NORMAS DE CONDUTAS DO MAÇOM


O cidadão ao ser iniciado na Maçonaria assumiu um compromisso sério e solene perante os seus Irmãos de ter um procedimento correto e só praticar atos que o distingam pela moral.

NO LAR 

A começar do lar, se solteiro, deve o Maçom seguir uma conduta de homem de bem, não se imiscuindo em procedimentos que venham macular o nome respeitado de nossa instituição.

Não deve o Maçom, mesmo solteiro frequentar bares ou casas semelhantes em companhia de pessoas de má reputação ou procedimentos condenáveis.

Não pode ou não deve o Maçom embebedar-se ou fazer uso incorreto de bebidas alcoólicas.

Lembre-se que a pessoa quando passa do limite tolerável na bebida, se expõe às críticas da sociedade e de seus Irmãos.

Se casado, o Maçom deve ter uma maneira de proceder que sirva de modelo. 

Respeitando sua esposa, sendo-lhe fiel. A agressão física é abominável.

Seja um modelo para seus filhos, lembre-se que eles vêm em você um super herói, um super dotado. Dê exemplos para que eles sigam as suas pegadas pela estrada da vida.

Quando estiverem adolescentes, não se esqueça que precisam mais de que nunca do diálogo. Não cometa o absurdo de pedir-lhes que aguardem uma próxima oportunidade para conversar. Não ponha o trabalho, os compromissos sociais ou até as obrigações maçônicas acima da família.

NA SOCIEDADE

Nós, meus Irmãos, conduzimos em nossos ombros o fardo pesado que só os fortes não esmorecem. Esse fardo chama-se: “Ser Maçom”! Não é fácil, a um cidadão ter se conduzir na sociedade de maneira impecável. Mas, esta mesma sociedade não perdoa a um Maçom, qualquer ato indigno ou até mesmo censurável.

Cumprir as regras para nós não passa de um dever!

Aprendemos, contados por nossos ancestrais, que o cidadão daquela época, quando dava a sua “palavra de honra” ele cumpria com sacrifício de sua própria vida.

Diziam até que usavam dar como documento, um fio de sua barba. E o compromisso era cumprido, do contrário, ele estaria com seu nome execrado.

Devemos meus Irmãos, ter sempre conosco estas palavras que jamais poderemos delas nos divorciar:
1-    Honestidade
2-    Pontualidade
3-    Humildade
4-    Tolerância
5-    Jamais distorcer a verdade
6-    Justiça
7-    Ajudar sempre
8-    Fidelidade
9-    Sinceridade
10- Lealdade

JUNTO AOS IRMÃOS

Pelos nossos próprios compromissos devemos ter na pessoa do Irmão, a nossa própria imagem.

Na Maçonaria não se permite falar mal de um Irmão. Chame-o em particular e mostre o erro que cometera ou caminho errado que está seguindo.

Não traia a ninguém, principalmente a um Irmão. Através da lealdade você mostra a sua moral.

Seja franco e sincero. Ele deve ser uma pessoa merecedora de respeito.
Auxilie-o sempre, nunca o despreze.

Se ocupar algum cargo de projeção, não o menospreze.

Não se envergonhe de seu Irmão mais humilde pela sua posição social. Deve-se envergonhar daqueles que você feriu a moral e desrespeitando, assim, as nossas normas e os nossos ensinamentos.

Aprenda a amar o seu Irmão, e jamais tenha por ele rancor ou ódio.

Ao visitar uma Loja, seja cortês e amável para todos. Respeite os usos e costumes da Oficina que visitar. Lembre-se que na visita você se torna o embaixador da sua Loja junto a visitada.

EM SUA LOJA

É bom lembrar que você se comprometeu em dar um dia da semana para a instituição. Isto quer dizer que em todas as sessões deva estar presente. Lembre-se que você é muito importante para sua Loja e a sua ausência será uma lacuna que só você pode preenchê-la.

