O VERDADEIRO IRMÃO



            O verdadeiro Irmão é aquele que interroga sua consciência sobre seus próprios atos, pergunta a si mesmo se não violou a lei da justiça, do amor e da caridade em sua maior pureza; se não fez o mal e se fez todo o bem que podia;

            Os membros de nossa Ordem aprendem a destruir a ignorância em si mesmo e nos outros; a serem corajosos contra suas próprias fraquezas, lutar contra seus próprios vícios e também contra a injustiça alheia.

São estimulados a praticarem um modo de vida que produza um nível elevado em suas relações com seus Irmãos, aos quais dedicam amizade sincera e devotada.

São fieis cumpridores de todo dever cujo cumprimento lhes seja legalmente imposto ou reclamado pela felicidade de sua Pátria, de sua Família e da Humanidade. Jamais abandonará sua prole, seus Irmãos e seus amigos, no perigo, na aflição ou na perseguição.

            Sobre o coração do Maçom está o símbolo do amor, da amizade, da razão serena e perseverante. O que o distingue na vida profana é sua aversão à iniquidade, à injustiça, à vingança, à inveja e à ambição, sendo ele constante em fazer o bem e em elogiar seus Irmãos.

Texto extraído do: O Reunificador
Circulação Nacional e Internacional
ANO XI – Nº 137 – Fevereiro – 2007

“MAÇONARIA DE PAU”.



Palavras do Gr.'. Mestre, Pod.'. Ir.'. Louis Block, de Yowa, sobre o que ele chama “maçonaria de pau”:

“Muitos maçons que aprendem a recitar o ritual de maneira automática, não sabem que através de suas místicas palavras há ocultos pensamentos e significados que bem merecem ser descobertos”.

Semelhantes maçons estão aptos para viver mecanicamente balbuciando frases ritualísticas, como alguns devotos ignorantes cantam as rezas em latim, cujo real significado pouco, ou nada, conhece.

Uma coisa é estar apto para desempenhar e recitar um ritual, e outra é saber que o ritual tem um significado e conhecer qual é esse significado, aplicando-o á sabedoria, força e beleza, em nossa vida diária.

A Maçonaria não serve para cega e estúpida devoção, consagrada a ela por homens de pau, que não sabem por que a servem; o que ela ama é a inteligente lealdade de homens que pensam e que têm uma razão para a sua fé.

Ela ocultou as suas lições em frases místicas, não com o propósito de que aprendamos um número de palavras de estranhos sons, que sempre permanecerão para nós vazios e desprovidos de significado, mas com o fim de nos fazer pensar.

Muitos recitam o ritual como se contivesse algum mágico encanto, e, para esses, o simples fato de que não podem entender o que ele diz, parece dar a suas frases misteriosas um poder milagroso.

Estes homens podem constituir boas máquinas, porém nunca serão maçons.

O Maçom que não consagra tempo para estudar e pensar, que nunca examina nem reflexiona, que só decora que não penetra no significado aparente da palavra para buscar o pensamento real que se acha oculto no mais intimo desta, será sempre maçom, mas no nome, somente.
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Traduzido do Boletim do Grande Oriente do Uruguay, de novembro de 1913.

SOPHIA - SABEDORIA



Sabedoria (em grego Σοφία, "sofía") é o que detém o "sábio" (em grego σοφός, "sofós"). Desta palavra derivam várias outras, como por exemplo filosofia (φιλοσοφία)= "amor à sabedoria" (filos/sofia).

Há também o termo "Phronesis", usado por Aristóteles para descrever a "sabedoria prática", ou a habilidade para agir de maneira acertada".

É um conceito diferente de "inteligência" ou de "esperteza".

Mesmo para "sophia" há conceitos diferentes: os gregos faziam distinção entre a "sabedoria humana" e a "sabedoria divina".

Sabedoria humana seria a capacidade que ajuda o homem a identificar seus erros e os da sociedade e corrigi-los.
 

Sabedoria divina é a capacidade de aprofundar e vivenciar os conhecimentos humanos e elaborar as versões
 do Divino e questões semelhantes.

Um dos grandes problemas do buscador é que ele compreende bem a mensagem libertadora que lhe é dirigida, mas nada faz com ela. A lentidão da consciência-eu é um obstáculo.
 

Somente a ação transforma o saber em sabedoria.

Quem tem Fé (Pistis), Fides, Fidelidade com o Cristo, (Em grego o substantivo Pistis, correspondente ao latim fides, tem o verbo pisteuein, que poderíamos traduzir por fidelizar, ou ter fé), estabelece perfeita sintonia de pensamentos, palavras e obras entre si e o Cristo Interno.
 

