Ainda, por incrível
que pareça, existe grande confusão entre Altar e Dossel do Venerável, que são
duas coisas distintas. O Altar é o lugar onde o homem entra em contato com
Deus.
É a materialização do
espiritual. A posição do Altar varia de conformidade com os ritos, mas sempre é
colocado em lugar de destaque, preferivelmente no centro e
defronte ao Dossel.
Há os que afirmam que
sua colocação deverá obedecer à Constelação Austral, tanto que o Altar também é
conhecido com o nome de Ara.
Ainda, infelizmente,
pelo menos no Brasil, não se conseguiu uniformizar a construção e uso do Altar.
Uns o constroem em forma de triângulo, outros, quadrado, e por fim há os que
apenas o apresentam como uma pequena coluna com caneluras.
No Templo de Salomão
era quadrado, tendo em cada canto, na parte superior do cubo, um pequeno corno
e sobre ele o Livro Sagrado aberto onde descansam o esquadro e o compasso
entrelaçados. Nos cantos, três luzes, permanecendo um ângulo vazio ao Norte,
onde não há luz.
Já entre nós é mais
usado o Altar triangular, onde são colocados a Bíblia, um compasso e um
esquadro.
Outros ritos colocam
em cada face do triângulo um candelabro; no centro uma pequena almofada com
franjas de ouro e sobre ela o Livro Sagrado, quando aberto, o compasso
entrelaçado pelo esquadro e a espada Flamígera.
Os altares sempre
foram locais onde o homem apresentava sacrifícios a Deus. Para os cristãos,
considerando o Senhor o último Cordeiro dado em sacrifício, queimam incenso.
Espiritualmente
representaria o desconhecido e materialmente, o túmulo.
Mas o seu significado
mais coerente diz respeito apenas aos juramentos. Sobre o Altar somente devem
ser colocados o Livro Sagrado; quando aberto sobre ele, o esquadro com o
compasso entrelaçado.
Não se poderia
emprestar ao Altar o significado de uma tumba, eis que o túmulo é representado
pela Câmara das Reflexões.
O homem que sai da Câmara
das Reflexões é alguém renascido ou ressuscitado, e a Nova Criatura não mais
poderá ser entregue ao sacrifício.
Irmão Rizzardo da Camino