Muitas são as pesquisas sobre as
origens da Bolsa de Beneficência, Saco de Beneficência, Tronco das Viúvas, Tronco
de Solidariedade e tal início tiveram no Século XII quando o governo da Igreja
era exercido pelo Papa Inocêncio III, existiu um Tronco dos Pobres. De início,
se chegou a pensar que estivessem ali as origens daquilo que se buscava
descobrir: de como surgira o Tronco de Solidariedade.
Todavia, continuava este
trabalho de busca, se chegando à absoluta certeza de que o Tronco dos Pobres
nada tinha a ver com o que se buscava.
E que realmente, o recolhimento
de óbolos entre os Operativos teve início nos meados do Século XV. Em 1450 foi
criado entre os construtores um sistema de ajuda mútua. Tal sistema recebeu o
nome de Tronco das Viúvas. A finalidade do recolhimento de óbolos para a
formação do Tronco era auxiliar a família do Obreiro falecido tendo, depois,
adquirido um segundo destino: ajudar o Maçom acidentado no serviço.
E nota-se que esta espécie de
ajuda mútua tinha por princípio algo que nascera entre os Operativos,
sustentando a tese de que, entre eles, existia a prática da verdadeira
fraternidade entre os irmãos.
A criação do Tronco das Viúvas
se estabeleceu definitivamente quando da reunião dos Talhadores de Pedra
alemães, uma vês que seu regulamento foi incluído nos Estatutos Reguladores da
Conferência dos Talhadores de Pedra. Essa reunião ocorreu em 25 de abril de
1450, em Ratisbona.
Entre os vários artigos do
documento estão aqueles que fixaram definitivamente o Tronco das Viúvas:
Art. 25 – A fim de que o
Espírito de Fraternidade possa manter-se integral sob os auspícios divinos,
todo o mestre que tem a direção de um canteiro deve, desde que foi recebido na
corporação doar um gulden (florim).
Art. 26 – Todos os Mestres e
empreiteiros devem ter, cada um, um Tronco no qual cada Companheiro deve
colocar um pfennig (centavo) por semana. Cada Mestre deve recolher esse
dinheiro e tudo que chegue ao Tronco e remeter à corporação no fim de cada ano.
Art. 27 – Doações e multas devem
ser depositadas nos Troncos da comunidade a fim de que os ofícios divinos sejam
melhor celebrados.
Entre vários escritores da
Maçonaria do Brasil que se conhece e pesquisados, o único que trouxe subsídio
sobre o Tronco das Viúvas é de Assis Carvalho, em seu Livro “A Maçonaria – Usos
& Costumes”, à página 150 – e Xico Trolha deixou escrito o que a seguir
segue:
“O Tronco das Viúvas é o mais
antigo sistema de auxilio mútuo, praticado entre os Maçons, em beneficio da
família maçônica. Era um sistema peculiar, particular, de arrecadar, de
levantar fundos para auxiliar as Cunhadas, Irmãos e Sobrinhos dos Irmãos
falecidos, mas também, o próprio Irmão acidentando e impossibilitado de ganhar
o sustento da família”.
São muitas as colocações em
Oficina, que a soma de tais óbolos são destinados a se efetuar fraternidade
fora de nossa Ordem Maçônica e devemos ter em mente, que tais valores são
destinados aos que necessitam dentro da Família Maçônica e não ficando somente
a cargo do Venerável Mestre e Hospitaleiro, mas todos estão dentro da Maçonaria
para efetivar a verdadeira fraternidade.
Ir.'. José Aparecido dos Santos
A.’.R.’.G.’.B.’.L.’.S.’. Justiça
12 – Rito REAA – Oriente de Maringá
Dados extraídos da Cartilha do
Rito Escocês
Irmão Raimundo Rodrigues
Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda