O
verdadeiro aprendizado acontece depois que você acha que já sabe tudo!
AUMENTO DE SALÁRIO – É a elevação de um Grau a
outro, que lhe é imediatamente superior. Tem a denominação genérica de
elevação. Segundo os graus, estas cerimônias têm outras designações como: passagem,
exaltação, iniciação, eleição, nomeação, investidura, consagração.
Na Maçonaria
de Ofício, ou seja, nas corporações operativas, o salário era real e
feito pelo senhor, ou patrão, das obras; na Maçonaria atual, a dos Aceitos, ele
é simbólico e recebido na forma de ensinamentos e doutrinação,
na Coluna que lhe compete, através do Vigilante dessa mesma Coluna.
O aumento de salário depende da aprovação da Loja e
envolve, evidentemente, certas condições de merecimento e avaliação do
aperfeiçoamento do Obreiro. Isto é medido através dos trabalhos
prestados, da freqüência às Sessões da Loja e das provas de conhecimento do
Grau em que o Maçom se encontra.
Ninguém pode ter aumento de salário sem ter mérito
e sem ter adquirido os conhecimentos necessários para isso, devendo ser
justificados por uma conduta irrepreensível no mundo maçônico e no mundo
profano, além da idade exigida constitucionalmente e pelo interstício
necessário.
As Instruções louvadas em um guia seguro (Ritual do
Grau) são aulas expostas didaticamente pelas quais vamos nos redescobrindo até
despertar nosso interior. É a compreensão das leis da vida maçônica.
Aprendemos a conhecer-nos, a crer em nós mesmos e a
crer no Grande Arquiteto do Universo, que é Deus.
Aprendemos que o homem é alguma coisa mais do que
um simples animal que traja roupas e que a sua natureza íntima e divina, ainda
que a sua divindade se conserve oculta, adquire o hábito da Virtude, a aluminação da
Inteligência e a purificação da Alma que o faz refletir, pois,
sem isso, o homem seria um animal entregue aos mais grosseiros instintos.
Com o Cinzel, dá forma e regularidade a massa
informe da Pedra Bruta.
Por ele aprende que a Educação e a Perseverança são
precisas para chegar a perfeição; Aprende, também, que o homem não é
simplesmente um fenômeno da vida ou um joguete da casualidade, mas uma potência
e o Criador e o destruidor da casualidade.
Por meio de sua força interior vencerá sua
indolência, libertar-se-á da ignorância.
Então sentirá amor por tudo o que vive e se
constituirá em poder inexaurível para o bem da espécie, neste mundo de permutas,
de confusões, de vicissitudes e de incertezas.
Aprende que o objetivo da Maçonaria para o futuro é
que o homem aja, então, com toda a justiça e ame seu irmão como a si mesmo,
porque ele e seus semelhantes são parte de um todo e que o todo é “Uno”;
ele não pode ferir o seu irmão sem ferir-se.
Desbastadas as asperezas, a Pedra Bruta é
transformada em Pedra Polida.
Recomenda o Ritual do 1º Grau que todos os membros
de uma Loja devem se esforçar quanto possível, para compreenderem as vantagens
dos ensinamentos das instruções.
Apresenta mensagens que devem ser assimiladas para
que tenham sempre em mente o dever de pautarem seus atos individuais de todos
os dias, por esse rico e antiquíssimo manancial de sabedoria.
O Aprendiz tendo recebido a LUZ e podendo caminhar
sozinho no T.’. embora ainda auxiliado pelos conselhos dos IIr.’. e pela
experiência dos MM.’. sente-se responsável por si mesmo e sabe que seus
pensamentos, palavras e obras devem demonstrar, sempre, a consciência de seu
juramento ao ingressar no Templo do Ideal cujo serviço aceitou livremente, sem
constrangimento, nem restrição de espécie alguma.
A vontade de evoluir oportuniza-lhe chances de
crescimento e de progresso.
O uso persistente e tenaz dessa faculdade
soberana permite-lhe modificar sua natureza, vencer todos os obstáculos.
Aprende a meditar, a concentrar-se, sintonizando com as esferas superiores e
com as nobres aspirações.
Conhecendo passo a passo, a extensão dos recursos
que nele germinam, fica deslumbrado, não mais teme o futuro, tampouco se julga
fraco.
Conhece, agora, o templo Simbólico, e sabe
perfeitamente que ele não se constrói com pedras e madeiras, mas com Virtude,
Sabedoria, Força, Prudência, Glória, e Beleza; enfim, com todos os
elementos morais que devem ser ornamento dos Maçons.
Consciente de si mesmo compreende seus recursos
latentes, sente crescer dia-a-dia suas forças na razão de seus esforços,
acredita na possibilidade de ele próprio alterar seu presente e seu futuro.
Assim ele há de se conservar firme na vontade inabalável
de enobrecer-se e elevar-se. Atrai, com o auxílio de seus Mestres e de sua
inteligência, riquezas morais e constrói para ele uma personalidade melhor.
Concluídas as instruções de Aprendiz nos sete meses
de vivência maçônica, diz-se que o instruendo está apto a galgar o segundo
degrau para elevação, representada como subida, fazendo-se reconhecer que todos
somos Irmãos, aprendendo a eliminar o apego, o egoísmo, a intolerância,
a intranquilidade, a desarmonia.
Sabe também que tudo que recebemos de Deus, devemos
irradiar para todos, sem buscarmos qualquer recompensa. Em se tratando de
“aumento de salário” o maçom é honrado pela concessão do ingresso em uma nova
coluna, trocando os instrumentos de trabalho para melhor se ajustar na busca de
outras luzes.
É um erro julgar que podemos fazer tudo sozinho,
sem o auxílio dos demais. É também um equívoco acreditar que o trabalho só
sairá bom se formos nós os executores.
Nenhum de nós sabe e pode tudo, nosso saber e poder
são relativos.
Todos nós estamos na condição de Aprendizes, em regime de
interdependência, destinados a aprender uns com os outros o que ignoramos.
Também deverá ser apurado o que o candidato haja feito em favor dos
semelhantes, quais os cuidados que tenha dispensado ao seu próprio
aprimoramento pessoal.
Uma advertência que poderíamos considerar é de que
não pode ser homem de bem aquele que não é justo. Contudo, não deixamos de ser
injustos e imperfeitos pelo simples fato de abraçarmos os princípios maçônicos:
“Um erro muito frequente entre
alguns neófitos é o de se julgarem “justos e perfeitos” após alguns meses de
estudo”.
Há nessa pretensão de não mais necessitar de
conselhos e de se julgar acima de todos, uma prova de incompetência, pois não
atende a um dos preceitos da Ordem: tornar-se sempre um elemento
Humilde, de Paz, de Concórdia, de Harmonia no seio da Maçonaria. Não são
apenas os novos adeptos; muitas vezes, alguns mestres, antigos e experientes,
equivocadamente, também pensam assim.
Depois, quando, no término do trabalho de
aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar das asperezas dessa massa
informe, a que chamamos Pedra Bruta, pela Fé e pelo Esforço, conseguimos
transformá-la em Pedra Polida, então sim, deve ter lugar o “aumento de
salário” concedido com consciência tranquila, a fim de que, mais
tarde, tais decisões não venham a dar causa a arrependimentos.
Apta à construção do edifício, podemos descansar o
Maço e o Cinzel, para empunharmos outros utensílios, subindo a escala da
hierarquia maçônica, ou seja, recebendo o merecido AUMENTO DO SALÁRIO.
Ir.: Valdemar Sansão
Fonte de Consultas:
- Dicionário Etimológico Maçônico (Castellani)
- Ritual do Simbolismo Aprendiz Maçom do REAA (GLESP)
- Bem-Vindo à Maçonaria – Valdemar Sansão (aguardando publicação)
- Ritual do Simbolismo Aprendiz Maçom do REAA (GLESP)
- Bem-Vindo à Maçonaria – Valdemar Sansão (aguardando publicação)