qual com funções diferentes. Pelo menos estas informações constam da “Maçonaria Dissecada” (Masonry Dissected) de Samuel Prichard publicado no jornal londrino “The Dally Journal” nos dias 02, 21,23 e 31/10/1730, causando estas informações um verdadeiro escândalo porque foram publicados para profanos os chamados segredos da Maçonaria. E Prichard publicou o ritual praticado antes de 1717, mas com os acréscimos até 1730.

Os catecismos (futuros rituais) nas sessões não eram lidos e sim decorados. Prichard passou tudo no papel e publicou no jornal. Considerado traidor na época. O grau de companheiro já tinha sido criado anteriormente. Fala-se dele desde 1598, mas com certeza com prova documental foi criado em 1670.

O Manuscrito de Sloane (1640-1700) tem em seu conteúdo uma forma de juramento que sugere a existência de dois graus esotéricos, que seriam o de o de aprendiz e companheiro.

Em 1724 fundou-se em Londres, uma sociedade formada por mestres de obras e músicos que se reunia na Taverna Cabeça da Rainha. O número de homens que fundaram esta sociedade era pequeno, mas tratava-se de pessoas muito cultas e interessadas em música e arquitetura.

Foi denominada de Philo Musicae et Arquitecturae Societas Apollini. Seus fundadores eram maçons pertencentes a uma loja, a qual tinha como venerável o Duque de Richmond, que foi em seguida eleito Grão-Mestre da Grande Loja de Londres.

Uma das condições para pertencer á esta sociedade era justamente que todos os associados fossem maçons. Esta Sociedade, durante seus trabalhos culturais se transformava em sessão de uma sociedade profana e não uma loja.

Foi enviada uma carta à Grande Loja de Londres com uma relação de sete Irmãos principais fundadores e Oficiais da Societas Apollini. Parece que a Grande Loja ignorou a comunicação, mas a Sociedade recebeu visita do 2º Grande Vigilante da Grande Loja de Londres em 02/09/1725 e do Primeiro Grande Vigilante em 23/12/1725 e ao que se sabe, os dois foram elevados ao grau de mestre maçom no mesmo ano que a Sociedade encerrou suas atividades no inicio de 1726.

Assim de maneira estranha, porém relatada através das atas existentes, é comprovado o aparecimento dos dois primeiros mestres do mundo. Mas de qualquer forma esta é a prova primaria do aparecimento dos primeiros mestres maçons do mundo.

Não se sabe qual foi critério usado para estes dois Irmãos se tornarem mestres. Há autores que afirmam ter tido o terceiro grau origem na França, mas não d o A r n z J o r l e d i n a p Jornal do Aprendiz Página 19 comprovam tal afirmação através de documentos. A lenda de Hiran não existia.

O primeiro ensaio sobre esta lenda aparece no Manuscrito de Grahan, em 1726, como uma lenda Noaquita em que se menciona a procura do corpo de Noé, pelos seus três filhos Sem, Cam e Jafet, para descobrirem a palavra secreta da aliança de Noé com Deus. Quando Prichard em 1730 publicou os propalados segredos da Maçonaria, já havia uma versão semelhante, com muita analogia, da versão que conhecemos hoje no terceiro grau.

Apenas cinco anos após. O grau três foi finalmente incorporado ao ritual em 1738. Surge uma dúvida: o Conde de Richmond era Grão-Mestre, mas era companheiro.

E até 1738 os Grão-Mestres ainda eram companheiros oficialmente. Então como ele pôde elevar os dois companheiros ao grau de mestre?

Possivelmente isto foi feito de forma irregular, mas de qualquer forma está registrado, sendo uma prova primária indiscutível. Ela é documental.

Se já havia outros mestres, estes não foram registrados em documentos hábeis. Mas presume-se que a partir de 1725 começaram a usar o grau de mestre de fato, mas não de direito.

