QUEM É MEU IRMÃO?



“Senhor, se meu Irmão pecar contra mim, quantas vezes eu deverei perdoar-lhe? Até sete vezes? – Disse-lhe Jesus: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mat. l8:21-22)

É sabido que só os Irmãos de sangue possuem características comuns que conduzem ao afeto sólido e desinteressado, cultivando o amor familiar.

A Maçonaria resolveu sugerir aos seus iniciados o tratamento cordial e afetuoso de “irmão”, que o receberam com todo o agrado, sem nenhuma restrição, passando a ser uma norma obrigatória nos diversos Corpos da Instituição.

Já no Poema Regius, também chamado de “Manuscrito de Halliwell’ do ano de 1390, o mais antigo que se conhece, recomenda o tratamento de “caro irmão” entre os maçons. Por isso o tratamento de Irmão dado por um Maçom a outro, significa reconhecimento fraternal, como pertencente à mesma família.

De fato, traduz uma maneira de proceder muito afetiva e agradável a todos os corações dos que militam em seus augustos Templos. Assim passaram os iniciados ao uso desse tratamento em todas as horas, quer no mundo profano, quer no maçônico.

Há certo grau de satisfação quando nas Lojas maçônicas, partilhamos de momentos gratificantes de bem estar espiritual para o convívio em união. É na verdade uma extensão da nossa própria família e os laços de amizade e fraternidade ali estabelecidos, só poderão ser comparados aos do mesmo sangue.

A essência da Fraternidade é o amor; os maçons dedicam muito amor uns para com os outros; é essa prática que funde o sangue para que haja no grupo uma só criatura.

O bem-querer, a tolerância e a Fraternidade dentro da Loja transformam o homem em criatura dócil, espontânea e fiel, apta a desempenhar a cidadania no mundo profano.

A rigor, o amor fraternal deveria estender-se a toda a humanidade; no entanto, ainda não estamos preparados para isso.

Fisiologicamente, os Irmãos provindos dos mesmos pais são denominados de “germanos”, que em latim significa “do mesmo germe”. Na Maçonaria não há esse aspecto; porém, a Fraternidade harmoniza os seres por meio da parte espiritual; diz-se que os maçons são Irmãos porque provêm da mesma Iniciação, os mesmos modos de reconhecimento e foram instruídos no mesmo sistema de moralidade; morrem na Câmara da Reflexão para renascerem produzidos ou procriados por meio do germe filosófico que transforma integralmente a criatura, refletindo-se no comportamento posterior.

Os Maçons, qualquer que seja o seu grau, dão-se o tratamento de Irmão. Este tratamento existe em todas as sociedades iniciáticas e nas confrarias, onde o seu significado é a condição adquirida com a participação de um mesmo ideal baseado na amizade. É o tratamento que se davam entre si os Maçons operativos.

Além da amizade fraternal que deve uni-los, os Maçons consideram-se irmãos por serem, simbolicamente, filhos da mesma mãe, a Mãe-Terra, simbolizada pela deusa egípcia Ísis, viúva de Osíris, o Sol, e a mãe de Hórus. Assim os Maçons são, também, simbolicamente, irmãos de Horus e se autodenominam Filhos da Viúva.

Os membros de nossa Ordem são estimulados a praticarem um modo de vida que produza um nível elevado em suas relações com seus Irmãos, assim como, com toda a humanidade.

Em outras palavras, é preciso não perder o significado e emprestar dignidade à expressão IRMÃO, desprezando as futilidades mundanas e amando o próximo; que cada um de nós se torne útil segundo as capacidades e os meios que o Grande Arquiteto do Universo nos colocou nas mãos para nos provar; que o forte e o poderoso devem apoio e proteção ao fraco, pois aquele que abusa de sua força e de seu poder para oprimir seu semelhante faz desaparecer o sentimento da personalidade.

Quando os homens tiverem se libertado do egoísmo que os domina, viverão como irmãos, não se fazendo nenhum mal, ajudando-se mutuamente pelo sentimento natural da solidariedade; então o forte será o apoio e não opressor do fraco, e não se verão mais homens desprovidos do indispensável para viver, porque todos praticarão a lei da justiça.

Para melhor descrevermos a importância do tratamento “Irmão”, é preciso mencionar a egrégora, atuação da força-pensamento coletiva de pessoas reunidas num local, emitindo vibrações fortes e idênticas, pensamentos da mesma natureza, animado de força boa ou má, conforme o gênero dos pensamentos emitidos. Cada Loja possui a sua egrégora. Em muitas Lojas se forma uma antiegrégora. É quando os Irmãos lá vão para aparecer, disputar primazia, brigar, discutir cargos, assumir a postura divina de donos da verdade, etc.