Fidelizar ou ter Fé não é um superficial ato transitório, mas sim uma profunda e permanente atitude de todo o nosso ser, que é antes um estado de ser, do que um ato de fazer, é uma força visionária restauradora.
 

Por meio da física quântica, hoje sabemos que uma fé inequívoca pode influenciar até mesmo as combinações
 moleculares. 

Paulo realmente não estava exagerando quando afirmou que "a fé pode remover montanhas".

Em sua biografia, o cineasta, diretor e roteirista alemão Clemens Kuby também confirma isto: “Tudo é possível, até mesmo a cura total que se baseia em nada mais do que a fé na cura”.
 

A todos os milagres de cura relatados no Novo Testamento aplicam-se as palavras-chave: “Tua fé te salvou”. A fé, na qualidade de relação íntima com o
campo espiritual de Cristo ou “matriz do mundo absoluto” em nós e à nossa volta, é efetivamente uma força visionária.
 

Sua ação criadora nos impulsiona à transformação e nos leva a abandonar o mundo onde tudo é relativo.
 

De forma semelhante, nossas crenças atuais bastante arraigadas, crenças que ajudam nossa personalidade-eu a alimentar sua concepção de mundo e o que é evidente e inquestionável para ele, possuem uma força incrível.
 

A ideia ilusória e trágica é que gostamos mais de nossa personalidade-eu perecível do que de nosso ser verdadeiro, justamente o que prende o ser humano a este mundo relativo.
 

Desse modo nos impedimos de encontrar nosso ser verdadeiro e permanecemos longe de nossa autorrealização.
 

Mas será que existe realmente uma maneira de transferir a direção de nossa vida para um ser interior eterno, pertencente a um mundo absoluto?

Um dos grandes problemas do buscador é que ele compreende bem a mensagem libertadora que lhe é dirigida, mas nada faz com ela.
 

A lentidão da consciência-eu é um obstáculo; ela o leva a fazer de si “um ouvinte, mas de modo algum um praticante da Palavra”, como o expressa Paulo.

Somente a ação transforma o saber em sabedoria.
 

Ignorância, apego e recusa são os três obstáculos que comprovadamente obscurecem a lucidez da mente e são conhecidos de todas as religiões
 que transmitem a sabedoria.

Já no Antigo Testamento o profeta Oséias lamenta: "Meu povo é destruído por falta de conhecimento".
 

Hermes também já verificava: "O único pecado do homem é que ele não conhece a Deus".

Pesquisas recentes sobre o cérebro demonstraram que o apego constitui grande obstáculo para o crescimento espiritual.
 

O condicionamento e a autoafirmação, pela incessante matraca da roda de orações
 de nosso eu que, sempre e de novo, reflete a tagarelice de nossa mentalidade, são certamente os maiores obstáculos a serem removidos. 

Nosso eu é realmente o único e grande fardo do qual temos de livrar-nos.

A esse respeito, a autora budista Ayya Khema fala sobre esse assunto com leveza e experiência própria: “Sem o eu a vida é muito simples”.

E podemos libertar-nos desse grande fardo por meio de discernimento e quietude, graças à grande ajuda que nos é oferecida pelo campo mediador de Cristo, essa matriz com uma vibração sempre crescente.

A negação e a recusa de um desenvolvimento necessário, ou ainda a hostilidade contra outrem, reforçam os padrões
 e levam a um endurecimento de nossas
construções
 mentais. Uma forte obstinação bloqueia nosso crescimento espiritual.

Por isso, os grandes em espírito sempre se ativeram a essas palavras:

“Tornai-vos silenciosos, interiormente silenciosos, abri-vos, e o Outro fará seu trabalho em vós”.

No processo de “tornar-se silencioso”, a “verdadeira resignação” como a chama Jacob Boehme, na calma interior e na aceitação, vemos com acuidade cada vez que nosso “eu” quer manter-se ou persistir.

Quando nossa mente alcança a quietude e o silêncio, então a ignorância, o apego e a recusa, assim como todos os outros obstáculos espirituais, se desintegrarão gradual e seguramente, e a compaixão, a lucidez e o espaço ilimitado da verdadeira natureza do espírito se revelarão.
 

Nesse momento, as forças curativas do amor podem fluir, pois da fonte criadora de nossa alma emana, de modo espontâneo, uma compaixão ilimitada por todas as criaturas que sofrem na prisão de suas
 ilusões. 

A verdadeira alma não conhece a separação. O ser humano, pelo menos o buscador que está ganhando força de alma, começa a aplicar a regra áurea doevangelho: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Tudo aquilo que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”.
 

E para a pergunta hesitante “Quando, onde?”, há apenas uma resposta: “Sempre e em qualquer lugar”.

