DA CONCEPÇÃO DA “LUZ” A “ESCULTURA MAÇÔNICA”


 

Queridos e amados Irmãos!

Trazendo uma rememoração bíblica, a doutrina Cristã traz em sua essência, que Lúcifer era um anjo admirável e ao mesmo tempo muito rebelde, criatura feita por Deus, titulada como o pai da mentira, que acusa os irmãos, engana, trai e governa o reino das trevas ou da escuridão.

Tal poder que tem, ele cega os perdidos para a “luz gloriosa do evangelho de Jesus Cristo” e procura a qualquer custo ser “adorado”, porém age também para roubar, matar e destruir.

É esse inimigo a quem devemos resistir, bem como as suas obras malignas que Jesus veio para destruir. Por analogia, quando analisamos a doutrina maçônica, todas as pessoas do mundo “profano” vivem sem visão, são condenadas e confinadas à escuridão em face ao seu espírito.

De acordo com esse contexto e por meio da iniciação maçônica, os homens são tirados da escuridão, são tirados das trevas e são trazidos à luz, fazendo uma total purificação interna e dando-lhes nova vida.

Assim que se tornam maçons, os homens são chamados de “filhos da luz” (Lightsfoot's Manual Of The Lodge, pg 175 – Manual do Pé de Luz).

Ainda na condição de “cego das almas impotentes” e seguindo os preceitos nas condições ritualísticas maçônicas, no primeiro grau os iniciantes devem Ser Luz, quando já no segundo grau, tenham uma Nova Luz, e alcançando o terceiro grau passam a ter Mais Luz. Então esses três graus formam assim um conjunto perfeito e harmonioso.

Todos nós pecamos e assim perdemos nesse momento a perfeição que Deus exige, e nesse caso ninguém é justo por sua própria virtude.

Quando os homens estiverem compenetrados da moralidade maçônica, quando estiverem aprendidos a exercitar todas as virtudes que ela inculca, quando tudo isso lhes forem sociais, todos estarão preparados a receber a briosa instrução filosófica para galgar as alturas sobre cujo cume estão entronizadas a “luz e a verdade” da maçonaria.

Não só a “luz” fará o homem maçom a ser perfeito e harmonioso. É preciso ser, fazer e sentir a perfeição e saber quem ele é.

Quando nós maçons dividimos a nossa história de vida em um local (no templo maçônico) que nos transforma, lapida e nos faz lembrar que a essência maçônica de transformação passa para nós, a partir dali, questionamos: o que é lapidar? O ato de lapidar é bater, talhar, polir, aperfeiçoar o procedimento que ao longo do viver nos reinventamos dentro da subjetividade de cada um de nós maçons.

No transcurso das nossas vidas, algumas vezes perdemos pedaços de nós mesmos, nos momentos em que perdemos a harmonia e a concórdia dentro da ritualística maçônica com os nossos irmãos, ou na ocasião quando os acontecimentos não saem como almejamos ou como projetamos, é nesse instante que devemos a voltar a nos lapidar.

Não ocorre lapidação sem dor. A dor é o elo do ato de se esculpir. O maçom ao esculpir-se utiliza o maço e o cinzel, que são duas ferramentas utilizadas por profissionais que trabalham em pedra, que possibilitam tirar lascas da pedra bruta, e para isso é preciso batidas fortes e repetidas.

 Nada pode ser muito leve e sem força, senão não há aperfeiçoamento interno. Ao usar as ferramentas que nos ajuda a nos lapidar, chamamos de edificação do homem.

Se nós conseguirmos chegar onde estamos, essas conquistas são resultados de uma série de acontecimentos que deram certo, porém por caminhos difíceis.

Assim, muitas coisas que não dão certo, ou não saem como nós esperamos, podemos aprender muito mais se desejarmos alcançar. O ato final de nos esculpir é um processo da nossa construção pessoal infinita, pois jamais colocamos fim em nossa construção humana até que a morte nos abrigará e nos conduzirá ao oriente eterno.

Até lá, seguimos nos lapidando e nos moldando sempre, pois, nós já encontrávamos dentro do bloco de uma pedra bruta, e lá se escondia uma bela escultura que somos hoje.

Porém, quem quiser continuar a mostrá-la (escultura) e ser um maçom de exemplo de harmonia, concórdia e de virtudes, deverá continuar sempre a remover os seus excessos, até expor as partes perfeitas que as escondem dentro de uma pedra bruta. 

Um TFA a todos os meus amados Irmãos.

Ir.’. MM Charleston Sperandio de Souza. Presidente da Comissão de Beneficência - CIM nº 304.753 ARLS Fraternidade Guanduense N° 1396. Professor Universitário. Baixo Guandu/ES

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