quarta-feira, 30 de abril de 2025

A ALMA E A SUA EXISTÊNCIA


 

A busca da verdade passa pela questão da existência da alma. A resposta a esta questão colocou em campos opostos filósofos do quilate de Hume, Hamilton, Stuart Mill, Taine, que admitiam que a alma se reduzisse a um grupo de sensações, de ideias, de emoções, etc. Como dizia Broussais, “o homem racional não pode admitir a existência de uma coisa que não seja percebida por algum dos sentidos”. Dizia ainda Broussais que o cérebro é a causa e o princípio do pensamento e, por conseguinte, o espírito é uma hipótese inútil.

Mas, sendo o cérebro composto de células, que se renovam a todo o instante como, aliás, em todo o corpo, se no homem existem apenas fenômenos sucessivos, sem um laço que ligue o passado ao presente, como então se explicam o hábito, a associação de ideias e a memória?

Deste modo, é forçoso admitir que existe em nós uma realidade que independe do cérebro, que é a sede das nossas mudanças psicológicas, e que é também a causa dos atos que praticamos. A esta realidade, chamamos de alma.  Se existe a alma, qual será a sua natureza? Será espírito, ou será matéria? O espiritualismo defende a distinção da alma do corpo; o materialismo, só admite a existência do corpo e da matéria. No homem, ocorrem fenômenos quantitativos, como a digestão, a circulação etc. e fenômenos qualitativos, só percebidos pela consciência, como a alegria, o pensamento, ou o remorso.

Assim sendo, existe no homem uma substância extensa, divisível e palpável, que é o corpo, e uma outra substância simples, perceptível somente pela consciência, a alma.

A alma é una, e o homem, por ter só uma alma, comprova a sua unicidade. Ela não é única só numericamente, mas é una também por ser simples e indivisível. Enquanto todas as células do corpo se renovam em um curto período de tempo, isto é, o corpo muda em substância, a alma permanece sempre idêntica a si mesma, não havendo mudanças no nosso Eu ao longo do tempo, que permanece o mesmo, tanto no passado quanto no presente. É esta imutabilidade da alma que confere a identidade ao homem.

A ESPIRITUALIDADE DA ALMA
O ser espiritual é aquele que existe independente da matéria e das suas condições de ser e de operar.

É fato que a alma está unida ao corpo, e que exige o concurso dos órgãos dele, para realizar as suas operações sensitivas. Apesar disso, também é fato que a alma é independente do corpo nas suas funções intelectuais. Deste modo, a alma pensa e quer sem o auxílio destes órgãos. Podemos assim concluir que a alma não está completamente imersa no corpo, que é independente dele sob diversos aspectos, e que, por conseguinte, é um ser espiritual.

Dizia Aristóteles que um ser se conhece por suas operações. Ora, a nossa alma forma ideias, e a ideia é imaterial. Em consequência, a inteligência, a faculdade do pensamento, também é imaterial. Deste modo, a alma, que opera pela inteligência, é imaterial pela mesma razão. Enquanto a matéria é indiferente à inércia ou ao movimento, isto é, ao determinismo, a alma, ao contrário, é livre para operar ou não, para resistir ou ceder aos impulsos da sensibilidade, isto é, a alma goza do livre arbítrio.

Conclui-se assim que a alma é simples, é idêntica a si mesmo, e é espiritual, necessariamente distinta do corpo, que é composto, mutável e material.

A ALMA, O FÍSICO E A MORAL
A simplicidade e a espiritualidade que caracterizam os fenômenos da inteligência impedem que afirmemos que o cérebro – substância material e em constante mutação – seja a verdadeira causa do pensamento. Por outro lado, a inteligência necessita para se expressar, para o seu funcionamento normal, de um cérebro saudável.

Deste modo, o cérebro nada mais é do que o instrumento material de que se vale o espírito, imaterial, para expressar os seus pensamentos. Aristóteles notou que pensamos sem órgãos, que o entendimento não está ligado a nenhum órgão corporal, e que pode trabalhar e existir separado do corpo.

Ocorre que, em nosso estado atual, nunca pensamos sem imagens, e a imaginação depende diretamente do sistema nervoso. Daí que o pensamento e a inteligência dependem indiretamente do corpo, e em particular do cérebro. Assim se explica a desordem na inteligência proveniente de uma lesão cerebral; não porque o entendimento tivesse sido atingido, mas porque essa lesão determina uma perturbação na imaginação, e as imagens extravagantes chamam ideias discordantes e incoerentes.

Se um louco pudesse ter transplantado o cérebro lesado por um outro que fosse são, com certeza pensaria de modo correto. Isto porque a desordem e a deterioração dos órgãos não lesam a inteligência em si mesma, mas somente a privam das condições e meios requeridos para o seu funcionamento normal. Pode-se dizer que o cérebro é a interface entre o espírito e o mundo material.

