“...há séculos que o
punhal tem servido de instrumento homicida. Com ele, reis feriram
suas vitimas e fanáticos feriram os reis. Nunca, porém, serviu a Justiça e
a Verdade.
Há séculos os nossos
antepassados o traziam como símbolo da luta, mas nunca o mancharam de sangue. Há
muito, partidos políticos tem procurado infiltrar-se em nossos Templos e seitas
religiosas já tentaram dissimular, sob o manto da Maçonaria, seus preceitos e
paixões.
Atos políticos,
algumas vezes extravagantes, outras vezes criminosos, foram dados como
inspirados pela Maçonaria. Nunca essa calúnia pôde afastar a Maçonaria de
sua linha de conduta – a Verdade, apesar de preceitos de cada época e de
interesses passageiros, porque a Maçonaria sempre repudiou o mal, não só nos
meios como nos fins...”
“A Maçonaria não se
limita a despertar o pensamento e a incentivar o sentimento. Seu fim é também
agir sobre a conduta real do homem, impondo-lhe a fiscalização de si próprio. O
homem está exposto a agir mal, pensando fazer o Bem.
O sentimentalismo confessional protege
a ignorância e engendra o vicio.
O rigorismo religioso
exalta a fé, mas muitas vezes é falho de sinceridade e de generosidade.
Homens políticos que, sonhando com a perfeição se enxovalham na lama da vaidade
e da concupiscência.
Todos têm sentimentos;
poucos possuem princípios. O sentimento é uma impressão passageira, banal,
facilmente refletida, raramente dominante. A Maçonaria só se preocupa com
princípios. Aplaudir o direito e sentir o erro é a historia do homem.
Quem, pois, preconiza a
injustiça, a opressão, a avareza ou a inveja?
Ninguém! Quantos, porém,
são injustos, opressores, avarentos e invejosos! Todos falam, em termos
indignados, da concupiscência e da infâmia! “Quantos, entretanto, são
covardes diante de um sacrifício do menor prazer; avarentos, se lhes pedir a menor
parcela de seus bens...”