O amor é o único bem que aumenta quando é espalhado e distribuído.
 

Em seguida, ouvimos as palavras do Sermão da Montanha:

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compara-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.”

Além disso, no processo de se tornar silencioso descrito por Goethe como um voluntário “morrer e ser”, podemos sentir a grande promessa contida nas palavras de Cristo:
 

“Quem perder a sua vida por amor a mim, achá-la-á.”
 

Encontramos uma promessa semelhante no Corpus Hermeticum:

“Quem vence a si mesmo vence o microcosmo e o macrocosmo, e transcende todos os limites”.
 

E Buda expressa a mesma coisa:

“Quem vence mil exércitos não é nada comparado a quem vence a si mesmo”.

A Tradição sempre enfatiza que Cristo, o protótipo do homem espiritual perfeito, removeu a separação entre os dois mundos, conciliando-os.
 

Cristo fez surgir, uma Gnose, que, como luz, como potencial inesgotável, não somente preenche o mundo absoluto, mas também penetra o mundo relativo.

Seu espírito universal não está somente presente nas dimensões
 divinas do Verbo, da Vida e da Luz; além disso, ele construiu “uma ponte de libertação” capaz de inspirar diretamente os pensamentos, os sentimentos, as experiências e as ações dos seres humanos de modo espiritual. 

Os três aspectos superiores, ou seja, o Verbo, a Vida e a Luz, referem-se à consciência desperta do homem alma-espírito.
 

Esse ser humano vive e respira nas vibrações
 de luz do mundo absoluto, já que nada mais pode alimentá-lo.

A construção de um novo homem espiritual implica evidentemente na demolição da antiga personalidade terrestre.
 

Esse processo de autorrealização desenvolve-se sob a direção da alma espiritual despertada em total conexão com as leis divinas da Fonte.

Surgem então novas dimensões
 espirituais como “o novo pensar”, que substitui o mental condicionado do ego, removendo, assim, a barreira da ignorância. 

A nova sensibilidade espiritual substituirá também a antiga sensibilidade, desaparecendo, assim, a sede de viver, a busca pela satisfação dos desejos e os apegos.

Equilíbrio, harmonia e paz preenchem então a alma. Uma nova força vai aos poucos substituindo a antiga força, que antes era desperdiçada no mundo da relatividade criado pelos sentidos.

Do mesmo modo, vai surgindo uma nova percepção interior.
 

Maravilhosas consequências não se fazem esperar: surge uma nova atitude de vida, que vem naturalmente com as novas faculdades, e também desaparece tudo o que possa impedir o desenvolvimento subsequente do processo.
 

A força de amor de Cristo é a mediadora que torna possível essa nova criação.

Precisamos tomar consciência de como nossa época é plena de graças! De um lado, vemos as situações
 apocalípticas; de outro, estamos no limiar de um salto quântico para uma consciência espiritual. 

Este mundo da relatividade serve-nos de ponte que devemos atravessar.
 

Ele capacita-nos a alcançar a consciência e a nobreza de nosso verdadeiro ser.
 

Mas não é sobre essa ponte que devemos construir nossa morada!


