Os ensinamentos maçônicos devem
ser amplamente difundidos entre todos os Maçons e sua metodologia deve ser
explicada previamente aos que pretendem ingressar na Ordem Maçônica.
Os Mestres deverão estar
preparados para a missão devendo expô-la quando da visita de avaliação prévia
do pretendente. Esta informação possibilitará ao pretendente saber
antecipadamente o que a Ordem poderá lhe oferecer, possibilitando-lhe analisar
se realmente a metodologia e o direcionamento dos ensinamentos maçônicos são os
que buscam para a sua evolução pessoal.
O pretendente ao ingresso na
Ordem deve estar convicto de que vai participar de uma sociedade voltada ao
aprimoramento individual e que os demais participantes tem a mesma preocupação,
o que não os inibe, ao contrário, prepara-os às atividades coletivas.
O desconhecimento desse
fundamental objetivo dos ensinamentos maçônicos poderá levar o pretendente,
após o seu ingresso, ao defrontar-se com posturas pessoais discordantes das
suas ou desiludir-se com o que pensou ser a Ordem, desligar-se
intempestivamente.
Os ensinamentos maçônicos devem
ser transmitidos com a constância e repetições necessárias para o seu perfeito
entendimento.
Características dos ensinamentos
maçônicos:
1. – Exclusivamente individual;
2. – Repetitivo e paulatino; mostra o caminho, mas não
exige a caminhada.
3. – O maçom é um voluntário;
4.
Os ensinamentos maçônicos devem
ser constantes, paulatinos e repetitivos para que sejam sempre oferecidos aos
recém-admitidos. Os maçons de antigamente não eram letrados e os procedimentos
litúrgicos eram memorizados. As funções dos administradores e dos auxiliares
eram sempre repetidas no inicio de cada reunião para conhecimento de todos e
para a sua preservação. Com o advento dos rituais escritos, este procedimento
passou a fazer parte integrante das reuniões, o que perdura até os dias de
hoje.
Os ensinamentos maçônicos também
estão fundamentados nas práticas cristãs, mas não tem a mesma metodologia de
ensino adotado pelas associações cristãs de evangelização.
Os ensinamentos maçônicos são
voltados ao indivíduo, oferecendo a cada um a oportunidade de evolução pessoal.
As associações religiosas evangelizadoras procuram maximizar as suas
atividades, priorizando a divulgação dos seus ensinamentos através das pregações
em massa. São metodologias de características diferentes e, se não entendidas
cada uma no seu contexto, podem tornar-se conflitantes no íntimo de cada
estudioso, mesmo ambas tendo o mesmo objetivo: a felicidade do homem.
Evangelização é a pregação do Cristão
(a mensagem cristã) e, por extensão, qualquer forma de pregação e proselitismo,
com fins de adquirir adeptos, produzir conversão ou mudanças de hábitos,
crenças e valores. No cristianismo, a evangelização é o sistema, baseado em
princípios e métodos apresentados no Novo Testamento, pelo qual se comunica o
Evangelho (Boa Nova) Cristo a (todo) pecador sob a liderança e poder Espírito
Santo. Afirma o apóstolo Paulo: “Como crerão em Jesus se ninguém lhes anuncia?”
(Rom. 10,14). Está em Atos dos Apóstolos, capítulo 14 14:21: “Depois de pregar
a Boa Nova ali, e de fazer muitos discípulos, eles voltaram a…”
O processo de evangelização
cristã sempre teve como foco “o outro”. Os costumes, a moral e os valores
sociais da sociedade ocidental atual são decorrentes dessa forma de pregação.
No ocidente, quase a totalidade dos jovens tiveram a sua formação com base na
metodologia evangélica das pregações nas escolas paroquiais levando-os a
analisar todos os acontecimentos dentro dessa metodologia, onde se avalia o que
pode ser corrigido na atitude dos outros antes de avaliar o que pode ser
corrigido em si.
Assim formados desde a infância,
não raro passam a avaliar mais como os outros estão agindo do que a suas
próprias ações. Na análise de suas convicções e interesses, surgem julgamentos
e conselhos para corrigir as atitudes dos outros, conselhos que nem sempre são
seguidos por quem aconselha.
