SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO NO RITO BRASILEIRO – ÁUDIO E MÚSICAS


Enquanto a nossa memória nos permitir, deveremos sempre nos lembrar da nossa iniciação na Maçonaria, principalmente do momento em que solicitamos a LUZ e ela nos foi concedida.

Gostaríamos que os nossos IIr.’.recebeste este nosso trabalho desenvolvido em conjunto, como uma ferramenta multimídia, a qual pensamos em desenvolver para colaborarmos com a loja, no que entendemos ser a sua sessão mais importante, a de iniciação.

O Neófito passa por todo o processo de iniciação na mais completa escuridão, ultrapassa a câmara de reflexão e realiza as suas viagens sempre sem nenhum resquício de luz. O seu objetivo na realidade é a procura da verdadeira luz, esta que o V.’.M.’. irá conceder no momento oportuno.

Nós os Maçons, nos denominamos de “Os Filhos da Luz” e aos não iniciados, que ainda não receberam a luz, consideramos que se encontram ainda nas trevas. Não estamos aqui propondo nenhum trabalho sobre a LUZ e sim sobre o momento em que é concedida a LUZ no R.’.B.’..

Todos sabemos que em dado momento o V.’.M.’. pergunta ao 1º Vig.’. “O que se pede em favor do Neófito?”, recebendo como resposta: Que lhe seja dada a Luz! Seguem-se então três pancadas de Malhetes, repetidas três vezes e na última, a venda é retirada dos olhos do Neófito, e então finalmente foi lhe dada a Luz!

É neste momento em que o mestre de harmonia, o mestre de cerimônia e seus auxiliares têm que trabalhar em perfeita sincronia, como consta na página 233 do ritual de aprendiz do GOB de 2009.

Com a retirada da venda pelo M.’.C.’. e com a loja totalmente iluminada o M.’.H.’. colocará a  “Marcha da Coroação” da ópera “O Profeta” de Giacomo Meyerbeer.

Sim meus IIr.’., o R.’.B.’. possui uma música própria para este momento tão especial, é o único rito que no seu manual consta qual é o hino musical apropriado. Salientamos que em nossa loja, doravante devemos seguir o ritual como ele foi publicado, pois é vedada a inclusão de cerimônias, palavras, expressões e qualquer ato que não conste no mesmo.

Gostaria de falar um breve comentário sobre a “Marcha da Coroação” da ópera “O Profeta” de Giacomo Meyerbeer, nascido com o nome Jakob Liebmann Beer. Este Judeu-Alemão o qual adotou este nome Italiano, pois no meio artístico era comum os Italianos dominarem a cena das óperas no século passado.

As suas óperas, “Il crocciato in Egipto”, “Esule de Granada", apresentadas em Milão entre outras, foram trabalhos muito bem sucedidos. Em Paris, apresentou com muito sucesso "Roberto, o Diabo", "Os huguenotes" e "O profeta", cuja a marcha da coroação faz sucesso até hoje. Meyerbeer morreria sem ter assistido ao sucesso de sua última obra, "A africana".

O tema principal da ópera  “Le Prophet” são as guerras religiosas do século 16 e baseada na história de Jean de Leyden, que foi instalado como rei de Munster (1) na atual Alemanha em 1534 a qual os Anabatistas (2)    chamavam de o profeta.
Meyerbeer foi fortemente atacado por Richard Wagner, músico contemporrâneo a ele, Anti-semita ferrenho escreveu sob anonimato o livro “Os Judeus e a música”. Essa obra medíocre tinha como alvo principal os compositores judeus, em especial Giacomo Meyerbeer (Jakob Liebmann Beer), que reinava absoluto na Opera de Paris.

Não precisamos comentar que alguns anos depois, Wagner era o artista preferido de Adolf Hitler (3), pois ele simbolizava a genialidade do músico que melhor representava a raça Ariana e a submissão das demais raças.