A FRATERNIDADE MAÇÔNICA UNIVERSAL



O mundo todo é uma Fraternidade Universal onde cada nação é uma família e cada indivíduo um filho.
Lembrando o compromisso de estendermos e liberalizarmos os laços fraternais que nos unem “a todos os homens esparsos pela superfície da terra”, a inquebrantável e proverbial união dos maçons é produto da prática desinteressada da fraternidade em nossas colunas e em todos os escalões maçônicos, alcançando o mútuo relacionamento em sua totalidade.
A fraternidade humana é a origem da Ordem, é sua finalidade maior e é o meio de sobrevivência da Organização século após século. O enfraquecimento do espírito fraterno leva diretamente à decadência da Loja ou do órgão maçônico em que se manifeste. O espírito de fraternidade garante a harmonia dos obreiros em torno do seu Venerável; a coesão das lojas em torno do seu Grão-Mestre.
Só a harmonia, a coesão e a união dos maçons podem formar e manter, como têm mantido o bloco indissolúvel de homens valorosos, livres e dotados de alta moralidade, capazes de congregados por um ideal, indicar o caminho a ser trilhado pela sociedade em busca de um mundo melhor.
Inimiga do “sectarismo político, religioso e racial”, a Ordem Maçônica reconhece o amor fraternal como o óleo precioso que lubrifica toda a sua engrenagem, como o cimento que liga o coração dos Iniciados, mas também como a poderosa energia interna que a unifica com a Humanidade.
Fraternidade - é uma associação fraterna usada para demonstrar que todos os homens podem conviver como se fossem Irmãos da mesma carne; designa o parentesco entre Irmãos; a união, a amizade, o afeto de Irmão para Irmão; o amor que deve unir todos os membros da espécie humana; a união ou convivência como a de Irmãos; a boa amizade, a harmonia. A Maçonaria é uma fraternidade, uma associação fraternal, onde existe a união e a convivência como a de Irmãos. Portanto, tratar alguém de Irmão é tratar de igual para igual, é querer para ele o mesmo que desejamos para nós, mas é necessário que essa palavra Irmão saia do fundo de nosso coração e seja real, sincera e fraterna.
Ao estudarmos o conceito de Fraternidade, não deveremos considerá-lo isoladamente. Cremos estar sobreposto aos conceitos de Liberdade e Igualdade. A trilogia Liberdade, Igualdade e Fraternidade estão intimamente integradas. Portanto, limitados ao espaço de duas páginas, os conceitos Igualdade e Liberdade serão desenvolvidos posteriormente.
Pois o mais importante objetivo da Maçonaria, a Fraternidade é a condição na qual nos identificamos mutuamente como Irmãos, agindo como se fizéssemos parte de uma mesma grande família. Isto, no entanto, não é suficiente para que possamos compreender o verdadeiro sentido da fraternidade. Ser membro de uma mesma família não nos torna automaticamente mais próximos e amorosos uns dos outros. Assim, o principal dever de um Maçom, em relação aos seus Irmãos em Maçonaria, é a amizade, o afeto, a união, o carinho, ou seja, tudo aquilo que a verdadeira fraternidade exige. O mesmo dever se aplica em relação a toda a humanidade, pois o amor ao próximo é um dos basilares preceitos maçônicos.
Em uma família numerosa, com muitos filhos, esses não constituem uma Fraternidade, mas uma família, pois os pais são incluídos no grupo. Maçonicamente interpretando, a Fraternidade apresenta-se de vários modos: a Fraternidade de uma Loja; a Fraternidade em uma Ordem; a Fraternidade Universal. A Fraternidade Universal abrange os maçons em vida e os que já se encontram no Oriente Eterno, ou seja, os que " partiram ", os que " desencarnaram", os mortos.
A Ordem não se assemelha a qualquer sociedade profana, pois, para pertencer à Maçonaria o candidato deve passar por uma iniciação.
A Fraternidade requer um espírito elevado implicando em obrigações e direitos; a parte ética e de comportamento é muito importante. São admitidas pequenas rusgas, como sucede dentro de uma família, mas com a obrigação de serem passageiras. O maçom tem o dever de tolerar esses incidentes e perdoar se eles tiverem sido mais intensos.
O maior objetivo da Maçonaria é apagar dentre os homens o preconceito de casta, distorções de cor, de origem, evitar o fanatismo, a discórdia e com isso extinguir as guerras e chegar ao progresso universal, no qual cada ente humano tenha a liberdade de desenvolver toda a capacidade de que é dotado. Unido pela afeição, a sabedoria, o trabalho e a fraternidade, para que seja impossível para um Irmão prejudicar outro.
Devemos abster-nos cuidadosamente de depreciar qualquer irmão, por maior que seja a sua falta, não devemos permitir em nossa boca uma só palavra contra nossos semelhantes. Para alcançar a Fraternidade entre os homens, em que todos os homens livres e de bons costumes, sejam quais forem às diferenças de credo político ou religioso, de nacionalidade, raça, cor ou condição social, transformando a Humanidade em uma Grande Fraternidade.
Efetivamente, na grande família humana, cada homem está, em relação aos seus semelhantes, na mesma situação de um irmão em relação a outro irmão no seio da mesma família. Tendo recebido a existência do mesmo Deus, tendo os mesmos deveres e direitos, visto terem sido criados com as mesmas faculdades, e obrigados a um mútuo concurso para levarem a sua natureza ao mais alto grau de perfeição de que sejam capazes, os homens devem, sem quaisquer das distinções que os dividem, ter uns para com os outros um afeto fraterno, auxiliando-se mutuamente no cumprimento de sua tarefa.
A experiência nos ensina que somos todos solidários física e moralmente. A Maçonaria tornou a Fraternidade um de seus grandes lemas.
A Ordem Maçônica se considera uma enorme Irmandade, espalhada sobre a superfície do globo e “como é bom e suave habitarmos em Irmãos que vivem em união”.
Só convertendo os homens em Irmãos e praticando todos, diariamente, a autêntica Fraternidade, é como se poderia alcançar a verdadeira solidariedade em que se radica a perfeição do homem. Esta ação mutua esta sublime Irmandade, na qual cada um deve viver para com todos e todos para cada um, é um dos princípios fundamentais, que todo Maçom se obriga a não somente ensinar, mas aplicar praticamente em sua vida.
Vivemos a verdadeira fraternidade maçônica quando, em primeiro lugar, somos gratos por conviver em união com nossos Irmãos que nos ajudam através das Instruções ritualísticas, a moldar nosso temperamento, estimular nossa inteligência e nossos sentimentos, formar nossa personalidade e caráter.
Vivemos a fraternidade maçônica ainda mais quando aprendemos a retribuir a companhia de tantos Irmãos de luta, oferecendo horas de lazer e convivência familiar em favor do bem de nossa Loja, comparecendo semanalmente às reuniões. Também somos fraternos quando guardamos para nós mesmos nossos problemas e aborrecimentos, para apenas compartilhar as alegrias e sucessos.
A fraternidade não é apenas um ideal coletivo a ser buscado. Benefícios pessoais são obtidos quando somos fraternos. Naturalmente estamos nos referindo a benefícios espirituais, especialmente o amadurecimento da alma que vive cada vez mais a identidade do "eu" com o "outro", o que nos coloca numa rota de aproximação direta com Deus.
E sendo todos Irmãos, primeiro por origem e depois por ideal, a fraternidade pode ser nossa bússola para a felicidade.
Busquemos meus caríssimos Irmãos, essa tão propalada, embora não tão praticada, Fraternidade, que só pode ser alcançada se os Maçons forem Livres, sobretudo nas ideias, e iguais por se reconhecerem como extensões uns dos outros. O Livre e Igual será Fraterno, não por imposição estatutária, mas por vocação de sua abordagem filosófica face à vida.
Não devemos, porém, confundir Fraternidade com Perfeição. O homem pode ser fraternal e não ser perfeito, mas não poderá ser perfeito sem ser fraternal.
Valdemar Sansão - M. '. M.'.