Na máxima cristã “Ama o próximo
como a ti mesmo” não está implícito que o “próximo” tenha que ser “como ti”
para ser amado. A fraternidade, o principal ensinamento do Mestre Jesus,
resumida na máxima: “Amai-vos uns aos outros”, nem sempre é priorizada nas
atitudes. Por formação filosófica, a sociedade ocidental é mais preocupada em
oferecer aos outros a oportunidade de corrigir-se do que em corrigir a si
própria.
A evangelização e os
ensinamentos maçônicos não são conflitantes. A metodologia dos ensinamentos
maçônicos é voltada ao aperfeiçoamento do indivíduo, trazendo a tona as suas
qualidades latentes e aumentando a sua autoestima, tornando-o consciente da sua
capacidade de amar o “próximo” como o “próximo é” e de, pela evangelização,
levar-lhe a crença cristã.
O conteúdo dos ensinamentos
maçônicos permite-nos afirmar que a Maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento
exclusivamente individual. Este é o principal fundamento dos ensinamentos
maçônicos.
No Grau de Aprendiz, que é o
primeiro contato da Ordem com o recém-admitido, é apresentada toda a essência
dos ensinamentos maçônicos.
Todos os autores maçônicos
referem-se ao simbolismo da “pedra bruta” que deve ser desbastada e preparada
para sua utilização na construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária
e mais fraterna.
É comum ouvir do Maçom a
expressão: “Estou trabalhando a minha “pedra bruta”, quando se refere aos seus
estudos e práticas maçônicas. Dito dessa forma poderá dar margem ao
entendimento de tratar-se de dois personagens distintos; o Aprendiz e a “pedra
bruta”. Este entendimento é divergente do ensinamento maçônico, pois o Aprendiz
é a “pedra bruta”. O Aprendiz é o objeto a ser desbastado.
A direção que se deve dar ao
cinzel é a si.
Em nenhum momento, nos rituais
maçônicos, há indicação que o cinzel deva ser voltado aos outros. Em si as
pancadas no cinzel são dadas de acordo a sua sensibilidade; se nos outros, o
agente não colocará no maço o mesmo peso que coloca quando desbasta a si mesmo,
certamente seria mais pesado. Não é atitude maçônica direcionar o cinzel para
corrigir imperfeições alheias.
Para a Maçonaria são escolhidos
os “bons” nas mais diversas atividades humanas oferecendo-lhes a oportunidade
de tornarem-se “melhores”
Há diferença entre o aprendiz de
pedreiro (maçom) operativo (que trabalhava nas atividades de construção) e o
Aprendiz Maçom. Este não tem necessariamente atividade nas construções. A
representação do aprendiz de pedreiro operativo é um jovem trabalhando para
desbastar uma pedra bruta. Já, as esculturas e os desenhos clássicos
representando um aprendiz das escolas de mistérios sempre mostram a figura de
um homem esculpindo a si mesmo.
O Aprendiz Maçom, para esculpir
a escultura do homem que deseja ser, terá que utilizar a matéria prima que
recebeu por desígnio da Providência, potencializar os recursos disponíveis na
Natureza e trabalhar com a Vontade representada pelo “maço e o cinzel”
utilizados para aparar a arestas que escondem no interior de seu ser o homem
perfeito ali contido.
Na Maçonaria, esta confusão
entre o aprendiz operativo e o aprendiz admitido por processo de Iniciação pode
ser observada em trechos das cerimônias de recepção do candidato. Em alguns
rituais maçônicos, o Iniciando à Ordem, ao ser levado para executar a sua
primeira lição no desbaste da “pedra bruta”, é orientado para dirigir corte do
cinzel à pedra disforme que faz parte da decoração templo, em vez de
direcioná-lo a si.
Este procedimento poderá
induzi-lo, desde o seu primeiro aprendizado, a intuir que seu trabalho é
desbastar o que vê a sua frente (o outro) e não o que está em si. Tendo a pedra
bruta do templo como uma representação simbólica de seu estado naquele momento,
o Iniciando deveria direcionar o cinzel sobre si e então trabalhar com o maço.
A pedra bruta que se encontra na decoração do templo, bem como a pedra polida e
prancheta, são as joias fixas que devem estar presentes para o funcionamento da
Loja.
