INSTALAÇÃO E POSSE
Nas Grandes Lojas do
Estado de São Paulo (GLESP), na abertura solene da Cerimônia de
Instalação e Posse do Venerável Mestre, o dirigente roga o auxílio do Grande
Arquiteto do Universo para que aquele ilustre Irmão, M.·.M.·. que foi
legalmente eleito para exercer o cargo, seja dotado de sabedoria para
compreender, de discernimento para julgar e de meios para executar a Sagrada
Lei, para que possa guiar e governar com Retidão, Verdade e Justiça sua
Aug.·. e Resp.·. Loj.·. Simbólica.
O papel do Venerável é
parecido com o do maestro de uma orquestra. Pode ensinar a teoria da música e
tirar sons de um instrumento musical. Mas precisa ter a habilidade para juntar
tantos músicos diferentes e fazê-los tocar a música em harmonia. Levá-los a
executar a música em uníssono (no mesmo tom, ao mesmo tempo). Ele deve ser
capaz de proporcionar essa habilidade ao grupo.
PREPARAÇÃO DO ELEITO
O que acontece com aquele que acaba de ser eleito para dirigir sua Loja?
Acreditamos como base imutável do trabalho de preparação do mesmo a valorização
e apoio ao Irmão, independente do Rito praticado, uma vez que os Ritos são
respeitáveis e contêm, em suas essências, a necessidade da Construção Social
dos Maçons. É uma providência muito usual, às vésperas da “passagem do
malhete”, o Resp.·. Ir.·. Delegado Regional promover uma reunião dos
Mestres Instaladores e dos Veneráveis Eleitos com o objetivo de eliminar
dúvidas sobre a realização do ato.
O treinamento breve e
superficial, onde nem sequer os interessados se apercebem da grandiosidade que
significa a Cerimônia, pode ter um impacto negativo no desempenho do futuro
Venerável, se esses Irmãos não tiveram apoio e acompanhamento necessário para
que sejam bem sucedidos nessa tarefa de tanta responsabilidade.
A Potência espera
muito dos novos Veneráveis e lhes cobrará conhecimento, desembaraço,
responsabilidade, eficiência e acertos. Mas os Veneráveis por seu lado sabem
das dificuldades pelas quais irão passar e tem a expectativa, a curiosidade, a
vontade do acesso a uma orientação oficial preparatória, segura, através da Potência.
Um tem a expectativa do outro.
Sabemos que nada mais
lógico e razoável seria a existência de um compêndio elementar destinado
ao Venerável eleito, onde pudesse buscar a técnica de dirigir e
orientar os seus liderados nos rudimentos da arte, da filosofia, da ciência e
da doutrina, antes de iniciar seu Veneralato.
MISSÃO DO VENERÁVEL
Inspirar seus liderados a viver uma vida melhor, cada um dando o melhor de si, lembrando-lhes da sua missão e dos valores que regem a vida maçônica: amor, honestidade, humildade, paciência, educação, bondade, compromisso, respeito, abnegação, perdão.
Inspirar seus liderados a viver uma vida melhor, cada um dando o melhor de si, lembrando-lhes da sua missão e dos valores que regem a vida maçônica: amor, honestidade, humildade, paciência, educação, bondade, compromisso, respeito, abnegação, perdão.
O Venerável é o
instrumento de ligação entre todos os elementos que constituem a sua Loja e os
delegados do Grão-mestre. Não gerencia os Irmãos, influencia e os lidera para
darem o melhor de si.
CONCEITOS DE LIDERANÇA
A maioria dos candidatos ao cargo de Venerável Mestre, tem o desejo sincero de exercer liderança da melhor forma possível. No fundo, as pessoas anseiam por uma vida significativa e satisfatória e, por isso, procuram por alguma coisa especial que faça aflorar o que eles têm de melhor. De preferência, buscam uma harmonia entre seus valores pessoais e os valores da Instituição. Uma coisa é certa: os Irmãos querem fazer parte de algo especial; de uma Loja da qual possam se orgulhar, e ao termino dos trabalhos que todos fiquem felizes porque se sentem fazendo a coisa certa.