NUM MOMENTO DE RARA REFLEXÃO



Dias atrás, fui procurado por um cidadão, até bem conhecido, sem ser amigo de verdade, nos seus aproximadamente cinquenta e cinco anos, com vida financeira bem definida e da criação da família também já bem encaminhada e com todos os filhos muito próximo da definição de rumos, que me indagou sobre como é a maçonaria, o que maçons fazem dentro das lojas e fora delas, e eu, fui a cada indagação respondendo a meu modo e meus limites, até onde pode ser esclarecido para um profano.

A conversa ia decorrendo bem, num bate papo que até achei que ele queria propor-me apadrinhá-lo numa loja maçônica, até que meu interlocutor indagou finalmente, e acho que era onde queria chegar, qual eram as vantagens e regalias que uma pessoa leva ao entrar para a maçonaria. Exemplificou que em sua terra natal, Muriaé, todos os maçons da cidade eram pessoas de posses e com status, sendo pessoas admiradas e reconhecidas.

De bate pronto falei a ele que com este pensamento a melhor vantagem e regalia que uma pessoa leva da maçonaria é não participar dela, porque ali não se trata de vantagens pessoais, muito menos de regalias e favores e sim de favorecer, com seu empenho, dedicação, trabalho, inteligência para construir uma sociedade mais justa e fraterna, criando e propagando os ensinamentos de justeza, de cidadãos comprometidos com o país e seu povo, lapidando seu eu, para tornar-se capaz de induzir em seu meio de convivência um ambiente salutar de se viver e etc.

Disse a ele também, pedindo licença e desculpas pelas minhas posições, é claro, que não entendia o porquê de uma pessoa com a idade e a posse que já possuía, ainda procurava por instituições e situações que o avantajasse de qualquer forma e não porque de dedicar seu tempo, trabalho, dedicação, apoio financeiro na proporção de não o comprometer, amor até, a instituições que dedicassem a um bem qualquer que não seja palpável como material, mas sim de retorno e felicidade imensurável para o ego pessoal.

Após este entrevero, o assunto passou a não interessar mais ao meu interlocutor e a conversa perdeu o rumo.

Ora, imaginem bem!!!

Um individuo com as qualificações acima citadas, ainda estar preocupada em levar vantagens ao participar de um grupo, sendo ele de crescimentos pessoal ou de serviços ou de qualquer outro, sabendo que onde quer que esteja ou atividade desenvolvida, onde alguém leva vantagem a contra parte fica em desvantagem, e isto não combina com o salutarismo do ambiente de convivência.Ademais, será porque é este ambiente promiscuo que boa parte das pessoas ainda preferem viver, será que é a disciplina que nossos antepassados nos passaram ou a cabecinha oca, proveniente da falta de cultura, fraternidade e o conceito de convivência em sociedade?

