Caros amigos.
Vou escrever um breve texto, espero que não
seja muito "chato e extenso"... rsrsrs.
Há poucos dias vi uma
postagem de uma pessoa altamente educada, inteligente, culta, elegante,
"do bem", e infinitamente respeitada (com todo mérito, e com toda a
minha concordância, aliás!), em que foi citada a Ordem Maçônica, e uma
"proibição" de uma determinada vertente religiosa (que tem todo o meu
apreço e o meu respeito, inclusive) de seus membros pertenceram à Maçonaria.
Não vou entrar no mérito dessa
"proibição", vou apenas me atrever a tecer alguns comentários... Bem,
como alguns devem saber, sou maçom há cerca de 7 anos, e vou dizer apenas
algumas breves palavras aqui sobre essa Ordem, e sobre seus
"conflitos" com religiões ao longo da história.
Em épocas remotas, as igrejas, principalmente a
católica romana, entraram em conflito radical contra a então "Ordem dos
Pedreiros Livres", a Maçonaria. Havia uma intolerância religiosa, época da
"Inquisição", e não vou me aprofundar nesta questão, para não me
alongar mais ainda (há farta literatura sobre o assunto).
O fato é que a Ordem teve que se manter "sigilosa
e escondida" para sobreviver, pois foi cruelmente perseguida como se seus
componentes fossem "hereges". Muitos erros a "igreja
oficial" cometeu, e hoje inclusive vê-se o Vaticano "pedindo
perdão" por atrocidades cometidas durante sua história, principalmente na
época citada, da "Inquisição".
Como em tempos antigos, a Igreja e o Poder do
Estado "se confundiam e se misturavam" no comando das nações, então
muitos governos também perseguiram a Maçonaria. A Maçonaria existe
"oficialmente" desde o início de 1700, mas seu verdadeiro início,
segundo alguns estudos, pode remontar a muitos séculos antes.
Trata-se, basicamente, de uma fraternidade de
pessoas supostamente "do bem", de bons costumes e de retidão de
caráter (embora esse julgamento de "quem é quem" é feito pelo homem,
e pode ser falho, assim como é falho o ser humano, e certamente existam maçons
sem este perfil citado).
A principal exigência para que alguém seja
admitido em nossa Ordem é "acreditar num Ser Supremo" (que nós
chamamos de Grande Arquiteto do Universo, que é Deus). E também crer na
imortalidade da alma. Não somos uma religião, e nossos membros (que chamamos de
irmãos) são de várias vertentes religiosas.
Reunimos-nos periodicamente para debater
assuntos, trocar idéias, glorificar o Grande Arquiteto do Universo, sempre
pensando no bem da humanidade, seguindo nosso lema histórico "Liberdade,
Igualdade e Fraternidade".
Nada fazemos de mal, e hoje, sem as
"perseguições" acima citadas, não há mais necessidade de nos
mantermos "escondidos". Há apenas uma "discrição" de nossa
parte, muito até por questões culturais de "manter a tradição".
Nunca houve nada que denegrisse a imagem da
Maçonaria, exceto "tresloucadas teorias de conspiração" espalhadas
por "anti-maçons" no decorrer da história (sem nenhum fundamento, e
sem nenhuma confirmação histórica!). Pelo contrário, nossa Ordem sempre esteve
ligada a movimentos que ajudaram a mudar o rumo da humanidade, sempre com
questões altruístas e humanitárias (no Brasil, podemos citar rapidamente a
Inconfidência Mineira, a Independência e a Proclamação da República).
Portanto, caros amigos, a intenção deste texto
não é "bater de frente" com ninguém, nem criar nenhum tipo de
polêmica. O intuito é apenas ESCLARECER. Vivemos numa época em que preconceitos
estão caindo. Não há porque ter "preconceito" contra a Maçonaria.
Observem seus membros. Observem seus atos.
Reflitam. Não quero aqui convencer ninguém a querer entrar para a Maçonaria.
Somos discretos e reservados, não fazemos isso.
Quero apenas que as pessoas deixem seus preconceitos de lado, preconceitos
estes baseados em antigas "idiotices" que a humanidade já superou.
Somos todos irmãos. Somos todos filhos do Pai.
Cléber Capella – MM – ARLS Cedros do Líbano,
1688 – Miguel Pereira-RJ
