A MAÇONARIA, O JARDIM DO EDEN, O TEMPLO DE SALOMÃO E A METAFISICA DO CONHECIMENTO EMPIRICO





Quando YAVEH criou o Universo, com ele criou também a maçonaria.

A criação do justo e perfeito, universo, deixou YAVEH satisfeito.

A perfeição do universo esta da dualidade da criação, yin yang, dia noite, feio bonito, certo errado, criação destruição, vida morte, masculino feminino.

YAVEH força motriz criadora.

YAVEH FORÇA DUAL, MASCULINO FEMININO, YIN YANG, DIA NOITE, GUERRA PAZ, VIDA MORTE.

MACHO-FEMEA, OS CRIOU!.

MACHO-ADÃO – FEMEA LILITH.

Criação dual, concomitante.

Bem e o mal.

Jardim do Éden.

Barro!

Sopro!

Obediência!

Desobediência.

Fruto.

Pecado.

visão?!

Expulsão.

VIDA!

fruto.

Abel.

Vida.

Caim.

vida?

Morte!

fuga.

NOD!

DESCENDENCIA!?

Quatro pessoas consideram-se como mortas, nos diz o Rabi Samuel Bar Nahmani:
O cego, o leproso, quem não tem filhos e o pobre.

Os três primeiros vivem em constante sofrimento físico e moral.

Vi-ida!

E o quarto é realmente como se não existisse.

Esquecidos! Perdidos?

Deserto!

Rio.

Tigre-Eufrates.

NOAH JUSTO/PERFEITO.

ABRÃO (ABRAHÃO)-ISAQUE-JACOB(ISRAEL).

TERRA PROMETIDA.

LEITE-MEL.

Irmãos(?) venda-escravo.

Joseph verdade.

Recusa, respeito.

Fuga sem vestes.

Escritura Sagrada não oculta os atos de Joseph, que com dezessete anos, em plena juventude, pode conter o desejo carnal.

O Torah não dissimula nenhum detalhe e narra os fatos tal como aconteceram.

A virtude, onde quer que esteja, acaba por triunfar: na prisão e no Palácio.

Bendito o homem que confia no Eterno.

Sonho.

Abundancia-fome, principio dual.

Escravo povo, dual, povo escravo.

Filhos de Jacob, Filhos de ISRAEL.

O Segundo livro da Torah começa citando os nomes dos filhos de Jacob(ISRAEL). O Midrash atribui esta repetição ao fato deles se conservarem fiéis aos ensinamentos dos Patriarcas no meio do Egito Idolatra.

FUGA.

MAR VIDA-MORTE.

DESERTO.

A Shechina – LUZ DIVINA- brilhou numa simples sarça para dar aos homens exemplo de humildade.

O povo de Israel deve ser simples entre as demais nações, como a sarça entre as arvores.

A madeira da sarça não serve para talhar ídolos.

DESERTO.

DECALOGO.

NUVENS-FAROL.

FOME?

MANAH.

TABERNACULO-ARCA-ALIANÇA.

SANTUM SANTORUM.

TEMPO-ESPAÇO;ESPAÇO-TEMPO.

DAVID-PASTOR-SAUL-REI.

DAVID-GOLIAS.

FUNDA-VITORIA.

rei.

REI-INFIEL.

TEMPLO MACULADO.

SALOMÃO.

TEMPLO INICIADO.

HIRAN-REI.

HIRAN ARTESÃO-MESTRE.

MESTRE DO CONHECIMENTO.

META-CONHECIMENTO.

PEDRA BRUTA, PEDRA TALHADA.

FALAVA SEM JAMAIS TER ESCRITO.

ESCREVEU E POUCO FALAVA.

PALAVRA!

TRABALHO!

SAGRADO-PERDIDO.

PROFANO-INICIADO.

SAGRADO/INICIADO-PERDIDO/PROFANO.

A VERDADE É DETECTADA, NA SUA INTEIREZA, NO ATO DA INTUIÇÃO.