O fato de nossa Constituição exigir que compareça a Pelo Menos uma sessão a cada três meses, não quer dizer que será o suficiente.

 Você meu Irmão, deve colaborar com a administração de sua Loja. Sugira algo para motivar as sessões e não deixá-las ficar enfadonhas e cansativas. Mostre que está presente. Fale sem criticar, sem ofender. Colabore, incentive e participe.

Se você comparece, mas fica calado, ausente em pensamentos, a sua presença não estará completa.

Outra coisa, se você não vai a sua Loja, não poderá reclamar do que lá for decidido.

Esteja sempre em dia com a tesouraria, Lembre-se que o Irmão tesoureiro não ganha nada pelo seu cargo. Colabore com ele procurando-o.

As incumbências que receber, cumpra-as criteriosamente.

O SEGREDO que juramos guardar sobre o que ocorre nas sessões é um preceito que jamais podemos omitir. Temos que cumpri-lo a risca. E é previsto em nossas Leis Morais e Penais.

O que é considerado virtude para um homem comum, para um Maçom é obrigação!

Finalizando, podemos comparar um Maçom a uma vela acesa: “Consome-se Iluminando”

Paulo Edgar Melo – M.’.I.’. – Membro da ARLS Cedros do Líbano, 1688
Atual Coordenador da 28ª Circunscrição do GOB-RJ
Baseado em publicação do Jornal “O Semeador”              


     .       


REFLEXÕES SOBRE O HOMEM MAÇOM


Todo ser humano que busca uma vida de virtudes deve refletir sobre sua trajetória. Por isso mesmo o homem Maçom deve, além dessa reflexão, pautar-se pela retidão, coerência, perseverança, tolerância, justiça e fraternidade, ou seja, nele deve ser encontrado o paradigma para a humanidade.

Portanto, encontrar no homem Maçom o exemplo pleno de pessoa humana, seria confirmar o óbvio.

Contudo, não se pode exigir ou esperar o melhor das pessoas, sejam elas particulares ou públicas, se nós Maçons não fazemos e, às vezes, nem tentamos fazer aquilo de que gostaríamos que elas fizessem, não seria coerente, tampouco ético tal comportamento.

Meus Irmãos, não deixemos que a ignorância, a vaidade ou os interesses pessoais se sobreponham ao coletivo, sobretudo no que diz respeito a vossa Loja. Pois, manter o equilíbrio sobre os nossos interesses particulares em favor de um bem maior, é um dos caminhos possíveis para atingirmos o ápice da virtude, da harmonia e da perfeição maçônica que tanto desejamos.

Não importa que tenhamos que passar por caminhos nunca caminhados ou pisar sobre espinhos nunca pisados, se tudo isso não for para o nosso crescimento ou pela causa maçônica, pois, lembrando a Sócrates ao buscar incentivos aos seus discípulos quando estavam cansados, exaustos ou desanimados: “Procurai suportar com ânimo tudo aquilo que precisa ser feito em nome da paz, da virtude, do conhecimento e da perfeição”.

Vale dizer que, esta célebre frase nos induz a reflexão, nos conclamando a unir nossas forças e vontade para tornar as nossas Lojas à altura de seus nomes e do que representam para a História da Maçonaria Fluminense e, com isso, registrando em nossos corações seu passado de glória, sua postura ética, sua luta pela prevalência da justiça e sua presença nos momentos decisivos, para o bem de seus membros, da família, dos maçons, da nossa pátria e da humanidade em geral.

Durante nossa trajetória maçônica, em um determinado momento, nos deparamos com a seguinte frase: “Se fores perseverante sairás do abismo das trevas e verás a luz”. Ou seja, significa dizer que, aquele que persevera e procura dominar a si mesmo alcançará a paz, a virtude, a perfeição e a sabedoria que são as finalidades precípuas da Maçonaria.