Membro ativo é o maçom que frequenta assiduamente a Loja e cumpre com as obrigações estatutárias. A Loja conta com a presença assídua de seus associados. É dever de o maçom dar assistência à sua associação, sob pena de enfraquecê-la e até adormecê-la.

Membro adormecido é o maçom que deixa de frequentar a Loja, licenciado ou eliminado, com a chance de sempre poder retornar à frequência.

Outro elemento de vida e valor que deve ser observado e ocorre com muitos Maçons em Lojas e Potências podemos chamá-lo “chorão”. É o que vê a vida como um terremoto: o chão ameaçando a abrir, o mundo caindo sobre ele. Corre desesperado para lugar algum ao encontro do nada. Não devemos receber esses estados depressivos, com a ideia de que estaremos ajudando o Irmão a carregar seu fardo.

A rigor, o amor fraternal deveria estender-se a toda a humanidade; no entanto, ainda não estamos preparados para isso.

Há, também, o “desagregador”, criador da discórdia e do sofrimento. Sua atmosfera mental fica carregada de uma força destruidora. Vai à Loja dominado por sentimento de angústia, de obrigação institucional, com ódio, melindres e ressentimentos para gerar culpa ou acusações ou tentar criar tensões nos demais e jamais se entender com os que divergem de suas opiniões.

Planta a semente da desintegração nos que são suscetíveis às suas influências. Sua mente se torna como que uma nuvem escura que encobre a luz e o poder da verdade. Ele abafa sua alma com pensamentos maus. Regozija-se com o mal de seus irmãos, pois, no seu orgulho, imagina que o não afetará.

Aqueles que se deixam fascinar pelas suas falsidades, não podem ver a verdade e são levados a crer que o falso é justo, que só a vontade egoísta triunfa. Suportar este tipo de Irmão em Loja não é aconselhável, pois ele está tirando o valor da vida dos Irmãos e impondo a sua. Não os condenem, esses por si se destroem.

Outro problema na Loja maçônica são Irmãos “Cometas” com aparições inesperadas, trocam a festa, a TV, o passeio, a viagem, pela tarefa que assumiram livremente.

Quando o Venerável lhes cobra comportamento responsável, zangam-se. O argumento usado é que eles dão a sua colaboração à Loja e têm o direito de comparecer quando lhes convier. Afinal, trabalham de graça e têm seus compromissos particulares para atender.

Se o dirigente for rigoroso, é comum que se afastem da Oficina, procurando abrigo no pedido de licença ou até do quite placet. É da máxima importância que todos aprendamos a conhecer o poder dos que podem causar males, assim como para fazer o bem.

Estamos todos sujeitos a cometer erros. Ninguém alcançou a alta posição em que se ache tão livre do erro, que possa julgar com retidão todas as causas que levaram seu Irmão ao erro, e quando alguém chega a esse estado, não condena; compadece-se das condições limitadas de seu Irmão e procura fazer-lhe mais fácil a vida pela alegria e a bondade. Perdoemos nossos erros, pois até o direito de errar é sagrado, desde que corresponda ao intransferível dever de assumir a consequência do que se praticou.

Saibamos reconhecer os nossos defeitos para vencê-los. É ao estudarmos o que nos desagrada em nossos Irmãos que chegaremos a eliminar os nossos defeitos, que são muitas vezes semelhantes. Isto nos incitará à benevolência. Sejamos tolerantes para com as opiniões e os atos dos nossos semelhantes. Aprendamos a perdoar as ofensas que nos são feitas. Não tenhamos senão sentimentos, atos e pensamentos positivos.

Esqueçamos nossas desavenças, nossas dificuldades, passemos ao entendimento mútuo, e nos irmanemos em torno do bem e da tolerância.

Denilson Forato 


EQUINÓCIO DE OUTUBRO


Mais uma vez a Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia se reúne em Assembleia Geral Ordinária para celebrar o equinócio de outono em nosso hemisfério que corresponde ao equinócio da primavera no hemisfério norte.

A palavra equinócio vem do latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa “noites iguais”, ocasiões em que o dia e a noite, duram o mesmo tempo, ou seja, durante os equinócios o dia e a noite tem igualmente 12 horas de duração. 

