Meus IIr.’.
Companheiros, quem é esta estrela flamejante?
Porque a observamos ela desde os primórdios da raça humana? Porque
conhecemos como estrela de cinco pontas? Que é este astro? Ela é de
conhecimento universal?
Para iniciarmos a
responder estas perguntas, podemos dizer que esta “Estrela de Cinco Pontas” recebeu
seu nome em homenagem à deusa romana do amor e da beleza, Vênus, o equivalente a Afrodite
na Grécia. Depois da Lua,
é o objeto mais brilhante do céu noturno, atingindo uma magnitude aparente de (-) 4,6 o suficiente para
produzir até sombras.
Como Vênus se
encontra mais próximo do Sol do que a Terra, ele pode ser visto aproximadamente
na mesma direção do Sol (sua maior elongação é de 47,8°). Vênus atinge seu
brilho máximo algumas horas antes da alvorada
ou depois do ocaso, sendo por isso conhecido como a estrela
da manhã (Estrela D'Alva) ou estrela
da tarde (Vésper); também é
chamada de Estrela do Pastor.
Precisamos
entender que Vênus gira sobre seu eixo a cada 243 dias terrestres e é mais
lenta sua rotação entre todos os planetas. Um aspecto curioso da órbita e
período de rotação de Vênus é que o intervalo médio de 584 dias entre
aproximações sucessivas da Terra é quase exatamente igual há cinco dias solar
venusianos. Como viajamos no espaço com uma velocidade superior ao de Vênus, um
dia sideral venusiano é, portanto, mais longo
do que um ano venusiano (243 contra 224,7 dias terrestres).
Entretanto, por
causa da rotação retrógrada, a duração do dia solar em Vênus é significativamente
mais curta que o dia sideral.
Nos períodos em que Vênus está mais
brilhante pode ser visto durante o dia, sendo um dos dois únicos corpos
celestes que podem ser vistos tanto de dia como de noite (sendo o outro, a Lua).
Vênus apresenta diferentes fases de uma forma parecida às da Lua. Vênus tem uma
órbita parecida com um círculo, ao contrário dos outros planetas que exibem
órbitas elípticas.
Os ciclos entre
duas inclinações máximas duravam 584 dias (período sinótico). Depois de 584
dias, Vênus aparece numa posição a 72° da inclinação anterior. Depois de 5
períodos de 72° em uma circunferência (5 x 584 = 2 920 dias), Vênus regressa ao
mesmo ponto do céu, a cada 8 anos (8 anos de 365 dias cada = 2 920 dias). Este
período era conhecido no antigo Egito como o ciclo Sothis.
Vênus "ultrapassa"
a Terra a cada 584 dias enquanto órbita o Sol. Nessas ocasiões, ele muda de
"Estrela Vespertina", visível após o pôr do sol, para "Estrela
Matutina", visível antes do nascer do Sol. Sua maior elongação máxima
significa que ele é visível em céus escuros por bastante tempo depois do pôr do
Sol. Sendo o objeto pontual mais brilhante do céu, Vênus é frequentemente
citado pela mídia como "objeto voador não identificado“.
A órbita Venusiana
é ligeiramente inclinada em relação à órbita da Terra; assim, quando o planeta
passa entre a Terra e o Sol, ele normalmente não cruza a face do Sol.
Entretanto, trânsitos de Vênus ocorrem quando a conjunção
inferior do planeta coincide com a sua presença no plano da órbita da Terra. Os
trânsitos de Vênus ocorrem em ciclos de 243 anos, sendo que o padrão atual consiste
de pares de trânsitos separados em oito anos, em intervalos de cerca de 105,5
anos ou 121,5 anos.
O trânsito mais
recente aconteceu em junho de 2004 e o próximo será em junho de 2012.
Vamos
deixar um pouco o lado astronômico deste astro e vamos passar ao seu histórico. Por ser um dos objetos mais brilhantes do céu, Vênus é conhecida
desde os tempos pré-históricos e, como tal, ganhou uma posição importante na
cultura humana. Ele foi descrito em textos babilônicos
cuneiformes, como a placa de Vênus de Ammisduqa,
que relata observações que possivelmente datam de 1600 A .C.