Um Maçom é um Obreiro da Arte
Real que está concluindo a Obra projetada pelo Grande Arquiteto do Universo,
que é Deus. Essa obra é “ele”. Trata-se de uma transformação individual,
resultado do seu esforço e da sua vontade pessoal. Esta obra só estará
concluída quando ele transformar-se de “pedra bruta” em “pedra polida” e como
tal for reconhecido pelos “outros” (os Irmãos, a sociedade, etc..).
Não é ele que se avalia como
pronto. São os outros que como tal o avaliam. As ferramentas simbólicas
maçônicas são instrumentos de uso específico para o desenvolvimento pessoal.
Dependendo de como cada Obreiro preparou-se e de acordo com o seu ajuste às
necessidades dos projetos da comunidade, será reconhecido pelos outros como
adequado àquele projeto. São os outros que avaliarão se a “pedra” poderá ser
utilizada ou não nas obras a serem realizadas.
A “pedra” só estará pronta
quando não houver necessidade do mínimo ajuste nas pedras vizinhas para o seu
perfeito ajuste.
Se houver necessidade de
interferir no polimento e características das outras contíguas para o seu
ajuste, ela não está pronta. Permanecerá ao lado até que o trabalho de
escultura seja refeito de modo que se ajuste às outras pedras, sem que estas
precisem de reparos. Se o desbaste está incompleto, é apenas uma pedra no meio
do caminho dos que precisarão fazer manobras para evitar que as suas asperezas
e seus desajustes possam ameaçar o resultado da obra desejada. A “pedra” ainda
bruta certamente ficara em um canto qualquer da sociedade, causando-lhe
instabilidade e desarmonia.
O maçom não propõe que os outros
mudem para que ele seja feliz, procura mudar o possível em si para que todos
sejam felizes. Esta é a essência do ensinamento maçônico.
Está subentendido nos
ensinamentos maçônicos a máxima: “O que eu devo mudar em mim para que ele (o
próximo) seja feliz”, independente de se o outro é bom ou mau; réu ou julgador.
Ser viciado ou virtuoso é uma escolha pessoal de cada um, que ao Maçom não
compete julgar ou tomar atitudes para obrigá-lo a proceder de acordo com os
valores, sempre pessoais, que crê serem os corretos. Pela lei da “causa e
efeito” cada um é responsável por suas ações e pensamentos.
Maçonicamente cada um é
responsável pessoal e único pela sua evolução. Os ensinamentos maçônicos
oferecerão a oportunidade de correção. Quando concluída será reconhecida como
tal pelos outros. Nesta ideia está embutido o conceito de amor universal. O
amor fraterno dará aos seus Irmãos maçons a tolerância para aceitarem as
tentativas de uma “pedra” ainda bruta para ajustar-se à obra, orientando-a se
assim ela desejar, para o seu perfeito desbaste e ajuste.
Se as imperfeições permanecerem,
a “pedra” não será utilizada, mas sempre lhe será fraternalmente oferecida nova
oportunidade de reajuste.
A não ser quando em cumprimento
de atividade e funções especificamente instituídas na legislação da Ordem ou da
comunidade que pertence, o Maçom não julga e não critica posturas pessoais de
outrem.
Se solicitado, fará ponderações
sobre o solicitante, jamais sobre terceiros. Não é uma atitude maçônica
interferir na postura pessoal dos outros, achando que estes devem ou não fazer
isto ou aquilo. A cada um cabe reconhecer os que estão em condições de
compartilhar projetos comuns e convidá-los.
O Maçom deve formar-se para
depois colocar-se ao serviço da comunidade. Aprender e praticar. O
desconhecimento dos ensinamentos maçônicos dificulta o relacionamento dos
maçons entre si e dos maçons com a Ordem. Quanto menor é o preparo individual,
maior será a dificuldade na participação das atividades da Ordem e mesmo fora
dela.
Cada Maçom tem a sua
individualidade respeitada: sua cultura, seus pontos de vista políticos, suas
convicções religiosas e suas características psíquicas. Todo maçom é um homem
livre, ciente da capacidade de realizações, um cidadão bem sucedido e
respeitado por suas atividades profissionais e sociais que o levam a ser
convidado a ingressar na Ordem.