Equinócio é um fenômeno astrológico definido como o instante em que o Sol em sua órbita aparente (como vista da terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste) em sua marcha do sul para o norte e do norte para o sul. Mais precisamente é o ponto em que a eclíptica cruza o equador celeste.

Caracteriza-se pela distribuição igual da luz solar nos dois hemisférios, pois é quando os raios solares incidem perpendicularmente sobre eles e diretamente sobre o equador.

Isto ocorre duas vezes por ano. Numa dessas vezes, a órbita aparente do sol corta a linha do equador do sul para o norte no dia 20 de março, o que aconteceu às 08hs02min (horário de Brasília) de quarta-feira passada.

Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o inicio da primavera no hemisfério norte como na Europa, Estados Unidos e do outono no hemisfério sul como no Brasil, Argentina, Austrália, Nova Zelândia.

Mas por que celebramos os equinócios e os solstícios e quais suas relações com a maçonaria?

O homem primitivo distinguia a diferença entre duas épocas: uma de frio e outra de calor que eram atribuídas à ação do sol. Graças a isso surgiram os cultos solares, sendo o Sol proclamado fonte da vida, com influencia marcante sobre todas as religiões e crenças da época, pois o Sol na sua trajetória aparente determina a mudança das estações climáticas, nos equinócios e nos solstícios, quando a natureza passa por formidáveis transformações.

Por este fato as religiões de então consideravam os dias de equinócios e solstícios como dias mágicos em virtude das transformações da natureza nestes dias. 

E assim os antigos povos realizavam rituais a cada mudança de ciclo da natureza sempre com um grande significado esotérico e místico, pois acreditavam em bênçãos divinas que decorriam principalmente do Equinócio de Outono, quando depositavam as maiores esperanças na concretização dos mais puros desejos para o homem, as bênçãos do equilíbrio, da equidade e da justiça. 

Nossos precursores, os membros das organizações de ofício, também realizavam essas celebrações, as quais chegaram à maçonaria operativa, e desde a instituição da maçonaria especulativa, os maçons continuaram a celebrar as festas equinociais e as solsticiais, reconhecendo o simbolismo e misticismo delas. 

Diversas são as relações do equinócio de outono. Segundo a astrologia o ano realmente começa quando o sol, na sua trajetória anual, encontra-se no grau zero de Áries. É o equinócio de outono no Hemisfério Sul (Brasil), e de primavera no Hemisfério Norte, 21 de março.

Segundo o cristianismo todo o calendário cristão baseia-se no equinócio. A Páscoa, por exemplo, ocorrerá no 1º domingo de lua cheia após o equinócio de outono (Brasil), nunca devendo ser antes do dia 22 de março e nunca após o dia 25 de abril.

A tradição diz que o Ano Maçônico no hemisfério sul inicia-se no equinócio de outono que hoje celebramos mais precisamente no dia 21 de março, quando o Sol ingressando no primeiro signo do Zodíaco, Áries, inicia um novo ciclo e que a Abóboda Estrelada do teto da Loja, representa o céu durante o equinócio da primavera no hemisfério norte no dia 21 de março. 

Todos nós já ouvimos falar de Verdadeira Luz-VL- época em que começa a contar a era maçônica. Mas como definir a data da VL? Para tanto a maçonaria adotou o calendário do Rito Adonhiramita que se inicia no dia 21 de março, equinócio da primavera no hemisfério norte, juntando 4.000 anos aos da EV.

Na elaboração das pranchas é costume constar a data da EV e ainda, se, se, desejar, a data da VL, que se obtêm acrescentando 4.000 ao ano do calendário Gregoriano que desejamos. Por exemplo, hoje são 23 de março de 2013 da EV e 6013 da VL.

Muito ainda poder-se-ia dizer sobre este fenômeno astrológico que para nós maçons contem relevantes ensinamentos esotéricos. Aos irmãos que desejarem conhecer mais sobre as festas da maçonaria, existe vasta literatura escrita por respeitáveis maçonólogos.

Esperamos, no entanto, que com estas poucas informações possamos perceber as inter-relações e influencia dos corpos celestes sobre a vida em geral e o comportamento dos homens em particular e, saibamos entender por que a GLEB, ou seja, a maçonaria celebra e comemora, anualmente, os equinócios e os solstícios.

E, por fim, que consigamos, todos nós, inspirados no significado e simbolismo do equinócio de outono, demonstrar por palavras e pelo exemplo, que a Maçonaria e os Maçons no mundo de hoje, estejam onde estiverem, sejam quais forem às condições ou situações, continuem sendo, como sempre foram instrumentos de paz, de equilíbrio, de tolerância, de libertação e principalmente de transformação social.