A Tábua refere-se à Vênus como Nin-dar-an-na, ou "brilhante rainha do céu". Os
babilônios chamavam o planeta de Ishtar (do Sumério Inanna), a
personificação da feminilidade e deusa do amor.
Os antigos Egípcios
acreditavam que Vênus se tratava de dois corpos separados e conheciam a estrela
da manhã como Tioumoutiri e a da noite como Ouaiti. Da mesma forma, os Gregos
antigos chamavam a estrela matutina de Phosphoros
(latinizado como Phosphorus), “o que traz a luz”, Eosphoros (latinizado como
Eosphorus), “o que traz o amanhecer”.
A estrela da
noite era chamada Hésperos (latinizada como Hesperus), a “estrela da noite”. No
auge da antiga Grécia, os Gregos compreenderam que os dois astros, na realidade
era o mesmo planeta, que eles a chamaram como a sua deusa do amor, Afrodite
(do Fenício Astarte).
Hésperos traduzindo
para o latim como Vésper e Phosphoros como Lúcifer
(“Portador da Luz”), um termo poético que mais tarde foi usado para chamar o
anjo caído expulso do paraíso. Os Romanos,
que derivaram muito do seu panteão religioso da tradição grega, chamaram o
planeta de Vênus, a partir da sua deusa do amor.
Na mitologia Iraniana,
especialmente na mitologia Persa, o planeta usualmente
corresponde à deusa Anahita. O planeta Vênus foi importante para a civilização Maia, que
desenvolveu um calendário religioso. Os Maias conheciam o
período sinódico do planeta e podiam calculá-lo dentro da centésima parte de um
dia.
O povo Masai chamou o planeta de
Kileken e tem uma tradição oral sobre ele chamada “O Menino
Órfão”. Vênus é importante em muitas culturas aborígines australianas, como a
do povo Yolngu na Austrália setentrional, que eles chamam Barnumbirr, para se
comunicar com os seus antepassados.
Na cultura Indiana
"Shukra" é o nome em sânscrito para Vênus um dos nove Navagraha.
As modernas culturas Chinesa, Coreana, Japonesa e Vietnamita referem-se ao planeta
literalmente como a “estrela de metal”, baseada nos cinco elementos.
O símbolo astronômico de Vênus
é o mesmo utilizado em biologia para o sexo feminino: um círculo com uma
pequena cruz em baixo e na Alquimia se referia ao metal cobre.
Para encerrar vamos falar sobre o movimento do planeta
Vênus realiza em sua órbita em relação ao sol, ou seja, o pentagrama formado
pelas cinco posições de Vênus, num período de oito anos terrestres, ao
crepúsculo, nas cinco datas de elongação máxima, ou seja, de máximo afastamento
do Sol.
Uma é que o maior
afastamento aparente do planeta em relação ao Sol (por exemplo, ao início da
noite), a chamada elongação, ao longo de oito anos, produz cinco posições que
formam um pentagrama. Ou então fixando a posição de Vênus no céu crepuscular a
intervalos de 584 dias, o período sinódico entre as órbitas de Vênus e da Terra,
por um ciclo de oito anos, também se obtém um pentagrama.
Conjunções
inferiores sucessivas de Vênus se repetem numa ressonância orbital muito
próxima a 13:8 (a Terra órbita 08 vezes para cada 13 órbitas de Vênus), criando
uma sequência de precessão pentagrâmica.
·
Glossário:
Dia sideral Venusiano: 2915 dias
terrestres para chegar ao mesmo ponto no espaço.
·
Bibliografia e fontes de referencias:
O livro de Hiram, Christopher Knight e
Robert Lomas, impresso pela Editora Madras.
A Simbólica Maçônica, Jules Boucher
(1996)
Rituais do 2º e 3º grau do Rito
Brasileiro – GOB 2009
Wikipédia – www.wikipedia.com.br
"Oh,
quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como óleo precioso
sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão e que desce a orla
das suas vestes. É como orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião,
por que ali, o Senhor ordena benção, e é vida para sempre”.
A.’.R.’.L.’.S.’.
Arca da Aliança 2489 - G.’.O.’.B.’.R.’.S.’.
Eduardo
Bandeira Lecey M.’.M.’. - C.’.I.’.M.’. 250559 – I.’.R.’.B.’. 5399
Porto
Alegre – RS
VI/5771 Anno Mundi da V.’.L.’