POSTURA DO MAÇOM


 

O homem se comunica com o Grande Arquiteto do Universo e com seus semelhantes de diversas formas, tais como, palavras, escrevendo, pintando, esculpindo.

No entanto faz uso freqüente de Posturas e atitudes do corpo.

Importante é que o faça bem feito, de modo uniforme para que tenha um significado adequado.

As Inclinações de cabeça e do corpo são sinal de devoção ou de saudação.

Posturas com as mãos – desta forma comunica melhor a sua mensagem.

Muitas vezes, mesmo não acompanhado de palavras os gestos com as mãos são mais eloqüentes do que as próprias palavras.

As mãos falam.

Expressam sentimentos, os mais diversos.

O ósculo ou beijo – sinal de reverência de comunhão, de amor; demonstra afeto.

O andar – existem modos e modos de andar.

O andar litúrgico não é mera finalidade de locomoção de um lugar para outro.

É antes um andar significativo, respeitoso, coerente e esotérico.

Requer que seja realizado com dignidade, sem agitação, nada de correria.

Com as paradas nos locais adequados para saudação, quando estiver em Loja.

Algumas posições do corpo merecem considerações especiais.

Elas devem expressar a atitude de todos.

O estar de pé expressa, sobretudo, respeito, prontidão, disposição de ação.

O Irmão deve estar sempre com a coluna ereta, se estiver à Ordem, não esquecer as posições dos braços e membros inferiores, se estiver perfilado, não deve se apoiar sobre um só pé, e sim estar com uma postura sempre digna.

O estar sentado expressa bem o acolhimento e a meditação.

Daí o estar assentado para ouvir, durante as sessões com as mãos apostas aos joelhos, nunca cruzar os braços ou os membros inferiores.

O que importa é que haja unidade.

Isso exige espírito de desprendimento, de superação dos próprios gostos do que acha melhor ou de seu gosto.

Nós temos uma linguagem comum também através da Postura do nosso corpo.

É importante que o corpo se manifeste como reflexo do Espírito.

José Neto

 

O QUE VINDES FAZER AQUI?


 

“A verdadeira sabedoria de um homem não está em suas palavras, está na coerência entre o que ele fala e o que ele faz”!(Fredjoger)

 

Em algum momento da nossa senda maçônica, somos chamados a responder o “Trolhamento”. Trata-se de uma formalidade a que geralmente os aprendizes são submetidos, para aferir certo grau de conhecimento do Primeiro Grau.

Após a conquista da plenitude dos direitos maçônicos, com o mestrado, não é difícil constatar que, muitos mestres esquecem não apenas as palavras que decorou no seu Trolhamento, mas o sentido das mesmas.

Talvez este fato explique, em parte, porque o número de inativados na Ordem é maior do que o de iniciados.

Por questão de objetividade, vamos refletir apenas sobre uma das contundentes frases interrogatórias do Trolhamento: “ O que vindes fazer aqui”?

- Primeira resposta: “Vencer minhas paixões”. Entre outras coisas, significa não se deixar dominar pelos impulsos irracionais inerentes da fraqueza humana. Controlar seus instintos, refletir se o seu estilo de vida condiz com o código da moral maçônica, equilibrar as vaidades, falar menos e saber ouvir.

- Segunda resposta: “Submeter minha vontade”. É escolher a virtude ao invés do vício. Talvez não seja um mal, por exemplo, tomar uma cerveja antes da reunião, mas, ao escolher não fazer isso, estarei submetendo minha vontade, para aproveitar melhor o ensinamento que certamente terei ao adentrar o Templo. Além disso, estarei provando a mim mesmo que tenho domínio das minhas vontades.

A vontade só tem sentido se aliada à inteligência. Se não for assim, seremos seres irracionais, movidos pelos instintos. Quando estamos assistindo uma partida de futebol e temos vontade de ir ao sanitário, mas aguardamos, porque a inteligência nos diz “espere o intervalo e você poderá se aliviar e não perderá nenhum lance do jogo”. Quando temos vontade de acender um cigarro e não o fazemos porque nossa inteligência diz “diminua a quantidade de cigarros por dia e você viverá mais”. Nesses dois casos estamos submetendo nossa vontade com o uso da razão.