Não percebe ainda que leva desta vida é somente aquilo de bom e precioso que se fez ou proporcionou a alguém fazer de bom e que a grande memória que deixamos gravada em nossos entes e amigos são o que de felicidades, crescimento em suas vidas de fraterno e sentimentos de afeto conseguimos imprimir neles.

Para finalizar perguntemos a nós mesmos, porque será que somos tão interessados a adquirir tantos bens e às vezes não importa a forma, esquecendo que somos parte de uma célula onde o bem viver de cada um resulta na felicidade de todos.

PENSEM NISTO.

Escrito por Nilton Soares.

Num momento de rara reflexão.

Fonte: Site da GLMMG.ORG.BR

O QUE É QUE DEVO FAZER PARA SER MAÇOM?



Se você conhece um Maçom, dirija-se a ele, é a melhor forma de se bater as portas da Maçonaria.

Se não, não se preocupe, dirija-se a uma Loja e lá entre em contato com alguma autoridade, como Secretário da Loja, expondo suas razões e o seu desejo de ser Maçom.

Procure a loja mais próxima da sua residência para que façam uma pesquisa sobre a sua pessoa, para isto, você deve lhes entregar um currículo com todos os seus dados pessoais, caso a loja verifique com a aprovação unânime de todos os seus membros que você deve ser contatado, isto se fará de forma pessoal, e por um dos Mestres Maçom da referida Loja.

Esta pesquisa poderá demorar de um a dois anos, isto é, se tudo correr bem. Pode ocorrer que exista alguma circunstância em sua vida, que deverá ser aguardado o seu desfecho antes de ser oficialmente contatado por um membro da Loja Maçônica.

Espero ser convidado?

Não. O interessado deve dar o primeiro passo. A loja e seus membros poderão de uma forma sutil e sem ser demasiado eloquentes, informar sobre a Maçonaria, porém, em nenhum caso poderão tentar convencer-lhe que ingresse.

Querer ser Maçom deve nascer no coração do homem, nunca deve ser imposto por outros que com ele se relacione.

Como se entra para a Maçonaria?

Recomendações do Grande Oriente do Brasil. Esta página é dedicada a pessoas que procuram orientação para ingressar na maçonaria, com o intuito de esclarecê-las nos requisitos básicos.

Maçonaria é uma Instituição milenar e tradicional. Já foi bem mais secreta.

Hoje em dia ela é, antes de tudo, discreta, embora vários de seus princípios permaneçam consagrados e imutáveis.

A legítima e verdadeira Ordem Maçônica só pode admitir para ingressar em seus quadros, homens livres e de bons costumes, civilmente capazes, de boa saúde física e mental, amado e amoroso em seu seio familiar, crente em um Ser Superior e com condições de acrescentar algo de útil a si mesmo e à sociedade da qual faz parte.

Partimos do princípio que somente um verdadeiro maçom saberá quem poderá ser também um verdadeiro maçom.

Assim, apenas o contato pessoal e direto, por prazo relativamente longo, poderá autorizar alguém a pleitear o exame de suas condições para eventual admissão na Maçonaria. Não acredite em convites feitos pelo correio, pelo jornal, revistas ou até mesmo pela Internet, principalmente aqueles que cobram alguma taxa ou valor em dinheiro como condição para ser "iniciado".

Um amigo, colega de trabalho ou de estudo, que mostra uma conduta ilibada na vida pública e particular, pode ser um verdadeiro Maçom, discreto e atuante. Se você seguir-lhe os bons exemplos e se dedicar a aprimorar sua conduta, poderá ser agradavelmente surpreendido com um convite para ingressar em nossa Sublime Instituição.

Buscamos sempre nos aprimorar e aperfeiçoar. E essa procura é infindável, incessante e difícil, mas também é para nós Maçons, extremamente estimulante!!! Continue honrado, atuante e livre de preconceitos, acreditando fielmente no Deus que habita em seu coração.

Um dia as portas do seu Templo poderão lhe ser abertas. E nesse dia, nós teremos a grata emoção em lhe dizer:

"Seja bem-vindo, meu querido Irmão!"

João B. de Araujo

TENTEMOS O AMOR



Inicio esta peça parafraseando André Luiz/Francisco Cândido Xavier, que nos diz:

“É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinarem questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros aconselhar o caminho reto a quem passa. Receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... mas enquanto nos distraímos em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem levianos, à verdade e à lição”.

