O Guarda do Templo, foi dito que, durante nossos trabalhos, dois Irmãos
estão sempre prontos a nos defender, e à sua disposição há uma espada. A espada
do Guarda do Templo é de metal e a do Venerável Mestre é flamejante.
Contudo, o que é flamejante? No sentido figurado/simbólico, é uma espada que
tem esplendor, uma vivacidade impactante. No sentido alegórico, é uma espada
que flameja, que expele flamas (chamas). Ela arde, ou seja, é de fogo.
Do mesmo modo, argumentou-se que, sem dúvidas, esse elemento simbólico
correlaciona-se com a passagem em que Adão e Eva são expulsos do paraíso e um
anjo ficou responsável pela proteção do Éden, portando uma Espada Flamejante.
Mas que anjo foi esse? Esse anjo é Uriel!
Sendo assim, apresento algumas provocações filosóficas e simbólicas que
envolvem esse anjo com o Venerável Mestre.
Seu nome, em hebraico tiberiano, traduz-se como “Chama de Deus”. Em vários
escritos apócrifos, fez-se intercessor da humanidade perante Deus, recebendo
até a alcunha de “os olhos de Deus” – aquele que tudo vê.
Há várias representações artísticas do anjo Uriel. Em algumas, ele segura o
Sol, pois era encarregado pelo seu giro ao redor da Terra. Como a Loja é um
microcosmo, o Venerável Mestre representa um pequeno sol a nos tirar das trevas
da ignorância, iluminando-nos com as luzes de sua sabedoria.
Falando em sabedoria, Uriel também é representado segurando um longo papiro,
símbolo de sua sabedoria. O interessante é que sua forma material se manifesta
conforme aquele que se apresenta à sua frente.
Pessoas justas e de bons costumes o veem com um pássaro; aos injustos e
impuros, ele se apresenta com a espada flamejante. Apesar de ser um “anjo”, nos
estudos da angelologia, descobrimos que ele é “tão desprovido de piedade quanto
qualquer demônio”. No Primeiro Livro de Enoque, é ele quem preside a tempestade
e o terror.
Em contrapartida, é o anjo patrono das artes e descrito como o “espírito de
visão mais arguta de todo o Céu”, e é esse ponto que devemos focar quanto à
missão do Venerável Mestre e sua Espada Flamejante.
O VENERÁVEL DEVE SER BOM, MAS NÃO BOBO.
PODE ATÉ SER UM "ANJO", MAS NÃO PODE RENUNCIAR à ESPADA.
A SABEDORIA NÃO ESTÁ EM SABER DAS COISAS, MAS PERCEBER A SUTILEZA DAS
SITUAÇÕES.
Ter uma visão arguta significa ter a capacidade para perceber com facilidade as
tenuidades das conjunturas, avaliando rapidamente as circunstâncias e, de forma
eletiva e profunda, aplicar o esquadro. Logo, colocar tudo em retidão, sem dó
nem piedade.
Um grande erro dos que se assentam no Trono de Salomão é acreditar que devem
agradar a todos e evitar problemas. O Trono está sobre a Verdade, que pode ser
bela ou dolorosa, mas que continuará a ser íntegra e reta, cumprindo sua
missão, indiferentemente da forma como se apresenta, uma vez que a mesma luz
que ilumina pode cegar.
Neste 19º ano de compartilhamento dos artigos dominicais, reafirmo o desejo de independente de graus, cargos ou títulos, continuar servindo os Irmãos com propostas para o Quarto-de-Hora-de-Estudo. Uma lauda para leitura em 5 minutos e 10 minutos para as devidas complementações e salutares questionamentos.
O exíguo tempo é um exercício de objetividade e pragmatismo que visa otimizar
os trabalhos e cumprir integralmente o ritual.
Convosco na Fé - Robur et Furor
Fraternalmente
Sérgio Quirino
Minas Gerais Shriner Club
TFA,
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