A Maçonaria tem como princípio a crença num Ser Supremo, ao
qual denominamos “Grande Arquiteto do Universo”. Mas qual seria esse Deus da
Maçonaria, o GADU? Afinal de contas, existem tantos deuses, com tantos
diferentes nomes e tantas diferentes qualidades! Qual seria o verdadeiro?
Se a Maçonaria aceita e possui membros de qualquer
religião, qual o Deus presente no Altar Maçônico? Ou se trata de um Deus
específico, o Deus da Maçonaria, e todos ali estão renegando seus próprios
deuses? Seria então a Maçonaria uma religião? Isso seria um prato cheio para os
fanáticos de plantão!
Quando vários maçons estão presentes diante do Altar de um
Templo Maçônico, onde se vê o Livro Sagrado de uma ou mais religiões, além do
Esquadro e do Compasso, eles realizam uma breve oração.
Ali estão católicos,
protestantes, muçulmanos, espíritas, budistas, judeus, etc.
Eles estão um do
lado do outro, como irmãos. E ali, diante do Altar da Maçonaria, só há duas
opções de entendimento ao Irmão: ou “eu estou orando para o Deus verdadeiro, e
aqueles irmãos que professam outras crenças estão orando para falsos deuses”;
ou “nós estamos todos orando para o mesmo Deus, o Criador do Universo, visto de
forma diferente conforme as peculiaridades da religião e crença de cada um”.
É evidente que o entendimento do verdadeiro maçom é a
segunda opção. Ora, se você chama o maçom que está ao seu lado de “Irmão”, isso
significa que você acredita que ambos nasceram do mesmo Pai, foram feitos pelo
mesmo Criador, independente da fé professada.
O GADU pode ser chamado de vários nomes e títulos, conforme
culturas, épocas, povos, religiões: Deus, Pai Celestial, Mestre Maior, Senhor
do Universo, Alá, Jeová, Adonai, Zeus, Senhor, El Shadday, Oxalá, Brahma, Rá,
etc. Até mesmo nos sistemas politeístas, sempre houve e há um Ser Supremo, mais
antigo, criador dos demais.
Da mesma forma, o GADU pode ser visto de diversas formas,
também conforme as mesmas variáveis: Vingativo, Clemente, Misericordioso,
Justo, Soberano, Sustentador, Providenciador, Organizador, Verdadeiro,
Benevolente, etc.
Os homens deram nomes ao GADU conforme suas línguas e
culturas. Eles apontaram qualidades ao GADU conforme as histórias de seus povos
e a pregação de seus profetas. O único ponto comum em todas as religiões é
esse: a existência de um Ser Supremo, Criador do Universo. Se as diferenças na
fé sempre foram combustíveis para preconceitos, tirania, atritos e guerras,
então apenas o comum pode servir para unir os homens como irmãos.
Maçonaria é isso: ciente da dualidade das forças e
respeitando as diferenças, investe no que há de igual nos homens de bem em
busca da felicidade da humanidade.
Kennyo Ismail