A UNIÃO DA ALMA E DO CORPO
Aristóteles, S. Tomás e a maior parte dos espiritualistas não admitem no homem dois princípios de vida. Afirmam que além da sua atividade consciente e psicológica, a alma inteligente possui também a faculdade de presidir às funções fisiológicas. Desta maneira, a alma seria o único princípio de toda a atividade vital do homem, da sua vida vegetativa e sensitiva, e de sua vida propriamente espiritual.

Já vimos que a correlação íntima que existe entre as diversas operações da alma pensante (sensibilidade, inteligência e vontade), prova a unidade substancial do princípio de onde elas se originam. Esta mesma correlação se verifica entre as operações psicológicas e as funções orgânicas.

Uma comoção violenta da alma faz parar a circulação do sangue, o medo paralisa, e a confiança sustenta as forças físicas; o trabalho intelectual intenso retarda a digestão, etc.; poder-se-ia citar numerosos fatos que provam a influência do físico no moral, e reciprocamente. Demonstrada a união da alma e do corpo, como se faz esta união? O corpo não existe antes da sua união com a alma. Da alma, o corpo recebe a sua unidade, a organização, a vida e atividades próprias, numa palavra, tudo o que faz dele o ser humano.

Assim, o corpo apenas se separa da alma pela morte, quando perde todos estes caracteres, todas as suas determinações específicas, dissolvendo-se nos elementos químicos de que foi formado. Quanto à alma, sem dúvida que existirá separadamente do corpo, vivendo a sua vida espiritual, mas, sem o corpo, não mais poderá exercer as faculdades que exigem o concurso dos órgãos corporais, como a sensibilidade, a percepção externa e a imaginação.

Deste modo se conclui, com Aristóteles, que o corpo é a matéria, e a alma é a forma, e que a união do corpo com a matéria forma um todo verdadeiro e substancial. É esta união no ser que faz da alma e do corpo um só princípio de ação, que faz com que não haja ação humana na qual o corpo não faça a sua parte, nem tão humilde e material que não repercuta na alma. É este o princípio que coloca em xeque o racionalismo de Descartes, expresso na frase: Penso, Logo, Existo.

A IMORTALIDADE DA ALMA
Com a morte, o corpo se dissolve. Acontecerá o mesmo com a alma e morreremos inteiramente? O que é a imortalidade?

A imortalidade consiste na sobrevivência substancial e pessoal do eu, na identidade permanente da alma, que conserva as suas faculdades de conhecer e amar, sem as quais não há felicidade humana. Após a morte, a alma mantém a consciência da sua identidade, com as lembranças e responsabilidades do seu passado, sem as quais não poderia haver nem recompensa nem castigo – em uma palavra – não existiria o princípio da justiça divina. A metafísica demonstra que a alma é imortal por sua natureza incorruptível. A razão para a sua sobrevivência após a morte do corpo é demonstrada pelo argumento moral. Que esta sobrevivência é indefinida e ilimitada, prova-o o argumento psicológico.

O corpo se desagrega e se dissolve logo que se separa do seu princípio de unidade, da sua forma substancial que é a alma. Pelo contrário a alma, sendo como é, metafisicamente simples e espiritual, não pode decompor-se nem se desagregar. Não morre, pois, com o corpo. Este é o argumento metafísico da imortalidade da alma.

Se há Deus e lei moral, a justiça exige absolutamente que o crime seja punido e a virtude seja recompensada. Neste mundo, nem a natureza, nem a sociedade, nem a própria consciência dispõem de sanções suficientes para recompensar plenamente a virtude ou punir adequadamente o vício; é necessário, portanto, que haja outra vida onde a justiça seja plenamente satisfeita, e a ordem seja restabelecida. Este é o argumento moral, que demonstra a sobrevivência da alma, mas não prova que esta existência seja ilimitada na sua duração.

O argumento psicológico, que prova a perseverança indefinida da existência da alma humana depois da morte, assenta sobre o princípio de que Deus não pode, sem se contradizer a si próprio, dar um fim a um ser, sem lhe dar os meios de o atingir. Tudo na natureza do homem prova que ele é criado para atingir a felicidade perfeita; mas é evidente que não a pode alcançar neste mundo, e que deve haver uma outra vida onde a possa obter. E como por outra parte não existe felicidade completa sem duração ilimitada, segue-se que essa vida futura não pode e não deve ter limites.

O ser humano aspira a um objeto infinito, a uma verdade, beleza e bondade absolutas, cuja posse nos deve fazer felizes. Nossas faculdades superiores possuem capacidade ilimitada, que não se pode satisfazer completamente fora deste bem infinito, que não é outro senão o próprio Deus.