A maioria dos candidatos ao cargo de Venerável Mestre, tem o desejo sincero de exercer liderança da melhor forma possível. No fundo, as pessoas anseiam por uma vida significativa e satisfatória e, por isso, procuram por alguma coisa especial que faça aflorar o que eles têm de melhor. De preferência, buscam uma harmonia entre seus valores pessoais e os valores da Instituição. Uma coisa é certa: os Irmãos querem fazer parte de algo especial; de uma Loja da qual possam se orgulhar, e ao termino dos trabalhos que todos fiquem felizes porque se sentem fazendo a coisa certa.
Defendemos a tese de
que a liderança não é poder e sim autoridade, conquistada com amor, dedicação e
respeito pelos liderados.
Liderar significa
conquistar os Irmãos, envolvê-los de forma que coloquem o coração, mente
espírito, criatividade e excelência à disposição da Loj.·. e da Ordem. É
preciso fazer com que haja o máximo empenho na missão, dando tudo pelo
conjunto.
Lembremos,
outrossim, de que não é preciso ser Venerável da Loja para ser um líder e
influenciar os Irmãos a terem mais entusiasmo, mais empenho e mais disposição –
enfim, para se tornarem o melhor que podem ser.
O que define a palavra
liderança é a capacidade de influenciar os Irmãos para o bem. Na verdade, na
Loja todos são líderes, assumindo cada um a responsabilidade pessoal pelo
sucesso da Oficina.
LIMITAÇÕES
Os humildes consideram sua liderança uma enorme responsabilidade e levam muito a sério a posição de confiança e os Irmãos a ele confiados. O Venerável sabe que os Irmãos vão cometer erros. Os VVig.·., o Orador, o M.·. de CCer.·., o Secretário e outros – muitas vezes, vão decepcioná-lo, vão magoá-lo, não se esforçarão como ele acha que deveriam e alguns não reagirão aos seus esforços. Por isso, aceitam as limitações nos outros e tem uma enorme capacidade de tolerar a imperfeição.
Os humildes consideram sua liderança uma enorme responsabilidade e levam muito a sério a posição de confiança e os Irmãos a ele confiados. O Venerável sabe que os Irmãos vão cometer erros. Os VVig.·., o Orador, o M.·. de CCer.·., o Secretário e outros – muitas vezes, vão decepcioná-lo, vão magoá-lo, não se esforçarão como ele acha que deveriam e alguns não reagirão aos seus esforços. Por isso, aceitam as limitações nos outros e tem uma enorme capacidade de tolerar a imperfeição.
Autêntico, ele não
posa de sábio, está sempre disponível e, de certa forma, vulnerável, porque tem
sempre seu ego sob controle e não se baseia em ilusões de conhecimento por
“iluminismo do Alto”, de grandeza, acreditando que é indispensável para a
Instituição. Sabe muito bem que “os cemitérios estão repletos de pessoas
indispensáveis”.
Seguro de suas forças
e limitações, o Venerável humilde está consciente de que só com a ajuda de
todos será capaz de manter as coisas em sua devida perspectiva.
Os menos humildes não
devem ficar ressentidos com as coisas que machucam e desapontam. Devem
lembrar-se de que qualquer um pode liderar pessoas perfeitas – se elas existem
- o que não devem esquecer jamais os que optam por liderar é que devem servir:
“quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem
quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo” (Jesus Cristo).
Muitos dos que assumem
a liderança de sua Loja, enganam-se achando que é sua vez de serem servidos,
agora que se tornaram líderes. A todo verdadeiro Maçom cabe tal
responsabilidade: ” deve servir nunca se servir”.
RESPONSABILIDADE
O Mestre Instalado vai se apropriando de ideias dentro de si, interpenetrando a fusão de culturas, tradições, sentimentos, em estilo cultural comum, cabedal de conhecimentos adquiridos ao longo do tempo e burilados durante a sua presença à frente dos cargos que desempenhou na Loja, conhecimentos esses que deverá necessariamente ser posto de forma total “em pé e à ordem” da Sublime Instituição.
O Mestre Instalado vai se apropriando de ideias dentro de si, interpenetrando a fusão de culturas, tradições, sentimentos, em estilo cultural comum, cabedal de conhecimentos adquiridos ao longo do tempo e burilados durante a sua presença à frente dos cargos que desempenhou na Loja, conhecimentos esses que deverá necessariamente ser posto de forma total “em pé e à ordem” da Sublime Instituição.