Voltando ao momento em que a marcha é executada, precisamos saber por que da escolha de “O Profeta”. Com todo o cuidado e sem avançarmos muito sobre este assunto, para não sairmos do grau 1, podemos apenas comentar que no início do livro de Hebreus (1:1-4) lemos estas declarações sobre:

- O Profeta, esta é uma função que já estava predita no Velho Testamento. Os profetas são os porta-vozes de Deus, ou seja, os seus mensageiros.

- O Sacerdote, também predita no Velho Testamento, esta função era representada por integrantes da tribo de Levi. Os Sacerdotes eram os mediadores entre o Deus e os homens.

- O Rei, em muitos trechos do Velho Testamento encontra-se menção à majestade e ao reinado. Rei dos Reis é aquele que vence o inimigo e assegura a vitória para si e para o seu povo!

Podemos enfim dizer que, “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens” Dizer que este é Rei, Sacerdote e Profeta, significa que ele é o único mediador da salvação, como diz a primeira carta a Timóteo (1 Tim 2º ao 5º).

Já que o estamos falando de ópera, vamos ao nosso prelúdio, ou seja, algo que antecede um evento maior, ou então que introduz um evento mais importante.  Vamos dizer as palavras "Esclaves et vassaux, il y a beaucoup de temps de genoux... Levez-vous, levez-vous, levez-vous ! Ressuscités à la vie! " ("Escravos e vassalos, há muito tempo de joelhos... Levante-se! Levante-se! Levante-se!. Ressuscita para a vida!”


Ritualística & Discografia:


·    Abertura da Sessão Magna:

1.  Entrada dos obreiros. Hino de abertura 1’36”.
2.  Abertura dos trabalhos. Era, The Mass 3’40”.
3.  Cerimônia das luzes. Música Reiki. Natureza 4’41”.
4.  Transmissão da palavra sagrada. The Moodys Blues. Nights in white satin, 4’15”.
5.  Abertura do livro da lei. Ave Maria 3’59”.
6.  Balaústre, expediente, propostas e informações. Somewhere 3’03”.
7.  Entrada dos visitantes. Era, Les Visiteurs 3’09”.
8.  Ingresso das autoridades. Hino da Maçonaria 4’42
9.  Pavilhão Nacional. Hino Nacional 3’38”.


  • Iniciação:

    1. Experto e o testamento. Era, Ameno 4’19”.
    2. Ingresso do Neófito no templo. Enya. Tema de coração valente.
    3. Primeira prédica. Giorgio Moroder. Theme from midnight express, 4’43”.
    4. Segunda prédica. Jean Michel Jarré, L’emigrant, 3’55”.
    5. Leitura dos deveres. Era, Voxifera 4’21”.
    6. A taça sagrada. Bob Dylan. Knocking on heavens door, 2’30”.
    7. Terceira prédica. Bohemian Rhapsody 6’18”.
Viagens:

    1. Primeira viagem. Trovões 2’21”.
    2. Segunda viagem. Espadas 2’07”.
    3. Purificação no mar de bronze 49”.
    4. Terceira viagem. Silêncio no ambiente.
    5. Purificação pelo fogo 1’55”.
    6. Compromisso de adesão. Vangelis, L’Efant 5’01”.
    7. Decisão da loja. Jean Michel Jarré. Chronologie, 3’33”.
    8. Retorno do Neófito. Pink Floyd and Royal Philarmonic Orchestra. Us & Then, 6’16.
    9. Juramento. Hans Zimmer and Lisa Gerard. Gladiator soundtrack Theme, 1’36”.

  • A Luz.

Marcha da Coroação da ópera “O Profeta” de Giacomo Meyerbeer, 3’52”.


1.  A consagração. Enya. Now we are free, 4’13”.
2.  A Investidura. Queen and Royal Philarmonic Orchestra. We are the champions, 3’20”.
3.  No Oriente. Carl Off. Carmina Burana, 5’19”
4.  Primeira Instrução. Beatles and Royal Philarmonic Orchestra. Yesterday 3’28”.
5.  A Proclamação. Jean Michel Jarré. Gloria lonely Boy, 5’28”.
6.  Distribuição de flores. Queen and Royal Philarmonic Orchestra. You’re my best friend, 3’20”.