A partir de 1738 o grau de mestre foi oficializado. Possivelmente todos os fundadores da Sociedade se fizeram mestres desde 1725 e a Grande Loja de Londres regular assumiu aos poucos esta situação criada, incluindo seu uso nos rituais oficiais. Afinal de contas naquela época já era necessário que fosse criado o terceiro grau


O TRONO


PROVÉRBIO DE SALOMÃO
“A SABEDORIA DIVINA DIRIGE SUAVE E PODEROSAMENTE TODAS AS COISAS”.

Não importando o Grau que a Loja esteja reunida, teremos o TEMPLO sempre composto de três TRONOS.


 QUAIS SÃO ESTES TRONOS?
1 – Do Venerável Mestre (Trono de Salomão)
2 – Do 1º Vigilante
3 – Do 2º Vigilante
                                                                          
APRENDI COMO SENDO ALTARES
Pois bem, como eu, os Irmãos também devem estar estranhando, as referências acima sobre TRONO. Mais, pesquisando e buscando solução para o tema, ora proposto, encontrei discrepância ao chamarmos de ALTARES.

Os verdadeiros ALTARES são:
● “O ARA”, onde é aberto o Livro Sagrado.

● “Dos Perfumes”, onde é oferecido incenso.
OBS.: Alguns Irmãos consideram sinônimos (ALTARES e TRONOS) o que discordo.
Lendo as Sagradas Escrituras, encontramos inúmeras referências aos ALTARES e aos TRONOS, sendo que os primeiros, sempre se referem aos SACRIFÍCIOS.

1 – ALTARES - Exemplos:
EM GÊNESIS (8 – 20)
“Edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo, e de toda ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o altar”.

APOCALIPSE (11– 1)
“E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o Templo de Deus, e o Altar, e os que nele adoram”.

2 – TRONOS – Exemplos:
EM GÊNESIS (41– 40)
“O Faraó põe José Governador do Egito: Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no Trono serei maior que tu”.

APOCALIPSE (22 – 3)
“Ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o Trono do Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão”.
E tomando como base tudo isto, venho esclarecer para que não haja confusão:

Nos TRONOS “SENTAM"os que têm AUTORIDADE , já nos ALTARES, ninguém senta.

PORTANTO, EM NOSSOS TEMPLOS:
O TRONO não se resume em uma “POLTRONA “, mas é o conjunto onde se fixam o Venerável e os Vigilantes e compreende a (Poltrona e Mesa), em geral em forma triangular, posto não haja qualquer disposição obrigatória a respeito.

Também, todo TRONO apresenta outra particularidade: a de que deve repousar sobre um estrado.

O ESTRADO DO:
·VENERÁVEL - contém 07 degraus
·1º VIGILANTE - contém 02 degraus
·2º VIGILANTE – contém 01 degraus

No entanto, às vezes não os vemos em nossos Templos com estas referencias; devido à altura dos Templos em sua parte interna, não permitir a construção de um “SÓLIO” tão alto.

Sabemos também, que os Tronos completam-se com os objetos existentes sobre a MESA. E estes são diferentes conforme o grau em que a Loja esteja trabalhando.

NO ASPECTO ESOTÉRICO
O TRONO significa o próprio homem posto em dignidade.
Quando um MAÇOM é eleito para um cargo, às vezes refuta a iniciativa de seus pares não dando conta de que, a ocupação de um cargo, significa uma elevação espiritual de grande magnitude. Todo Venerável e Vigilantes devem ter consciências de suas posições e têm as obrigações para consigo próprio de cumprirem com (FIDELIDADE), as missões que lhes são proporcionadas, recebendo-as com alta distinção; aqueles que descuidarem, obviamente sofreram as consequências de suas indolências.

DIZEM AS PROFECIAS:
“O TRONO DE DEUS É O CÉU, E JERUSALÉM SERÁ SEU TRONO”.
1 – O Venerável – representa o SOL em seu nascimento (ressurgimento diário). O SOL não morre, simplesmente, SE PÕE, para na manhã seguinte retornar com sua Luz e Calor.

Por isto, está o Venerável retornando com a sua Luz e Calor espirituais, a cada vez que abre os trabalhos.
“O Sol, é fonte de Luz e de Vida. O espetáculo do nascer do SOL ofusca o brilho da Natureza, pela sua beleza e esplendor dos seus raios”.