É daí que surge a afirmação de que “o Simbolismo Maçônico sugere que tudo se constrói e que a tarefa dos seres humanos é construtiva. Sendo dever de todo Maçom trabalhar humanamente, realizando a obra que lhe foi designada”.

Com isso, podemos dizer que, o nosso dever para com os nossos Irmãos e, consequentemente, com as nossas Lojas é o de nos conformarmos a sua vontade que não deverá ser a de um ou dois Irmãos, mas a da maioria, a qual passa a ser a vontade de todos os seus membros, uma vez que, a divergência em Loja e até mesmo na Maçonaria como um todo deverá limitar-se, somente, ao campo das ideias e jamais realizar-se no campo pessoal.

Assim, quem persevera em seus bons propósitos acaba superando todos os obstáculos. Por isso mesmo acreditamos no que já foi dito, e que para nós se torna bastante elucidativa a frase escrita por Ramalho Ortigão: “Disseram-lhe que no amor a perseverança vencia tudo, e ela perseverou até se tornar insuportável, mas acabou vencendo”.

Dessa forma, devemos perseverar na tolerância, na conduta ilibada, na liberdade com responsabilidade, na igualdade, na fraternidade e na busca do sucesso coletivo e, sobretudo, da nossa Loja, uma vez que, ela pode de uma forma genérica e uma vez harmonizada, indicar o caminho do nosso progresso no mundo Maçônico.

Nesse sentido, conclamamos a todos a refletir e a despertar nossos corações para um mundo melhor, pois, segundo estudos da futurologia, essa é uma Era concentrada e voltada para a pessoa humana.

Entendemos que a reflexão que propomos, deve ocorrer a partir dos nossos atos, seja no nosso dia a dia, na família, na Loja, no trabalho, com nossos amigos ou na sociedade em geral. Acreditamos que é nosso dever, como Maçom, exigir a coerência e a melhor atitude a partir de nós mesmos, sem as quais, perde-se o sentido de cobrança em face dos outros, em qualquer nível ou esfera.

O homem Maçom, portanto, deve projetar-se como um paradigma da sociedade, primando pela paz, pela busca constante da verdade, do conhecimento, da harmonia e da sabedoria, bem como pelo exercício pleno dos ideais e preceitos maçônicos, sempre primando pela impecabilidade no trabalho e irretocabilidade em nosso comportamento.

Sentimos que já é hora de refletir para harmonizar e, com isso, melhorar o que precisa ser melhorado.

Estamos em uma era voltada para o desenvolvimento da pessoa humana, daí a importância de retomarmos constantemente os objetivos e fins dos princípios basilares da Maçonaria, da Legislação Maçônica, bem como das regras estatutárias. 

Entendemos que, esse objetivo só poderá ser alcançado através de observações, de estudos, de práticas e habilidades comportamentais, que nos levem ao exercício pleno e correto de todos nossos atos.

Podemos dizer então que, não é possível ser verdadeiramente Maçom sem o exercício e a prática da tolerância, da beneficência, da fraternidade e da justiça, que são os verdadeiros corolários da Maçonaria, os quais se instituem como parâmetros para a paz e o bem da humanidade, que realmente serão concretizados quando pudermos dizer do fundo do nosso coração: “obrei tudo o que podia obrar e meu Irmão esperava; ouvi os mestres e os sábios e quando errava temia e corrigia; aos homens bons a porta do coração sempre abria; na Loja a todos como Irmãos iguais tratava”.

Portanto, se quisermos ascender em nossa evolução maçônica e nos mantermos como paradigmas da humanidade, procuremos então suportar com ânimo tudo aquilo que precisar ser feito em nome do conhecimento e da prática efetiva da verdadeira Maçonaria.

AILDO VIRGINIO CAROLINO
Sec. Estadual de Gabinete- GOB-RJ


O QUE VINDES AQUI FAZER? AONDE QUEREMOS CHEGAR?


