OS TRÊS PONTOS NAS ABREVIATURAS MAÇÔNICAS


Os três pontos .´. na maçonaria é uma forma especial de escrita com que nos documentos da maçonaria se abreviam algumas palavras. Na realidade é uma forma de abreviatura que consiste em colocar as letras iniciais das palavras seguidas de três pontos em forma de triângulo com o vértice na parte superior.

Esta forma de escrita é conhecida por abreviatura triponteada.

A origem desta forma de abreviatura se desconhece, sendo sua aparição mais antiga em um escrito do Grande Oriente da França datado de 12 de agosto de 1774, para anunciar a tomada de posição de sua mudança para um novo local, pelo que se supõe que apareceu já na Maçonaria Especulativa Moderna.

Durante o período Operativo a transmissão dos conhecimentos era feito de forma prática e verbal pois eram muito zelosos na transmissão de seus segredos e de sua arte ou ofício. Daí não se ter encontrado vestígios de documentos a respeito.

Os três pontos vêm do período dos Companonage[1], que parece ter simbolizado ao triângulo, estes três pontos simbolizam também o TRIQUETRE, que era um símbolo que consiste de três pernas, dobradas em triângulo, como é encontrado em algumas medalhas antigas, como aparecem em algumas obras da Companones.

No terreno puramente especulativo, se pode pensar que a utilização dos três pontos na escrita maçônica tenha nascido da escritura hebraica cujas letras começam sempre com um ponto para log continuar com o traço.

Esses três pontos devem estar sempre dispostos na forma de um triângulo equilátero, no esquadro como aparece em alguns impressos; talvez por conta de que na imprensa não existia um signo de três pontos dispostos em forma de triângulo equilátero.

Não existe uma explicação concreta do significado destes três pontos, porém se referem às três luzes do altar dos juramentos, ou quiçá, de uma forma mais geral ao número três e ao triângulo, ambos os símbolos importantes no sistema maçônico.
(revista Fenix – site del guajiro)

[1] O termo “compagnonnage” aparece na língua francesa somente por volta de 1719, para designar o tempo do estágio profissional que um companheiro devia fazer com um mestre. “* Do latim popular *Companionem, propriamente ” aquele que partilha o pão com o outro” de cum “com”, e panis, “pão”. Fixar uma data precisa para o nascimento de companheirismo exigiria dar-lhe uma definição precisa, que ele jamais teve, e os arquivos das guildas de companheiros não vão além do século XVIII. Era uma espécie de Guilda ou Corporação de Companheiros

Jose Roberto Cardoso


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