O maçom é um voluntário.
Não é obrigado a fazer qualquer
coisa que seja. Ingressou na Ordem por livre vontade e com isso assumiu uma
responsabilidade financeira como em qualquer organização, sendo livre para sair
a qualquer momento; até que caracterize abandono, frequenta a Loja com a
assiduidade que deseja; estuda se quiser; atinge os graus mais elevados se
assim o desejar; ocupa cargos que aceitou por que quis: é eleito por que se
candidatou; pode mudar de Loja se assim julgar conveniente; nem as
contribuições para benemerência são obrigatórias se não aprovadas em assembléias
de que participa.
Centralizados no aperfeiçoamento
individual, os ensinamentos maçônicos preparam o estudante para o convívio
entre diferentes num conjunto harmônico; prepara para a tolerância com os
contrários; para o respeito pelas convicções individuais e para a convivência
entre atitudes divergentes.
Desbastado de suas imperfeições,
o Maçom está pronto para servir à sua comunidade, oferecendo-se quando
solicitado ou apresentando sugestões para as mudanças que julgar necessárias
para o bem estar e a harmonia da Ordem e ou da comunidade. Como sugestões são
opiniões pessoais devem ser tratadas como tal. Se traduzirem as aspirações dos
envolvidos, a concretização terá o consenso espontâneo da maioria dos indivíduos
e aquele que a propôs certamente será convocado para liderar a sua implantação.
Não é fácil o comando onde os
comandados são voluntários e não há recompensa financeira pelo trabalho
realizado. O sucesso da empreitada está associado à capacidade de conseguir
motivar a maioria para acompanhá-lo. Para a administração de uma sociedade
constituída por voluntários há necessidade de lideranças que aglutinem as
ansiedades e administrem as diversidades individuais, dirigindo suas energias
ao trabalho comum.
A principal característica do
líder de voluntários é fazer o que o grupo quer.
Nas sociedades constituídas por
voluntários, são os operosos que a fazem atingir os seus objetivos. São raros
os casos das organizações que conseguem uma participação efetiva da maioria de
seus membros.
Geralmente os resultados obtidos
são decorrentes de atividades isoladas de membros dedicados. São sempre os
mesmos que participam de quase todas as atividades. A comunidade está habituada
a conviver e a reconhecer a dedicação daqueles que sempre participam.
É próprio da tradição maçônica o
reconhecimento pelos Irmãos. Este é o salário do Obreiro da Arte Real: o
reconhecimento. Não há outro salário na Maçonaria. Para o Maçom é gratificante
a satisfação da missão cumprida e de ser reconhecido por isso.
Cada um dos Membros reconhece o
novo integrante que ingressa na ordem. A Ordem reconhece o trabalho do Maçom
que por isso, quando chega a Mestre, recebe um diploma e uma medalha. Não foi
sem méritos. O novo Mestre pode não ter tido uma brilhante história, mas
atingiu o que desejava.
Todos os Maçons sabem quais os
que se dedicam e frequentemente os elogiam. É o reconhecimento dos membros de
suas Lojas ou de outras a que serviu. Esta é a recompensa que o Obreiro leva de
retorno ao seu lar, com uma alegria nem sempre entendida e participada pelos
seus familiares.
Quando o trabalho do Maçom
extrapola os limites da sua Loja é reconhecido pelos Grandes Orientes com a
concessão de diploma ou medalha, como se, na entrega, em nome de todos seus
membros aquele Grande Oriente afirmasse: “Como um Maçom operoso os Maçons deste
Grande Oriente o reconhecem”.
É próprio do ser humano desejar
ser reconhecido pelos seus feitos. O clube social reconhece seu membro pelos
muitos anos de apoio e trabalho com a entrega do diploma de Sócio Emérito; o
Poder Municipal, em nome de todos os munícipes que o reconhecem como um cidadão
participante e premia-o com a entrega do Diploma de Cidadania. Em cada diploma,
medalha ou troféu maçônico recebido está presente a máxima maçônica: “o
reconhecimento de meus Irmãos”.
A falta de divulgação dos feitos
que justificassem a homenagem pode gerar uma interpretação duvidosa sobre o seu
merecimento. Não há casos da entrega de diploma e medalhas aos que nada fazem.
