A seguir,
extraída parte de esclarecedora Palestra do Valoroso Irmão Marco Antonio Mello
Raposo Mestre Maçom da Loja Vale do Piabanha/GLERJ proferida na Loja Jesus
Cristo no Rio de Janeiro.
“Num passado bastante remoto”, nossa instituição apresentava-se como contraponto às tiranias, aos entraves à roda evolutiva econômica e social, e aos desmandos da Igreja Católica em sua busca por um poder cada vez maior sobre os povos e sobre os Estados; enfim tratava-se de uma instituição que incomodava aos déspotas poderosos de então. Por isso ela era sempre mantida na linha de fogo da polêmica e da controvérsia.
“Num passado bastante remoto”, nossa instituição apresentava-se como contraponto às tiranias, aos entraves à roda evolutiva econômica e social, e aos desmandos da Igreja Católica em sua busca por um poder cada vez maior sobre os povos e sobre os Estados; enfim tratava-se de uma instituição que incomodava aos déspotas poderosos de então. Por isso ela era sempre mantida na linha de fogo da polêmica e da controvérsia.
Nunca a maçonaria foi tão atacada e vilipendiada
pela Igreja e perseguida pelos Estados como naquela época.
Mas, apesar disso, ela fazia a roda da vida da
humanidade girar. As renomadas personalidades que compunham a instituição
naqueles tempos lhe traziam prestígio e respeito, não só por serem nomes que
detinham poder, mas principalmente por se tratar de homens de coragem, com a
firme determinação de combater tudo aquilo que representasse ameaça à paz, à
soberania e a justiça social.
Lamentavelmente, tudo isso se transformou em
relíquias de um passado remoto.
Entretanto, meus Irmãos, parece que o processo
cíclico que faz girar a roda da vida está nos impelindo em direção do
renascimento daquela gloriosa fase de nosso passado. Nada ocorre ao acaso. Tudo
na vida tem seu momento próprio de nascer, morrer, renascer, num contínuo ciclo
evolutivo.
É chegada a hora de mais um renascimento! Portanto,
meus Irmãos, não desprezemos a disposição de mais de 100.000 Irmãos espalhados
pelo País em querer a inserção de nossas instituições numa luta clara e frontal
pela busca de um futuro mais digno para nossa Nação, tendo nossos atuais
dirigentes à frente desse processo, comandando-nos e orientando-nos conforme as
luzes de suas sabedorias.
Preparamos, para o atingimento desse objetivo, uma
estratégia inicial que esperamos venha a ser gradativamente enriquecida pelos
Irmãos que forem aderindo ao propósito estabelecido, e vislumbrem novas ações
que possam aprimorá-la.
Conclusão.
Conclusão.
Temos o dever moral de honrar as nossas mais nobres
tradições e dar início a um processo que contribua de forma incisiva, para a
correção dos rumos atuais em defesa de nossa Pátria, de nossos lares, de nossas
famílias e, pela busca do Bem Comum.
No Ritual do Aprendiz Maçom durante a abertura dos
trabalhos, quando o Venerável Mestre pergunta “para que nos reunimos aqui Irmão
1º Vigilante?”, ele então responde: “para combater a tirania, a ignorância, os
preconceitos e os erros, e glorificar o Direito, a Justiça e a Verdade; para
promover o bem estar da Pátria e da Humanidade, levantando Templos à Virtude e
cavando masmorras ao vício.”.
Meus estimados Irmãos, vamos então dar cumprimento
ao determinado em nosso Ritual! Vamos romper com essa inércia! Vamos dar um
basta nessa sujeira que emporcalha a Nação!
Vamos mostrar a nossos filhos e netos que um dia
esse País poderá vir a ter governantes dignos, honestos, capazes e
comprometidos com ideais mais elevados! Mostremos a esse País que além de
Maçons somos brasileiros, e que em nossas veias corre sangue!
Prostar-se indignado sem nada fazer é estar
conivente com a disseminação dos vermes que contaminam as entranhas dos poderes
constituídos!
Lá está nossa Bandeira! Nosso símbolo maior!
Símbolo de luta e de esperança. Não a desapontemos! Não adianta só criticar
tudo o que vem ocorrendo de errado com nosso País.
É chegada a hora de perguntarmos para nós mesmos: o
que podemos e devemos fazer por ele?
Para atingirmos tal propósito necessitamos
disciplina, perseverança e tenacidade. Não podemos continuar inertes, deixando
que escorra por nossas mãos a grande oportunidade de resgatarmos os mais nobres
legados da maçonaria universal. Já deixamos passar preciosas oportunidades de levar
adiante um trabalho sério que só engrandeceria a Instituição a qual
pertencemos; que só nos dignificaria e nos enobreceria; que só nos abençoaria
com o orgulho de sermos simplesmente Maçons.
Transformemos esta noite de 6 de outubro de 2009,
num marco que simbolize o início de nossa caminhada rumo ao resgate de nossos
consagrados valores e de nossa verdadeira identidade. Que o GADU nos abençoe
nos combates do porvir.
Que sejamos um só corpo, um só espírito, um só
coração na luta por uma Maçonaria mais presente, mais ativa e mais afeta aos
destinos de nossa Nação. Que a história da Maçonaria brasileira venha, no
futuro, orgulhar-se de todos nós.
O que procurei trazer na noite de hoje foi uma
opinião livre de vícios e preconceitos e suficientemente honesta e sincera,
para me expor a atrair sobre mim toda a sorte de interpretações e sentimentos.
Entretanto, meus Irmãos, estejam certos de que
desejo, apenas, o bem estar de nossa Pátria herdamos denso legado de Irmãos que
nos antecederam numa jornada rica em Instituição. Por elas sonharei, enquanto
me for permitido sonhar; por elas lutarei, enquanto me for permitido lutar e
por elas tombarei se preciso for tombar.
Nunca nos esqueçamos, meus Irmãos, de que ninguém é
tão pobre que nada tenha a dar, nem tão aquinhoado pela vida que nada tenha a
receber, nem tão bruto que nada possa ensinar ou tão sábio que nada reste
aprender. Dobremo-nos humildes e esperançosamente ante o golpe do Maço do
Criador e sujeitemo-nos à orientação de Seu Cinzel, para que mereçamos compor a
Grande Obra da Criação. E, se um dia encontrarmos as trevas da decepção em
nossa jornada maçônica, não nos quedemos como tantos insensatamente o fazem,
amaldiçoando a escuridão.
Acendamos as luzes dos nossos espíritos, e
iluminemos o caminho daqueles que se deixaram ficar. Que sejamos um elo que se
funde à cadeia infinita que une todos os Maçons do universo na Divina Tarefa.
Colocamo-nos, em nossa Loja, à disposição de todos
os Irmãos que acreditem ser possível reescrever a nossa história.
Venerável Mestre, agradecemos a oportunidade que
nos foi confiada, e coloco-me à disposição de todos os Irmãos aqui reunidos
para um profícuo debate sobre o que acabamos de apresentar.
“Muito obrigado pela atenção dispensada pelos
queridos Irmãos.”
Marco
Antonio Mello Raposo- Mestre Maçom