Por Ubaldo Santos

M.’.Gr.’.Orador – Grande Loja Maçônica do estado da Bahia (GLEB)


DEIXE A VERDADE SER OUVIDA


Nós não somos maus.

Nós não prejudicamos ou seduzimos pessoas.

Nós não somos perigosos.

Nós somos pessoas normais como você.

Nós temos famílias, empregos, esperanças e sonhos.

Nós não somos um culto.

Nós não somos o que você acha que somos quando vê TV.

Nós somos reais.

Nós rimos, nós choramos.

Nós somos sérios.

Nós temos senso de humor.

Você não precisa ter medo de nós.

Nós não queremos converter você.

E por favor, não tente nos converter.

Apenas nos dê o mesmo direito que nós damos a você: Viver em paz.

Nós somos muito mais similares a você do que você imagina. Somos Pais, filhos, irmãos, primos, vizinhos, amigos.

Somos Católicos, Evangélicos, Espíritas, Muçulmanos, Judeus, Comerciantes, Empresários, Funcionários Públicos, Funcionários de Empresas e de Comércios, Garçons, auxiliares de Escritórios, profissionais Liberais e etc.

Todos unidos independente de credo, raça, cor, religião ou partido político.

Somos uma instituição Associativa de homens esclarecidos e virtuosos, que se congregam entre si, como irmãos que somos cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente ligados por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando- se uns aos outros, na prática da virtude.

Estas definições não são perfeitas, apenas suficientes para nos convencer de que a Ordem Maçônica foi, é, e sempre deverá ser a união consciente de homens íntegros, virtuosos, desinteressados, generosos e acima de tudo devotados. Irmãos livres e iguais, ligados por deveres de fraternidade, que pelo exemplo e prática da virtude, buscam esclarecer os homens e prepará-los para a emancipação progressiva da humanidade.

Uma verdadeira escola, não só de moral como também de filosofia social e espiritual, um sistema, revelado aos Maçons por alegorias e ensinado através de símbolos, guiando seus adeptos à prática e ao aperfeiçoamento dos seus mais elevados deveres.

Afugentando os baixos sentimentos de materialismo, de sensualidade e de mundanismo e invocando sempre o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, tornando-nos dignos de si mesmos, da Família, da Pátria e da Humanidade.

Somos Maçons.

Com muito Orgulho e com muita Honra.

Autores
Weber Varrasquim
João Roberto Clima de Souza.