- Terceira resposta: “Fazer novos progressos na Maçonaria”. Progredir significa avançar, crescer. Que tipo de crescimento nós buscamos aqui? O material ou o espiritual? O que me motiva a sair de casa realmente é o que vou aprender para a vida na Sessão Maçônica? Ou a Sala dos Passos Perdidos é mais interessante para mim?

- Quarta resposta: “estreitando os laços de fraternidade que nos unem como verdadeiros irmãos”. Laços fraternos estreitos e unidos são aqueles nascidos a partir do cultivo da verdadeira amizade. Antes de falar “estou de pé e à ordem”, reflita, pois, as palavras podem comover, mas a prática exemplar é o que frutifica.

A reflexão sobre o que viemos aqui fazer é pessoal. A Maçonaria nos ensina a viver com vistas à coerência. Mais importante do que os outros pensam sobre você é o que você pensa de si próprio. Mesmo sabendo que é impossível atingir a perfeição, ainda assim devemos buscá-la. 

 

Ir Wellington Lopes de Albuquerque MM

Obreiro da ARLS Princesa do Sertão Nº 8 - Oriente de Palmeira dos Índios-AL.

 

REGULARIDADE E RECONHECIMENTO


 

Entender regularidade e reconhecimento requer que você entenda alguns aspectos históricos em uma borbulhante massa de eventos assíncronos nos séculos passados. É a verdade de Aristóteles e Platão, baseada em fatos e eventos que levaram ao surgimento das obediências existentes hoje no Brasil.

– Um alerta: Se você estiver engajado em uma entidade irregular, esse texto poderá revelar um véu de enganações em que você pode ter sucumbido. Talvez você não concorde de imediato, que negue a realidade, que queira argumentar baseado em teorias relativistas sobre o assunto: Puro ego.

Saiba que a maçonaria regular e legítima QUER força de trabalho e QUER a associação do máximo de membros possíveis. Entretanto, você é quem precisa dar o primeiro passo, sendo sincero para consigo mesmo e para sua família, buscando estudar e entender o que se passa na sua vida neste momento e com a entidade onde foi recrutado.

Muito se fala em lojas reconhecidas, potências não reconhecidas, lojas mistas, tratados e tudo mais. Para os recém chegados ao seio da maçonaria tudo parece muito confuso, afinal, quando ainda éramos candidatos pensávamos que a maçonaria era uma instituição única e universal igual a clubes de serviços como Lions e Rotary.

Ledo engano, a maçonaria não tem marca registrada, mas tem seu próprio sistema organizacional, a shirarquia, e o fato é que a maçonaria é uma grande família mundial, e como tal, para a ela pertencer, você tem que descender de algum membro real (ou regular) desta família.

Ser “maçom” de uma loja irregular é como dizer que é herdeiro do trono de Portugal… Talvez até alguns acreditem, mas não reproduz verdade ou o verdadeiro poder e efeitos que isso congrega.

A maçonaria é uma ordem fraterna que congrega homens em lojas (grupos de pessoas), que por sua vez são agrupados em potências, mesma coisa que obediências, que são os grupos de lojas. Ela utiliza de sistemas de aprendizado baseado nos antigos ensinamentos esotéricos, gnósticos, filosóficos, etc. Esse conhecimento é transmitido em sessões, realizadas em lojas maçônicas, através de protocolos e metodologias que denominamos “ritos”.

Hoje, a maçonaria regular universal possui mais de seis milhões de membros espalhados por quase todos os países no mundo. Em geral, cada país possui pelo menos uma potência regular que organiza as lojas existentes naquela região em uma mesma cadeia administrativa.

Aqui no Brasil, atualmente existem somente três grupos regulares: O Grande Oriente do Brasil (GOB), a Confederação Maçônica do Brasil (COMAB) e os filiados à Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB).

O resto é enganação!

 



DA CONCEPÇÃO DA “LUZ” A “ESCULTURA MAÇÔNICA”


 

Queridos e amados Irmãos!

Trazendo uma rememoração bíblica, a doutrina Cristã traz em sua essência, que Lúcifer era um anjo admirável e ao mesmo tempo muito rebelde, criatura feita por Deus, titulada como o pai da mentira, que acusa os irmãos, engana, trai e governa o reino das trevas ou da escuridão.