Quando a mente está adormecida ou entorpecida, é preciso despertá-la;
Quando se distrai, será necessário trazê-la de volta;
Quando se apega demais, fizer vê-la outras possibilidades;
Quando atingir o equilíbrio mantiver sem desviá-la.

Essas afirmações são contundentes e de caráter evolutivo, pois, proporcionam um caminho seguro e equilibrado para a dinâmica pessoal diária. Pergunta: será necessária uma prática diferenciada no conjunto da dinâmica que vivemos apesar de nossa “impecável” formação pessoal?

Sim, com certeza! Estamos tão envolvidos no processo da existência e sobrevivência que nos afastamos de nós mesmos. Sempre procuramos as soluções de nossos problemas e dificuldades fora de nós, no outro, no próximo, profissional ou amigo, quando todas as possibilidades de desfecho estão dentro de nós, no nosso íntimo, em nosso interior.

Nossa Ordem proporciona essa possibilidade em seu conjunto. Conjunto esse com regras, disciplina, ritual, simbologia, cargos e funções empurrando nossa personalidade para aprimorar o caráter e a conduta. Dentro da Loja, somos envolvidos em responsabilidades que –por vezes- não desejamos assumir e nos vemos praticando funções que sutilmente nos despertam para um novo estado de ser.
 

Nossas atividades e conteúdo maçônicos são expressos de maneira prática e objetiva proporcionando uma oportunidade de abrandar nosso ego, talvez até submetê-lo e dominá-lo; e isso não quer dizer submissão ou aceitação passiva dos obstáculos e exigências que enfrentamos durante nossos trabalhos e durante nossa vida, representa sim uma ação com equilíbrio consciente que pode se manifestar até num recolhimento cuidadoso (um agir não agindo, escolhas); temos que procurar entender ou aceitar que uma atitude silenciosa ou “não manifestação”, não significa aceitação ou consentimento com situações ou obstáculos.

No âmago do ser humano, na sua
 Alma (1) só tem uma condição: sua liberdade. Não é a liberdade objetiva ligada aos nossos sentidos ou sensações e vontades, mas, uma liberdade interior, a grande tarefa de assumir sua verdade pessoal, o “Conhece-te a Ti Mesmo”, o auto-descobrimento.

Esse é nosso trabalho, e quem não o faz é porque não deseja, pois, tem todas as possibilidades de fazê-lo com as ferramentas disponíveis pelo processo maçônico; temos que fugir da “inércia mental” assumindo o controle de nossa existência interior. 

 “As leis da vida social atualmente mudam a cada minuto. Não há mais segurança no conhecimento de alguma lei moral que foi comunicada. É preciso buscar os próprios valores e assumir responsabilidade pela nossa própria conduta, e não simplesmente seguir ordens transmitidas de algum período do passado. Ademais, estamos intensamente cientes de nós mesmos como indivíduos, cada um é responsável pela sua própria senda, diante de si mesmos e de seu mundo.” (Joseph Campbell)

Somos motivados desde nosso ingresso a procurar a Luz
 (2), devendo constituir-se como meta de nossos interesses. Só podemos nos aproximar de outras dimensões (3) provocando um desapegado de nossa mente comum levando-a a outras condições ou situações em que se encontra distraída ou afastada, e assim, quando tivermos a convicção de que nossos preceitos e postulados são verdades para nós e para todo ser humano, uma forte convicção que não precisa da razão para impor-se, estaremos exercitando ou experimentando uma sabedoria que tem a força de uma corrente da qual somos um elo; e essa ligação torna-se mais forte pelo trabalho das Lojas em seus diversos ritos que podem ter diferenças, mas com pouca alteração (4).

Neste atual estágio evolutivo que nos encontramos, nosso contato objetivo se faz através de nossos sentidos, pois, através deles recebemos as informações e estabelecemos valores, é um bombardeio de impressões e nossa mente acaba flutuando continuamente nesse mar de estímulos.
 