MORTE E RENASCIMENTO


Crenças, ideais e opiniões servir para fugir da realidade, para iludir o que é. E, longe de nossa própria realidade, é impossível trabalhar corretamente. Então nos afundaria no caos e na miséria. É importante descobrir o que cada um de nós entende a morte e reencarnação, a verdade, não o que nós gostamos de acreditar, não o que alguém disse ou o que algum instrutor ensinou-nos sobre isso.
É a verdade que liberta que quebra as cadeias e as restrições que nos ligam à confusão, desordem e dor. É a verdade que nos liberta, nenhuma conclusão pessoal próprio, a própria opinião.
Queremos garantir que não há morte e viver outra vida, mas que não há nenhuma felicidade ou sabedoria. A busca pela imortalidade através da reencarnação é essencialmente egoísta; por conseguinte, não é apropriado.
Nossa busca pela imortalidade é apenas outra forma de desejo de continuar nossas reações autodefesa contra a vida, é simplesmente um desejo que vai contra a inteligência. 
Tal desejo só pode levar a ilusão. O que importa, então, não é se existe reencarnação, mas para compreender a plenitude da realização no presente, se estivermos conscientes e agimos corretamente. E que só se pode fazê-lo se a sua mente e seu coração já não são contra a vida. 
A mente é astuta e sutil em autodefesa, e deve discernir por si só a natureza ilusória de autoproteção. Isso significa que é preciso pensar e agir de uma forma completamente nova. Você deve se livrar da rede de falsos valores que o ambiente impôs. Deve haver uma nudez interna total. Depois, há a imortalidade, a realidade desconhecida.
Para entender a questão da morte e reencarnação deve nos libertar do medo, que inventa várias teorias da vida após a morte ou a imortalidade ou reencarnação. Assim, diz-se que há reencarnação, renascimento lá, a renovação constante que continua e continua e continua o que é a alma, que chamamos de alma.
Apesar de não termos visto, nós gostamos de pensar que existe, porque dá prazer, porque é algo que nós colocamos além do pensamento, além das palavras, além.
Nós conceber a alma como eterna, "espiritual", que nunca pode morrer, e então pensei que se apega a isso. Mas poucas pessoas sabem ao certo se é que existe tal coisa como a alma, algo que está além do tempo e do pensamento, algo que não é inventada pelo homem, algo que está além da natureza humana, que não tenha sido tornada pela mente astuta.
Porque a mente vê que grande incerteza, essa confusão, você vê que não há nada permanente na vida, nada. A relação que temos com nossas esposas, nossos maridos, nossos filhos, nossos empregos, nada disso é permanente.
Então a mente inventa algo que é permanente, e chama-lhe alma. Mas desde que a mente pensa sobre isso, tal coisa ainda está dentro do campo de tempo e pensamento. É óbvio. Se eu pensar em alguma coisa, isso é parte do meu pensamento. E o meu pensamento é o resultado do tempo, experiência, conhecimento e é sempre limitado. Assim, a alma ainda está dentro do domínio do tempo.
Assim, a ideia de continuidade de uma alma renasce uma e outra vez não fazem sentido, porque é a invenção de uma mente assustada, uma mente que deseja e procura duradoura através de permanência, que anseia por uma certeza, porque em que há esperança.
Nós tememos a morte, porque não sabemos como viver. Se soubéssemos como iríamos viver plenamente medo de morrer. Se nós amamos as árvores, o sol, a folha que cai, se nós amamos as aves; se estivermos atentos aos homens e mulheres que choram os pobres, se você realmente amor em nossos corações, sentimos que não teme a morte.
Nós não vivemos felizmente, não estamos felizes, não são de vital sensível às coisas, então nós queremos saber o que vai acontecer quando morremos.
A vida é dor para nós, e estamos muito mais interessados em morte.
Nós sentimos que talvez não haja mais felicidade após a morte. Mas isso é um problema enorme, e uma enorme paixão é necessária para investigar.
No final do dia, na parte inferior de tudo isto é o medo: medo de vida, medo da morte, o medo de sofrimento. Se você não pode entender o que é o que dá origem a medo e sofrimento, bem como a sua compreensão se dissipar, não importa muito se você está vivo ou morto.
Se alguém diz: "renascer" tem que saber o que é o "eu". Quando falamos de uma entidade espiritual, portanto, que entendemos algo que não está dentro do reino da mente.
Mas o "eu" não é entidade espiritual. Se uma entidade espiritual seria além de todo o tempo e, portanto, não poderia renascer e continuar. O pensamento não pode pensar em qualquer entidade espiritual, porque o pensamento é dentro da medida do tempo, o pensamento vem de ontem, a memória é um movimento contínuo, a resposta do passado.
Assim, o pensamento é, na sua essência, um produto do tempo. Se o pensamento pode pensar sobre o "eu", é a tempo parcial; consequentemente, o "eu" não é tempo livre e, portanto, não é espiritual, o que é óbvio. Assim, o "eu" é apenas um processo de pensamento; e nós queremos saber se esse processo de pensamento, continuando para além do corpo físico, é nascido de novo, ele é reencarnado em uma forma física.
Aquilo que continua não pode encontrar, de forma alguma, o real, o que está além do tempo e medida. Esse "eu", entidade, que é um processo de pensamento, não pode ser novo.
Se você não pode estar fresco, novo, então deve haver uma terminação para o pensamento. Qualquer coisa que continua é inerentemente destrutiva, e que tem continuidade jamais pode renovar. Enquanto pensamento continua através da memória, desejo, experiência, nunca ser renovada; consequentemente, o que é contínua não pode saber o real. Um pode renascer mil vezes, mas nunca pode saber o real, porque só o que morre que chega ao fim, você pode encontrar o desconhecido e renovado.
No morrendo sem renovação. Apenas na morte algo novo vem a ser. Com esse conhecimento não estamos dando conforto, isso não é algo que nós podemos acreditar ou pensar, ou que nós consideramos e aceitamos intelectualmente, porque então ela se tornaria outro consolo, já que agora acredita em reencarnação ou a continuidade do ali, etc.
Mas a verdade é que para o que continua, não há renascimento, nenhuma renovação. Portanto, renovação, renascimento está a morrer diariamente, de momento a momento. Essa é a imortalidade.
