Dias atrás, fui procurado por um cidadão, até bem conhecido, sem ser
amigo de verdade, nos seus aproximadamente cinquenta e cinco anos, com vida
financeira bem definida e da criação da família também já bem encaminhada e com
todos os filhos muito próximo da definição de rumos, que me indagou sobre como
é a maçonaria, o que maçons fazem dentro das lojas e fora delas, e eu, fui a
cada indagação respondendo a meu modo e meus limites, até onde pode ser
esclarecido para um profano.
A conversa ia decorrendo bem, num bate papo que até achei que ele queria
propor-me apadrinhá-lo numa loja maçônica, até que meu interlocutor indagou
finalmente, e acho que era onde queria chegar, qual eram as vantagens e
regalias que uma pessoa leva ao entrar para a maçonaria. Exemplificou que em
sua terra natal, Muriaé, todos os maçons da cidade eram pessoas de posses e com
status, sendo pessoas admiradas e reconhecidas.
De bate pronto falei a ele que com este pensamento a melhor vantagem e
regalia que uma pessoa leva da maçonaria é não participar dela, porque ali não
se trata de vantagens pessoais, muito menos de regalias e favores e sim de
favorecer, com seu empenho, dedicação, trabalho, inteligência para construir
uma sociedade mais justa e fraterna, criando e propagando os ensinamentos de
justeza, de cidadãos comprometidos com o país e seu povo, lapidando seu eu,
para tornar-se capaz de induzir em seu meio de convivência um ambiente salutar
de se viver e etc.
Disse a ele também, pedindo licença e desculpas pelas minhas posições, é
claro, que não entendia o porquê de uma pessoa com a idade e a posse que já
possuía, ainda procurava por instituições e situações que o avantajasse de
qualquer forma e não porque de dedicar seu tempo, trabalho, dedicação, apoio
financeiro na proporção de não o comprometer, amor até, a instituições que
dedicassem a um bem qualquer que não seja palpável como material, mas sim de
retorno e felicidade imensurável para o ego pessoal.
Após este entrevero, o assunto passou a não interessar mais ao meu
interlocutor e a conversa perdeu o rumo.
Ora, imaginem bem!!!
Um individuo com as qualificações acima citadas, ainda estar preocupada
em levar vantagens ao participar de um grupo, sendo ele de crescimentos pessoal
ou de serviços ou de qualquer outro, sabendo que onde quer que esteja ou
atividade desenvolvida, onde alguém leva vantagem a contra parte fica em
desvantagem, e isto não combina com o salutarismo do ambiente de
convivência.Ademais, será porque é este ambiente promiscuo que boa parte das
pessoas ainda preferem viver, será que é a disciplina que nossos antepassados
nos passaram ou a cabecinha oca, proveniente da falta de cultura, fraternidade
e o conceito de convivência em sociedade?
Não percebe ainda que leva desta vida é somente aquilo de bom e precioso
que se fez ou proporcionou a alguém fazer de bom e que a grande memória que
deixamos gravada em nossos entes e amigos são o que de felicidades, crescimento
em suas vidas de fraterno e sentimentos de afeto conseguimos imprimir neles.
Para finalizar perguntemos a nós mesmos, porque será que somos tão
interessados a adquirir tantos bens e às vezes não importa a forma, esquecendo
que somos parte de uma célula onde o bem viver de cada um resulta na felicidade
de todos.
PENSEM NISTO.
Escrito por Nilton Soares.
Num momento de rara reflexão.
Fonte: Site da GLMMG.ORG.BR