Na Maçonaria, como em qualquer outra instituição, quando as pessoas vivem em oposição e distanciadas umas das outras, não podem levar a cabo o grande empreendimento em comum que, no nosso caso, é o de construir uma sociedade mais justa e mais perfeita. Seus pontos de vista divergem demais. Nessas circunstâncias, é, sobretudo, importante que não se proceda com grosserias e ataques pessoais, pois isto só agravaria a oposição. A forma de agir, em tais circunstâncias, deve se restringir a uma influência gradual em aspectos menores.

Em geral a oposição aparece como um obstáculo, mas quando ela representa polaridades contrárias no interior de um todo que as engloba, tem uma função benéfica e importante. As oposições entre o céu e a terra, o espírito e a natureza, entre o homem e a mulher, promovem a criação e a multiplicação da vida quando se descobre serem as diferenças complementares entre si.

Devemos ter em mente, que o homem de caráter superior mantém sua individualidade em meio à multidão ou em meio à sua comunidade. Os dois elementos, óleo e água, mesmo quando estão juntos, nunca se misturam, porém, conservam sua natureza própria. Do mesmo modo, o homem superior também nunca se deixa levar à vulgaridade em virtude do convívio e de interesses comuns com pessoas de índole diversa da sua.

Às vezes parece que tudo está contra agente. Vemos-nos barrados e detidos em nosso caminhar em busca do progresso, sentimo-nos insultados e feridos, dá-nos vontade de desistir, de cair fora, de abandonar tudo. Mas nós não devemos nos deixar confundir.

Apesar de toda a contraposição, é preciso que nos mantenhamos unidos àqueles com quem possuímos afinidades. Pois, agindo assim, acredito que apesar de um aparente mau começo, ao final tudo acabará bem, visto que somos irmãos, ... ou não?

"Viver em harmonia com as pessoas" parece ser um dos mais aflitivos problemas da vida para aqueles que admitem ter problemas. Relações humanas felizes e harmônicas constituem, na verdade, objetivo elogiável para todas as pessoas. É normal divergirmos de outros em nossos contatos diários, porém não é normal nem necessário nos tornarmos antagonistas de todas as pessoas que de nós divergem.

O progresso é conquistado e a verdade revelada apenas pela instituição de absoluta liberdade de pensamento. De modo geral, sentimo-nos atraídos para outras pessoas quando descobrimos que com elas temos alguma coisa em comum ou quando nos deleitamos com algo singular que nelas exista. Nosso conhecimento transforma-se em amizade; sentimos alegria em conviver com elas.

Então, à medida que conhecemos melhor sua personalidade, descobrimos que nossos amigos expressam características diferentes da nossa maneira de viver e de nossa filosofia de ser. Imediatamente, começa a se levantar uma barreira de dúvida, de suspeita, e a desconfianças urge para arruinar nossa boa amizade. Verificamos que nossos sentimentos estão divididos entre duas atitudes para com nossos amigos.

Que Fazer então?

Vez por outra, verificamos que nos tornamos "O sucesso nas reuniões" ou o centro das atenções e, sejamos honestos, com isso nos deliciamos.

Envaidecemo-nos e deleitamo-nos em receber tanta adulação. Em nossa vaidade, começamos a pensar que talvez sejamos algo diferente, um pouco melhores ou mais atraentes do que aqueles que nos circundam. E então, precisamente quando começamos a nos regozijar com o nosso estrelato, nossos volúveis amigos transferem sua adulação para outra pessoa.

Ficamos aturdidos! Que fazer então?

Os mesmos amigos que se aperceberam de nossas qualidades soberbas e nos colocaram no apogeu da popularidade passam a nos abandonar sem uma palavra de explicação. Sentimo-nos aniquilados e isolados.

Que poderemos fazer para nos recuperar?

Quase todos nós, em uma ou outra ocasião, descobrimos que nos tornamos vítima inocente de mesquinhos mexericos. Por milhares de razões, aqueles que estão escravizados pela inveja, pelo ciúme ou pela insegurança tentam compensar seus próprios problemas com o ataque àqueles que parecem não entender essas mesmas queixas. Ao invés de pesquisarem a causa da paz por outros desfrutados, eles se esforçarão para destruir essa paz e tornar as outras pessoas tão infelizes quanto elas mesmas.

Uma maneira comum e covarde de alcançarem seus objetivos é espalharem mexericos e boatos, cuidadosa e sutilmente. Lamentavelmente, devido ainda à fraqueza humana, o mexerico ou o boato quase sempre alcança sucesso em ferir as pessoas, embora talvez não contenha um fiapo sequer de verdade.