VERDADE CONHECIDA PELA VIVENCIA-EMPIRICA.

VERDADE-ABSOLUTA.

CONHECIDA PELO ESPIRITO.

ATRAVÉS DA MEMORIA, INSTRUÇÃO CONTRA O ESQUECIMENTO.

CONHECIMENTO-EMPIRICO.

LONGE DE SERVIR A MEMORIA.

SERVIRIA SOMENTE À SIMPLES RECORDAÇÃO.

O META-CONHECIMENTO BUSCA NA SIMPLES RECORDAÇÃO, OS INSTRUMENTOS CONTRA O ESQUECIMENTO SERVINDO DE INSTRUÇÃO À MEMORIA.

ASSIM, O APRENDIZ.

NO DESBASTAR A PEDRA BRUTA, TRANSFORMA UMA PEDRA BRUTA USANDO FERRAMENTAS, RUDIMETARES, PARA ELA ADQUIRIR A FORMA ADEQUADO PARA SER ÚTIL NA CONSTRUÇÃO.

NUM SENTIDO ESOTERICO, ESTA AÇÃO APLICA-SE A PRÓPRIA FIGURA DO APRENDIZ, QUE DEVE SE DESFAZER DE SUAS ARESTAS PARA SE TORNAR UM ELEMENTO HUMANO SEM VICIOS E COM VIRTUDES.

O INICIADO TORNA-SE APRENDIZ E PELO TRABALHO FISICO-MENTAL DESBASTA A PEDRA BRUTA DA FALTA DE CONHECIMENTO.

SENDO INTRODUZIDO NO PRIMEIRO DEGRAU DO SABER METAFISICO.

FALAVA SEM JAMAIS TER ESCRITO.

ESCREVER E POUCO FALAR.

Antonio Ivan Silva Junior

QUEM FALA MUITO, ATRAPALHA...




    Este assunto é uma unanimidade em todas as Oficinas:

    - Quem fala muito atrapalha a reunião! Mas por que isto acontece? Por dois motivos: vaidade e ingenuidade.

    A vaidade é facilmente notada quando o locutor coloca os verbos na primeira pessoa, suas manifestações parecem testemunhos, ele julga que em todos os assuntos da Loja os Irmãos devem escutar sua opinião e tem a capacidade de ocupar mais tempo do que o ritualizado para o Quarto de Hora de Estudos.   

    A ingenuidade é aparente naqueles que saúdam as autoridades, visitantes e ainda dá as conclusões sobre a Sessão (funções do Orador).   

    Também sempre se manifestam sobre as Instruções (função das Luzes ou daqueles que o Venerável indicar); após a leitura do Balaústre pede a palavra, saúda nominalmente todos os presentes e questiona o Secretário sobre qualquer questiúncula que deveria fazê-lo após a Sessão, às vezes por questões mínimas.

    Nós devemos entender que qualquer reunião que ultrapassa duas horas é cansativa e se torna improdutiva; temos Irmãos que trabalharam o dia inteiro e desejam à noite encontrar com o grupo para serenar os ânimos e harmonizar-se com o Criador.

    Vivemos num tempo onde o perigo é uma constante e abrirmos a porta de nosso lar após as 23:00 é um risco para toda a família.

    Observem que quando o Irmão falador pede a palavra, toda a Oficina "trava", e assim há uma quebra na Egrégora Espiritual da Sessão.

    Por outro lado, quando aquele Irmão que pouco se manifesta pede a palavra, todos e se voltam para ele com atenção e RESPEITO.

    Devemos nos conscientizar que se queremos contribuir na formação dos Irmãos, devemos fazê-lo pelo EXEMPLO e não pela palavra!

    A verborréia é uma deficiência, um vício que avilta o homem!

    Quando formos visitar uma Loja, estaremos lá para aprender e não para ensinar, então o silêncio torna-se uma prece; nas Sessões Magnas (compreensivelmente mais longas) e sempre com a presença de visitantes, deixemos que o Orador nos apresente e fiquemos com o Sinal de Ordem, para dizer a toda Oficina que somos o nominado e estamos de P.: e a O.:.

