A primeira premissa esclarece que a Maçonaria é uma Fraternidade.
Ora, o substantivo feminino fraternidade designa o parentesco de irmãos,
o amor ao próximo, a harmonia, a boa amizade, a união ou convivência como de
irmãos. Isso leva à conclusão de que, na organização designada, genericamente,
como Maçonaria, ou Franco-Maçonaria, definida como uma Fraternidade deve
prevalecer à harmonia e reinar a união ou convivência como de irmãos. Do livro
“Fragmentos da Pedra Bruta – José Castellani
Estive meditando, nos últimos dias….
O que leva o homem a ser maçom?
Devemos inquirir nossos conhecimentos de prima
facie, relembrando que o homem maçom é escolhido dentro a sociedade profana,
como que um diamante ainda em estado bruto, pois assim o determina os antigos
costumes, de forma que ele somente toma pé de onde e o que o espera, quando da
sua iniciação.
Sabemos que hoje, não mais como ontem, o indicado,
indaga-se e prepara seu espírito, quando lhe é informado que será iniciado,
certamente pelas ferramentas disponíveis na internet e em outros meios
de comunicação, certamente toma nota e assimila um conteúdo considerável a
respeito da sublime ordem.
Mas, muito provável, muita coisa que lerá, será apenas falácias,
enquanto outros se apresentação muito maiores que possa imaginar a sua vã
expectativa.
Nestas falácias, muita coisa, escrita, ou não se enquadra no seu rito ou
não é operada ao pé da letra por sua futura loja ou potência. Podendo traduzir
num permeio de desolação e decepção quanto ao que esperava.
Noutro mote, há expectativas geradas pelos próprios futuros irmãos de
ordem, que acreditam piamente e esperam algo que não se traduz em realidade
tangível, mas apresentam-se apenas como expectativas.
Assim, o candidato e a oficina se apresentam com enorme expectativa,
desde a sua iniciação até o dia que o laço de rompa, seja pela saída do
obreiro, desligamento obrigatório ou a sua passagem para outro oriente.
Pois bem, há nítido jogo de interesses,
não manejo o interesse com o intuito depreciativo, mas sob a ótica construtiva,
o interesse como objeto de vontade, a loja adquirindo um obreiro atenda as suas
expectativas enquanto membro, maçom, pai de família, pessoa da
sociedade e o iniciado aglutinando outras visões de interesse, de lapidar seu
conhecimento de si, adquirir novas amizades, provem um meio social coerente a
si e a seus familiares, etc.
Quando não esta tudo caminhando. Afirma-se que a
“egregora” não esta condizente. Particularmente não gosto desta afirmação!
Mas, certo é que também discordo da afirmação de que a maçonaria escolhe grandes homens, e entre eles, haverá diferenças maiores quanto mais for à capacidade e a liberdades daqueles.
A afirmação alhures é tipicamente profana. Vale
fora dos nossos templos.
Não poderia vingar quando falamos de relações entre
maçons. Que deve ser uma relação alicerçada nas leis naturais, nos antigos
costumes e num sistema que tem como meta algo mais que uma boa relação
entre irmãos.
Lembramos que combatemos o despotismo, a iniquidade, levantamos templos à
glória do criador, em honra da virtude e sepultamos nas profundezas todas as
formas de vícios.
Neste permeio de locuções é que busco a resposta para a indagação que me
trouxe até estas linhas, aquele profano imaginário, não sabia de anda disso, se
sabia o seu horizonte não imaginaria como os olhos de um maçom vêem a tudo
isso.
Por tal é recebido maçom, um homem, que circula por dentre a descortinação
do grande espetáculo da luz da verdade, o caminho solar do escocismo. Viaja por
dentre as luzes da sabedoria, aprende nas ciências e sente a existência da
força e embebedam-se pelos caminhos da beleza, situações que sustentam todo o
arcabouço do aprendizado maçônico.
Arrancam-lhe o juramento. São lhes deferidas às obrigações, assentindo é
feito maçom!
Descobri o que leva o homem a ser maçom?
É guardar consigo não grandes segredos. Mas o segredo
da vida, ser feliz, amar ao próximo, lutar, vencer, sorrir e chorar e não
tripudiar dos oprimidos, não blasfemar, não vilipendiar, não deixar de
lapidar-se, aprender a praticar a iniciação em si mesmo dia a pós dia.
Ivair Ximenes Lopes