2 - O 1º Vigilante – representa, também o SOL, na plenitude de sua trajetória; é o (SOL DO MEIO DIA), da verticalidade e da intensidade calorífica; é a SABEDORIA, a CIÊNCIA e a VIRTUDE.

Portanto assegura-se que sob a LUZ DO SOL, pode-se trabalhar e que a VIDA continua, provinda da primeira esperança da aurora e a segurança de continuidade.

“É o equilíbrio que está na balança (LIBRA), o equilíbrio dos meios, o fiel de todo o trabalho”.

3 - O 2º Vigilante – representa, ainda, o mesmo SOL, porém em seu descenso para o ocaso, quando a sua luminosidade vai se atenuando, silencioso e obedecendo a um cronograma pré-estabelecido pela Natureza. É a amenização do CALOR que não abrasa, mas que dá refrigério.

ASSIM A LOJA SERÁ COMANDADA DOS SEUS TRONOS PELAS TRÊS LUZES OU OS TRÊS SÓIS.

LEMBRETE-SE:
SER MAÇOM É VIVER EM ESTADO CONSTANTE DE DEDICAÇÃO AO PRÓXIMO E AO ESTUDO.

AMANCIO, 33.
REVISOR: Antônio Emílio Gonçalves
Autor: Amâncio, 33
amancio33@oi.com.br

V O C A B U L Á R I O
DICIONÁRIO KOOGAN LAROUSSE
ALTAR – s.m. Antigamente, mesa para os sacrifícios: (ergueu um altar aos Deuses) / Mesa onde é celebrada a missa. / Espécie de mesa destinada aos sacrifícios em qualquer religião.

TRONO - s.m. Sólio que os reis ou soberanos ocupam nas cerimônias / Poder ou autoridade do soberano. / S. m. pl. Um dos nove coros dos anjos.

SIMBOLISMO MAÇÔNICO
ALTAR - Espécie de mesa de pedra para os HOLOCAUSTOS nas religiões pagãs; mesa onde se celebra a missa; culto; veneração.

TRONO - Sólio que os soberanos ocupam nas ocasiões solenes; poder soberano; autoridade.

Ir.’. José Amancio de Lima



B I B L I O G R A F I A
CAMINO, Rizzardo da; CAMINO, Odéci Schilling da. Vade-mécum do Simbolismo Maçônico. 3 ed. Rio de Janeiro: Aurora, p.610.

ALMEIDA, João Ferreira de. A Bíblia de Promessas: velho testamento e novo testamento. 5 ed. São Paulo: Juerpe King’s Cross, 2006.


A MAÇONARIA


A Maçonaria aspira que a fraternidade reine entre os homens e os povos.

Ela crê que nenhuma diferença de raça, religião, ou concepções políticas, sociais, ou filosóficas devem ser suficientes para que os seres humanos não possuam e pratiquem em toda a sua amplitude os sentimentos fraternais, dentro de um quadro de solidariedade.

Essa ideia é sagrada para todos os verdadeiros maçons.

O maior inimigo do homem, é o próprio homem, a mais feroz de todas as feras. 

Nenhum animal dispõe de tantos recursos para destruir, para matar, quanto o homem. Milhões de pessoas inocentes anualmente morrem famintas.

Os governos não amparam. Entretanto, esses mesmos governos, criminosamente, gastam quantias fabulosas com o desenvolvimento de armas incríveis, destinadas à dizimação à aniquilação de populações.

A Humanidade será menos sofredora quanto mais compreensão houver entre os homens. Cumpre, pois, imperiosamente, lutar sem desfalecimento para que os homens se compreendam melhor, forcejar para aniquilar a fera que todo homem traz consigo.

É necessário desenvolver no homem o sentimento de fraternidade. Esse é o principio fundamental, da Maçonaria. Ela não prega apenas a fraternidade por meio de palavras. A Maçonaria exige que seus membros pratiquem a fraternidade, que todos se reconheçam como irmãos e, como tal, auxiliem-se reciprocamente.

