“Ter um filho
ingrato é mais doloroso que a mordida de uma serpente!”
William Shakespeare
“Quando Deus iniciou
a criação do céu e da terra, a terra era deserta e vazia, e havia treva na
superfície do abismo; o sopro de Deus pairava na superfície das águas, e
disse Deus: “Que a luz seja !” E a luz veio a ser. Deus viu que a luz era
boa” - Gn, cap 1, vers 1 a 4
A Maçonaria ao longo
dos tempos tem difundido através da Iniciação Maçônica à luz a todos que
venham a ser considerados livres e de bons costumes.
Após um rigoroso processo de admissão, o profano é convidado a iniciar em nossos Augustos Mistérios, e estando nem nu, nem vestido e despojado de todos os metais, o iniciando após ser submetido as provas iniciaticas é recebido no ceio maçônico como neófito, um novo membro, um irmão que veio fortalecer e posteriormente embelezar as Colunas do Templo “ outrora, éreis trevas; agora, sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz. E o fruto da luz se chama : bondade, justiça, verdade” Ef – cap 5, vers 08 e 09. A consagração em nossa Ordem é alusiva a construção de um templo interior; transformando o homem sem instrução a pedra bruta em pedra cúbica, livres das arestas da “intolerância, dos preconceitos dos vícios e dos erros”, então podemos dizer que “renunciando à vossa existência passada, precisais desporja-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das concupiscências enganosas” Ef – cap 5, vers 6 e 7. Mas ser Maçom, é uma decisão que deve ser tomada levando em conta as particularidades da Ordem. A Maçonaria Instituição Filosófica, Filantrópica e de caráter Iniciatico, tem normas, leis e regulamentos, os quais devem ser observados fielmente. A Maçonaria tem oferecido à sociedade, homens de caráter ilibado, profissionais profícuos em suas atividades no mundo profano, pois assim é que deve ser o trabalho de um Maçom, visível a ele mesmo e a seus irmãos. Sabemos da importância do trabalho, do constante labor em prol da construção de uma sociedade mais justa e igualitária, então porque abandonar a obra ainda in acabada? “ portanto, enquanto temos tempo, trabalhemos para o bem de todos, sobretudo dos que nos são próximos na fé” Gl – cap 6, vers 10. Não deixemos que as tempestades venham ruir as Colunas que dão sustentação ao Templo da Igualdade, da Liberdade e da Fraternidade, mas o que leva um Maçom a deixar de frequentar sua Oficina ? Estaria a Maçonaria perdido a importância de outrora, ou hoje em suas reuniões só existem discussões que nada produzem com serões que chegam a ser enfadonhos? Como Maçom ativo e regular, rejeito essas declarações, a Maçonaria tem sido o bálsamo dos aflitos, o norte dos que estão a deriva, o socorro aos necessitados, a mão que ampara os desvalidos nas horas fatídicas; se duvidas disso basta ouvirdes com atenção o Balaústre e veras que a Maçonaria realiza constantemente a ação de servir; pois como está escrito “ pedi, e vos será dado, procurai, e encontrareis; bati e se abrirá para vós ” Lc – cap – 11, vers – 09. Ao receber a luz, realizamos um solene ato com a Maçonaria, o ato de nos doarmos a causa maçônica, pois “ ninguém acende uma lâmpada para pô-la num esconderijo, mas sobre a luminária, para que os que entram vejam a claridade”Lc – cap 11, vers 33. Aos adormecidos, como bem disse o Mestre “desperta, o tu que dormes...” Eu porém, vos digo: “de pé e a ordem”, não adormeças, siga com passos firmes na senda maçônica, permanecei em traje de trabalho e guardai as vossas lâmpadas acessas. E sede como quem espera o seu Senhor voltar das núpcias, a fim de lhe abrir logo que ele chegar a bater. Felizes