Tal poder que tem, ele cega os perdidos para a “luz gloriosa do evangelho de Jesus Cristo” e procura a qualquer custo ser “adorado”, porém age também para roubar, matar e destruir.

É esse inimigo a quem devemos resistir, bem como as suas obras malignas que Jesus veio para destruir. Por analogia, quando analisamos a doutrina maçônica, todas as pessoas do mundo “profano” vivem sem visão, são condenadas e confinadas à escuridão em face ao seu espírito.

De acordo com esse contexto e por meio da iniciação maçônica, os homens são tirados da escuridão, são tirados das trevas e são trazidos à luz, fazendo uma total purificação interna e dando-lhes nova vida.

Assim que se tornam maçons, os homens são chamados de “filhos da luz” (Lightsfoot's Manual Of The Lodge, pg 175 – Manual do Pé de Luz).

Ainda na condição de “cego das almas impotentes” e seguindo os preceitos nas condições ritualísticas maçônicas, no primeiro grau os iniciantes devem Ser Luz, quando já no segundo grau, tenham uma Nova Luz, e alcançando o terceiro grau passam a ter Mais Luz. Então esses três graus formam assim um conjunto perfeito e harmonioso.

Todos nós pecamos e assim perdemos nesse momento a perfeição que Deus exige, e nesse caso ninguém é justo por sua própria virtude.

Quando os homens estiverem compenetrados da moralidade maçônica, quando estiverem aprendidos a exercitar todas as virtudes que ela inculca, quando tudo isso lhes forem sociais, todos estarão preparados a receber a briosa instrução filosófica para galgar as alturas sobre cujo cume estão entronizadas a “luz e a verdade” da maçonaria.

Não só a “luz” fará o homem maçom a ser perfeito e harmonioso. É preciso ser, fazer e sentir a perfeição e saber quem ele é.

Quando nós maçons dividimos a nossa história de vida em um local (no templo maçônico) que nos transforma, lapida e nos faz lembrar que a essência maçônica de transformação passa para nós, a partir dali, questionamos: o que é lapidar? O ato de lapidar é bater, talhar, polir, aperfeiçoar o procedimento que ao longo do viver nos reinventamos dentro da subjetividade de cada um de nós maçons.

No transcurso das nossas vidas, algumas vezes perdemos pedaços de nós mesmos, nos momentos em que perdemos a harmonia e a concórdia dentro da ritualística maçônica com os nossos irmãos, ou na ocasião quando os acontecimentos não saem como almejamos ou como projetamos, é nesse instante que devemos a voltar a nos lapidar.

Não ocorre lapidação sem dor. A dor é o elo do ato de se esculpir. O maçom ao esculpir-se utiliza o maço e o cinzel, que são duas ferramentas utilizadas por profissionais que trabalham em pedra, que possibilitam tirar lascas da pedra bruta, e para isso é preciso batidas fortes e repetidas.

 Nada pode ser muito leve e sem força, senão não há aperfeiçoamento interno. Ao usar as ferramentas que nos ajuda a nos lapidar, chamamos de edificação do homem.

Se nós conseguirmos chegar onde estamos, essas conquistas são resultados de uma série de acontecimentos que deram certo, porém por caminhos difíceis.

Assim, muitas coisas que não dão certo, ou não saem como nós esperamos, podemos aprender muito mais se desejarmos alcançar. O ato final de nos esculpir é um processo da nossa construção pessoal infinita, pois jamais colocamos fim em nossa construção humana até que a morte nos abrigará e nos conduzirá ao oriente eterno.

Até lá, seguimos nos lapidando e nos moldando sempre, pois, nós já encontrávamos dentro do bloco de uma pedra bruta, e lá se escondia uma bela escultura que somos hoje.

Porém, quem quiser continuar a mostrá-la (escultura) e ser um maçom de exemplo de harmonia, concórdia e de virtudes, deverá continuar sempre a remover os seus excessos, até expor as partes perfeitas que as escondem dentro de uma pedra bruta. 

Um TFA a todos os meus amados Irmãos.