Fizestes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração está inquieto até que descanse em Vós (Santo Agostinho)

Mas, o que encontramos neste mundo que apague esta sede de felicidade do homem, que preencha o vazio deste coração criado para o infinito? A natureza é tão limitada e o mundo tão pequeno; esta vida é tão curta e a realidade tão imperfeita! Queremos amar, queremos viver o mais possível, e por toda a parte só encontramos obscuridade, decepção, sofrimento e morte. Assim, é evidente a total desproporção entre os nossos meios e as nossas necessidades.

Logo, se há um Deus sábio e justo, esta contradição não pode ser definitiva; deve haver outra vida onde se restabeleça o equilíbrio entre o que desejamos e o que podemos, uma vida em que sejamos perfeitamente felizes. A duração ilimitada da imortalidade é evidente que constitui o elemento essencial da felicidade completa; não se pode gozar plenamente um bem quando receamos perdê-lo. A incerteza dói tanto mais quanto maior é o bem possuído. Como diria Marco Túlio Cícero:

Si amitti vita beata potest, beata esse non potest
(Se se pode perder a vida feliz, já não se pode ser feliz)

Logo, a vida futura da alma, a imortalidade, não tem fim, é infinita e ilimitada, e a sua tendência natural é a prática da virtude, em conformidade com os desígnios do seu criador, Deus.

Bibliografia
Aristóteles
J.J.Rousseau
S. Tomás de Aquino
Espinosa
Jonh Stuart Mill
S. Agostinho
Bergson

ANTÓNIO ROCHA FADISTA
M.’.I.’., Loja Cayrú 762 GOERJ / GOB – Brasil


quinta-feira, 24 de abril de 2025

A ELIMINAÇÃO DE UM MAÇOM

 

A eliminação é um ato de banimento definitivo da Ordem Maçônica, após um julgamento previsto pelos códigos e constituição maçônicos.

Antes da eliminação geral e definitiva, o maçom deverá ser excluído do quadro de sua Loja; após o Grão-Mestre homologará o ato e fará a comunicação ao “mundo maçônico” sobre aquela eliminação.

Esotericamente, porém, nenhum maçom poderá ser eliminado, porque a Iniciação é ato in aeternum; sendo a Iniciação um “novo nascimento”, é obvio que ninguém poderá ter esse nascimento eliminado!

O maçom que incorre em falta, grave ou não, deve ser julgado, mas a sentença jamais chegará à eliminação, que simboliza a “morte maçônica”, o que é ato impossível.

O maçom, como Iniciado, passa a ser “parte” espiritual dos outros maçons. Como eliminar, então, parte de si mesmo por que essa parte pecou?

O bom pastor deixa as 99 ovelhas em segurança no aprisco e sai em noite tempestuosa enfrentando riscos em busca da centésima ovelha perdida; encontra-a e carinhosamente a leva ao aprisco, onde as outras 99, aflitas, rejubilam-se pelo retorno daquela que acreditavam morta.

Jamais devemos, levianamente, julgar um irmão; é preciso que a falta tenha sido na realidade grave; nesse caso é de se recomendar a auto eliminação, quando então o maçom faltoso adormecerá para algum dia, retornar ao aprisco.

 

Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 133.

 

quarta-feira, 23 de abril de 2025

SOMOS TODOS IRMÃOS


 

Somos todos irmãos perante Deus esta é a única certeza que devemos ter, independente de que posição ocupamos na Terra e qual é a cor muito menos qual é a crença o Deus é um só, aquele que ampara, consola e ama indistintamente cada um de seus filhos.

Sejamos gratos pela oportunidade de estamos reunidos para juntos nos ajudarmos uns aos outros e assim buscarmos o crescimento do espírito.

Somos todos irmãos e por isso devemos ter sempre em mente que cada um tem um jeito de ser e por tantas diferenças é que devemos trabalhar em nós a compreensão, tolerância, paciência e principalmente o amor, sim o amor aquele que tudo supera e tudo vence.

Ser compreensivo com aquele que passa por momentos difíceis é prova de que estamos no aprendizado desta grande família Universal que a cada dia nos ensina que sem o amor e a caridade nada pode ser feito.

Todos sem exceção precisamos uns dos outros não atingiremos a evolução sozinhos, por isso a união de forças é extremamente importante para vivermos em harmonia uns com os outros.

Acolha seu irmão mais necessitado e verá o quanto pode fazer para melhorar tudo a sua volta, não se deixe levar pelo egoísmo distribua gentileza por onde passar, as maiores mudanças acontecem pelo exemplo.

Jamais despreze aquele que lhe pede ajuda este é a sua aula de crescimento e amadurecimento espiritual.

Lembre-se somos todos irmãos e nessa comunhão de amor e caridade para com o outro é que vamos buscar a verdadeira evolução das virtudes como a humildade, a caridade e o amor incondicional.