    Dar os parabéns pelos trabalhos só é necessário para os que têm necessidade de lustro na vaidade.

    Se o Irmão quiser ocupar mais de 3 minutos (tempo mais que salutar) ele pode agendar com o Secretário sua participação no Quarto de Hora de Estudo ou na Ordem do Dia.

    No período destinado à Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular, devemos priorizar trazendo notícias dos Irmãos ausentes (não vale justificar a falta, pois deve ser feito por escrito pelo mesmo acompanhado obrigatoriamente do óbulo) e louvarmos os feitos da Ordem.

    O Livro da Lei nos ensina: Pois o Reino de Deus não consiste em palavras, mas na virtude (1 Coríntios 4,20).

    Lembrem-se que todos nós independente do Grau ou de Cargos, somos responsáveis pela qualidade das Sessões Maçônicas.

 Marcos Fiszer

A MAÇONARIA E SEUS FEITOS NO BRASIL


As corporações de ofício se expandiram e se consolidaram ao longo da Idade Média Baixa — no período compreendido entre os séculos 12 e 15 — como conseqüência das grandes transformações infligidas à supremacia feudalista.

O fenômeno derivou da concentração de comerciantes, artistas e artesãos ao redor dos burgos formados por castelos e mosteiros, de que se originaram vilas e cidades. Buscavam proteção e segurança para viver e trabalhar ao abrigo das fortificações e muralhas que cercavam os monastérios e as residências dos barões feudais.

Com o fim do trabalho servil, a diminuição do domínio clerical e o fortalecimento dos poderes do monarca, que se robusteciam velozmente, formou-se a burguesia, constituída de profissionais dessas corporações ou guildas e hansas — as primeiras reunindo os artesãos e artistas, e as últimas ,os comerciantes. Tais organizações tinham o escopo de resguardar seus negócios, estabelecer os preços dos serviços e disciplinar o sistema de trabalho de seus membros.

As pessoas que já as integravam ou que pretendiam a elas se integrar tinham que se submeter às regras antes estabelecidas se quisessem seguir um ofício: quem desejasse ser um artesão teria que começar como aprendiz, depois passar a companheiro e, só bem mais tarde, poderia chegar a mestre.

Das corporações de ofício que atuavam na Escócia e que, para preservar seus interesses, reuniam-se secretamente, nasceu o embrião das lojas maçônicas especulativas — com similar estrutura gradativa das corporações de ofício: aprendiz, companheiro e mestre —, assim chamadas porque delas poderiam participar não apenas os membros de uma única corporação, mas outras de ofícios distintos. Para que pudessem agir sem embaraços, foram, em 1583, legitimadas pelo rei Jorge VI da Escócia. Em 1646, fundou-se a loja maçônica de Warington, na Inglaterra.

Em 1689, expandiu-se a entidade para a França com a implantação de uma loja pioneira em Saint-Germain-en-Laye. Não pararam mais de se alastrar pela Europa. Fala-se que, na Inglaterra, todo o antigo almirantado inglês era constituído de maçons. Por motivos políticos entre a Escócia e a Inglaterra, as lojas escocesas deram início à formação do Grande Oriente e, na Inglaterra, as Grandes Lojas — potências maçônicas até hoje existentes. Os dois principais ritos maçônicos — forma pela qual se identificam, se organizam e se comunicam os maçons — são o Escocês Antigo e Aceito e o Francês ou Moderno. Em 1730, se instalaram na Filadélfia, nos Estados Unidos.

A proclamação da independência americana, em 4 de julho de 1776, teve o patrocínio delas. Thomas Jefferson e Benjamin Franklin eram maçons, 14 dos presidentes americanos também. O mesmo diga-se da Revolução Francesa, que adotou a trilogia liberté, égalité ou la mort —, que, embora nada tenha a ver com o triângulo da maçonaria, teve sua inspiração e participação.