Se a Maçonaria empenha-se para que os homens não sejam inimigos, não pode admitir que, entre os seus componentes haja inimizade. Se razões poderosas separam dois irmãos, outros devem intervir, empregando todos os esforços em busca da reconciliação entre eles.

Na loja, o venerável mestre ou o orador deve dirigir um fraternal apelo para que eles se abracem fraternalmente. Se realmente tem espírito maçônico, devem erguer-se e, de pé, diante de todos, trocarem três abraços fraternais e depois, como irmãos, esclarecer todos os desentendimentos.

Se há razões que impossibilitem a reconciliação, os dois não devem comparecer à mesma sessão. Os templos maçônicos não comportam homens inimizados. Em um local onde se luta pela fraternidade, não podem estar homens que se odeiam.

O verdadeiro maçom é aquele que se apressa em reconciliar-se. Na verdade, só louvor merece o maçom que se ergue, durante uma sessão, e declara ao venerável: O Poderoso mestre o irá x, aqui presente teve um desentendimento comigo. A minha consciência de maçom nega a intenção de ofendê-lo. Estendo-lhe fraternalmente a minha mão para que nos reconciliemos e esclareçamos tudo.

Quem assim procede, demonstra não alimentar rancores, prova que tem espírito maçônico. Os maçons são irmão, constitui uma família, e, como tal, é seu dever estarem unidos.

Onde há ódio, não pode haver felicidade. Homem feliz é que não odeia. E aquele que não cultiva malquerenças, o que expulsa de seus pensamentos qualquer parcela de rancor, que sabe praticar o bem, aos nossos semelhantes, que nos aperfeiçoamos, desenvolvendo em nós, o sentimento de solidariedade.

Ficamos felizes em afirmar aqui, que em todas as nossas Lojas, tais práticas se tornaram eficazes e que a paz reina tanto no oriente quanto no ocidente de nossas Lojas, assim como em nossas colunas...!!!


Edson Guedes

O BEM, O MAL E A LIÇÃO DA PEDRA BRUTA



Uma análise dos símbolos maçônicos que têm como objetivo a edificação e aprimoramento do ser humano, e a necessidade de se lapidar e trabalhar o espírito.
Ao entrar para a Ordem, a primeira imagem com a qual o Aprendiz Maçom toma contato, sob um ponto de vista sintetiza boa parte (senão todos) dos símbolos pertinentes a seu presente estágio e, sob outro aspecto, ela traz em si a indicação do trabalho que começou a ser realizado por aquele que iniciou o seu longo aprendizado.

Descrevendo rapidamente, a imagem apresenta um jovem olhando em direção a um bloco disforme de pedra. Este jovem, provavelmente um pedreiro ou um escultor, traz consigo os instrumentos de seu ofício: um malho e um cinzel.

Em uma primeira vista, logo notamos que, pelo menos os já citados quatro elementos básicos da imagem, saltam aos nossos olhos. Repetindo, são eles: o próprio pedreiro, o malho, o cinzel e a pedra bruta.        
                                     
Para podermos iniciar nossa rápida exposição – tanto sobre esses elementos quanto sobre o conjunto que a imagem em si representa, como um todo – é necessário que voltemos um pouco no tempo para nos lembrar da época em que assim chamada Maçonaria, hoje especulativa, era considerada operativa.

Naquele tempo, com a evolução da arte de se construir, o material utilizado nas edificações aos poucos passaria de madeira para pedra e, depois, da pedra para a pedra trabalhada. Assim, as construções iam se tornando mais sólidas e belas.

O trabalho na pedra bruta visava, principalmente, a preparar um conjunto de peças para que essas se moldassem e se encaixassem em um todo maior de pedras, e que todo as estivessem em conformidade com o projeto dos “construtores”.

No campo operativo, boa parte do trabalho de lapidação executado pelos novos Pedreiros era feito com o suo de, entre tantos outros materiais, três elementos básicos: a Pedra em si, o Martelo (ou Malho) e o Prego (ou Cinzel).
                                

