Pedras
distantes umas das outras às vezes muitos longínquas nas profundezas da terra,
isoladas, brutas, inutilizáveis e profanas. Ainda assim o tempo e as energias
do fogo ardente das profundezas da terra bem como as atrações e retrações
naturais do universo e o movimento constante da terra e suas placas fazem com
que essas pedras se encontrem, e elas se tocam trocando energias acumuladas e
desgastando-as, muitas se desprendem de suas partes desnecessárias para
sua existência, outras ganham novos moldes, algumas são expostas naturalmente
sobre a crosta dos terrenos outras são descobertas por mãos e assim passam a
integrar um sistema diferente de existência, umas aço, outras mármore, algumas
sedimentares e as preciosas; essas são trabalhadas, talhadas, moldadas,
desbastadas, esquadradas, aprumadas, e nesse processo de lapidação as que não
servem para integrar são devolvidas aos ambientes brutos de onde vieram ou
reutilizadas para fins outros que as manterão talvez imutáveis novamente por
milênios.
Assim somos nós homens, presos aos nossos dogmas e mediocridades distintas, selvagens, escravos, inimigos uns dos outros, corruptores, perversos. De diversas formas tentamos perpetuar esse sistema com diversas mascaras e diferentes nomes.
Assim somos nós homens, presos aos nossos dogmas e mediocridades distintas, selvagens, escravos, inimigos uns dos outros, corruptores, perversos. De diversas formas tentamos perpetuar esse sistema com diversas mascaras e diferentes nomes.
Por
sorte alguns homens nascem livres, enquanto outros se tornam, e se permitem
juntos serem lapidados e assim são iluminados ao sol e a lua, guiados pelas
estrelas, encurtam distancias entre si e comungam como se fossem um,
respeitando suas diferenças e buscando amplificar suas qualidades deixando de
fora toda bagagem desnecessária para a suas vidas e trabalhos interiores,
padronizam-se, tornam-se assim iguais.
Constroem
internos templos e moradas, erguem colunas de sustentação para suas elevações
espirituais e humanas, e assim muito bem arquitetados são inclusos pelas mãos
universais na responsabilidade de manter o equilíbrio e o controle dos
caminhos, afim de que aqueles que ainda andam em trevas não se percam e sejam
devorados por elas.
Assim sanam os desvios de conduta da sociedade
e permitem que de tempos em tempos as mudanças sejam gradativamente aplicadas
sem que ao menos sejam percebidas, ou com menor promoção de dor e, ou
nostalgia.
Infelizmente alguns desses homens se permitem olhar para trás e revivem seus tempos tenebrosos, ou pior, experimentam o lado escuro da inclinação do homem à perversidade. Iludem-se na esperança de que barro se transforme em pedra ou enganam tal elemento a fim de alimentar seus egos próprios e obter vantagens.
Infelizmente alguns desses homens se permitem olhar para trás e revivem seus tempos tenebrosos, ou pior, experimentam o lado escuro da inclinação do homem à perversidade. Iludem-se na esperança de que barro se transforme em pedra ou enganam tal elemento a fim de alimentar seus egos próprios e obter vantagens.
Sem
dúvida acabam permitindo que diamantes prontos e lapidados pela simples ação da
energia do universo investido na terra, sejam encontrados e incorporados às
suas lojas valorando ainda mais as suas joias, não apenas na quantidade ou
valia, mas em qualidades e valores.
Barro
será sempre barro e mesmo que moldado e comprimido afim de que se pareça um
objeto de valor em sua essência será sempre barro jamais um diamante.
Precisamos
iniciar uma intensa e constante busca por exibir em nossas vitrines augustas
apenas diamantes e permitirmos que o barro seja levado durante as diversas
redenções pela água ou pelas ferramentas de trabalho.
Enquanto
isso novas colunas serão moldadas dando maior e melhor sustentação ao nossos
espaços interiores e deixando mais belo o exterior de nossas casas, fazendo com
que a família seja respeitada como deve ser e não permitindo que goteiras ou
infiltrações imundas adentrem as casas nem se pervertam os valores universais
os quais o olhar daquele que a tudo vê, defenderá a ferro e fogo.
Artigo de Engedi Oliveira
Artigo de Engedi Oliveira