Um de seus símbolos mais emblemáticos é o triângulo, representando cada um de seus lados os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. Essa a razão de conservar-se na bandeira do Estado de Minas Gerais a mesma divisa ilustrada com a expressão latina libertas quae sera tamen — liberdade ainda que tardia — que resumia o espírito da Conjuração Mineira.

Em Portugal, a maçonaria teria chegado pelas mãos de ingleses, conforme alvará de autorização do Grão-Mestre inglês lorde Weimouth, em 1730. No Brasil, há controvérsia sobre o tema. A primeira loja, com o nome de União, teria formalmente se instalado no Rio de Janeiro, em 1800. Em 1802, foi a vez da Bahia, com as lojas Virtude e Razão. Em 1804, as lojas Constância e Filantropia passaram a atuar no Rio. A partir daí, se espraiaram pelo Brasil afora.

Quase todos os movimentos libertários no país tiveram inspiração e participação de maçons. A libertação dos escravos é exemplo típico, ainda que, à época, contrária aos interesses dos fazendeiros e de boa parte da Igreja.

A Independência foi quase toda obra da Maçonaria, que, sob os auspícios de Joaquim Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva, Maçons, que, com outros, ardentemente a defenderam, e que levaram Dom Pedro a nela se iniciar com o nome de Guatimozim. José Bonifácio tornou-se o primeiro Grão-Mestre no Brasil. Depois, o próprio Dom Pedro. Uma das colunas internas do templo onde se reuniam tinha o sugestivo nome de “Independência ou Morte”, que serviu de mote a Dom Pedro no histórico brado proferido às margens do Ipiranga.

Em decorrência dos conflitos entre o governo e a Igreja, advindos da “questão religiosa”, da insatisfação dos militares Pós-Guerra do Paraguai, com suas idéias libertárias, e da franca presença dos maçons sob a liderança de Quintino Boacaiúva, Campos Salles, Prudente de Morais e tantos outros, sedimentou-se o cadinho que resultou na Proclamação da República.

O marechal Deodoro da Fonseca, que era maçom, foi o agente de sua execução, compelido por militares e civis maçons. Por certo, o que as instituições nacionais devem à maçonaria não caberia neste espaço. No mínimo mereceria um denso ensaio. Vale o registro apenas para situar o reconhecimento do papel que exerceu. O resto fica na expectativa de que seu espírito possa orientar nossos políticos e nos faça livrar da tragédia da corrupção — praga do momento.


Maurício Corrêa - Advogado

AS DOZE COLUNAS ASTROLÓGICAS - REAA


Muito da imponência da decoração do interior de um templo são as 12 colunas astrológicas. Não dá para não notar, mesmo o mais desatento e cético nota a portentosa presença destes símbolos de solidez e segurança.

Os quatro elementos da natureza estão presentes e formam toda a Criação. Cada elemento age de três formas diferentes, assim, os 4 elementos, agindo cada um de três formas distintas representam tudo o que foi criado na forma dos doze signos zodiacais. 


O zodíaco então é o símbolo do reflexo do G.·. A.·. D.·. U.·. na Natureza.
Os signos são a síntese simbólica de tudo que podemos encontrar ou supor que existe na Criação. Assim, a Astrologia traz em seus poucos símbolos a representação de tudo que pode existir, ser estudado e compreendido. E, tudo isto organizado de uma forma coerente, simples, profunda e ilimitada. 
Assim, não é de se estranhar o espaço e importância que a simbologia astrológica ocupa na decoração do Templo Maçônico, o que muito nos lembra os 12 trabalhos do semideus Hércules.

A seqüência dos signos do zodíaco também mostra uma determinada evolução sendo que Áries, por exemplo, simboliza o início de tudo. Ela também nos dá a direção destrocêntrica de circulação. Os signos são intercalados, sendo um negativo ou passivo e outro positivo ou ativo, tal como uma seqüência de pilha ou seguindo a Lei do Pêndulo como descrito no Caibalion.