Na morte é a imoralidade; não a morte que nós e medo, mas na morte das anteriores conclusões, memórias, experiências, na morte de tudo o que temos identificado como o "I" assusta. Na morte do "eu" em cada momento não a eternidade, não imortalidade, há algo a ser experimentando; não é para especular ou palestras sobre ele, como fazemos com reencarnação e todos esses tipos de coisas.
Quando não se tem medo, porque há uma morte a cada minuto e, portanto, uma renovação, em seguida, é aberta ao desconhecido. A realidade é o desconhecido. A morte também é desconhecida. Mas dizer que a morte é lindo, maravilhoso, porque vamos continuar na vida após a morte e todo esse absurdo, nenhuma realidade. 
Adequadamente ver a morte como um fim, um final em que não há renovação, renascimento, sem continuidade. Pois o que continua se deteriora, e você tem o poder de renovar-se é eterno.
Consideramos algo diferente do que a morte da Vida. Nós criamos uma fronteira entre a vida e a morte e sem entender a vida, nós tememos a morte. Mas, na realidade, não há uma divisão entre a vida ea morte, exceto na ilusão da própria mente.
Quando falamos de vida, entendemos viver como um processo contínuo no qual nenhuma identificação. Eu e minha casa, eu e minha esposa, eu e minha conta bancária, eu e minha experiência bancária ... isso é o que queremos dizer com vida.
Viver é para a maioria de nós um processo de continuidade na memória, tanto consciente e inconsciente, com as suas várias lutas, brigas, incidentes, experiências, etc.
Tudo isso é o que chamamos de vida; e em oposição a tudo o que é a morte que termina tudo. Depois de criar o oposto da vida, morte e como o medo, começamos a olhar para a relação entre ela e a Vida; Tentamos preencher essa lacuna com alguma explicação, com a crença na continuidade, no passado, e assim ficamos satisfeitos.
Nós acreditamos na reencarnação ou alguma outra forma de continuidade de pensamento e, em seguida, tentar estabelecer uma relação entre o conhecido e o desconhecido.
Procuramos construir uma ponte entre o conhecido e o desconhecido, tentou encontrar a relação entre passado e futuro. Isso é o que fazemos quando investigar se existe alguma relação entre a vida e a morte.
Queremos saber como ligar o viver e morrer. Esse é o nosso desejo básico.
Vivendo como é agora, envolve tortura, desordem contínua, contradição; portanto, a nossa vida é conflito, confusão e miséria. O trajeto diário para o trabalho, a repetição de prazer, com as suas dores e ansiedade, tateando, incerteza, isso é o que chamamos de vida. Que tipo de vida que se acostumaram. Nós aceitamos isso, nós envelhecemos e morremos com ele.
Para descobrir o que é viver e descobrir o que está morrendo, é preciso entrar em contato com a morte. Ou seja, é preciso terminar cada dia com tudo o que você conhece. Você deve acabar com a imagem que tem atraído sobre si mesmo, sua família, seus relacionamentos, a imagem formada no prazer, a sua relação com a sociedade, ainda. Isso é o que vai acontecer quando a morte ocorre.
Podemos saber o final, que é a morte, como vivemos. Se nós podemos saber o que é a morte enquanto estamos vivos, não haverá problema para nós. Já que não podemos experimentar o desconhecido, enquanto vivemos, estamos com medo.
Nós somos o resultado do conhecido e nossa luta é para estabelecer uma relação com o desconhecido, o que chamamos de morte. Mas pode haver uma relação entre o passado e algo que a mente não pode conceber, que chamamos de morte.
Separado entes coisas porque nossas mentes só podem trabalhar no reino do conhecido, de continuidade.
Sabe-se apenas como um pensador, como um ator com certas memórias de miséria, de prazer, de amor, de afeto, de diferentes tipos de experiência. Sabe-se apenas como uma entidade permanente, porque senão eu não teria memória de si mesmo, não teria memória de ser algo.
Agora, quando algo que chega ao fim, o que chamamos de morte, medo do desconhecido surge. Queremos, portanto, para superar a angústia, o medo da morte, desenhe o desconhecido para o conhecido, e todo o nosso esforço é para dar continuidade ao desconhecido. Ou seja, nós não sabemos a vida, o que inclui a morte, mas queremos saber como continuar e não chegar ao fim. Nós não queremos saber sobre a vida ea morte, mas apenas como continuar sem fim.
O que permanece desconhecido renovação. Nada de novo, nada pode ser criativo no que está abaixo. Somente quando a continuidade termina há uma possibilidade de que o que é sempre novo a se manifestar, decorrentes da nossa consciência.
Mas esse final é o que nos dá medo, e vemos que no final só pode ser renovado, o criador, o desconhecido, não guardar um dia para o outro as nossas experiências, nossas memórias e infortúnios.
Só quando morrem todos os dias para o velho, pois o passado é quando ele pode emergir novamente.
O novo não pode estar onde houver continuidade, porque o novo é o criador, o desconhecido, o eterno, Deus ou o que você quiser chamar. A pessoa, a entidade sucessora que busca o real, o eterno, nunca mais encontrá-lo, porque você só pode encontrar o que se projeta, e isso não é real.
Só você está terminando, morrendo, você pode conhecer o novo. O homem que tenta ver a relação entre a vida  e a morte, o continuum de ponte e que ele acredita que está além da vida em um mundo fictício e irreal que é uma projeção de si mesmo, de sua própria mente.
Agora, podemos morrer em vida, isto é, finalmente, sendo que nada. Vivemos em um mundo onde tudo está em fluxo, onde tudo é carreirismo e luta para o sucesso superficial e rápido, e em tal mundo que conhecemos morte.
Temos que acabar com todas as memórias, não a memória dos fatos, a caminho de casa, como consertar uma máquina, etc.
Mas com o acessório interno à segurança psicológica através da memória, completo com memórias que você recolheu, armazenados, e em busca de segurança, prazer e felicidade.
Nós podemos pôr fim a tudo isso, ou seja, morrem todos os dias para que amanhã eu possa ser a renovação.
Só então saberemos a morte em vida, e só então morrer naquela extremidade, em seguida, acabar com a continuidade, há renovação, que a criação é eterna.