A Maçonaria é uma sociedade justa cuja assembléia é sábia.
Os maçons homenageados devem
ostentar com altivez as suas medalhas para que os Aprendizes, os Companheiros e
os novos Mestres o tenham como exemplo, solicitando-lhe contar a história do
conjunto de suas obras, que somado as de outros Maçons “medalhados”, constituem
a historia da Maçonaria.
A Maçonaria é o conjunto das
ações de seus membros. É o somatório do que cada um dos seus membros é sem
representá-los individualmente.
Os Maçons que receberam distinções
e homenagens compreenderam o verdadeiro significado dos ensinamentos maçônicos
e aplicaram-nos e por isso foram reconhecidos como tal.
Há aqueles que criticam os que
ostentam nas Lojas as suas muitas medalhas afirmando ironicamente: “eles andam
arcados com o peso das medalhas”. Mas, vejamos: os condecorados por seu
trabalho voluntário e dedicado têm como alternativa ostentar ou não as medalhas
por merecido recebidas.
O pretendente a maçom é
conhecido antes de ser convidado a participar da Ordem. A sua admissão é o
reconhecimento pelos membros, da sua postura moral, da sua vontade de
aperfeiçoamento pessoal e da sua capacidade econômica e financeira para
sobreviver. Um conhecido jargão afirma: “Para a Maçonaria são escolhidos os
“bons” nas mais diversas atividades humanas oferecendo-lhes a oportunidade de
tornarem-se “melhores”.
Ao Companheiro Maçom, conhecedor
de todas as ferramentas simbólicas, compete usá-las para construir.
Nos rituais maçônicos não há
indicação de que as ferramentas simbólicas devam ser utilizadas para destruir.
Se um projeto não atende aspiração pessoal de algum Membro, não quer dizer que
não deva ser executado. Se há quem queira realizá-lo e que encontra quem queira
auxiliá-lo, certamente o projeto atenderá aspirações de seus executantes. Neste
caso, quem não concorda com o projeto, não deve atrapalhar ou impedir a sua
execução, respeitando a diversidade e a individualidade das opiniões. Compete à
assembleia da Loja a decisão final dos assuntos conflitantes, geralmente
resolvidos com justiça, dentro da maior harmonia possível.
O Mestre é o conhecedor dos
ensinamentos maçônicos e está apto a ensiná-los. O Mestre é o Companheiro que
recebeu um diploma de professor, sendo-lhe transmitidas as Lendas Maçônicas
que, como parábolas, serão o instrumento didático adotado para a difusão dos
ensinamentos.
A máxima de São Francisco de
Assis “é dando que se recebe” representa a essência da responsabilidade do
Mestre. O ensinamento esotérico contido nesta máxima refere-se à Dualidade.
Tudo o que entra deverá sair para abrir espaço para novas entradas. A
capacidade de aprender é aumentada quando é ensinado o que se sabe. Só é
“retido” o que é “doado”. O conhecimento fixa-se quando é ensinado.
Tudo o que
se lê nem sempre é retido na memória, mas uma vez ensinado, jamais será
esquecido. Patrick Byrne, em seu livro “O Ouro dos Templários” (Editorial
Estampa – Lisboa-2007-pg. 257), cita o ditado que capta a essência do conceito
cabalístico: “Quando alguém se deixa penetrar pela luz, mas não a liberta,
cria-se uma sombra”.
Recebendo sem distinções os
intelectuais, cientistas, religiosos, livres pensadores, inventores e
operários, jovens e idosos, para um convívio comum, a Maçonaria tornou-se a
depositária de todo conhecimento científico e oculto produzido pelas
civilizações em todos os tempos.
Instituição de caráter universal, seu Quadro é
composto por profissionais de todas as áreas da atividade humana, que colocam
os seus conhecimentos à disposição da Humanidade. Esse conhecimento pode ser
encontrado nas atividades das Lojas, seja apresentado individualmente por seus
membros ou contido no simbolismo e alegorias de seus Graus e Ordens. Compete ao
maçom desvendá-los e praticá-los em benefício de sua evolução pessoal e da
Humanidade.
Autor: Ir∴ Edison Barsanti, 33º • M∴I∴
revista Universo Maçônico
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