Deixando de lado os
aspectos econômico-sociais, definimos corporativismo como sendo a
defesa intransigente de uma determinada pessoa ou grupo, na salvaguarda dos
seus membros e interesses. Esta defesa pode acontecer no campo político,
racial, religioso, etc e etc..
Esta tutela é exercida pelo grupo de modo que suas
opiniões e procedimentos devam sempre prevalecer, não se admitindo posições
contrárias.
Mas na Ordem Maçônica existe corporativismo?
Infelizmente esta praga foi introduzida no nosso meio.
Este fenômeno é mundial e contribuem para a
materialização deste problema: as eleições, período em que determinado grupo
tenta se perpetuar no poder, e a vaidade humana, uma das chagas que assola a
nossa Instituição.
A primeira cisão na chamada Maçonaria Moderna se
deu no ano de 1751, com a fundação da Grande Loja da Inglaterra ou
Grande Loja de York, intitulada de “antigos”, contrária a Grande Loja de
Londres, cujos membros foram chamados de “modernos”. Esta divisão foi superada
sessenta e dois anos depois com a unificação das duas Potências, gerando a
atual Grande Loja Unida da Inglaterra.
O corporativismo leva, inexoravelmente, a quebra da
harmonia maçônica. Irmãos começam a se digladiar esquecendo princípios
basilares da boa vivência. Agressões verbais são verificadas, descasos,
abandono, chateações, soberba, ocorrendo, em alguns casos, ofensas físicas.
Desrespeito a hierarquia dentro e fora de Loja é
observado. Irmãos para fazerem prevalecer seu juízo ou sentimento atacam
autoridades maçônicas (Veneráveis Mestres, M.'.I.'., Deputados, Delegados,
Assessores do GM e até o próprio GM, demonstrando falta de condições de exercer
com plenitude seu ofício de Mestre Maçom.
Companheiros que não sabem viver em sociedade, não
admitindo opiniões antagônicas, devem repensar sua condição de Maçom, com eme
maiúsculo.
ESTAR... Maçom é um direito adquirido ao se
cumprir certas exigências legais (pagar as cotizações e sentar as nádegas reais
nas cadeiras e uma ou outra sessão, porém, SER Maçom é um estado
de espírito que não se harmoniza com o corporativismo e ou panelas de
Loja.
Em visita à cidade do interior de São Paulo, fui vítima deste
corporativismo, pois sou um Deputado da PAL-GOP e M.'.I.'. de graus superiores,
e ao levar meu pai à noite em uma emergência no hospital da cidade, tive o
"dissabor" de encontrar irmãozinhos desta monta, ou seja pequeno no
espírito; o "maninho", médico famoso na cidade, passou por
cima por mim e da cunhada e nem deu bola, nem um boa noite e nem
nada!
A arrogância predominou, Ah! Dr. P. que foi vice-prefeito desta cidade, e mestre-maçom da Loja local; Loja esta com características "CORPORATIVAS", pobres irmãos, só tem dinheiro, mas, Maçonaria ainda lhe falta e muito.
Mas nesta mesma cidade, existem Grandes Irmãos por exemplo , o Sr. J. este sim, Irmão com M maísculo, mas tem os outros "irmãos" o G, o A, o C, e outros que nem lembro; pois estes nunca lembraram e nem lembram da minha pessoa.
Infelizmente, esta lotada de irmãozinhos
assim por ai, irmãos falsos, hipócritas, sem graça, chatos, que deixam você no
portão, e nem chama para entrar em sua casa; irmãos que vê o outro irmão vindo,
e vira a cara para não dar carona em sua "carruagem dourada".
A coisa precisa mudar esses irmãos de booz...
nem precisam ficar na Maçonaria; pode ir embora, que falta não faz. Precisamos
de Irmãos unidos, juntos, que se doem pelos outros, que se envolvam que saiba
que é hospitalaria que saiba ajudar os outros irmãos. que se doa, que se
gostem. Irmão da fachada, eu não quero nem saber!
A Maçonaria não é um clube onde os fins
justificam os meios. A Maçonaria é uma escola de líderes, onde princípios como
tolerância, respeito ao próximo e fraternidade devem sobrepor qualquer
interesse pessoal.
Se não gostou saia, vá para o Rotary e ou Lions lá
é o seu lugar, Maçonaria é doação, companherismo, ajuda, amor, estudo,
evolução, união, irmandade, prioridade, família, comunicação, frequencia,
assiduidade, pontualidade, e muito mais!
NÃO SEJA MAÇOM COM "m" MINÚSCULO!
Denilson Forato, M.'.I.'.
VMD-PAL