As colunas zodiacais nas lojas representam não somente as constelações que o sol aparentemente percorre durante um ano, como lembram as doze tribos de Israel, os doze apóstolos e as doze estações da paixão de Cristo. Cumpre salientar que na Maçonaria, não se fala em religião sectária (intolerante, intransigente ou, ainda, seita, partidaria) e tais assuntos pertencem exclusivamente a consciência inviolável de cada um dos seus membros.

Nas paredes — a norte e a sul — estão localizadas as 12 colunas zodiacais, cada uma tendo pentáculos (estrela de cinco pontas) em seus capitéis. São os signos do Zodíaco, com seus planetas e elementos, o que é um vestígio de rito sumeriano, igualmente adotado pelos antigos egípcios e gregos. Como, por exemplo, o planeta Marte, signo de Áries e elemento fogo; Vênus, de Touro e elemento terra; Mercúrio, de Gêmeos e do ar; Luz, de Câncer e da água; Vênus, de Libra e do ar; Plutão, de Escorpião e da água; Júpiter, de Sagitário e da terra; Urano, de Aquário (antes, era Saturno e representação) e ar; e finalmente, Netuno, de Peixes e do ar. 

Para os povos antigos, a passagem do Sol e da Lua pelas constelações zodiacais tinha referências cronológicas com o ano terrestre e conotações esotéricas relacionadas aos ciclos da natureza. Como os da semeadura, maturação, morte e ressurreição das vidas animal e vegetal, Misticismo, portanto, relacionado à dinâmica social. Na maçonaria, contudo, a seqüência refere-se a passagens iniciáticas.

IIrm.·. Edson Carneiro de Oliveira
Fábio Fernandes Carvalho
Jesus Pedro Martins
Mário Aparecido Falcheti Jr.
AA.·.MM.·.

A PRANCHA DE TRAÇAR


A Prancha de Traçar é um retângulo sobre o qual são indicados os esquemas que constituem a chave do alfabeto maçônico.

A Maçonaria em seu simbolismo chama o papel sobre o qual se escreve de “Prancha de Traçar” e substitui o verbo escrever pela expressão “traçar uma prancha”.

A “Prancha de Traçar” está ligada ao grau de Mestre, como a Pedra cúbica ao de Companheiro e a Pedra Bruta ao de Aprendiz.

É sobre a “Prancha de Traçar” que o Mestre estabelece seus planos; mas o Aprendiz e o Companheiro não devem ignorar seu uso e devem exercitar-se – desastradamente talvez – a esboçar aí suas idéias. Esse é o motivo pelo qual esse símbolo já figura no “Quadro de Aprendiz”.

O esquema alfabético que figura na “Prancha de Traçar” lembra ao Maçom que ele sempre deve traduzir seu pensamento de uma forma “maçônica”, trabalhando com “retidão”. Todas as letras têm a forma do Esquadro, que se relaciona com a matéria; não se vê aí o Círculo, símbolo do Espírito, pois o Espírito é invisível. Dessa forma, o Maçom se vê convidado a se libertar da letra para abordar o espírito.

Notar-se-á que a “Cruz”, que dá o esquema das dezoito primeiras letras, e o “X”, que dá as quatro últimas, forma precisamente o desenvolvimento da “Pedra Cúbica Pontiaguda”; essa “Pedra” é assim “colocada na horizontal sobre a “Prancha de Traçar”; aliás, sobre essa “Prancha” não se poderia traçar outra coisa a não ser “planos”.

(Jules Boucher)

A BUSCA DA ORIGEM DA CORDA DE OITENTA E UM NÓS:




O Dicionário de Termos Maçônicos nos diz que Corda de Oitenta e Um Nós é a corda que circunda a Loja, que simbolizam a União e a Fraternidade que deve existir entre todos os maçons da face da Terra.

A Corda de 81 Nós é um dos ornamentos do templo maçônico, em alguns ritos, e é encontrada no alto das paredes, junto ao teto e acima das colunas zodiacais (no caso do REAA).