Ir.’. MM Charleston Sperandio de Souza. Presidente da Comissão de Beneficência - CIM nº 304.753 ARLS Fraternidade Guanduense N° 1396. Professor Universitário. Baixo Guandu/ES

A FLAUTA MÁGICA


 

Quando esse assunto é apresentado em Loja, por meio de diversos trabalhos ou palestras, muito se fala sobre Mozart, sua iniciação, sua Loja, seus companheiros de Loja, o desenvolvimento da maçonaria na época, mas muito pouco se fala sobre a Flauta Mágica. Por que é considerada uma ópera maçônica? O que há de maçonaria nela?

A Flauta Mágica conta a história de um príncipe perdido na floresta, que é salvo por um servo de uma rainha que o leva ao castelo. No castelo, ele vê a foto de uma bela mulher e se encanta por ela.

O servo conta que se trata de uma princesa, filha da rainha, e raptada por um sacerdote. O príncipe se apaixona ainda mais ao ouvir a história e decide resgatar a princesa. O servo da rainha acompanha o príncipe na missão, e o Orador do Templo da Sabedoria alerta que as intenções do sacerdote são boas e que, talvez, as da rainha não sejam. O príncipe e seu servo aceitam serem iniciados. No final, ambos ficam com suas almas gêmeas.
 
Os principais elementos simbólicos utilizados em “A Flauta Mágica” pertencem à tradição alquímica e astrológica. A marca egípcia (a obra se desenrola principalmente em um conjunto de templos dedicados aos mistérios de Isis e Osíris) se deve à fascinação que causou o redescobrimento do Egito no século XVIII e à influência que exerceu sobre Mozart o humanista Ignaz Von Born, autor de um livro sobre os Mistérios Egípcios. Os símbolos alquímicos são claros através de toda a obra: por exemplo, Tamino e Pamina devem passar pelos quatro elementos, simbolizados na obra pelo Fogo e pela Água.

Os sacerdotes se reúnem em um bosque de palmeiras de prata com folhas de ouro. Os diversos caracteres também se relacionam com os diferentes planetas do sistema astrológico que contemplam 2 astros e 5 planetas. A Rainha da Noite se relaciona com a noite e os mistérios lunares; seu reino é o bosque. Sarastro, que ao final do primeiro ato aparece em um carro puxado por leões, encarna as forças solares. Junto a estes símbolos, a presença das chaves numéricas acompanha os elementos de interpretação da mensagem da obra. O número 3 e seu simbolismo é o mais frequentemente utilizado (as três damas, os três jovens, os três templos, os três acordes iniciais da abertura, entre outros, demonstram a importância do número 3).

As três etapas alquímicas

A Obra ao Negro, regida por Saturno: corresponde ao primeiro ato, que transcorre principalmente no bosque. Durante esta etapa, Monostatos é o principal obstáculo, relacionado com Saturno, quer dizer, a prisão da matéria. Ele é o carcereiro de Pamina que se interpõe entre Tamino e Pamina (ao final do primeiro ato) e está apaixonado pela Princesa, sem poder possuí-la.

A Obra ao Branco, regida pela Lua: esta obra corresponde as primeiras provas a que Tamino e Papageno se submetem, e por outra parte Pamina. Nesta etapa ainda não foi realizado o casamento alquímico.

A Obra ao Vermelho, regida pelo Sol: guiados pela força solar, Tamino e Pamina, agora reunidos pelo matrimônio alquímico, passam através dos quatro elementos. Nesta etapa também são destruídas definitivamente as vestes da Rainha da Noite e de Monostatos, símbolos da matéria inferior.

Flauta Mágica como alegoria alquímica, ou seja, um conto de transformação em que todos os intervenientes são submetidos a uma estrutura simbólica, iniciática, que os conduz a um grau superior de realização e espiritualidade: nos opostos que se confrontam luz e sombra, negro e branco, mal e bem, sairão vencedores os representantes de uma humanidade regida pelos princípios em que imperam o belo, o bom, a verdade da razão iluminada

Provas e Iniciações

Estas acontecem através de toda a obra, principalmente no segundo ato.
No primeiro ato vemos uma cena em que Tamino está tocando a flauta mágica e todas as feras do bosque se rendem ao encanto da música. Mas de repente ele se lembra de Pamina e o encanto desaparece; o discípulo renuncia aos poderes inferiores e continua em busca de sua alma.