CONFLITOS
Obviamente, uma Loja Maçônica não é um lugar sem conflitos. Afinal, quando duas ou mais pessoas se reúnem para um propósito, uma coisa é certa, haverá conflito (especialmente se a Loja for saudável). O interessante é usar a inteligência para encontrar o caminho da comunicação entre os Irmãos e transformar a Loja num local onde os conflitos são solucionados e os participantes aprendam a não evitar divergências – mas a ter respeito, a escutar, a ser assertivos uns com os outros, a ser aberto a novos desafios, a valorizar a diversidade que existe em qualquer equipe saudável.
Obviamente, uma Loja Maçônica não é um lugar sem conflitos. Afinal, quando duas ou mais pessoas se reúnem para um propósito, uma coisa é certa, haverá conflito (especialmente se a Loja for saudável). O interessante é usar a inteligência para encontrar o caminho da comunicação entre os Irmãos e transformar a Loja num local onde os conflitos são solucionados e os participantes aprendam a não evitar divergências – mas a ter respeito, a escutar, a ser assertivos uns com os outros, a ser aberto a novos desafios, a valorizar a diversidade que existe em qualquer equipe saudável.
NÃO àquelas alianças
destrutivas entre dois ou mais Irmãos que preferem falar dos outros
(panelinhas), em vez de levantarem o problema para toda a Loja, a fim de que se
encontre uma solução. NÃO aos integrantes dessas “panelinhas” que não têm a
coragem moral de fazer a coisa certa em momentos de desafio e controvérsia.
Os Irmãos Jubelos existem
sempre, são justamente os veículos necessários, como Pedro e Judas o foram para
Jesus. Um o traiu antes da morte; o outro, O negou em vida por três vezes.
Simbolizam os três
assassinos as expressões da nossa natureza material, os que fazem oposição aos
nossos bons sentimentos; os assassinos podem ter outros nomes: Ignorância,
Fanatismo e Ambição.
Essas fases negativas
poderão ser, com o auxílio de nossos Mestres, transformadas em Sabedoria,
Tolerância e Amor.
DISCIPLINA
é uma palavra cuja raiz vem de discípulo, que é aquele que recebe ensinamento ou treinamento.
é uma palavra cuja raiz vem de discípulo, que é aquele que recebe ensinamento ou treinamento.
Lembrem-se de que
disciplinar não é punir e humilhar os Irmãos. O objetivo é levá-los para o
caminho certo, ajudando-os a se tornarem melhores, a vencer e ser bem-sucedidos
e que respeito não é algo que se ganha quando se torna Ven.·. O respeito assim
como o reconhecimento é conquistado pouco a pouco e exige que as partes
renunciem interesses pessoais pelo bem maior, para que o todo se torne maior do
que a soma de suas partes. Isso nos ensinou o Mestre dos Mestres: “quem quiser
tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva”; “e quem quiser ser o
primeiro entre vós, será vosso servo” Qualquer um que queira ser um líder deve
primeiro ser o servidor. Servir uns aos outros, conforme o dom que
recebeu.
Venerável Mestre,
Deus em sua infinita sabedoria, o colocou como dirigente de sua Loja,
lugar onde pode aprender com eficiência e servir melhor. Hoje o imaginei
recitando a magnífica Oração de Amor de São Francisco de Assis, adaptada para nossos
dias:
“Ó Senhor, fazei
de mim instrumento de tua paz:
Onde há ódio, faze que eu leve Amor e uma palavra de união;
onde há ofensa que eu leve o Perdão;
onde há discórdia e onde tantos procuram ser servidos, que eu leve a alegria de servir;
onde há dúvida, que eu leve a Fé;
onde há erro, que eu leve a Verdade;
onde tantos fecham a mão para bater, que eu abra meu coração para acolher;
onde há desespero porque a vida perdeu o sentido, que eu leve o sentido de viver, que eu leve a Esperança;
onde tantos sofrem a solidão que faz morrer, que eu seja o amigo que faz viver;
onde há tristeza, que eu leve a Alegria;
onde há trevas, que eu leve a Luz.
Onde há ódio, faze que eu leve Amor e uma palavra de união;
onde há ofensa que eu leve o Perdão;
onde há discórdia e onde tantos procuram ser servidos, que eu leve a alegria de servir;
onde há dúvida, que eu leve a Fé;
onde há erro, que eu leve a Verdade;
onde tantos fecham a mão para bater, que eu abra meu coração para acolher;
onde há desespero porque a vida perdeu o sentido, que eu leve o sentido de viver, que eu leve a Esperança;
onde tantos sofrem a solidão que faz morrer, que eu seja o amigo que faz viver;
onde há tristeza, que eu leve a Alegria;
onde há trevas, que eu leve a Luz.