 

quinta-feira, 17 de abril de 2025

PÁSCOA – O QUE UM MAÇOM DEVERIA SABER


 

Introdução

Dentro da estrutura doutrinária oriunda dos Ritos e Trabalhos maçônicos da Moderna Maçonaria, indubitavelmente, além de todo o corolário simbólico, tanto autêntico como especulativo, existem outras características ligadas diretamente à proposta de aperfeiçoamento haurida das manifestações do pensamento humano em geral dado ao fundamento eclético que identifica a Sublime Instituição.

Nesse sentido, dentre outros, as datas e períodos solsticiais e equinociais sempre estiveram ligados aos procedimentos maçônicos, sejam eles de conduta operativa, sejam eles de conduta especulativa. Assim eles permaneceriam mais tarde também na decoração dos espaços de trabalhos maçônicos – Templos, Lojas, ou Salas das Lojas – de acordo com os diversos sistemas praticados, seja como um símbolo específico, seja como uma alegoria iniciática.

Essas relações geralmente buscam explicar na escola maçônica, os fundamentos oriundos dos cultos solares da antiguidade que seriam a base da imensa maioria das religiões conhecidas.

Nesse particular, não existe aqui qualquer afirmativa que a Maçonaria seja uma religião, entretanto é inegável essa influência sobre os Canteiros Medievais que dariam origem à Franco-Maçonaria e posteriormente à Moderna Maçonaria, esta então imbuída no aprimoramento do Homem como elemento principal da sua matéria-prima. Enfim tudo na Maçonaria foi sabiamente constituído para que o Maçom siga à vontade os mandamentos da própria crença, sem ferir a consciência de qualquer de seus Irmãos.

Por assim ser, segue sob essa óptica e em formato de um breve ensaio uma sequência de assuntos pertinentes que a nosso ver são inquestionavelmente apropriados para a melhor compreensão da “arte de construir especulativa”.

Dando início à jornada, ainda que de modo sintético, serão aqui abordados apenas aspectos relacionados às festividades pascalinas e o seu elo com o equinócio de primavera no Hemisfério Norte – a Ressurreição da Vida (Natureza).

A Páscoa

PÁSCOA (do hebraico pesach pelo grego Páscha, pelo latim clássico Pascha) – Substantivo feminino. 1. Na época pré-mosaica, festa da primavera de pastores nômades. 2. Festa anual dos hebreus, transformada em memorial de sua saída do Egito. 3. Festa anual dos cristãos, que comemora a ressurreição de Cristo e é celebrada no primeiro domingo depois da lua cheia do equinócio de março.

Os judeus a celebram do 14º dia do primeiro mês Nissan ao seu 21º dia, quando todo varão israelita deveria peregrinar até Jerusalém para celebrar a “passagem”, ou a Páscoa. O título de “passagem” designa para os israelitas à data instituída em comemoração à libertação desse povo do jugo egípcio, quando o Anjo da Morte feriu de morte os primogênitos do Egito. Momento oportuno em que Moisés conduziu o seu povo em direção à Terra Prometida – a “passagem” da escravidão para a liberdade; da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida; a travessia do Mar Vermelho seguindo o sinal indicado pela coluna de fumaça e de fogo (Êxodo) – segundo livro do Antigo Testamento; da Torá, ou da Lei mosaica; Pentateuco).

Assim toda família judia se reunia na tarde do 14º dia do primeiro mês Nissan para o ritual do Cordeiro Pascal, consumindo pães ázimos (sem fermento) acompanhado na refeição de ervas amargas, cujo intuito era o de relembrar o amargor dos dias de cativeiro no Egito.

A Páscoa, também conhecida como a Festa dos Pães Ázimos (Da Proposição) perdurava oito dias e o primeiro e o último eram santificados com o Shabbath.

No simbolismo Cristão a data se apresenta como a morte de “Jesus Cristo” e a sua ressurreição ocorrida durante a celebração da Páscoa. Assim a data coincide com a Páscoa judaica, já que “Cristo” fora crucificado na véspera dessa mesma páscoa, sendo que desde os mais remotos tempos da cristandade esta também é tida como a maior festa dos cristãos.

Em linhas gerais a “Ressurreição de Jesus”, ou o triunfo do Espírito ressuscitado destaca a imortalidade espiritual. Não é por acaso que a festa pascal obedecendo à tradição dos cultos solares da antiguidade ocorre no primeiro mês (Nissan) do ano religioso hebraico que coincide com o período equinocial ou a “passagem do Sol” do hemisfério Sul para o Norte (primavera – ressurreição da vida – a Natureza revive após o inverno – a passagem do inverno para a primavera). Assim a festa cristã é celebrada no primeiro domingo após o plenilúnio (lua cheia) ocorrido após o dia 21 de março (data do equinócio [5] de primavera no hemisfério boreal). Dentro desse limite a data pascal ocorrerá sempre entre 22 de março e 25 de abril.