As iniciações e Provas do segundo ato não são apenas rituais, mas geralmente carregam uma situação de perigo, como fica claro na evocação de Sarastro aos deuses Isis e Osíris: “Oh Osíris, ilumina com o espírito da Sabedoria o novo casal. Vocês que guiam os passos dos caminhantes, fortalecendo-os com paciência durante o perigo. Permite-lhes vê-los como frutos dessas provas. Mas se tiverem que morrer, premie a virtude de seu valoroso esforço e acolha-os em sua morada”. Estas linhas nos recordam as palavras de Krishna no Baghavad Gita: “Morto ganharás o céu, vitorioso dominarás a terra, então, levanta-se, Parantapa, e apressa-se a lutar.”

No segundo ato, Tamino mantém o voto de silêncio que se havia imposto e rejeita as três damas. Pamina deve escolher entre sua mãe e o reino solar, que culmina na separação de Tamino. Estas provas pertencem aos Mistérios menores e se alude a elas na obra como etapas de purificação.

Os mistérios maiores se acham simbolizados pela passagem através dos quatro elementos, que realizam em conjunto Tamino e Pamina, guiados pela Flauta Mágica.

 

O SIMBOLISMO DA FLAUTA MÁGICA

“A Flauta Mágica” de Mozart é um dos mais maravilhosos testamentos musicais que um músico-filósofo deixou como legado. Mozart não era somente um músico, mas um filósofo no sentido mais pleno da palavra.

Ele procurou criar uma ponte entre o ser humano e o divino através do amor, como é demonstrado em todo o seu trabalho. Em “A Flauta Mágica”, o apolíneo, a iluminação do divino; e o dionisíaco, a transformação do homem.

A Maçonaria que Mozart viveu era como uma Escola de Formação Humana, baseada na tradição, no simbolismo, na fraternidade, indo além da cultura, das classes sociais, da ideologia, da religião; na luta contra todo o tipo de fanatismo, e a favor do aperfeiçoamento do homem que constrói a Humanidade.

Ainda que o ingresso de Mozart na Maçonaria tenha sido relativamente tardio, pois já estava com 28 anos, foi a partir dessa época que ele escreveu suas mais célebres composições musicais maçônicas. Das obras que precedem a sua iniciação, mas que já são de inspiração maçônica veio sua obra mais esotérica, A Flauta Mágica, todas, em maior ou menor medida, recorrendo a símbolos, ritos e encenações esotéricas.

 

SANDRO PINHEIRO

 

Biografia:www.noesquadro.com.br/artes/mozart-flauta-magica-e-maconaria

Biografia:Ópera maçônica a flauta mágica: W. A. Mozart-Rizzardo da Camino

Biografia:https://bibliot3ca.com/a-flauta-magica

Biografia: A Flauta Mágica, A Maçonaria e a Alquimia- Gerson Fraissat

Biografia:www.freemason.pt/mozart-flauta-magica-maconaria

A SIMBOLOGIA MAÇÔNICA EM PARATY


 

Uma cidade construída sobre os pilares de um segredo

Quem anda pelas ruas de Paraty, cidade histórica localizada no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, ao admirar sua arquitetura requintada e de estilo colonial, talvez não perceba, à primeira vista, os segredos que ela esconde.

Com olhos um pouco mais atentos, conseguimos identificar nas construções a forte influência de uma sociedade enigmática que por muito tempo se dedicou a manter ocultas suas práticas e filosofias, e que talhou suas simbologias nos casarões, esquinas e ruas de Paraty.

Acredita-se que a maçonaria surgiu em Paraty no ano de 1700, quando Maçons, recém fugidos das perseguições do Velho mundo, encontraram refúgio na ilha e deram início aos seus trabalhos.

Os Maçons que ali se instalaram foram batizados pelos moradores locais de "Os Iluminados", por conta de suas ideias inovadoras. Na época, o oficio da ordem era voltado majoritariamente para a construção civil, por isso, eles foram grandes responsáveis pelo desenvolvimento arquitetônico da cidade.