Tony Iñiguez

MAÇONARIA NÃO É MILÍCIA


Desde o dia que me foi dada a Luz maçônica, aprendi que o Maçom é um pedreiro livre, construtor de catedrais, homem pacífico e amante dos estudos.

A palavra Maçom derivada do francês “pedreiro” me deu a certeza da finalidade da Ordem Maçônica, a de construir um novo homem, a partir de um profano tosco, habitante das trevas.

Até a palavra Maço, símbolo da ação maçônica, lembra-me, Maçom.

Nunca vi escrito em rituais, nem ouvi relato algum de que o maçom deva prestar obediência ao Papa, a não ser a si próprio, pois é livre para pensar e agir e assim se tornar um Ser especial, capaz de ensinar a outros e ser exemplo em sua comunidade.

Porém, uma corrente de maçons sustentam que nossa Ordem é originária dos Cavaleiros Templários, fundada no ano de 1.118, por nove monges, sobrevivente da Primeira Cruzada, e conhecida como a Milícia de Cristo, criada para proteger os peregrinos que se dirigiam ao Santo Sepulcro e outros lugares sagrados da Terra Santa.

Para ser aceito na Ordem o candidato tinha de fazer opção à pobreza pessoal, obediência ao Papa e voto de castidade. Alguns autores afirmam que praticavam sodomia entre eles.

Em sua época os Templários foram um colosso financeiro e militar e eram conhecidos como os banqueiros de Cristo, pois arrecadavam fortunas em dinheiro e o guardavam em cofres forte, protegido pelo Senhor; diziam.

Muitas obras foram escritas e avidamente devoradas por irmãos desejosos de conhecer a história desses valentes cavaleiros ali retratados.

Os Templários nada tinham de maçons, nem influenciaram nossa Ordem, surgida 400 anos depois do fim deles.  Dos Templários, a maçonaria apenas herdou os protocolos secretos e o sigilo imposto a seus iniciados, além do uso do chapéu. 

Segundo os escritores  J. Castellani e H. Spoladore, o mais certo é que a Maçonaria tem sua origem nas Guildas, uma Corporação de Ofício, que abrigava trabalhadores como, pedreiros, sapateiros,  e alfaiates, que pagavam certa quantia para pertencer àquela Corporação. 

A maçonaria da época, por sua tradição oral, não deixou qualquer documento escrito, que pudesse liga-la aos Templários, ou a nenhum outro grupo ou Ordem. Tudo que se fala ou escreve sobre a ligação Templários e maçonaria, é especulação.

A ruína dos Cavaleiros Templários parece ter começado com seu crescimento desordenado, que tendo começado com nove monges, pouco tempo depois eram mais de 15 mil, além de uma esquadra marítima poderosa.

