Antes de entrarmos no tema, é imperioso que abordemos
alguns aspectos de autocrítica, em consideração à Maçonaria.
A nossa passagem pela vida e no seio da Maçonaria deveria
estar ligada a todas as energias que caracterizam a presença e a Glória do
Criador.
Precisamos chegar à consciência, ao potencial universal e
divino, que cada um, como filho de Deus (G.∙.A.∙.D.∙.U.∙.), herdou para
conviver, elevando-se e evoluindo dentro dos são princípios que regem a
vida maçônica, em todos os sentidos.
A mais, completa, complexa e perfeita Instituição, dentre
as organizações terrenas. Nenhuma outra organização possui igual estrutura
humana, onde homens de todas as raças e etnias, crenças e credos, profissões e
artes, são estimulados, dentro dessa diversidade “Mágica e Divina”, a buscarem,
consubstanciados em “Princípios Sagrados”, a evolução da Humanidade. No
entanto, em função de necessidades criadas por mentes vazias de alguns “homens,
travestidos de Maçom”, ou, ao que nos parece, Maçom Convencido, nossa Excelsa
Ordem vem perdendo de vista a sua realidade, a sua unidade universal, as suas
raízes e origens – o que estamos fazendo com os nossos valores?
Como um atestado às assertivas iniciais, enumeramos algumas
evidências que, paulatinamente, vem invadindo o seio maçônico:
- Profanação da
Iniciação com candidatos sem perfil, satisfazendo vaidades pessoais e, com
isso, trazendo para o seio da Instituição, indivíduos tão somente voltados para
o atendimento de suas necessidades pessoais;
- Banalização da
ritualística, em atendimento àqueles que, desprovidos de senso crítico e
maçônico, acham que mudar e inventar futilidades são sinônimos de modernizar e
inovar;
- A omissão e a falta de
posicionamento social e político está levando a nossa Ordem para o ostracismo,
para os desvios de conduta, para a impunidade e valorização das recompensas
ilícitas;
- O descumprimento do Juramento Sagrado, desvios de
conduta e de procedimentos maçônicos, considerados graves delitos, denotando
total desrespeito aos Sacrossantos Postulados da Maçonaria.
- Convivemos com autoenganos
sem fim… Sabemos “QUEM SOMOS”? Sabemos como vivemos? No que realmente
acreditamos?
O problema essencial da existência e da realização humana
não respeitam fronteiras acadêmicas e convenções catalográficas. O saber
especializado avança, o mistério e a perplexidade se adensam. Eliminar falsas
respostas é mais fácil do que enfrentar as verdadeiras questões.
- O que afinal sabemos sobre nós mesmos?
A racionalidade orienta, mas não move; a ciência ilumina,
mas, não sacia; o progresso tecnológico acelera o tempo e abre o leque, mas,
não delibera rumos, nem escolhe fins. O universo subjetivo no qual vivemos
imersos é tão real quanto o mundo objetivo no qual trabalhamos e agimos. “A
relação mais íntima, traiçoeira e definidora de um ser humano é a que ele trava
consigo mesmo”.
Nestes tempos modernos de Maçonaria, estamos encontrando
uma grande leva de autoengano. Tão autoengano que está se desvirtuando de sua
real finalidade: uma instituição que tem por fim TORNAR FELIZ A HUMANIDADE.
O AUTOENGANO está nos levando a um corporativismo ingênuo.
E como tornar feliz a humanidade, se o Maçom está se autoenganando?
Temos clara a noção em nosso meio e é propagado pelas
Lideranças que somos Homens diferenciados na sociedade. Só que estamos fazendo
o que o homem comum faz para se manter em pé, nessa luta pela sobrevivência.
Talvez, complacente nos deslizes éticos sociais;
Talvez conivente com as mazelas morais;
Talvez, tentando se esconder na própria Instituição.
Não estamos sendo e conseguindo ser, aquilo que em Templo
falamos.
“Queremos ser Líderes, sem exemplo”.
Que Construtores Sociais e Líderes estão se formando?
Que Mestres, que Líderes são esses, sempre Reativos às
críticas?
Muita Vaidade ou não compreensão de sua missão?
Pouca Humanidade por não saberem seu tamanho?
Que Líderes são esses que não sonham, não motiva e só dão
ordens?
Sentimos satisfação com as medalhas e não com o conhecimento!
O que vamos levar para o ORIENTE ETERNO? MEDALHAS OU AS
BOAS AÇÕES?
Que Mestres, que Líderes são esses que preferem as
efemérides à solução das causas de nossa pequenez social?
Convivemos com muitos que se dizem Maçons, mas, na
realidade, são os tais MAÇONS CONVENCIDOS. Grandes no convencimento, grandes no
AUTOENGANO, deixando transparecer na sua ignorância e insipiência, sua pequenez
e a falta de comprometimento, tanto social quanto maçônico.
No autoengano se acham grandes, mas na realidade são pequenos,
ínfimos, tacanhos, desinteressados e sem espírito colaborador; são mestres na
crítica indevida, pseudossábios, que tentam AUTOENGANAR os tolos que comungam
com suas ações.
Resta, pois, aos verdadeiros Iniciados, os MAÇONS
CONVERTIDOS, a urgente revisão dos conceitos e corrigir os rumos, a fim de
evitarmos o caos.
Maçonaria é vida! Sua filosofia induz ao iniciado vivenciar
os ditames da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. No entanto, para que
seja vivida, praticada e sentida, é necessário que a conheçamos; só poderemos
entendê-la se nos dedicarmos ao estudo e à sua prática com amor; é necessário
cultuar a humildade, despindo-nos da vaidade, tão marcante nos MAÇONS
CONVENCIDOS.
Quantos tolos tentam, na sua mediocridade, se passarem por
MAÇONS CONVERTIDOS! Seus semblantes não conseguem mascarar e traduzem o que
realmente são. Não nos enganam…
Assim como os hábitos e as atitudes fortalecem e constroem
as vidas, dos que realmente são LIMPOS e PUROS (MAÇONS CONVERTIDOS), dentro, ou
fora da Maçonaria, mas, também, enfraquecem e destroem os PROFANOS DE AVENTAL
(MAÇONS CONVENCIDOS) que tentam ludibriar a própria sombra.
Na Maçonaria, à medida que absorvemos seus ensinamentos,
firmamos nossos passos em busca do aperfeiçoamento. Ler muito, falar menos,
ouvir mais, nos posiciona em esferas elevadas, em sintonia com o equilíbrio,
com a racionalidade e, assim, dissipamos os obstáculos das materialidades
primárias.
Poderíamos nos alongar traçando um paralelo entre ser MAÇOM
CONVERTIDO e MAÇOM CONVENCIDO; discorrer sobre as tristezas que empanam a
Sublime Arte Real, apontando mais características dos que ajudam a inchar a
nossa Ordem, dando-lhe a falsa impressão de grandeza, mas, diante da breve
exposição, deixamos à reflexão dos verdadeiros Iniciados (os convictos da causa
que abraçaram), o melhor conceito para os MAÇONS CONVENCIDOS e os MAÇONS
CONVERTIDOS, advindas de suas sábias conclusões.
(Autor Desconhecido)