Os casarões e sobrados são decorados por desenhos coloridos, predominantemente em branco e azul, cores notáveis da Maçonaria Simbólica, assim como as esquinas de Paraty são adornadas por cunhais estudiosos acreditam ser uma alusão aos pilares da maçonaria.

Entre os indícios da presença maçônica na cidade estão às medidas das construções, algumas apresentam vãos entre janelas em que o segundo espaço é o dobro do primeiro e o terceiro é a soma dos anteriores isto indica que a soma da parte é igual ao todo, ilustrando o retângulo áureo de concepção maçônica.

Outra grande indicação é a presença do número 33, importante na Maçonaria Filosófica. As plantas de algumas casas possuem escala 1:33:33, existe também o registro de um cargo chamado "Fiscal de Quarteirão", a vila possuía 33 fiscais, mas o número de quarteirões era bem menor que 33, o que pode significa a tentativa de esconder os rituais e práticas maçônicas daqueles que não pertenciam à ordem.

Naquele tempo, era mais difícil desvendar os sinais e ilustrações mas hoje, como as informações sobre a maçonaria estão mais acessíveis, podemos entender um pouco desta história que teve seu alvorecer séculos atrás.

Fonte: Revista Luzes

A FELICIDADE ESTÁ MAIS PERTO DO QUE SE IMAGINA


 

Quando o homem compreende que está interligado a tudo e a todos dentro do Universo, que Deus é a energia Suprema de onde todas as vidas provêm, busca sintonizar-se com todas as vidas.

A felicidade que a maioria da humanidade busca não está fora, mais dentro de si mesmo.

Quando o homem deseja que o outro homem seja feliz, se torna feliz junto com ele.

A felicidade é como uma flor de dente de leão soprada ao ar, não se sabe onde a semente vai cair, mas da mesma forma que se encontra a flor no meio do caminho, outros encontrarão e terão a mesma oportunidade de soprá-la para que outros a encontrem.

Quem deseja a sua felicidade, deve alegrar-se com a felicidade do próximo.

Quem deseja a sua felicidade deve amar ao próximo, pois tudo está devidamente interligado, a vida funciona como um espelho que reflete o que a ele é apresentado.

A felicidade está ao alcance de todos que compreendem que ele e o outro são um só.

A felicidade está interligada a gratidão, pois aquele que tem gratidão em seu coração pelo quinhão que recebe da vida abre espaço no jardim de sua vida, para o recebimento de nova florada e da multiplicação dos grãos.

A felicidade está ao alcance de todos que não permitem armazenar em seu coração os males da vida, que não guardam o ódio ou rancor, que vivem procurando fazer o outro feliz.

A felicidade é como a bênção da chuva nos campos da vida, é como o Sol que irradia luz sobre tudo e todos, sem distinção ou discriminação.

A felicidade é como o cobertor da noite sobre o dia, que estende as estrelas como guia para o caminho do navegador.

A felicidade é saber observar nos mínimos detalhes da vida a beleza da criação de Deus.

A felicidade é compreender a importância de poder respirar livremente, de poder abraçar e sentir o calor dos corações.

A felicidade é a fonte de água viva que jorra no oásis para saciar a sede do peregrino sedento no deserto.

A felicidade é poder andar livremente, enquanto tantos estão impossibilitados.

A felicidade acende a luz da esperança no coração dos encarcerados que se mantêm vivos apesar da privação da liberdade.

A felicidade consiste em ter amor por tudo e por todos.

A felicidade é uma graça divina, cujo quinhão se multiplica no reconhecimento de toda felicidade que se tem.

A felicidade é viver em paz com seu coração e com a sua consciência.

A felicidade é amanhecer em oração e adormecer com gratidão.

A felicidade é poder ver, ouvir e falar, e quando isso não é possível é estar mergulhado dentro de si a agradecer a vida que recebeu de Deus.

A felicidade está ao alcance de todos que conseguem juntar os fragmentos do mosaico que forma o quadro Divino da vida humana.

Se a felicidade é tudo isso muito e mais, é preciso saber cultivá-la para que ela se multiplique.