Sem qualquer proselitismo religioso, porém para esclarecimento e introspecção, cita-se aqui a Epístola de São Paulo aos Hebreus quando aventa que a imolação do cordeiro é referência à imagem da realidade que se verificou e que o “Cordeiro de Deus” seria o próprio “Cristo”.

A preparação para a Páscoa cristã realmente começa na quaresma (quarenta – número penitencial) – quarenta dias de penitência, cujo auge é alcançado no Domingo de Ramos e simboliza a entrada triunfal de “Jesus” em Jerusalém, uma semana antes da Páscoa, aplaudido pela mesma multidão que “O” veria morto e crucificado no final da semana.

Esse teatro alegórico importa ao Maçom e à Maçonaria quando sugere a lição do aperfeiçoamento natural. A Páscoa se associa à comemoração da morte do inverno (trevas) e a recuperação da vida – atmosfera simbolicamente ligada à ressurreição da vida (os cultos solares da antiguidade). É sob esse prisma que surge a máxima maçônica de relação iniciática – morrer para renascer.

Essa similitude com os cultos solares implica no tema com a prevalência da Luz sobre as trevas, como é o caso do Sábado de Aleluia cristão e a ressurreição no domingo seguinte (Páscoa). A mesma relação também se encontra na Páscoa judaica, ou a passagem do povo hebreu do jugo tenebroso da escravidão para o alvorecer da liberdade e a busca da terra prometida.

A ressurreição de “Jesus”, despida de prosélitos religiosos demonstra um profundo sentido para reflexão do Homem – das trevas do sepulcro da morte (inverno) para a Luz Celestial, o que em linhas gerais significa o ato da redenção.

Indubitavelmente essa alegoria destaca-se simbolicamente na passagem aparente do Sol do Sul para o Norte, findando o inverno dos dias curtos e das noites longas e o desabrochar da primavera – a ressurreição da Natureza dando cumprimento ao início de mais um ciclo natural – a mãe Terra começa a ser aquecida pelos raios vivificantes do Sol espalhando a vida em um renascer contínuo pelo efeito da “Luz”. Mensagem dita nos Canteiros da Maçonaria como a maior Glória do Arquiteto Criador.

Conclusão

Para a Maçonaria saliente-se que essa abordagem não envolve dogmas religiosos, senão uma comparação que visa o aprimoramento do Homem sugerido pela escalada iniciática e sem qualquer intuito de desrespeitar as crenças individuais.

Ressalte-se ainda a importância das influências culturais e mesmo religiosas no seio da Moderna Maçonaria. Nessa proporção estão os seus Ritos e Trabalhos com os seus costumes culturais das diversas latitudes terrenas. Dentre outras, a missão do Maçom é também a da investigação da Verdade através dos métodos imparciais da pesquisa e da história, bem como se despir das concepções anacrônicas.

Para o Maçom sobreleve-se nesse breve ensaio a importância dos termos relacionados à: “vida, morte, ressurreição, passagem, aperfeiçoamento, ciclos, Luz e trevas”.

Se bem compreendida a Arte, o Maçom poderá perceber que para toda manifestação humana, seja ela cultural, ou religiosa, haverá sempre uma explicação coerente e verdadeira. Seria então oportuno salientar que a ignorância e a superstição são os verdadeiros flagelos da Humanidade, portanto, também inimigos da Maçonaria.

Anúncios

Denunciar este anúncio

Autor: Pedro Juk

Fonte: Blog do Pedro Juk

 

 

terça-feira, 15 de abril de 2025

VENERÁVEL MESTRE

O Guarda do Templo, foi dito que, durante nossos trabalhos, dois Irmãos estão sempre prontos a nos defender, e à sua disposição há uma espada. A espada do Guarda do Templo é de metal e a do Venerável Mestre é flamejante.

Contudo, o que é flamejante? No sentido figurado/simbólico, é uma espada que tem esplendor, uma vivacidade impactante. No sentido alegórico, é uma espada que flameja, que expele flamas (chamas). Ela arde, ou seja, é de fogo.

Do mesmo modo, argumentou-se que, sem dúvidas, esse elemento simbólico correlaciona-se com a passagem em que Adão e Eva são expulsos do paraíso e um anjo ficou responsável pela proteção do Éden, portando uma Espada Flamejante.

Mas que anjo foi esse? Esse anjo é Uriel!

Sendo assim, apresento algumas provocações filosóficas e simbólicas que envolvem esse anjo com o Venerável Mestre.

Seu nome, em hebraico tiberiano, traduz-se como “Chama de Deus”. Em vários escritos apócrifos, fez-se intercessor da humanidade perante Deus, recebendo até a alcunha de “os olhos de Deus” – aquele que tudo vê.

