Nenhum homem aderiu à Maçonaria porque George Washington era
Maçom. O mesmo se aplica a Truman, um presidente dos EUA e orgulhoso
Maçom. Os seus legados podem inspirar admiração, mas esses nomes, por si
só, não estimulam o coração de um homem a entrar pelas portas da Maçonaria.
E o mesmo se pode dizer dos muitos heróis maçônicos que
marcaram a nossa história. Embora os honremos legitimamente e contemos as suas
histórias, ninguém se junta à Maçonaria porque pensa que isso fará dele uma
réplica desses grandes homens.
A Maçonaria não tem a ver com se tornar famoso ou alcançar
uma grandeza histórica…
Trata-se de algo muito mais pessoal, baseado na vida
quotidiana dos homens que conhecemos e admiramos.
E o incrível trabalho de caridade?
A Maçonaria é amplamente conhecida pela sua filantropia que
ajuda os mais necessitados.
No entanto, nenhum homem se associa apenas para doar
dinheiro. Não é preciso ser Maçom para doar generosamente para caridade.
Também não são os pormenores dos nossos rituais, por mais
belos e profundos que sejam, que trazem os homens às nossas portas. Antes de se
juntarem, a maioria dos homens tem pouco ou nenhum conhecimento da profundidade
dos nossos rituais ou dos registos cuidadosos que mantemos.
O funcionamento interno de uma Loja, os seus procedimentos,
atas e exatidão cerimonial, são estranhos aos que estão fora dela. Por
conseguinte, o nosso ritual também não é a razão pela qual os homens procuram
ser membros.
Então, por que é que os homens aderem à Maçonaria?
A resposta é simples: são inspirados por alguém que
conhecem. Pode ser um pai, um avô, um amigo próximo ou mesmo um colega. Pode
ser o vizinho do fundo da rua que sempre pareceu comportar-se com uma dignidade
tranquila ou o mentor que deu conselhos sábios na altura certa.
Quem é a pessoa não importa tanto quanto o que ela
representa.
O que importa é que o indivíduo é alguém para se admirar, um
homem cuja vida incorpora valores que valem a pena ser imitados.
Esse exemplo é o que desperta o desejo de um homem de
aderir. Ao longo de gerações e continentes, esta admiração pessoal tem
sido o maior recrutador.
Milhões de homens aderiram à Maçonaria devido a uma relação
que tiveram com um Maçom cujo carácter falou mais alto do que quaisquer
palavras.
É a integridade, a bondade, a sabedoria e a força silenciosa
dos maçons quotidianos que ilumina o caminho para que outros os sigam.
Se quisermos assegurar o futuro da Maçonaria, temos de nos
concentrar em ser esse tipo de homem.
Alguém que vive os valores da Ordem, tanto nas grandes como
nas pequenas formas. Alguém cuja conduta, em público e em privado, reflete os
ensinamentos da Maçonaria.
Ao vivermos estes princípios, oferecemos aos outros um
exemplo tangível do que a Maçonaria representa e porque é importante.
E aqui está a coisa mais bonita… Quando vivemos desta
forma, alguém vai reparar. Quer seja um filho, um vizinho, um colega ou um
amigo, alguém será atraído pela luz que transportamos. Eles vão querer
entender o que nos faz ser quem somos. Quererão saber o que nós sabemos.
Em última análise, o crescimento da Maçonaria está enraizado
em algo tão intemporal como a ligação humana. Ela prospera quando nós,
como maçons, vivemos autenticamente.
Ao sermos homens dignos de admiração, tornamo-nos os
exemplos vivos que inspiram outros a se juntarem a esta grande e antiga
fraternidade.
A próxima geração de maçons virá não por causa dos nossos
rituais, da nossa caridade, ou mesmo dos nossos heróis, mas por causa de quem
somos e de como vivemos.
PS: Um nosso estudo recente mostra que a maioria dos homens
são atraídos para a Maçonaria mais tarde na vida, muitas vezes inspirados por
alguém que admiram – um pai, mentor ou amigo.
Tradução de António Jorge, M∴ M∴
Fonte
- Blog MasonicFind