POR QUE SE VAI Á LOJA?


 

Provavelmente, a esta pergunta virão respostas, cujo cerne está no individualismo.

Por um lado, as ritualísticas (vencer minhas paixões);

por outro, as sociais (ágapes após as reuniões).

Há um imensurável equivoco quando acreditamos que o tamanho de uma Loja se dá pela estrutura física ou pelo número de Irmãos.

O que a torna “Grande” ou “Poderosa” é o comprometimento dos Obreiros.

Observe que há uma diferença sutil entre Irmãos e Obreiros.

Irmãos são todos os que, por condutas maçônicas, são reconhecidos como tal.

Obreiros são aqueles, que nos instruem e inspiram, por suas condutas maçônicas, a nos tornarmos Irmãos.

Sendo um trabalho coletivo, as sessões só alcançam a plenitude nas três esferas (física, mental, espiritual) se cada um dos presentes mudarem a atitude passiva de participante para a conduta ativa de partícipe.

A mudança está na troca do que “vou ganhar ao ir à Loja”, para o que “vou oferecer à Loja”.

Condutas simples, apenas o cumprimento da missão!

Exemplo: O Irmão Mestre de Harmonia deve ir com o propósito de colocar as músicas adequadas, no momento certo e correto volume.

O Mestre de Cerimônias deve organizar o cortejo, ficar atento a estruturação dos Cargos, conhecer suas falas, circular no Templo somente nos momentos necessários.

Os Diáconos devem ser realmente portadores da palavra com a devida ritualística.

O Chanceler deve receber e observar os Irmãos visitantes. Enfim, cada um deve incorporar seu cargo.

No caso das Luzes, a conduta é muito mais sutil.

Vigilantes devem estar atentos ao comportamento e principalmente, ao semblante de seus “comandados”.

Ocupar uma das vigilâncias é pré-requisito para ser o líder maior da Loja, portanto, é com esta preocupação que ele vai se formando e conhecendo os Irmãos e futuros colabores diretos.

Da mesma forma, ao se preparar para ir a Loja, o Venerável Mestre deve compreender que o mínimo, e provavelmente, com menor valor é o de dirigir os trabalhos, no sentido de ler o ritual.

Sentar-se na cadeira mais alta do Templo é a alegoria que a ele cabe ver tudo que se passa e exercer ações que resultem no sucesso do grupo.

Aos Ex-Veneráveis, a missão não acabou.

Possuem duas grandes obrigações de moral maçônica.

Primeira, se já dirigiram os trabalhos das Lojas, conhecem bem os Rituais e as demais funções, sendo assim, devem estar sempre à disposição do atual Venerável Mestre para ocuparem cargos, afinal, eles continuam sendo Obreiros da Oficina.

A segunda é trabalhar para a manutenção da harmonia dos trabalhos.

Eles devem ir para a Loja vibrando positivamente. Sendo o esteio do Venerável, devem aconselhar não intervirem, evitar comparações e, principalmente, auto-elogio, incompatíveis com princípios de humildade e do propósito de “vencer minhas paixões”.

Se todos nós, formos para a Loja com o propósito de servir, sairemos todos bem servidos.

O TODO É SEMPRE MAIOR
QUE A SOMA DAS PARTES.

Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.

ACML News n. 08 – Florianópolis (SC)

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