Talvez como efeito do avanço industrial, quando a máquina começava a substituir a mão-de-obra humana, por volta da segunda década do século 18, a Maçonaria passaria a ser considerada de ordem especulativa.

Assim, boa parte dos componentes materiais até então utilizados no ofício e na arte da construção passaria a compor símbolos, cuja natureza, ainda associada às edificações, agora também estariam relacionados a aspectos internos do ser humano, sejam esses aspectos de ordem moral, sejam de ordem espiritual.

Dessa forma, o que antes era visto como a preparação para se produzir peças perfeitas, agora ganhava os contornos de símbolos que visavam à edificação do verdadeiro homem. Para tal, assim como acontecia com os blocos de pedra bruta, o próprio homem necessitaria ser trabalhado, ou lapidado, para que sua perfeição enfim se mostrasse.

Na já citada imagem do Grau de Aprendiz, vemos o jovem pedreiro trabalhando a pedra bruta. Para a realização desse trabalho, ele emprega o Cinzel e o Malho. O Malho se encontra em sua mão direita, enquanto o Cinzel está na esquerda.

Comparando a pedra com o homem, é mostrado que ela, em seu estado bruto, se encontra disforme, distante de um possível estado de perfeição que, mais tarde, será representado pela Pedra Cúbica; igualmente, esse trabalho de lapidação poderá ocorrer com o próprio ser humano.

Ora se identificando com a Pedra, ora com o Pedreiro, o Aprendiz terá todos os elementos necessários para trabalhar a si próprio. Esses elementos estão representados pelos já mencionados Malho e Cinzel.

Superficialmente, alguns autores relacionam o Malho ao elemento ativo da obra de desbaste da Pedra Bruta, enquanto que o Cinzel seria o elemento passivo.

O primeiro estaria associado à força e ao intelecto, enquanto que o segundo diria respeito à arte de esculpir propriamente dita. Em uma análise um pouco mais criteriosa, o Malho seguro pela mão direita, é entendido como sendo um símbolo da ação pura da vontade o Aprendiz, atuando com perseverança e continuidade sobre a Pedra, enquanto o Cinzel é visto como a capacidade de orientação e observação, a capacidade de saber discernir o que deve ou não ser retirado do bloco em trabalho.

Sob o ponto de vista iniciático, Malho e Cinzel podem ser percebidos, respectivamente, como a Tradição, que prepara, e como a Tradição, que prepara, e como a Revelação, que cria. Um é inútil sem o outro, e eles atuam em conformidade com o Princípio Hermético da Polaridade, que diz que “tudo é duplo”.

Se uma forma de assimilação do símbolo do Grau de Aprendiz o mostra trabalhando a Pedra Bruta, outro entendimento, de ordem ainda superior, nos fala que o Aprendiz, sendo a própria Pedra a ser desbastada, “sofrerá” a ação do Grande Escultor, que fará uso dos elementos necessário à realização da Obra final.
 
Mas qual seria a relação direta do Bem e do Mal com a lição Pedra Bruta? Estes dois conceitos, Bem e Mal, ocuparam e certamente continuarão ocupando a mente de todos e quaisquer estudantes das Ciências Antigas.

Genericamente tomados como conceitos absolutos – nos quais primeiramente poderíamos simplesmente optar por um (normalmente o Bem) e esquecer o outro – tais aspectos da criação são de tamanha relatividade que defini-los satisfatoriamente pode parecer tarefa assaz dura, senão francamente impossível.

Assim, iremos nos limitar a dissertar de modo livre e sucinto sobre os mesmos sempre tendo em mente o símbolo da Pedra Bruta, bem como nossa fé e confiança no Grande Artesão.

Em princípio, quanto mais livre de conceitos (sobremodo conceitos religiosos) preestabelecidos estiver à mente de alguém, mais apta esta mente estará para perceber os notáveis equívocos, alguns seculares, com os quais estamos obrigados a conviver. Por exemplo, tornou-se uso comum associar Deus tão somente ao Bem, relegando todos os aspectos supostamente vis da criação, as “coisas” ruins, ao seu eterno opositor.