Se estivermos absolutamente convictos de que temos sido sinceros e leais em nossas relações com os outros e notarmos que eles estão se tornando artificialmente polidos para conosco e não mais amigos, sempre apressados ou por demais ocupados para nos receber ou receosos de serem vistos junto a nós, estaremos provavelmente sendo vítimas de ataques traiçoeiros através dos boatos e mexericos. Se mais e mais de nossos amigos passarem a nos evitar, fiquemos atentos contra os mexericos!

Que poderemos fazer para que esses nossos amigos alcancem a visão espiritual para perceberem a verdade?

Quase todos os seres humanos passam por períodos de depressão ou melancolia. Esses períodos são tão necessários quanto o respirar, porém nenhum de nós se contenta com eles. Apenas uns poucos estranhamente os apreciam. Contudo, somente poderemos reconhecer e apreciar nossos melhores períodos de alegria e felicidade se estivermos familiarizados com o outro lado da moeda, que é a tristeza e o desânimo.

Quando em estado de depressão mental, inclinamo-nos a pensar que estamos sós e que os outros realmente não se importam conosco. Podemos facilmente encontrar uma explicação negativa para tudo que vemos e ouvimos, e suspeitamos de todos como se fossem nossos inimigos. O senso comum e o raciocínio objetivo prontamente nos advertiriam que estamos criando a confusão que queremos imputar a outros, mas, então, estaremos apenas pensando e não raciocinando.

Como poderemos superar tais períodos de depressão?

Para todos esses questionamentos, meus irmãos, só existe uma resposta:

Tentemos o amor!

Mas, Que é o amor?

Amor é a força que mantém o universo coeso. É a mais pura das energias positivas. É o conquistador inconquistável. O amor não é cego; vê muito mais claramente, e inspira compaixão, tolerância e paciência. O amor não aceita a desesperança. O amor descobre algo de bom ou aproveitável em todas as situações negativas. O amor é sempre leal e jamais se extingue. O amor é invencível!

Pode haver realmente uma força tão suprema? Ou é o amor simplesmente o resultado de feiticeiros poderosos que nos fazem ver todas as coisas "através de lentes coloridas?"

Somente aqueles que já sentiram o amor em todas as suas formas poderão responder categoricamente. E eles já se manifestaram! O amor constitui o assunto mais corrente de todo o esforço literário. Na canção judáico-cristã Song of Solomon, encontramos: "Grande quantidade de água não pode apagar o amor, nem podem as inundações extingui-lo”.

O chinês Lao-Tse disse:
"Por contingência da fortuna, um homem pode dominar o mundo durante algum tempo, mas pela força do Amor ele poderá dominar o mundo para todo o sempre."

Emanuel Swedenborg escreveu:
"O amor, em sua essência, é fogo espiritual."

E o Mestre Giordano Bruno disse:
"Estamos rodeados pela eternidade e pela força unificadora do amor. Só há um centro do qual todas as espécies emanam, como raios de um sol,e para o qual todas as espécies retornam."

O amor é, em realidade, tudo e todas as coisas que a seu respeito se têm dito e escrito, porém não podemos conhecer seu maravilhoso poder antes de tentarmos senti-lo. O amor é altruísta e abnegado; nada objetiva ganhar. O amor nos torna parte do centro radiante e invisível a que se referiu Giordano Bruno. Portanto, devemos viver para doar; doar amor, doar felicidade, doar paz, e doar de nós mesmos abundantemente! Se o nosso amigo e irmão for diferente de nós, - e certamente é, - sejamos agradecidos. Aprendamos a apreciar a diversidade em todas as coisas, mesmo nas pessoas.

Amemos toda expressão individual como sendo única. Quando nossa estrela de popularidade cair, sejamos gratos por ter retornado à "família do homem." Ninguém está isolado dos outros; somos todos “um”, mesmo quando momentaneamente nos destacamos da multidão.

Precisamos de todos, do mesmo modo que eles de nós necessitam. Amemo-los e eles nos amarão. Não nos preocupemos com a nossa popularidade. Preocupemo-nos, isso sim, se estamos demonstrando suficiente admiração e amor pelo esforço desenvolvido por todas as outras pessoas.

Para finalizar, devo acrescentar: Se pessoas medíocres e infelizes julgarem necessário espalhar mexericos, boatos e ataques levianos a nosso respeito, não as ataquemos. Tentemos ajudá-las a solucionar seus problemas para que também elas possam ser felizes. Dispensemos-lhes atenção especial e amor, pois, com toda certeza, isso é precisamente o que lhes falta.

Sentimo-nos desanimados?

Busquemos muitas pessoas para amar e compreender e fiquemos suficientemente ocupados para evitar a tristeza.

Quando tudo mais falhar, meus amados e diletos irmãos,...

Tentemos o Amor!

Autor: Luiz Carlos Silva, M. I.

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