Há várias representações artísticas do anjo Uriel. Em algumas, ele segura o Sol, pois era encarregado pelo seu giro ao redor da Terra. Como a Loja é um microcosmo, o Venerável Mestre representa um pequeno sol a nos tirar das trevas da ignorância, iluminando-nos com as luzes de sua sabedoria.

Falando em sabedoria, Uriel também é representado segurando um longo papiro, símbolo de sua sabedoria. O interessante é que sua forma material se manifesta conforme aquele que se apresenta à sua frente.

Pessoas justas e de bons costumes o veem com um pássaro; aos injustos e impuros, ele se apresenta com a espada flamejante. Apesar de ser um “anjo”, nos estudos da angelologia, descobrimos que ele é “tão desprovido de piedade quanto qualquer demônio”. No Primeiro Livro de Enoque, é ele quem preside a tempestade e o terror.

Em contrapartida, é o anjo patrono das artes e descrito como o “espírito de visão mais arguta de todo o Céu”, e é esse ponto que devemos focar quanto à missão do Venerável Mestre e sua Espada Flamejante.

O VENERÁVEL DEVE SER BOM, MAS NÃO BOBO.
PODE ATÉ SER UM "ANJO", MAS NÃO PODE RENUNCIAR à ESPADA.
A SABEDORIA NÃO ESTÁ EM SABER DAS COISAS, MAS PERCEBER A SUTILEZA DAS SITUAÇÕES.

Ter uma visão arguta significa ter a capacidade para perceber com facilidade as tenuidades das conjunturas, avaliando rapidamente as circunstâncias e, de forma eletiva e profunda, aplicar o esquadro. Logo, colocar tudo em retidão, sem dó nem piedade.

Um grande erro dos que se assentam no Trono de Salomão é acreditar que devem agradar a todos e evitar problemas. O Trono está sobre a Verdade, que pode ser bela ou dolorosa, mas que continuará a ser íntegra e reta, cumprindo sua missão, indiferentemente da forma como se apresenta, uma vez que a mesma luz que ilumina pode cegar.

Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.

O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.

Convosco na Fé - Robur et Furor

Fraternalmente

Sérgio Quirino
Minas Gerais Shriner Club

TFA,

 

 

quinta-feira, 10 de abril de 2025

POR QUE É QUE OS HOMENS (REALMENTE) SE TORNAM MAÇONS


 

Nenhum homem aderiu à Maçonaria porque George Washington era Maçom. O mesmo se aplica a Truman, um presidente dos EUA e orgulhoso Maçom. Os seus legados podem inspirar admiração, mas esses nomes, por si só, não estimulam o coração de um homem a entrar pelas portas da Maçonaria.

E o mesmo se pode dizer dos muitos heróis maçônicos que marcaram a nossa história. Embora os honremos legitimamente e contemos as suas histórias, ninguém se junta à Maçonaria porque pensa que isso fará dele uma réplica desses grandes homens.

A Maçonaria não tem a ver com se tornar famoso ou alcançar uma grandeza histórica…

Trata-se de algo muito mais pessoal, baseado na vida quotidiana dos homens que conhecemos e admiramos.

E o incrível trabalho de caridade?

A Maçonaria é amplamente conhecida pela sua filantropia que ajuda os mais necessitados.

No entanto, nenhum homem se associa apenas para doar dinheiro. Não é preciso ser Maçom para doar generosamente para caridade.

Também não são os pormenores dos nossos rituais, por mais belos e profundos que sejam, que trazem os homens às nossas portas. Antes de se juntarem, a maioria dos homens tem pouco ou nenhum conhecimento da profundidade dos nossos rituais ou dos registos cuidadosos que mantemos.

O funcionamento interno de uma Loja, os seus procedimentos, atas e exatidão cerimonial, são estranhos aos que estão fora dela. Por conseguinte, o nosso ritual também não é a razão pela qual os homens procuram ser membros.

Então, por que é que os homens aderem à Maçonaria?

A resposta é simples: são inspirados por alguém que conhecem. Pode ser um pai, um avô, um amigo próximo ou mesmo um colega. Pode ser o vizinho do fundo da rua que sempre pareceu comportar-se com uma dignidade tranquila ou o mentor que deu conselhos sábios na altura certa.

Quem é a pessoa não importa tanto quanto o que ela representa.

O que importa é que o indivíduo é alguém para se admirar, um homem cuja vida incorpora valores que valem a pena ser imitados.

Esse exemplo é o que desperta o desejo de um homem de aderir. Ao longo de gerações e continentes, esta admiração pessoal tem sido o maior recrutador.

Milhões de homens aderiram à Maçonaria devido a uma relação que tiveram com um Maçom cujo carácter falou mais alto do que quaisquer palavras.

É a integridade, a bondade, a sabedoria e a força silenciosa dos maçons quotidianos que ilumina o caminho para que outros os sigam.

Se quisermos assegurar o futuro da Maçonaria, temos de nos concentrar em ser esse tipo de homem.

