Como
um mero Aprendiz poderia, durante seu árduo dia de trabalho, não parar por um
único instante a admirar o céu acima dele?
Ainda
mais se levarmos em conta que até os maiores mestres obreiros se pegam, por
certas vezes, a sonhar e tentar entender como somos insignificantes perante os
céus... Especial-mente quando o cansaço e o desânimo se abatem sobre nossos
ombros no cotidiano...
A um maçom o céu tem um significado um pouco diferente do usual. Ou pelo menos deveria, pois ele faz parte de nossa ornamentação do templo.
A um maçom o céu tem um significado um pouco diferente do usual. Ou pelo menos deveria, pois ele faz parte de nossa ornamentação do templo.
Em
algumas Lojas com maior ornamentação, em outras menores, mas a existência e
admiração ao céu acima de nós é incontestável. A contemplação do céu estrelado
dá ao homem uma grande quietude e notável serenidade de espírito e incita não
ao devaneio, mas a meditação.
Mas a admiração deste não é privilégio do maçom... O céu é misterioso! atormenta, com seus inúmeros astros e estrelas, o homem desde a aurora dos tempos...
Em todas as religiões, sem exceção absoluta, o céu tem uma representação especial: sendo seus deuses as estrelas e os astros; sendo ele o início de tudo, a morada dos deuses ou simplesmente representando o infinito.
Criou-se entre nós, até os dias de hoje, que o céu é uma coisa, de certa forma, benevolente e recompensadora. Enquanto o interior da terra, se opondo ao céu, uma forma de punição, morada de demônios e monstros.
E assim, psicologicamente falando, naturalmente deveria ser visto, pois o céu nos leva a sonhar... E tudo que é construído ou posto em prática é, ou pelo menos deveria ser, antes de tudo, sonhado e desejado pelo homem primeiramente na alma.
Observações e divagações a parte, a abóbada celeste, no templo maçônico deve ser azulada e estrelada, porque, como a do céu no mundo real, deve se assemelhar a este, que cobre a todos os homens, igualmente, sem distinção de classe, de cor e credo.
Mas a admiração deste não é privilégio do maçom... O céu é misterioso! atormenta, com seus inúmeros astros e estrelas, o homem desde a aurora dos tempos...
Em todas as religiões, sem exceção absoluta, o céu tem uma representação especial: sendo seus deuses as estrelas e os astros; sendo ele o início de tudo, a morada dos deuses ou simplesmente representando o infinito.
Criou-se entre nós, até os dias de hoje, que o céu é uma coisa, de certa forma, benevolente e recompensadora. Enquanto o interior da terra, se opondo ao céu, uma forma de punição, morada de demônios e monstros.
E assim, psicologicamente falando, naturalmente deveria ser visto, pois o céu nos leva a sonhar... E tudo que é construído ou posto em prática é, ou pelo menos deveria ser, antes de tudo, sonhado e desejado pelo homem primeiramente na alma.
Observações e divagações a parte, a abóbada celeste, no templo maçônico deve ser azulada e estrelada, porque, como a do céu no mundo real, deve se assemelhar a este, que cobre a todos os homens, igualmente, sem distinção de classe, de cor e credo.
Porém, a maçonaria não tem exclusividade em abóbadas estreladas; os templos da antiguidade, tão bem quanto as igrejas medievais, também tinham essa decoração.
Como afirma H. Pierret em seu “Manuel D’archéologie”: “as igrejas eram antigamente cobertas de pinturas, sobretudo no Século XII. As colunas eram pintadas de vermelho, os capitéis de verde, as abóbadas em azul celeste. No Século XIII, a decoração das igrejas aparece em toda a sua magnificência, podendo-se admirar, em paris, a santa capela, cuja abóbada azulada é estrelada de ouro”.
O templo simboliza o cosmos e isto não é apenas na maçonaria, mas em todas as religiões. Em “art du monde”, Luc Benoist escreve: “um fragmento do Templo de Ramsés II, conservado no cairo, tem uma inscrição que proclama: “este templo é como o céu em todas as suas partes”.”
A Abóbada Constelada dos templos maçônicos é, ao mesmo tempo, o símbolo de sua universalidade e o de sua verdadeira transcendência.
A Abóbada Celeste é um legado da maçonaria francesa, o teto de um Templo Maçônico representa o firmamento e, pelas constelações que aparecem, visto do hemisfério norte.
Do lado do Oriente, um pouco a frente do trono do Venerável, o sol; por cima do Altar do Primeiro vigilante, a lua, e sobre o Segundo Vigilante, uma Estrela de Cinco Pontas.
No centro do teto, três estrelas da Constelação de Órion. Entre elas e o noroeste ficam as Plêiades, as Híades e Aldebaran; e a meio caminho, entre Órion e Nordeste, Arturus (em vermelho); a Leste, a Spica, da Constelação de Virgem; a Oeste, Antares; ao Sul, Fomalhaut. O Oriente, Júpiter (o “pai dos deuses”); no Ocidente, Vênus (deusa do amor – beleza); Mercúrio (o “mensageiro dos deuses” – sempre próximo, em pé e a ordem ao “Senhor dos Deuses”), junto ao Sol, e Saturno (Titã, pai de Júpiter) com seus satélites, próximos a Órion.
As estrelas principais são 3 de Órion, 5 de Híades e 7 das Plêiades e da Ursa Maior. As estrelas chamadas reais são: Aldebaran, Arturus, Régulus, Antares e Fomalhaut. Há ainda uma estrela, sobre o local onde deveria estar os Companheiros que, pelo menos no Ritual do Aprendiz, não é nomeada. Mas o céu, como tudo no mundo, guarda seus segredos. Sendo que nem tudo pode ser revelado ao Aprendiz Maçom.
Pelo que pude apurar em meus estudos, a posição de tudo no templo tem um motivo e um significado. Nada é por acaso. Cada estrela destas daria uma vida de estudos... Seus significados, motivos e origens mito-religiosas. Assim sendo, talvez os irmãos devessem olhar o céu com admiração nos olhos, mas também com indagações sobre a vida, sobre a ordem maçônica e, especialmente sobre nós mesmos...
Assim deveria ser não só com o céu... Mas com tudo no mundo! Cada homem é um milagre, uma revolução em si! Fomos criados para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra... Basta compromisso, estudo e, no tempo devido, sonhar em realizar.
No túmulo de Immanuel Kant, filósofo que viveu de 1724 a 1804, há a seguinte inscrição: “duas coisas me enchem a alma de crescente admiração e respeito, quanto mais intensa e freqüentemente o pensamento delas se ocupa: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim”.
E, se um grande pensador como Kant, pôde notar a importância da abóbada celeste em nossas vidas e a reflexão de sua ordem e esplendor no interior de nós mesmos, porque deveríamos fazer diferente?
Afinal não está escrito no Livro da Lei o desejo do Grande Arquiteto do Universo?
“que assim seja na terra como o é no céu”.
Marco Túlio Freire