daqueles servos que o seu Senhor ao chegar encontrar vigilantes. Em verdade eu vos digo, ele vestirá trajes de trabalho, fará com que tomem lugar à mesa e passará para os servir ” Lc – cap 12, vers 35 a 38. Mas se já se cansou de vossa caminhada, e achas que esta longe da verdade “nada há de oculto que não seja revelado, nada de secreto que não sejas conhecido” Lc- cap 12, vers 02. Se estás difícil o relacionamento entre irmãos, se romperam os laços fraternais, se estás magoado, se te chateias só de ouvir falar de teu irmão, sejas sábio e ponhas em prática o ensinamento do Mestre Jesus, “perdoas o teu irmão não só sete vezes, e sim setenta vezes sete”. Se já percorrestes o caminho do filho que deixou o lar, eis a hora de voltar, sem dúvidas acontecerás um festim pela ocasião de tua chegada, “pois este filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado” Lc – cap 15, vers 24. Existe uma antiga História, uma lenda Maçônica, um exemplo de união que devemos observar e nos exemplificar. “O G:. A:. D:. U:. estava sentado, meditando sob a sombra de um pé de jabuticaba, lentamente o Senhor do Universo erguia a sua mão e colhia uma e outra fruta, saboreando o fruto de sua criação . Ao sentir o gosto adocicado de cada uma daquelas frutas fechava os olhos e permitia um sorriso caridoso, feliz ao mesmo tempo em que de olhos abertos mantinha um olhar complacente. Foi então que, das nuvens, surge um dos seus Arcanjos vindo em sua direção: Diz a lenda que a voz de um Anjo é como o canto de mil baleias. É como o pranto de todas as crianças do mundo. É como o sussurro da brisa. O Arcanjo tinha asas brancas como a neve, imaculadas. Levemente desce ao lado do G:. A:. D:. U:. e ajoelhando a seus pés disse... Senhor, visitei a vossa criação como me pediste.< span style="mso-spacerun: yes;"> Fui a todos os cantos, estive no norte, no sul, no ocidente e no oriente. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma das suas crianças humanas. Notei que em seus corações havia um Iniciação, eram iniciados maçons e que, deste a cada um destes, apenas uma asa. Senhor... não podem voar apenas com uma asa !!! O G:. A:. D:. U:. na brandura de sua benevolência, respondeu pacientemente a seu Anjo: -Sim, Eu sei disso. Sei que fiz os Maço ns apenas com uma asa. Intrigado com a resposta, o Anjo queria entender, e voltou a perguntar: - Senhor, mas porque deu aos Maçons apenas uma asa quando são necessário duas asas para se poder voar... para poder ser livres. Então respondeu o G:. A:. D:. U:. -Eles podem voar sim, meu Anjo. Dei aos Maçons apenas uma asa para que eles pudessem voar mais alto e melhor. Para poderem se evoluir levemente... para voar, meu Arauto, você precisa de suas duas asas, embora livre você estará sempre sozinho, ou ser somente acompanhado. Como os pássaros que ao mesmo tempo que estão juntos se debandam. Mas os Maçons, com sua única asa, necessitarão sempre de dar as mãos e entrelaçarem seus braços, assim terão suas duas asas. Em cada canto do mundo sempre encontrarão um ao outro Irmão com uma outra asa, e assim, sempre estará se completando, sempre sendo um par. Dei aos Maçons a verdadeira Liberdade e a cada um dei-lhe também, em Igualdade, uma única asa, para que desta forma, possam sempre viver em Fraternidade”. Esta lenda de autor desconhecido vem corroborar com a máxima da Grande Loja do Estado da Bahia (GLEB), de que “juntos somos mais fortes”. Hamurabe José Batista Flores, C.’.M.’. A.’.R.’.L.’.S.’. Filhos da Acácia, Nº 29 - Oriente de Coaraci (BA) - Brasil |
DE PÉ E À ORDEM, NÃO ADORMEÇAS
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