Informamos que este trabalho faz parte de uma série que vem sendo apresentada aos Cavaleiros e Damas Templários da Ordo Supremus Militaris Templi Hierosolymitani - OSMTH Magnum Magisterium.

Non Nobis Domine, Non Nobis Sed Nomini Tuo da Gloriam.

Não a nós Senhor, não a nós, mas a Tua glória.

Recebam o Fraternal Abraço.

Mestre Dom Albino Neves



 

TRONCO DE SOLIDARIEDADE


 

Cumprindo a Solidariedade

Quando da construção do Templo erguido por Salomão em Jerusalém, tinha-se por hábito guardar documentos da obra, bem como o salário dos construtores, classificados como Aprendizes e Companheiros, no interior das duas Colunas localizadas na entrada do Templo, que eram ocas. Os primeiros na Coluna B e os do Segundo Grau na Coluna J.

Esse salário corresponde à jornada de trabalho, nem sempre era em moedas, pagava-se também em espécie, sendo o sal o mais valioso e procurado, daí deriva a palavra salário.

Cultivando-se a "Arte Real" persistiu a tradição de premiar-se o trabalho dos Aprendizes e Companheiros com o conteúdo das Colunas e se abastecer estas com as verbas necessárias e projetos.

Por uma questão de ordem prática, não se podia transformar as Colunas em cofre, para que os donatários colocassem seus depósitos. Por esta razão, criou-se uma reprodução das Colunas, em miniatura, que girava por entre as bancadas, recebendo as contribuições, a mão se introduzia pelo alto do capitel, que a ocultava, havendo uma fenda no cimo do fuste, para a passagem das ofertas. Outros recipientes tinham a forma da Coluna, àquela que os arquitetos denominavam "Tronco".

Naquela época, a função caritativa da Maçonaria se tornou tão destacada, que a Ordem passou a ser identificada filantrópica, se ouvia falar que a imagem da Maçonaria era Fraternidade e Caridade. Assim, a antiga coleta que se fazia entre os sacerdotes foi estendida aos associados, passando a ser destinada às obras piedosas da corporação ou da Loja. Isso chegou a influir na denominação do "Tronco", que passou a ser chamado de "Tronco de Beneficência" ou de "Solidariedade" e em alguns Ritos "Tronco da Viúva", em razão da palavra viúva exprimir todos os desvalidos da sorte.

O "Tronco" gira seguindo o curso dos astros. A circulação ritualística forma uma estrela de seis pontas (Escudo de Davi, Selo de Salomão ou Hexagrama Mágico). O simbolismo dessa circulação, sintetizada na estrela de seis pontas, representa as duas naturezas humanas: "Masculina e Feminina", que se interpenetram e se harmonizam, conservando, porém, cada uma, sua própria individualidade. O giro é suspenso entre Colunas – não é o Tronco que fica suspenso, mas sim o giro, que aguarda instruções.

No Brasil, o "Tronco de Solidariedade" é revestido de especial importância, há muito que os Regulamentos Gerais da Ordem somente consideram válida uma Sessão, se nela circulou o "Tronco" (exceção feita somente a Sessões onde estão presentes profanos, como no caso de datas festivas, cívicas, brancas, fúnebres, etc.). É lição antiga que na oferta, "a esquerda ignore o que faz a direita", (Mateus 6:3), justamente essa modéstia é uma das explicações do legendário segredo maçônico.

Resultado do "Tronco", o Irmão hospitaleiro vai ao Altar do Orador e com ele confere o produto do Tronco. O Irmão Orador comunica em voz alta ao Venerável a quantia arrecadada, que depois de anunciada pelo Venerável, é entregue ao Irmão Tesoureiro e creditada ao Irmão Hospitaleiro.

O "Tronco de Solidariedade" é de fundamental importância, pois, o socorro aos necessitados depende da consciência de cada Irmão. É sempre bom lembrar que um tijolo se une a outros tijolos e, juntos, erguem uma casa. Uma brasa se une a outras brasas e, juntas, mantêm o fogo aceso. Uma mão se une a outras mãos e, juntas, executam o serviço.

Um passo se une a outros passos e, juntos, chegam ao destino. Por isso que juntos somos capazes de realizar.

Ir Osvaldo Generoso Dias

Or.'. São João Evangelista - MG

 

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