Estrela-símbolo tem sua origem entre os sumerianos,
na antiga Mesopotâmia, onde três estrelas, disposta em triângulo, representavam
a trindade divina: Shamash, Sin e Ichtar (Sol, Lua e Vênus). Entre os antigos
hebreus, toda estrela pressupõe um anjo guardião; e, segundo a concepção
chinesa, cada ser humano possui uma estrela no céu.
Quem deu o nome de Estrela Flamejante ao pentagrama
foi o teólogo e médico Enrique Cornélio Agrippa de Netesheim, que também se
dedicava à magia, à alquimia e à filosofia cabalística e que era natural da
cidade de Colônia, Alemanha, nascido no final do século XV. Na maçonaria,
entretanto, a Estrela Flamejante só foi introduzida nos meados do século XVIII,
na França, pelo barão de Tschoudy, criador do Rito Adonhiramita.
A Estrela Flamejante, por simbolizar o poder do
fogo simboliza a magia, negra ou branca, podendo invocar o bem (se tiver sua ponta
para cima) ou o mal (se a ponta estiver direcionada para baixo). Era o símbolo
dos alquimistas e ainda hoje é utilizada nos rituais de bruxaria e esoterismo.
Ela pode ser tanto de cinco, quanto de seis
pontas. Também conhecido como Flamante, ou rutilante, pode ser, em
Maçonaria, Pentagonal ou Hexagonal. A Pentagonal, ou Pentagrama, ou pentalfa,
ou Estrela de Cinco Pontas está presente na maior parte dos ritos (A de Seis
Pontas está presente no Rito de York).
Como Símbolo Maçônico, A Estrela Flamejante de
origem Pitagórica, pelo menos quanto ao seu formato e significado, é muito mais
antigo do que aqueles que lhe deram alquimia, a magia e o ocultismo, durante a
idade média. O seu sentido mágico alquímico e cabalístico e o seu aspecto
flamejante foram imaginados ou copiados por Cornélio Agrippa de Nettesheim
(1486-1533), jurista, médico e teólogo, professor em diversas cidades
européias. A magia, dizia ele, permite a comunicação com o superior para
dominar o plano inferior. Para conquistá-la seria necessário morrer para o
mundo (iniciação para os maçons).
Dentro do Pentagrama, é colocado o homem com os
braços e pernas abertas, dentro da Estrela Flamejante, o “homem” material é
consumido pelas chamas e já não é mais visível. A sua posição passa a ser, exclusivamente
no plano espiritual, pois seu corpo foi “consumido” pelas “chamas”
purificadoras.
Seu aparecimento na Maçonaria, a partir de 1737,
não encontrou guarida em todos os Ritos, pois o certo é que os construtores
medievais conheciam a figura estelar apenas como desenho geométrico e não com
interpretações ocultas que se introduziram na Maçonaria especulativa. A Estrela
Flamejante corresponde ao Pentagramaton ou Tríplice Triângulo cruzado dos
pitagóricos.
A estrela, por ser um corpo celeste com luz
própria, sempre foi a “quintessência” do mistério. Hoje, já temos uma visão
mais palpável sobre a vida das estrelas, assim como dos demais astros, colhidas
através da astronomia e de outras ciências, onde obtivemos conhecimento
aprofundado sobre as suas possíveis origens e funções.
A Estrela Flamejante que ilumina a Loja representa
o Sol que clareia o mundo físico, a ciência que resplandece sobre o mundo
intelectual e a Filosofia Maçônica que ilumina o mundo moral.
Para o Maçom, constitui o emblema do gênio que
eleva a alma para a realização das supremas tarefas, ela também simboliza a
“Estrada Luminosa” da Maçonaria, a luz que ilumina os discípulos, o símbolo dos
livres pensadores, a eterna vigilância e a proteção objetiva do G\A\D\U\.
No rito praticado em nossa loja, ela fica disposta
em cima do Ir. 2º Vigilante, com a Letra G no seu centro.
CONCLUSÃO
O conteúdo falando sobre a Estrela Flamejante é
muito extenso e variado, sendo necessário não um trabalho, mas provavelmente
uma monografia ou artigo científico para falar sobre todas as suas vertentes.
O que fica de ensinamento deste trabalho é que na
escada do aprendizado maçônico, não devemos ter a certeza do significado de algum
símbolo, mas sim tirar proveito do que melhor nos enobreça a mente e a alma.
ARLS Cedros do Líbano N° 1688 –
Oriente de Miguel Pereira/RJ
Companheiro: Fernando Britto
Barboza
Bibliografia
·CAMINO, Rizzardo da. Introdução à Maçonaria.
·CASTELLANI, Jose. Liturgia e ritualística do grau de C\M\.
·CASTELLANI,José. Dicionário Etimológico Maçônico. Ed. A Trolha.
·CAMINO, Rizzardo da. Simbolismo do Segundo Grau.
·CAMINO, Rizzardo da. Introdução à Maçonaria.
·CASTELLANI, Jose. Liturgia e ritualística do grau de C\M\.
·CASTELLANI,José. Dicionário Etimológico Maçônico. Ed. A Trolha.
·CAMINO, Rizzardo da. Simbolismo do Segundo Grau.