  • Encerramento da Sessão Magna

1.  Troco de beneficência. Luiz Gonzaga. Acácia amarela, 3’04”.
2.  Palavra relativa ao ato. Silêncio para escutar as solicitações.
3.  Saudação ao Pavilhão nacional e retirada. Hino a Bandeira, 4’22”.
4.  Retirada das autoridades. Hino da Maçonaria, 4’42”.
5.  Procedimentos preparatórios ao encerramento. Giorgio Moroder. Love theme, 5’38”.
6.  Fechamento do livro da lei. Paco de Lucia. Danza ritual del fogo, 4’24”.
7.  Amortização das luzes. Pink Floyd and Royal Philarmonic Orchestra. Wish you where here, 4’25”.
8.  Conclusão. Hino de saída, 1’52”.

Glossário:

1.  Münster, região aonde ocorreu a revolução dos Anabatistas em que foi criada uma monarquia teocrática, sendo que os bens desta cidade foi dividido entre seus membros, como se fosse uma espécie de comunismo.
2.   Anabatistas, esta é uma palavra grega que significa “rebatizadores”, devido a sua rejeição do batismo infantil e somente aceitando o batismo espontâneo tardio.
3.   Adolf Hitler, líder Alemão do III Reich, certamente o principal responsável pela 2ª guerra mundial. As suas teses racistas e anti-semitas no período em que esteve no poder, grupos minoritários considerados indesejados, tais como Testemunhas de Jeová, Eslavos, Poloneses, Ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais, Maçons e judeus - foram perseguidos no que se convencionou chamar de Holocausto.


Bibliografia, fontes de referencias:

  1. Ritual de aprendiz Maçom, segundo o sistema do rito Brasileiro de 2007, editora do Grande Oriente do Brasil.
  2. A Bíblia Sagrada
  3. www.wikipédia.org
  4. www.meyerbeer.com/leprophe.htm
  5. Novo ritual de aprendiz do Rito Brasileiro de 2009 em fase de publicação.
  6. “Memorandum, Rei, Sacerdote, Profeta: historicidade, religiosidade e subjetividade” do Prof. Gilberto Safra, publicado em 2001, doutor em psicologia, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo PUC/SP.
  7. Atualizado pelo ritual de aprendiz Maçom, do R.’.B.’. de 2009 do G.’.O.’.B.’.


Abreviaturas utilizadas:

  • G.’.O.’.B.’.R.’.S.’., Grande Oriente do Brasil, Rio Grande do Sul
  • A.’.R.’.L.’.S.’., Augusta e Responsável Loja Simbólica
  • Ir.’., Irmão
  • IIR.’., Irmãos
  • AA.’.MM.’., Aprendizes Maçons
  • A.’.M.’., Aprendiz Maçom
  • C.’.I.’.M.’., Cadastro de Identificação Maçônica

  • E.’.V.’., Era Vulgar
  •  “Visita Interiorem Terrae Rectificandoque Invenies Occultum Lapidem”, ou seja, Visita o interior da Terra rectificando e encontraras a pedra oculta.
  • V.’.L.’., Verdadeira da luz
  • M.’.C.’., Mestre de cerimônias
  • Arq.’., Arquiteto
  • 1º Vig.’., Primeiro vigilante

"Oh, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão e que desce a orla das suas vestes. É como orvalho de Hermon, que desce sobre os montes de Sião, por que ali, o Senhor ordena benção, e é vida para sempre”.

A.’.R.’.L.’.S.’. Arca da Aliança 2489 - G.’.O.’.B.’.R.’.S.’.
Eduardo Bandeira Lecey A.’.M.’. - C.’.I.’.M.’. 250559
João Mascarello dos Santos - C.’.I.’.M.’. 253407
Porto Alegre – RS
VIII/5769 Anno Mundi da V.’.L.’
21.08.09 E.’.V.’.
Atualizada em 06.05.2011 E.’.V.’.


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