E sendo ela dinâmica e estar em constante estado de alerta recebendo informações incessantes e ininterruptas fica difícil haver um controle adequado e consciente, tornando essas impressões imprecisas e enganosas podendo distorcer e até limitar o conhecimento, sendo necessário ultrapassá-las despertando outras possibilidades latentes, mas adormecidas.
 

E para que isso aconteça, para ascendermos a um plano mais sutil, subjetivo, a “busca da verdade”, o “tirar o véu”, deve ser motivada pelo desejo de alcançar a sabedoria e o método é assimilação
 (5) e não simplesmente pela retenção na memória do conteúdo apresentado. 

Essa transformação da mente para a prática ou interiorização dos conceitos transmitidos é lenta necessitando sempre uma reflexão sobre a simbologia apresentada. Devemos passar de “teóricos” e passarmos a “construtores” do edifício social, ajudantes edificadores da humanidade em marcha para um mundo melhor e mais esclarecido.


José Eduardo Stamato - M.'.I.'.
A.'.R.'.L.'.S.'. Horus nº 3811, Santo André - SP / Brasil

Notas:
(1)
 Alma – essência sublime intermediária entre a vida do espírito e a vida objetiva infusa no ser humano, que procura integrar a personalidade num processo superior progressivo de transformações para que perceba que é parte de um todo maior, ainda nesta existência.

(2) Luz – como possibilidade (hoje simbólica) apresentada para uma busca e um despertar para dimensões superiores de consciência. Como exemplo, o Sol dispersa a noite, a chama de uma vela afasta a escuridão, portanto a “luz” tem poder sobre as trevas (o que seriam as “trevas”?).

(3) Dimensão (termo muito utilizado nos grupos esotéricos) – planos expandidos diferentes na sua constituição, mas semelhantes na expressão, podendo ocupar espaços distintos ou não, coexistindo em diversas frequências vibratórias.

(4) Isso se vencermos a vaidade da afirmação de que o Rito que praticamos é o “eleito” ou o “escolhido” ou o “verdadeiro”. O mesmo acontece com as Lojas.

(5) Assimilar – do latim: tornar semelhante a si, integrar a si. Só aproveitamos aquilo que assimilamos. Há uma integração e adaptação progressiva na dinâmica proposta pelo ritual e sua simbologia.


ONDE MORRE A MAÇONARIA!


A Maçonaria, uma dentre as mais perfeitas e justas ordens existente entre os homens.

Rituais de perfeição, de estudos, compreensão, investigação e união.

Simbologia e mistérios ímpares e filosofia muitas vezes incompreensível a nós meros humano.

Ela morre?

Sim ela morre não em sua essência de ordem, mas sim em sua essência humana.

Morre no peito de cada qual tevê seus símbolos e mistérios gravados na alma, cada qual que fugiu da compreensão que ser um homem livre é unicamente ter posses materiais e quando tiver bons costumes é estar dentre os melhores da sociedade humana.

Morre, quando acha que seu dever é simplesmente organizar festas em datas comemorativas, quando realiza vãs e ilusórias doações, quando que, em sua potencialidade existe a possibilidade de mudar o rumo de ao menos uma vida.

Morre, quando tu és chamado de irmão, por alguém que sequer sabe o seu dia a dia.

Morre, quando a joia deixa de ser espiritual para mostrar-se uma força material.

Morre quando você lê centenas de justificações do porque o cidadão comum não pode tornar-se um maçom.

Morre quando nada faz ou sequer se manifesta a cerca do que atravessa o País.

Morre, quando se cerca da aparência do justo e perfeito, quando na verdade, não passa de cada um por si.

E peço ao G.'.A.'.D.'.U.'. que esta Maçonaria morra em mim a cada dia, permitindo que chegue a verdadeira prática maçônica, onde as Lojas não eram tão adornadas, mas onde existiam irmãos de verdade.