Seu grande pecado foi quando num ato de vilania assaltaram e mataram seus irmãos cristãos em Constantinopla  no ano de 1.204. Esse foi o grande erro deles, que causou o Cisma da Cristandade, e nunca mais a Igreja de Roma e a Grega de Constantinopla, fizeram as pazes.

O Rei Filipe IV, “O Belo”, em 13 de outubro de1307, ordenou um ataque surpresa, prendendo, torturando e matando dezenas de cavaleiros em toda a França. Nesse dia os Templários foram dizimados  e desapareceram para sempre.  Apesar de existirem ainda hoje, alguns grupos que se denominam Cavaleiros Templários, na verdade são clandestinos e irregulares, pois os verdadeiros Templários desapareceram para sempre,  naquele fatídico 13 de outubro de 1.307.

A pá de cal que sepultou para sempre os C.T. foi jogada pelo Papa Clemente V, no ano de 1312, determinando a dissolução da Ordem sob acusação de heresia.

Amantes do militarismo, admiradores de seitas exóticas, caçadores de tesouros perdidos, ao estilo Indiana Jones e curiosos de todo tipo criaram a fantasia ligando nossa  Ordem ao Templários.

Muitos autores trabalham  para dar credibilidade a essa ideia com seguidores ferrenhos, que não conhecendo nem o ritual maçônico do Grau de Aprendiz acreditam no que leem. 

A “arma” do pedreiro livre é a inteligência aplicada à colher de pedreiro, não a espada, instrumento de morte, e sua casa é o templo onde se reúne; não o quartel.

Por  Laurindo R. Gutierrez (* )

*Loja de Pesquisas Brasil- Londrina-PR
*Loja de Pesquisas Chico da Botica- Porto Alegre- RS

 Fonte - Internet – JB News –  Dicionário Maçônico ( R. da Camino) –
Texto revisado do original de 25/05/11-  


INSISTINDO: MAÇONARIA NÃO É RELIGIÃO


Vez por outra autoridades eclesiásticas afirmam que a Maçonaria é Religião, assertiva que causa certo desconforto entre os membros da Ordem.

Ao entrar na nossa Instituição o neófito não é obrigado a renunciar ao seu credo. A Maçonaria assegura que todo sectarismo, seja político, racial ou religioso, é incompreensível com a universalidade do espírito maçônico.

Outros asseguram que a nossa Instituição é uma associação ecumênica. Na minha avaliação esta afirmação se constitui em outro equivoco, pois o ecumenismo é a busca da unidade entre as Igrejas cristãs. Como sabemos no seio da nossa secular Instituição temos membros quem não professam a religião de Cristo.

Mas o que é Maçonaria? Podemos definir como uma Associação sem fins lucrativos, iniciática, educativa, filosófica e filantrópica, composta por homens probos e virtuosos que buscam através da ética, tolerância e respeito ao livre arbítrio superar o vício visando contribuir para o engrandecimento da Humanidade, escopo de sua existência.

O grande medo dos detratores da Ordem Maçônica é a sua defesa intransigente do diálogo inter-religioso, ou seja, na melhoria do relacionamento entre os praticantes dos diversos credos espalhados pelo mundo.

Por este motivo usamos o termo “Grande Arquiteto do Universo”, principal criador de tudo que existe independente de crença ou religião especifica. Aliás, o conceito de Deus como o Grande Arquiteto do Universo não é exclusividade da Maçonaria, uma vez que encontramos, desde a Idade Média, em diversas edições da Bíblia, referência a Deus como o Arquiteto do Universo.

O Grande Oriente da Paraíba, como toda potência maçônica brasileira, recepciona a Constituição da República Federativa do Brasil, portanto, observa que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício das venerações religiosas e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

A liberdade religiosa é um dos legados das Constituições de James Anderson publicada em 24 de junho de 1723, e considerada o principal documento e a base legal da Maçonaria Especulativa. 

A legalidade e a disciplina são atributos que devem ser observados por todos os Maçons.


Bibliografia:                                                                      
HOUAISS, Antonio (1915-1999) e VILLAR, Mauro de Salles.Minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Instituto Antonio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados de Língua Portuguesa S/C. Rio de Janeiro. Objetiva, 2001. 481 p.
GUIMARÃES, João Nery. Reprodução das Constituições dos Franco-Maçons. Fraternidade. São Paulo, 1982. 92 p.
                                                                           


Postagem em destaque

QUANDO UM MAÇOM DESISTE

  Quando um maçom se demite porque não pode ser amigo de todos os seus irmãos da Sociedade, talvez não lhe tenham explicado que a amizade em...