Dessa forma, a perene luta Bem versus Mal, tendo seu palco há muito armado, segue seu rumo em direção ao eterno.

 Somente como ilustração para este equívoco, citamos um trecho, extraído dos códigos de uma das crenças mais populares de nosso país.

Este trecho afirma, de modo claro, taxativo, lapidar e final ser “[....] Deus, soberanamente justo e bom...”. A suposição de que algo seja “justo e bom”, mesmo muito antes de poder ser considerada primária, deve ser vista como realmente é, ou seja, ilógica, até mesma contraditória.

O Segundo Princípio elaborado por aquele Três Vezes Grande, o Princípio de Correspondência nos diz que “o que está em cima é como o que está em baixo...”. Segundo a lógica hermética, sabemos que, em tese, um juiz, quando emite uma sentença ou julga uma causa humana, intenta nada mais ser senão justo.

Ele não deseja ser nem bom e nem mau, mas apenas justo. As demais partes envolvidas são as que, segundo a conveniência de cada uma, entendem ter sido o seu veredicto, a sentença, boa ou má.

Da mesma forma, seguindo o Princípio Hermético das Correspondências, podemos supor o mesmo a respeito do Grande Juiz, o Criador. Se Ele é justo, como o crêem todos, é apenas justo.

Nós, suas criaturas, é que, dentro de nossa limitada compreensão, entendemos serem as Suas ações mera consequência de um possível Bem o Mal. E exatamente nisto, em Sua Justiça, está a Sua Perfeição.

Não é à toa que os maçons se utilizam do mote “Justo e Perfeito”, e nunca “Justo e Bom”. Seguindo o raciocínio sobre o Bem e o Mal, no trabalho de lapidação da Pedra Bruta duas vontades parecem agir de modo concomitante: a primeira vontade seguirá os desígnios do Criador, que é soberana.

A vontade secundária partiria da própria Pedra, ou do indivíduo a ser trabalhado, no caso, o Aprendiz. Em ambas as possibilidades intentam-se obter o produto final na forma de uma pedra Justa e Perfeita.

Ela é Justa, pois está adequada à Sua Obra, e é Perfeita, pois também está em conformidade com a Perfeição de Seu Plano Maior.

O livre-arbítrio que, em princípio, parece dirigir a vontade de Aprendiz, nada mais é do que a faculdade que lhe dá a chance de estar em harmonia com a vontade Maior que o criou. Nesse caso, as duas vontades, sendo harmônicas, passam a ser uma única Vontade.

Então, poderíamos entender o Bem como sendo a capacidade do Aprendiz de pôr a própria vontade em sintonia com a vontade Superior, enquanto o Mal simplesmente representaria a opção contrária a esta.

Outro aspecto do símbolo, presente no processo de tornar desbastada a pedra bruta, também muito teria a acrescentar. Sob certo ponto de vista, a Pedra Bruta é entendida como um estado original de liberdade, enquanto que a pedra trabalhada é vista como sendo nade mais do que o produto da submissão de uma individualidade pela força.

Mas por hora, devido á densidade deste particular modo de entendimento da lição da Pedra Bruta, não gostaria de me aprofundar.


Para encerrar, diria apenas que cabe a cada um de nós descobrirmos a sutil diferença entre a perfeição da pedra trabalhada e a submissão que o desbastar da pedra por vezes representa. Não reconhecer tal diferença pode nos levar a ser, simplesmente, um mero produto de nosso meio, mais uma peça moldada à revelia de nossa própria vontade, de nosso próprio querer.

Enfim, talvez a diferença possa estar no fato de que, enquanto uma traz em si mesma o objetivo de toda Iniciação, ou seja, a fiel expressão da vontade do conjunto Criador e Criatura, constituindo uma verdadeira joia unia – a outra não passara de um mero capricho da manipulação profana, apenas mais um tijolo na parede, fadado a nada mais senão o esquecimento.

BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura, esta na página da web
www.ippb.org.br do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas do nosso IR.'. Carlos Raposo, pesquisador da história de ordens secretas, filosofia oculta e ciências herméticas e também responsável pelo site Arte Magicka www.artemagicka.com


A DISCIPLINA


Segundo o Dicionário KOOGAN LAROUSSE:
DISCIPLINA s. f. O conjunto dos regulamentos destinados a manter a boa ordem em qualquer assembléia ou corporação; a boa ordem resultante da observância desses regulamentos: a disciplina militar. / Submissão ou respeito a um regulamento. / Cada uma das matérias ensinadas nas escolas.
No Dicionário AURÉLIO:
DISCIPLINA s.f. 1. Regime de ordem imposta ou mesmo consentida. 2. Ordem que convém ao bom funcionamento de uma organização. 3. Relações de subordinação do aluno ao mestre. 4. Submissão a um regulamento. 5. Qualquer ramo do conhecimento. 6. Matéria de ensino.

É uma palavra que tem a mesma etimologia da palavra “DISCÍPULO”, que significa aquele que segue. Em filosofia significa conjunto de conhecimentos metódicos ou regra de conduta (a disciplina dos costumes) e é aplicada às organizações e às pessoas. 

Na Maçonaria significa uma rigorosa e irrestrita observância às normas, às Constituições, aos Landmarks, aos regulamentos, às obediências e às autoridades.

Sem disciplina, nenhuma organização ou entidade domina seus interesses, porque a indisciplina gera um grave mal, a exemplo da anarquia, a qual combatemos, por produzir o caos. A indisciplina anda em voga no meio político: “quanto pior melhor”.

A disciplina é irmã gêmea da liberdade quando a usamos como direito, ou seja, o direito agindo para que a manifestação de liberdade seja garantia de todos. Porém essa afirmativa produz efeito quando se consegue respeitar os direitos alheios, que é diferente da liberdade pessoal, conseguida pela consideração espontânea das normas previamente estabelecidas e da obediência às autoridades constituídas.

O cidadão que pretende viver em sociedade leva para seu convívio um dos deveres essenciais: a disciplina, sinalizada por juramentos, estudos, posturas, segurança nas determinações e ações, sob pena de, não o fazendo, gerar no grupo, dissabores, desentendimentos, egoísmo, divisões e não conseguir transmitir a paz nem a harmonia, tornando-se assim, um cidadão que não inspira segurança a seus companheiros.

Tomemos para nossas vidas, um exemplo de autodisciplina, a do artista. Sua arte se expressa pelo rígido método de disciplina, que espontaneamente impõe a si próprio, dentre outros; o de dormir, de meditar, de buscar inspiração e no tratar com a natureza, completado pelos instrumentos que utiliza: o pincel, a caneta, as chuteiras e os dedos, pois, sem este cuidado disciplinar ele nunca passará de um artista mediano, de um péssimo sonhador.

Na sociedade em geral, quando aceitamos o convite para ser iniciado na Ordem Maçônica, imaginamos uma gama de normas próprias, a que seremos submetidos a cumprir e, quando aceitos, prometemos obedecer, através de juramentos e preceitos outros que formarão o caráter e a moral do cidadão/Irmão. Portanto, sem a disciplina maçônica, a busca da perfeição correrá por caminhos difíceis de alcançar.

A Maçonaria praticada nos dias atuais não estabelece atração por conhecimento além dos nossos rituais, deixando, então, uma lacuna para o desenvolvimento da desmotivação, que geram, às vezes, na consciência dos Irmãos, a vontade latente de deixar a Ordem, por não ver mais, sólidos compromissos, morais e éticos (ensinamentos que norteiam a nossa Instituição).
Assim, no ranger da carruagem, quando se falar em Maçonaria, dir-se-á “FOI UMA SOCIEDADE DISCIPLINADA QUE EXISTIU ATÉ OS IDOS DE…”.
Enfim, o que devemos e podemos fazer para estagnar este quadro?
“O indivíduo competente é aquele capaz de transformar conhecimento em soluções para problemas concretos da vida”. (Sandra Garcia)
Autor: José Amâncio de Lima
ARLS Estrela de Davi II, 242 – GLMMG


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