Ela Morre! Sim, ela morre, pois só é capaz de existir em cada coração, em cada alma.

Rogério Pelegrino.'.



SIMBOLISMO NA MAÇONARIA


O simbolismo é a ciência mais antiga do mundo. Através dos símbolos, os povos primitivos se comunicavam e registravam sua história.

O verdadeiro símbolo, é aquele que pode ser interpretado por diversos ângulos, de acordo com a capacidade intelectual e emocional de cada um.

De acordo com a Encyclopaedia de Mackey, “a maçonaria é um sistema de moralidade desenvolvido e inculcado pela ciência do simbolismo”. Com o surgimento da maçonaria especulativa no século XVIII, na Inglaterra, ressurgiu também uma releitura dos simbolismos religiosos que se encontravam deturpados pela ignorância eclesiástica medieval.

Os maçons especulativos começaram a estudar os simbolismos religiosos e iniciáticas, dando origem a simbologia mística, dos maçons operativos, alquímicos e outros símbolos tradicionais.

Foram incluídos, também, os símbolos de significado particular, como é o caso da Romã, Cadeia de União, Estrela Flamigera, a letra G, Acácia, o Pelicano, etc. São inúmeros os símbolos maçônicos, porém alguns se destacam pelo seu constante uso e conhecimento entre os maçons. Trazemos alguns deles com seus respectivos significados.

ACÀCIA
  
Árvore de muitas espécies, disseminada no Egito, Arábia e Palestina. A Acácia era a árvore que fornecia sua madeira aos povos hebreus, a sagrada e aromática madeira Shittim ou Sitim (Êxodo 30;24 e Ese 27;220.

Foi muito empregada na construção do Tabernáculo. Planta consagrada nas cerimônias, Graus e Espírito da maçonaria, como símbolo da inocência, iniciação e imortalidade da alma. Na lenda do 3º grau, o ramo de acácia indica o lugar onde os três companheiros homicidas haviam ocultado o corpo doe Mestre Hiram, por eles assassinado no Templo de Salomão. Símbolo de imortalidade nos emblemas maçônicos .

O famoso Diploma da Acácia é conferido ao maçom assíduo.

AVENTAL 

È a peça mais importante na Maçonaria. Distintivo indispensável do trabalho. É o único que dá ao maçom o direito de entrar nos Templos e participar das reuniões.

Sua forma e cores variam de acordo com os graus e Ritos, mas seu significado místico é o mesmo.

O Avental Branco, sem adornos, do 1º grau, indica a pureza da alma, que se supõe tê-la alcançado neste grau.O azul celeste está associado com a dedicação espiritual.

 Nos graus 1 e 2 não aparecem nenhum metal, pois o maçom esteve, teoricamente, se despindo de todos os metais e transmutando-os em riquezas espirituais Azul: Cor da Safira que simboliza a piedade, o equilíbrio, a lealdade e a sabedoria.

Cor que figura nos graus 3, 4 e 14 do Rito Escocês Antigo e Aceito. É a cor celeste que caracteriza as Lojas Simbólicas e os maçons dos três primeiros graus.

CINZEL 

Representa o intelecto e sugere o trabalho inteligente. Instrumento do grau de Aprendiz. Simbolicamente, serve para desbastar a pedra bruta da personalidade.

COLUNAS 

Na Maçonaria usamos as Colunas de origem grega, a Jônica que corresponde ao Venerável Mestre da Loja a qual significa sabedoria. A Dórica que corresponde ao Primeiro Vigilante e que representa a força.

Por último, a Coríntia que corresponde ao segundo Vigilante e representa a beleza. Na porta do Templo são colocadas duas Colunas efetivas que são chamadas Boaz (ou Booz) e Jachim. A primeira, Boaz, se localiza à esquerda e a segunda Jachim à direita da entrada do Templo. As duas combinadas representam “Deus se estabelecerá em força” ou “como fortaleza”.