Sua origem mais remota parece estar nos antigos canteiros - trabalhadores em cantaria, ou seja, no esquadrejamento da pedra informe - medievais, que cercavam o seu local de trabalho com estacas, às quais eram presos anéis de ferro, que, por sua vez, ligavam-se, uns aos outros, através de elos, havendo uma abertura apenas na entrada do local.

O nó central dessa corda deve estar acima do Trono (cadeira do V.:M.:) e acima do dossel, se ele for baixo, ou abaixo dele e acima do Delta, se o dossel for alto, tendo, de cada lado, quarenta nós, que se estendem pelo Norte e pelo Sul; os extremos da corda terminam, em ambos os lados da porta ocidental de entrada, em duas borlas, representando a Justiça (ou Eqüidade) e a Prudência (ou Moderação).

Embora existam cordas esculpidas nas paredes, em alto relevo, o ideal é que ela seja natural - de sisal - com os nós eqüidistantes em número de oitenta e um mesmo, coisa que nem sempre acontece, na maioria dos templos, tirando o simbolismo intrínseco da corda. E ela deve ter 81 nós, por três razões: 

1. O número 81 é o quadrado de 9, que, por sua vez, é o quadrado de 3, número perfeito e de alto valor místico para todas as antigas civilizações: três eram os filhos de Noé (Gênese, 6-10), três os varões que apareceram a Abraão (Gênese, 18-2), três os dias de jejum dos judeus desterrados (Esther, 4-6), três as negações de Pedro (Matheus, 26-34), três as virtudes teologais (I Coríntios, 13-13). Além disso, as tríades divinas sempre existiram em todas as religiões: Shamash, Sin e Ishtar, dos sumerianos; Osíris, Ísis e Hórus, dos antigos egípcios; Brahma, Vishnu e Siva, dos hindus; Yang, Ying e Tao, do taoismo, etc., além da Trindade cristã.

2. O número 40 (quarenta nós de cada lado, abstraindo-se o nó central) é o número simbólico da penitência e da expectativa: quarenta foram os dias que durou o dilúvio (Gênese, 7-4), quarenta dias passou Moisés no monte Horeb, no Sinai (Êxodo, 34-28), quarenta dias durou o jejum de Jesus (Matheus, 4-2), quarenta dias Jesus esteve na Terra, depois da ressurreição (Atos dos Apóstolos, 1-3).

3. O nó central representa o número um, a unidade indivisível, o símbolo de Deus, princípio e fundamento do Universo; o número um, desta maneira, é considerado um número sagrado. 

Embora alguns exegetas afirmem que a abertura da corda, em torno da porta de entrada do templo, com a formação das borlas, simboliza o fato de estar, a Maçonaria, sempre aberta para acolher novos membros, novos candidatos que desejem receber a Luz maçônica, a interpretação, segundo a maioria dos pesquisadores, é que essa abertura significa que a Ordem maçônica é dinâmica e progressista, estando, portanto, sempre aberta às novas idéias, que possam contribuir para a evolução do Homem e para o progresso racional da humanidade, já que não pode ser maçom aquele que rejeita as idéias novas, em benefício de um conservadorismo rançoso, muitas vezes dogmático e, por isso mesmo, altamente deletério.

Observamos ainda que o simbolismo e a utilização física da Corda é bem mais antigo, o Escritor Maçônico Irm.'. C.W Leadbeater nos diz que na antiga Maçonaria no começo do século dezoito se marcava no solo, com giz, os símbolos da Ordem, e este diagrama era circundado por uma corda pesada, ornamentada de borlas, e até hoje os franceses a descrevem como sendo "uma corda com lindos nós, que rodeia o painel".

Esotericamente, a Corda de 81 Nós simboliza a união fraternal e espiritual, que deve existir entre todos os maçons do mundo; representa, também, a comunhão de idéias e de objetivos da Maçonaria, os quais, evidentemente, devem ser os mesmos, em qualquer parte do planeta, simbologia que todo maçom deve ter em sua mente em toda circunstância de sua vida.
Antonio Ivan Silva Junior

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