Queridos Irmãos,
Antigos operários reuniam-se em guildas ou agremiações
operativas de artífices de ofício, e em tempos remotos os chamados cobridores
eram aqueles que telhavam as obras, cobriam-nas com telhas.
Verdadeiros Especialistas cuidavam dos ângulos, não
deixavam fendas ou brechas e nenhum detalhe por pequeno que fosse, pudesse
comprometer todo o trabalho da obra e seus obreiros, nada passa inerte aos
atentos olhos dos cobridores; não haveria de ter sequer uma "goteira"
que pudesse adentrar ou infiltrar-se nas grandes colunas das construções.
Já no oficio simbólico da nossa maçonaria, os Cobridores
passaram a ser os Guardiões Externo e Interno das reuniões. Note uma informação
importante, o termo “Telhar” vem como outros do oficio operativo.
"COBRIR."
E é por isso que os Guardas têm a prerrogativa de Telhar um
Irmão ou intruso.
Antes de detalhar a exata função do Guarda do Templo,
sutilmente devemos ressuscitar e cavar fundo a historia dos remotos tempos em
que, os maçons também se reuniam em vales e colinas no deserto e não temos
provas arqueológicas de tudo o que se passavam fielmente nos Rituais, porque
muito foi destruído e muito do que sobrou foi passado de confiáveis mãos a
outras e de ouvidos a ouvidos e que procuramos seguir fielmente esses
princípios até os dias de hoje.
Muito se perdeu ora pela imposição da ignorância do mundo
profano ou por questões políticas ligadas a sectarismos religiosos, dentre,
alguns com escusos e claros interesses em escravizar a humanidade mantendo-os
distantes, de maneira a não atingir os véus que impedem a luz.
De formas esquadradas, à Justa e Perfeita medidas, a
astucia de nossos antepassados Irmãos que utilizaram das 7 virtudes e 4
cardinais, a prudência, justiça, temperança e fortaleza, que alinhadas a muita
fé que alimenta a esperança e a caridade, podemos desfrutar dessa academia de
formação humana, velada pela moral e ornada pela simbologia.
Quão importante não foram esses mantenedores da verdade, o
esforço com a Saúde, Força e União e essa ultima, pregada pelo L.’.da L.’. como
o refrigério de Aarão com a unção do óleo sagrado da sapiência espiritual sobre
sua cabeça.
Esses pioneiros desbravadores e verdadeiros Irmãos foram os
heróis anônimos perseguidos; alguns pagaram com o sacrifício da própria vida
para desfrutarmos hoje do que, facilmente estar ao nosso alcance, através das
instruções ou da literatura.
Daí a seriedade de nossa Instituição, daí a necessidade da
assiduidade em Loja posto que, emanamos energias e nos fortalecemos nelas;
quando você deixa de estar presente você não esta somente “não colaborando com
a obra”, mas consciente ou não se locupletando do trabalho incansável dos teus
Irmãos.
Também “não é por outro motivo” que temos o nosso legado e
se tivermos que fazer algo verdadeiramente notável para a Ordem, ai estar:
"O GUARDA DO TEMPLO"
(...) Hoje não é diferente, são guardiões dos nossos
pensamentos, das posturas e atitudes profanas de intromissões externas e de
qualquer natureza como energias que possam conspirar em desfavor dos nossos
trabalhos.
Acredite ou não, negligenciar a constante postura de atenção
e ter uma visão aguçada de antever o que os outros Irmãos não vêem ou não
sentem é negligenciar consigo mesmo, ou pior, com outro Ir.’. que a tudo pode
estar assistindo e em silencio sofrendo.
Entretanto, não haverá esse Irmão de absorver nenhuma força
negativa ou indesejável, porque além de não estar só, estar revestido, mas
impedidos nos vemos e evitar o grande incomodo e inevitável desconforto em prol
dos demais, graças ao inefável valor de sua sabedoria.
Não é a toa que a Joia do guarda do templo são duas espadas
cruzadas, o Guardião Utiliza de uma Espada desembainhada, porque esse é o
símbolo dos Anjos de Luz que repelem com Espadas espíritos indesejáveis.
Sim, a espada FIRME de um Guardião do Templo assusta e
repele esse mal que deve ficar fora dos trabalhos em loja.
“Desconheço um profeta que venceu suas batalhas, que não
estivesse armado”.
Ir:.João Luiz Coyado Reverte.