COMPASSO 

A Maçonaria adota o Compasso como um de seus grandes símbolos e o coloca sobre o Altar da Loja enlaçado com o Esquadro para simbolizar a Macrocosmo, e a Bíblia para significar a sabedoria que ilumina e dirige tanto o Macrocosmo como o Microcosmo (neste particular o maçom). Como instrumento simbólico, é emblema de medida e justiça.

DELTA LUMINOSO 

Quarta letra do alfabeto grego. É o emblema da Tri-unidade. É o primeiro polígono. Tanto nas Igrejas Judaico-cristãs como nos templos maçônicos está geralmente envolvida de um “glória”, e centrada pela letra G. É o símbolo da tripla Força indivisível e divina que se manifesta como Vontade, Amar e Inteligência cósmicos ou ainda os Pólos positivo e negativo e o efeito de sua união. É às vezes figurado por três pontos (.'.) .

ESCADA CARACOL 

Mostra a difícil trajetória do Companheiro. Com seus degraus em espira,l ela representa a dificuldade em subir, aprender e auto aperfeiçoar-se, mostrando que a evolução não se desenvolve de uma forma constante e retilínea. Ela tem seus altos e baixos. Sua persistência em busca da luz, será a recompensa, pois atingirá o topo da escada.

ESCADA DE JACÓ 

“E Jacó sonhou: e eis que uma escada era posta na terra, porque o sol era posto; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela; e eis que o Senhor estava em cima dela” (Gêneses 28:12, 13).

A escada mística vista por Jacó simboliza o ciclo involutivo e evolutivo da vida, em seu perpétuo fluxo e refluxo, através de nascimentos e mortes, a desdobrar-se em hierarquias de seres, potestades, mundos, reinos e vida e raças.

Segundo as tradições maçônicas, a escada com esse significado consta de quatorze degraus. Na verdade seus degraus são tantos quantos sãos virtudes necessárias ao aperfeiçoamento de cada um. As três mais importantes são a Fé, a Esperança e a Caridade, ali simbolizadas pela Cruz, a Âncora e o Cálice.

ESPADA 

Acessório muito usado nas cerimônias maçônicas, geralmente como símbolo do poder e autoridade, e emblema dissipador das trevas da ignorância. Nas reuniões de banquetes ritualísticos, é o nome que se dá à faca. É usada como jóia do Primeiro Experto, Cobridor Interno e Externo.

ESPADA FLAMÍGERA 

A que tem a lâmina ondulada, qual língua de fogo serpentino. É usada pelo Venerável Mestre como símbolo do poder criador do G.A.D.U. Ao seu triplo tinir com os golpes do malhete (símbolo da autoridade, de que o Venerável se acha investido pela constituição maçônica), é o recipiendário iniciado e admitido nas fileiras da Ordem. 

Em alguns países latinos é também usado pelo Cobridor que assim guarda o Templo qual querubim a “guardar o caminho da árvore da vida” Gêneses 3:24.

ESQUADRO 

Um dos símbolos mais usados, que, junto ao compasso, representa o emblema mais conhecido dos maçons. Simboliza a Equidade, Justiça e Retidão, e constitui a jóia do cargo de venerável Mestre, porque este deve ser o maçom mais reto e justo da Loja.

Em conjugação com o compasso, que representa Deus, ou o Eu Superior, para o qual deve o iniciado dirigir constantemente suas aspirações, o esquadro substitui o quadrado para representar o mundo, ou o eu inferior com seus desejos e paixões subjugadas e dominadas, e recorda ao maçom que deve buscar unir-se à sua fonte de origem e desprender-se das ilusões terrenas.

ESTRELA DE CINCO PONTAS 

Colocada no Oriente da Loja, na parede acima da cabeça do Venerável, chama-se estrela do Oriente ou da Iniciação. Simboliza o homem perfeito, Deus manifestando-se plenamente no homem, o Iniciado. O Homem é um quíntuplo ser: físico, emocional, mental, intuicional, e espiritual.

