Em 1998 me desloquei,
junto com a comitiva do Supremo Conclave para o Rito Brasileiro, para a cidade
de Itatiaia/RJ.
Como o ônibus sairia
às sete horas no centro do Rio de Janeiro, tive que acordar às 4:30h e me
deslocar até Realengo onde pegaria o transporte na garagem.
Saímos na hora marcada,
porém, tivemos de desviar o caminho para pegar um Irmão na Ilha do Governador.
Esse Irmão assim que chegou a cidade de destino disse que ia dar umas voltas e
sumiu!
Chegamos a Loja e após
um breve café começamos a trabalhar. Fizemos um grau 18 e um 22, na parte da
manhã. Após um rápido almoço, partimos para um 28 e 30.
Os trabalhos terminaram
por volta das 18:30h com todos já bem cansados.
O presidente da Câmara
teve a infeliz idéia de abrir a palavra ao bem geral, etc. Ao invés de sobre o
ato.
Todos nós sabemos que
existem alguns Irmãos não tem limites quando começam a falar. E foi aquele blá,
blá, blá conhecido.
Lá pelas tantas, levantou-se
um Irmão e passou a ler um trabalho que não tinha nada a ver com o ocorrido.
Levou meia hora o nosso suplício.
Terminada a
explanação, outro levantou e depois das saudações de praxe, disse que estava
empolgado com o trabalho anteriormente apresentado, meteu a mão no bolso
traseiro da calça e de lá tirou um bolo de papeis amarelados.
Os olhares se
cruzaram! E ele todo empolgado passou a ler aquele monte de papéis. Foram
gastos, exatos, QUARENTA MINUTOS.
Ninguém havia
prestando atenção! Se ele tivesse levantados os olhos dos papéis veria alguns
dormindo.
Resumo da ópera: Já
passavam das 20:30h quando terminamos.
Lá fora encontramos
com Irmão fujão que tinha ido fazer turismo pela cidade.
Na volta, mais uma vez
tivemos de desviar do nosso caminho para deixar o turista na porta de casa.
Consegui chegar a
minha casa as três da manhã!
A Maçonaria já foi
considerada como o local de grandes oradores. Isso foi antes do surgimento dos
meios de comunicação modernos. Na época de professor universitário aprendi que
o tempo máximo de concentração de um ouvinte é de 15 minutos. A partir daí a
atenção se dispersa.
Vamos ser objetivos em
nossas palavras?
Paulo Edgar Melo