Quando fui iniciado, a
vida para mim ganhou um novo sentido, pelas novas amizades e pelo ensinamento
que recebia nas instruções de meus preceptores.
A sessão maçônica era
uma coisa extraordinariamente nova e reveladora. Sonhava em crescer na Ordem e
ser como aqueles Irmãos mais antigos, pois via neles tanto conhecimento e
amizade, meus sábios inspiradores.
Aqueles “velhinhos”
eram a porta para meu ingresso no conhecimento e na filosofia da Arte
Real. Para mim, eles viviam num mundo de felicidade e que aquilo era uma
herança, que levariam até os dias da velhice.
Esse sentimento
inundava o meu espírito de paz e esperança. Jamais poderia pensar que o
caminhar dos anos trouxesse consigo mudanças tão importantes.
Parece que a juventude
não conhece o segredo para a transmutação e quando a idade avança, somos pegos
por uma realidade surpreendente, às vezes desalentadora.
A Ordem que servimos
por décadas a fio, despendendo os maiores esforços, nos abandonara na idade
senil. Justamente quando estamos mais carentes e fragilizados.
Na America do Norte,
os maçons idosos vão para o albergue da Ordem onde vivem em paz e dignamente.
Toco nesse assunto, levando em conta casos de Irmãos que vivem no mais completo
abandono maçônico. Vitimados por uma enfermidade não saem para lugar
algum, aprisionados em suas casas.
Essa realidade é bem
diferente dos Templos aconchegantes e das amplas festas e Copos D'Água que um
dia frequentaram. Aquela alegria barulhenta e os abraços fraternos deram lugar
ao abandono, ao ostracismo involuntário e ao silêncio cósmico que arrasa seu
moral.
Se tivessem a mão
amiga de um Irmão, poderia ir à Loja, aos almoços e de novo serem felizes.
A maçonaria, pródiga
em ajudar os velhinhos dos asilos profanos, vira a cara para seus próprios
membros que nem sempre precisam de apoio pecuniário, apenas de uma visita.
A tentativa de levar
Irmãos à casa de um enfermo sempre resulta em fracasso, pois ninguém se
interessa. Os Veneráveis Mestres, esses, nunca vão. O tempo corre célere e a
vida escapa pelos dedos como o mercúrio.
Irmãos, ainda há
tempo, embora curto, para amar o próximo, pois o Céu não pode esperar.
(Autor desconhecido –
recebido na lista hospitaleiro- Brasil)
Meus IIr.´. temos um belo exemplo a ser seguido que é a Casa do Maçom em Barretos:
http://www.casadomacombarretos.com.br/