Ó Mestre faze que eu
procure menos ser consolado do que consolar;
ser compreendido do que compreender; ser amado do que amar;
onde tantos adoram a máquina, que eu saiba venerar o homem;
onde tantos endeusam a técnica, que eu saiba humanizar a pessoa;
onde tantos pedem o pão, que eu saiba ensinar a plantar o trigo;
onde tantos estão distantes, que eu seja sempre presente.
ser compreendido do que compreender; ser amado do que amar;
onde tantos adoram a máquina, que eu saiba venerar o homem;
onde tantos endeusam a técnica, que eu saiba humanizar a pessoa;
onde tantos pedem o pão, que eu saiba ensinar a plantar o trigo;
onde tantos estão distantes, que eu seja sempre presente.
Pois – é dando que se
recebe;
é perdoando que se é perdoado;
e onde tantos morrem na matéria que passa que eu viva no espírito que fica; pois, é morrendo que se ressuscita para a vida eterna.
é perdoando que se é perdoado;
e onde tantos morrem na matéria que passa que eu viva no espírito que fica; pois, é morrendo que se ressuscita para a vida eterna.
“Onde tantos olham para a Terra, que eu saiba olhar para o Céu”.
AO PASSAR O CARGO
Finalmente, se na Palavra sobre o ato realizado, algum Ir.·. pedir a palavra e quiser falar sobre a mais elevada distinção de reconhecimento que um obreiro pode almejar de sua Loja, que não fale por muito tempo.
Finalmente, se na Palavra sobre o ato realizado, algum Ir.·. pedir a palavra e quiser falar sobre a mais elevada distinção de reconhecimento que um obreiro pode almejar de sua Loja, que não fale por muito tempo.
Digam para não mencionar
carreira da vida profana ou maçônica – isso não é importante. Falem que um dia
foi plantado uma semente, minúscula, e que nasceu a plantinha que ajudamos a
adubar, a regar, a podar esta pequena árvore cresceu, floriu, deu frutos e hoje
nossa Loja com nome, número, Carta Constitutiva Definitiva, Estandarte e Hino
no qual se enaltece a glória de Deus, do Patrono e da história da Loja.
Digam para não
mencionarem Iniciações, Elevações, Exaltações ou Filiações realizadas, pois
essas fazem parte das atividades normais de uma Oficina.
Façam sim,
referência ao nosso denodo para ajudar os outros. Que tentamos amar qualquer um
e a todos os Obreiros. Que procuramos ser justos.
Digam que não
mencionem o sucesso que a Loja teve no equilíbrio das finanças, no trabalho sem
igual da Secretaria, nas atividades da Chancelaria, isso não é importante.
Falem do esforço em
arrecadar o possível para que nossa Hospitalaria pudesse apoiar as Associações
que alimentam os moradores de rua, os que têm fome, que vestem os nus. Lembrem
que acompanhamos os Irmãozinhos e familiares em suas enfermidades.
CONCLUINDO
Ensinando, pesquisando, conversando, trazendo novas idéias à baila, mas principalmente revelando, em todos os momentos e ocasiões, o extremo dinamismo e amor à Ordem, que devem caracterizar aqueles que, um dia, tiveram a honra de ocupar o Trono de Salomão. Certo é que todos deixam sua marca na equipe – a única questão é o tipo de marca que cada um quer deixar.
Ensinando, pesquisando, conversando, trazendo novas idéias à baila, mas principalmente revelando, em todos os momentos e ocasiões, o extremo dinamismo e amor à Ordem, que devem caracterizar aqueles que, um dia, tiveram a honra de ocupar o Trono de Salomão. Certo é que todos deixam sua marca na equipe – a única questão é o tipo de marca que cada um quer deixar.
E quando, por fim,
formos atingidos pela foice da noite, nosso espírito poderá erguer seu vôo de
fronte altiva e satisfeito conosco mesmo, chegar aos pés do Redentor, cobrindo
as marcas de nossos pés cansados, de mãos vazias, mais calejadas por termos
legado à Humanidade a dádiva de uma existência que comoverá pela tenacidade,
beleza, grandeza e pela abnegação que procuramos servir nossos Irmãos, nossa
Loja e a Humanidade...
Ir. Valdemar Sansão