As
obras dos Léo Taxil, Paul Rosen, Marques-Rivière e de tutti quanti
esforçaram-se para caluniar a Ordem Maçônica e conseguiram fixar no espírito do
público uma espécie de clichê que está muito longe da verdade.
Para
os autores católicos, a Maçonaria continua a ser a “Sinagoga de Satã” e devemos
ser gratos por não acusarem ainda os Maçons de praticarem a evocação ao anjo
decaído!
Para outros, a Maçonaria é uma “máfia” que alimenta perigosos
projetos políticos e não recua diante do assassinato, se isso for do interesse
de seus desígnios.
Para
outros, ainda, a Maçonaria não passa de uma cooperativa, uma “sociedade de
socorros mútuos”.
Os anti-semitas afirmam que ela é um instrumento nas mãos de
Israel, enquanto Max Doumic sustenta que ela é o órgão do imperialismo
anglo-saxão. Essas opiniões diversas e contraditórias são todas igualmente
falsas.
A Franco-Maçonaria é uma associação que guarda bem viva, certas formas tradicionais dos ensinamentos secretos iniciáticos.
O
que nela domina é o princípio da Tolerância: tolerância em relação às doutrinas
religiosas e políticas, pois ela está acima e fora das rivalidades que as
dividem.
A
Maçonaria abre o caminho à Iniciação – isto é, ao Conhecimento – e seus
símbolos dão ao Maçom a possibilidade de acesso a ela.
Na
verdade, pode ocorrer que certos homens, depois de terem sido iniciados,
continuem profanos, mas tais exceções não devem fazer perder de vista o caráter
transcendente da Maçonaria (...)
Algumas
pessoas jamais conseguirão “desbastar a Pedra Bruta”, não por falta de
capacidade, mas justamente porque não sentem necessidade disso.
Estes,
embora iniciados ritualmente, não chegaram a receber verdadeiramente a luz.
É
sobre esses “Maçons”, que não são maçons, que o público forma seu julgamento e,
por isso, a Franco-Maçonaria, cuja verdadeira grandeza é desconhecida, é
caluniada.
(Excertos
do livro A Simbólica Maçônica do Irm.’. Jules Boucher)
“Observamos
como dói, que haja Maçons que ostentam com orgulho, o Emblema Maçônico e, no
entanto, por fraqueza inata no homem ou por circunstâncias outras, abrigam o
vício e a corrupção e conservam os mesmos hábitos profanos que, sobre não
condizerem com sua qualidade de Maçons, também mancham a boa reputação de nossa
Instituição”
(Excerto
da publicação do Irm.’. Gempsaw na revista maçônica americana The Cabletow)