Alguém que vive os valores da Ordem, tanto nas grandes como nas pequenas formas. Alguém cuja conduta, em público e em privado, reflete os ensinamentos da Maçonaria.

Ao vivermos estes princípios, oferecemos aos outros um exemplo tangível do que a Maçonaria representa e porque é importante.

E aqui está a coisa mais bonita… Quando vivemos desta forma, alguém vai reparar. Quer seja um filho, um vizinho, um colega ou um amigo, alguém será atraído pela luz que transportamos. Eles vão querer entender o que nos faz ser quem somos. Quererão saber o que nós sabemos.

Em última análise, o crescimento da Maçonaria está enraizado em algo tão intemporal como a ligação humana. Ela prospera quando nós, como maçons, vivemos autenticamente.

Ao sermos homens dignos de admiração, tornamo-nos os exemplos vivos que inspiram outros a se juntarem a esta grande e antiga fraternidade.

A próxima geração de maçons virá não por causa dos nossos rituais, da nossa caridade, ou mesmo dos nossos heróis, mas por causa de quem somos e de como vivemos.

PS: Um nosso estudo recente mostra que a maioria dos homens são atraídos para a Maçonaria mais tarde na vida, muitas vezes inspirados por alguém que admiram – um pai, mentor ou amigo.

Tradução de António Jorge, M M

Fonte

  • Blog MasonicFind

 

 

sábado, 5 de abril de 2025

PROCURA-SE UMA LOJA GOSTOSA NA MAÇONARIA

“O ótimo é inimigo do bom” (Voltaire)

Era uma vez, em um Oriente distante, uma Loja gostosa.

Parafraseando o consultor americano Jim Collins, em seu livro “Empresas feitas para vencer”, ousamos especular: não temos ótimas Lojas, principalmente porque temos boas Lojas.

Não faltam críticas ao funcionamento de nossas Oficinas, em especial no que se refere à gestão e qualificação dos obreiros. Um questionamento recorrente é: vale a pena o desgaste pela exigência em relação ao atingimento do “ótimo” e criar um clima onde nem o “bom” seja alcançado?

Alguns irmãos comentam que, conforme o contexto, a paz é mais preciosa do que a perfeição. Outra corrente afirma que é melhor colocar o sarrafo ou a régua bem no alto mirando algo desafiador do que se contentar com a mediocridade. O tema é controverso, pois o que é bom para alguns não o é para outros. Porém, o que fazemos de melhor pode sempre ser incrementado.

Sem sofisma, equívoco ou reserva mental que possam criar obstáculos, combater o discurso pela busca da perfectibilidade não pode ter como fim a acomodação e implantação da mediocridade. O foco deve sempre ser: ainda podemos fazer muito mais!  Desdenhar o planejamento e projeção do futuro compromete a sobrevivência de qualquer forma de organização. O que nos espera lá adiante não pode ser uma confirmação do atraso.

“Não devemos ter medo das novas ideias! Elas podem significar a diferença entre o triunfo e o fracasso.” (Napoleon Hill).

Em algumas Lojas, gestores com deficiência na habilidade de liderança não permitem que obreiros se destaquem, principalmente os mais jovens. Ainda que em menor número, alguns veteranos contaminados pela síndrome do “esse cara sou eu”, ensejando uma pompa sabichona, têm dificuldades em continuar a aprender e sair da zona de conforto, pois fazem o que fazem da mesma maneira há anos e ainda gozam de relativo sucesso entre os pares.

Precisam de uma Loja para chamar de sua. E são felizes nesse autoengano, em especial quando ouvem que são repositórios de grande saber maçônico e festejados exemplos a serem seguidos. Possuindo um fraco por elogios, e por vezes protagonizando momentos de fofura e disfarçada carência, adoram afagos e sempre esboçam um sorriso brejeiro e uma falsa expressão de encabulamento. Com descarada falsa modéstia, respondem aos elogios: menos, menos!

Na realidade dinâmica, temos a concorrência de Lojas que atraem bons candidatos por estarem acima da média e não se contentam com pouco. Nelas, Aprendizes e Companheiros não são meros espectadores e têm suas potencialidades exploradas. São Oficinas bem geridas, disciplinadas na ritualística, ricas nas atividades e observam o cumprimento das regras. Em geral têm belos projetos sociais e são respeitadas pela comunidade.

Como as notícias correm, e impedidos de chegar ao ótimo individual, muitos iniciados recentes, talentosos e com vontade de se desenvolverem, munidos de coragem e em busca de desafios, procuram outras Oficinas com ambiente de aprendizado e de coisas boas para fazer, como acontece frequentemente no mercado de trabalho. O pior é quando, desiludidos, abandonam a Ordem, pois uma eventual propaganda negativa desmotiva a captação de candidatos potenciais.

