Desde o dia que me foi dada a
Luz maçônica, aprendi que o Maçom é um pedreiro livre, construtor de catedrais,
homem pacífico e amante dos estudos.
A palavra Maçom derivada do
francês “pedreiro” me deu a certeza da finalidade da Ordem Maçônica, a de
construir um novo homem, a partir de um profano tosco, habitante das trevas.
Até a palavra Maço, símbolo da
ação maçônica, lembra-me, Maçom.
Nunca vi escrito em rituais, nem
ouvi relato algum de que o maçom deva prestar obediência ao Papa, a não ser a
si próprio, pois é livre para pensar e agir e assim se tornar um Ser especial,
capaz de ensinar a outros e ser exemplo em sua comunidade.
Porém, uma corrente de maçons
sustentam que nossa Ordem é originária dos Cavaleiros Templários, fundada no
ano de 1.118, por nove monges, sobrevivente da Primeira Cruzada, e conhecida
como a Milícia de Cristo, criada para proteger os peregrinos que se dirigiam ao
Santo Sepulcro e outros lugares sagrados da Terra Santa.
Para ser aceito na Ordem o
candidato tinha de fazer opção à pobreza pessoal, obediência ao Papa e voto de
castidade. Alguns autores afirmam que praticavam sodomia entre eles.
Em sua época os Templários foram
um colosso financeiro e militar e eram conhecidos como os banqueiros de Cristo,
pois arrecadavam fortunas em dinheiro e o guardavam em cofres forte, protegido
pelo Senhor; diziam.
Muitas obras foram escritas e
avidamente devoradas por irmãos desejosos de conhecer a história desses
valentes cavaleiros ali retratados.
Os Templários nada tinham de
maçons, nem influenciaram nossa Ordem, surgida 400 anos depois do fim
deles. Dos Templários, a maçonaria apenas herdou os protocolos secretos e
o sigilo imposto a seus iniciados, além do uso do chapéu.
Segundo os
escritores J. Castellani e H. Spoladore, o mais certo é que a Maçonaria
tem sua origem nas Guildas, uma Corporação de Ofício, que abrigava
trabalhadores como, pedreiros, sapateiros, e alfaiates, que pagavam certa
quantia para pertencer àquela Corporação.
A maçonaria da época, por sua
tradição oral, não deixou qualquer documento escrito, que pudesse liga-la aos
Templários, ou a nenhum outro grupo ou Ordem. Tudo que se fala ou escreve sobre
a ligação Templários e maçonaria, é especulação.
A ruína dos Cavaleiros
Templários parece ter começado com seu crescimento desordenado, que tendo
começado com nove monges, pouco tempo depois eram mais de 15 mil, além de uma
esquadra marítima poderosa.
Seu grande pecado foi quando num
ato de vilania assaltaram e mataram seus irmãos cristãos em
Constantinopla no ano de 1.204. Esse foi o grande erro deles, que causou
o Cisma da Cristandade, e nunca mais a Igreja de Roma e a Grega de
Constantinopla, fizeram as pazes.
O Rei Filipe IV, “O Belo”, em 13
de outubro de1307, ordenou um ataque surpresa, prendendo, torturando e matando
dezenas de cavaleiros em toda a França. Nesse dia os Templários foram
dizimados e desapareceram para sempre. Apesar de existirem ainda
hoje, alguns grupos que se denominam Cavaleiros Templários, na verdade são
clandestinos e irregulares, pois os verdadeiros Templários desapareceram para
sempre, naquele fatídico 13 de outubro de 1.307.
A pá de cal que sepultou para
sempre os C.T. foi jogada pelo Papa Clemente V, no ano de 1312, determinando a
dissolução da Ordem sob acusação de heresia.
Amantes do militarismo,
admiradores de seitas exóticas, caçadores de tesouros perdidos, ao estilo
Indiana Jones e curiosos de todo tipo criaram a fantasia ligando nossa
Ordem ao Templários.
Muitos autores trabalham
para dar credibilidade a essa ideia com seguidores ferrenhos, que não
conhecendo nem o ritual maçônico do Grau de Aprendiz acreditam no que
leem.
A “arma” do pedreiro livre é a
inteligência aplicada à colher de pedreiro, não a espada, instrumento de morte,
e sua casa é o templo onde se reúne; não o quartel.
Por Laurindo R. Gutierrez
(* )
*Loja de Pesquisas Brasil-
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*Loja de Pesquisas Chico da
Botica- Porto Alegre- RS
Fonte - Internet – JB News
– Dicionário Maçônico ( R. da Camino) –
Texto revisado do original de
25/05/11-