A pedra cúbica é o
símbolo da medida áurea, do desenvolvimento harmônico e equilibrado que supera
todas as deficiências e controla a tendência para os excessos de qualquer
natureza, pois todo excesso, em qualquer sentido, é uma falta de controle.
Exceder-se, em qualquer
sentido, é uma deficiência, pois indica a falta de qualidade oposta que deve
controlar esta tendência.
É uma das asperezas
alegóricas da pedra bruta que deve ser desbastada, é uma irregularidade no
desenvolvimento, em determinado sentido que, nos afasta do equilíbrio perfeito
e da perfeição cúbica ideal.
A beleza da figura
humana, assim como a de um edifício ou obra de arte é da mesma maneira função e
resultado do grau de equilíbrio, harmonia e proporção perfeita entre todas as
partes que compõem o conjunto.
Quando existir
desproporção e excesso, em qualquer sentido, manifestar-se-á a imperfeição que
afasta a obra da medida áurea.
A saúde perfeita e a
eficiência física, também dependem do grau de justo equilíbrio, harmonia e
proporção que sabemos manifestar em nossos hábitos fisiológicos.
Todo excesso, em qualquer
sentido, se converte em elemento destrutivo.
No campo moral, todo
vício é um mau companheiro que é preciso revelar e disciplinar, para que não
siga exercendo uma influência destrutiva sobre a obra da vida e acabe tornando
inepta a pedra que deveria ocupar seu lugar no edifício social e humano.
O mesmo deve ser dito, no
plano da inteligência, das diversas qualidades e faculdades que caracterizam a
genialidade verdadeira, ou seja, a produtiva.
O chamado gênio não é
constituído somente pelo desenvolvimento da faculdade da memória, nem da
imaginação; não consiste unicamente na abundância das idéias, nem no
desenvolvimento da concentração.
Nenhuma dessas
qualidades, isolada, produz o gênio verdadeiro, que só se realiza com o
perfeito desenvolvimento equilibrado de todas as qualidades da inteligência sem
que haja excessos e desde que cada uma dessas qualidades e faculdades seja
capaz de conservar o lugar ao qual pertence e atuar em perfeita harmonia as
demais.
O que necessitamos é de
uma cooperação e um desenvolvimento harmônico de ambas as faculdades.
Havendo o Aprendiz
trabalhado na Pedra Bruta com o Malho e o Cinzel, transformando-a num cubo
imperfeito, cabe ao Companheiro polir este cubo com o auxílio do esquadro, do
Nível e do Prumo, tornando-a finalmente em pedra cúbica.
Desbastadas as arestas da
personalidade ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas
ações através do conhecimento adquirido, realizando contornos delicados e
fazendo então, do seu "eu", um cubo perfeito, a pedra polida que
assim estará apta a ser utilizada na construção do edifico do Templo, isto é, a
humanidade Perfeita.
Thiago Mangelli M.'.M.'.
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