Temos conhecimento de situações em que novos irmãos sugerem mudanças e são criticados por sonharem com melhorias, e sofrem do descrédito daqueles que apenas desejam uma Loja gostosa de frequentar, com sessões rápidas, tranquilas, sem muitos desafios e que, de preferência, não abra espaço para debates, silenciando aqueles que tentam abespinhar os velhos Mestres demandando reflexões mais profundas. Gestores dessas Lojas atuam no sentido de que a dinâmica do poder não sofra ameaças e tudo permaneça sob o mais absoluto controle e apatia.

Mesmo quando gestores mais modernos tentam alterar o status quo, a reação da velha guarda é automática, alegando que sempre foi assim e que administrações anteriores teriam sido mais exitosas, constrangendo, vez por outra, o Venerável Mestre que se vê tolhido em suas iniciativas, mesmo ao fazer das tripas coração.

Quase sempre, alguns rabugentos ao decantar feitos do passado e o quanto fizeram pela Loja, ameaçam deixá-la, sair da maçonaria caso alguma mudança seja implantada. Com falso pudor, reafirmam que é assim que pensam etc. e tal. Posam de sábios e terminam a fala dizendo: “era o que continha Venerável Mestre, desculpe a sinceridade!”.

Em seguida, sentam-se triunfantes. Impávido, visivelmente controlando as emoções, o VM prossegue, e a Loja silenciada caminha ligeira para encerrar a sessão e continua gostosa, como sói acontecer. A dinâmica das sessões não sofre ameaças e tudo permanece sob o mais absoluto controle.

Supimpa! Porém, caso fechem as portas, a comunidade a que pertencem não sentirá a menor falta, cabendo aos obreiros procurar outras Oficinas.

Mas, a história não termina aqui. Como toda moeda tem dois lados, não poderíamos deixar de registrar a situação daqueles irmãos que não conseguem acompanhar o ritmo das Lojas de alto desempenho e logo “vazam na braquiara” (sic).

Segundo comentários na Sala dos Passos Perdidos, partem à procura de uma Loja gostosa, preferencialmente aquela em que o intervalo entre a Iniciação e a Exaltação seja o mais curto possível, que não exija trabalhos e estudos, para se acomodarem à sombra das colunas e apenas curtir o lado social da Maçonaria, o imprescindível companheirismo, sempre regado com farta comilança.

Não raras vezes irmãos com esse perfil costumam levar junto outros que já deram o que tinham que dar e que vivem a decantar feitos do passado e exaltar suas próprias qualidades, e não se sentem à vontade junto às novas gerações que entram com toda força e vigor. Parodiando Millôr Fernandes, aqueles que veem a Maçonaria com um grande passado pela frente. Que sejam ambos felizes, pois continuamos irmãos! Cabe ainda um lembrete muito importante: sempre há vagas em Lojas gostosas.

Refletindo sobre a afirmação do físico dinamarquês Niels Borh de que “fazer previsões é difícil, especialmente sobre o futuro”, não podemos arregar e permitir que nossas Lojas sejam eternas devedoras de um rol de seres especiais que resistem a mudanças, irreverentes, aferrados a uma forma de pensar, de olhos fechados à evidência dos fatos e que sonham apenas em desfrutar da companhia dos irmãos, reclamando por comendas, homenagens, aplausos e mais aplausos, comprometendo seriamente a dinâmica das Lojas, que seguem o destino traçado por Lewis Carroll no qual quanto mais Alice caminha, mais longe fica do seu destino. No caso vertente, as Lojas andam para trás mesmo. Não podemos descurar das tradições, do legado recebido e a entregar às próximas gerações.

A verdadeira dificuldade não está em aceitar ideias novas, mas escapar das antigas (John Maynard Keynes).

Autor: Márcio dos Santos Gomes 

*Márcio é Mestre Instalado da Loja Maçônica Águia das Alterosas Nº 197 – GLMMG, Oriente de Belo Horizonte; Membro  da Academia Mineira Maçônica de Letras e da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras; Membro da Loja Maçônica de Pesquisas “Quatuor Coronati” Pedro Campos de Miranda (BH); Membro Correspondente Fundador da ARLS Virtual Luz e Conhecimento Nº 103 – GLEPA; Membro Correspondente da ARLS Virtual Lux in Tenebris Nº 47 – GLOMARON; Membro Correspondente da Academia Maçônica de Letras de Piracicaba (SP); Membro Correspondente da Academia Internacional de Maçons Imortais; e, colaborador do Blog “O Ponto Dentro do Círculo”.

 


Postagem em destaque

GOB - HÁ 203 ANOS CONTRIBUINDO PARA O BEM-ESTAR E PROGRESSO DA SOCIEDADE

  Ao longo da história da humanidade, poucas são as instituições públicas e privadas que ultrapassaram os séculos desenvolvendo suas ativida...