As lojas maçônicas só são abertas para o trabalho do Grau
pela honra do nosso santo padroeiro: São João. Mas que São João é o
padroeiro da Maçonaria?
A Bíblia fala de dois São João: o Batista e o Evangelista.
São João Batista: percussor de Jesus
pregou a vinda do Senhor, a necessidade de se arrepender dos pecados
e de as pessoas serem batizadas, tendo o privilégio de batizar o próprio Jesus.
Mais tarde, lançado na prisão por ter reprovado publicamente o casamento
adúltero de Herodes Ântipas com Herodias, esposa de seu irmão, quando foi
morto, após Salomé, filha de Herodias, ter pedido a Herodes sua
cabeça em uma bandeja.
Na maçonaria comemora-se o dia deste Santo exatamente no dia do
equinócio de inverno, o dia mais curto do ano. Esta transição do sol é
reverenciada nas lojas maçônicas e se faz associações a sua doutrina. Mas este
João não é o Patrono da maçonaria.
São João Evangelista: apostolo
e um dos três mais intimamente associados de Jesus, juntamente com Pedro e
Tiago. Este João escreveu o evangelho segundo João, as 3 cartas de João e
Apocalipse, uma maravilhosa visão de Revelação.
Na maçonaria comemora-se o dia deste Santo ao solstício de verão, em
dezembro, quando eram eleitos às gestões das lojas e realizavam comemorações
pela passagem do sol. Mas também este João não é o Patrono da maçonaria.
Então, qual São João o é?
João Esmoler. Nasceu por volta doas anos de 550/560 DC, na
Ilha de Chipre, onde seu pai, Epifânio, era o governador da ilha. Dedicou sua
vida a obras assistências, por ajudar pobres, doentes e famintos. Tinha o
costume de sentar-se em frente à igreja para ouvir e atender as queixas destes
desafortunados.
Inspirado pelos métodos e conduta dos
Cavaleiros Templários, durante as Sagradas Cruzadas, fundou a Ordem dos
Cavaleiros Hospitalares e montou em Jerusalém um hospital que atendesse aos
peregrinos que iam à terra santa visitar o Santo Sepulcro, utilizando recursos
próprios, sua herança.
Esta ordem visava defender os
hospitais e prestar socorro aos enfermos. E este João fazia mais do que tratar
os doentes, tornava-se amigo e confidente de muitos, dedicando não só seus
recursos financeiros, mas seu tempo, sua atenção e saúde.
Todos, sem distinção,
fossem os feridos de guerras ou os leprosos, encontravam ajuda nos Cavaleiros
Hospitalares de Jerusalém e no próprio João, que até passaram a ir até
onde os enfermos e necessitados estavam.
Em razão disto, conquistaram o enorme respeito dos Templários da época,
e seu fundador, João, foi eleito e sagrado Grão-Mestre dos Cavaleiros de
Jerusalém e receberam as mais altas honrarias Templárias, devido sua
fidelidade aos mais puros princípios de solidariedade.
Retornou a sua terra natal quando foi
invadida pelos Turcos Otomanos visto que a Ordem dos Cavalheiros de Jerusalém
já funcionava bem, por conta própria e se expandia por toda a Europa. Em
Chipre, iniciou um novo projeto voltado a seus familiares e compatriotas,
fundando a Ordem dos Cavaleiros de Malta, que além de proteger os hospitais,
ajudando enfermos e feridos, lutou pela manutenção da paz e preservação da
independência de sua pátria.
Logrou êxito na parte
hospitalar, mas a sua força armada não foi suficiente para deter a invasão
Turca que dominou e destruiu grande parte da Ilha.
Após sua morte, foi canonizado pelo Papa como São João Esmoleiro, devido
ao seu desprendimento e amor incondicional.
A Maçonaria, que promove a mesma
doutrina de amor incondicional ao próximo e a liberdade da humanidade tem este
São João, devido a seus ideais nobres, como padroeiro: São João Smoler, ou São
João de Jerusalém. Comemora-se seu dia em 23 de janeiro.
Sua história de vida e de amor orienta todo maçom que em sua homenagem
trabalha para socorrer os necessitados levando a luz do conhecimento e da
verdade a toda a Humanidade.