ESTRELA FLAMÍGERA 

A pentagonal que antigamente tinha raios ou pontas ondulantes, tal qual ainda aparece em Obediências inglesas e americanas é o emblema individual do Companheirismo. O astro que ilumina a Loja de Companheiros, onde figura no Oriente acima do Venerável ou no Ocidente entre as duas colunas ou ainda acima do pedestal do Segundo Vigilante, a sudoeste, segundo o Rito Escocês.

FOGO 

O mais sutil, ativo e puro dos quatro elementos terráqueos (terra, ar, água e fogo) é o princípio animador, masculino em oposição à água, e fonte de energia. Nas Lojas Maçônicas mantém-se aceso sob a Estrela Flamigera, onde o Primeiro Diácono leva a luz aos seus Irmãos. O fogo sagrado jamais deverá ser soprado, para não ser poluído pelo hálito humano, segundo a antiga tradição persa.

LETRA "G" 

Sétima letra do alfabeto maçônico. Chama-se gimel em hebreu. Em geral significa Geometria, Geração Glória, Grande, Grão. No grau de Companheiro é o emblema misterioso que lhe conduz os passos e naturalmente alude a Geômetra (Deus)

LUVAS 

Tem sido usado pelos maçons como marca de distinção e pureza. Depois de sua recepção, o Aprendiz recebe dois pares de luvas brancas, dos quais um se destina a ele e o outro “à dama que mais ele amasse”.A Luva branca recebida no dia de sua iniciação, tem como objetivo lembrar os compromissos assumidos pelo maçom.

MALHO 

É a ferramenta de trabalho do Aprendiz, para alegoricamente, desbastar a pedra., ou educar a agreste e inculta personalidade para uma vida ou obra superior. O malho simboliza a vontade, energia, decisão, o aspecto ativo da consciência, necessário para vencer e superar os obstáculos.

NÍVEL 

É a joia móvel usada pelo Primeiro Vigilante das Lojas Maçônicas simbólicas ou azuis. Representa a igualdade e está em relação com o enxofre e a coluna Jachim.

PAVIMENTO DE MOSAICO 

Ornamento do centro das Lojas composto de ladrilhos brancos e pretos. Simbolizam seres animados e inanimados que decoram e ornamental a criação, bem como o enlace do espírito e matéria, da vida e forma por toda a parte, a união dos maçons do globo, apesar de suas diferentes cores climas e opiniões particulares.

PEDRA BRUTA 

A pedra bruta dos maçons corresponde à matéria-prima dos hermetistas. Simboliza a personalidade rude do Aprendiz, cujas arestas ele aplana, e que lhe cabe disciplinar, educar e subordinar à sua vontade.

PEDRA CÚBICA 

Depois da pedra desbastada pelo Aprendiz, o Companheiro, com o auxílio do esquadro, nível e prumo, torna- a polida em forma cúbica. Desde os velhos tempos o cubo perfeito simboliza os seres angelicais, a alga de configuração emotiva e harmoniosa.Isso significa a evolução do Companheiro até chegar ao estágio de Mestre.

RÉGUA 

A régua é o símbolo da Retidão. Representa a boa administração do tempo que deve ser divido no autoconhecimento, meditação, estudo e repouso.

ROMÃS 

Emblemas que coroam as colunas J e B dos templos e cujos grãos significam prosperidade e solidariedade da família maçônica.

TROLHA 

É adotado pela Maçonaria como instrumento simbólico com a qual se aplica a argamassa humana destinada a realizar a unidade. Tal qual o pedreiro cimenta as várias pedras para formar um todo que é o edifício

.Ir.´. Neodo Ambrosio de Castro - M.´.I.´. Vila Velha - ES http://www.brasilmacom.com.br


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