A MORAL É A PEDRA ANGULAR QUE SUSTENTA O TEMPLO MAÇÔNICO?


Os grandes filósofos da humanidade têm intentado definir a Moral. Platão se pergunta se a virtude moral é um dom divino. Encontra-se nos homens por natureza? Ou, é possível sua aprendizagem? Aristóteles responde a Platão que a virtude se pode aprender, que esta não depende da natureza e não é uma disposição inata senão pelo exercício da liberdade.

Aristóteles, por sua vez, define a virtude moral como uma “disposição voluntária adquirida” (hábito) dirigida pela razão e que consiste no meio termo entre dois vícios. Porque dois vícios? Porque os extremos sempre se tocam (Recordemos a víbora que morde o próprio rabo - Uroboros), ambos são negativos.

Na maçonaria sempre se fala de coisas abstratas, pois sempre o que se maneja é intangível, mas não por este fato a não se chegar a visualizar, este se chega a observar nas ações do homem no mundo real. Aí é onde se molda o mundo abstrato que vive no nosso cérebro, mediante a projeção das ações.

Quando Aristóteles cita o meio termo entre dois vícios, quer dizer, que se chega amar tanto a ordem maçônica que poderá existir o perigo iminente de sermos uns fanáticos, loucos ou desequilibrados, ou, ao contrário, só empregaria para fins não muito honestos e se for à bandeira de nosso objetivo protagônico, daí o termo médio ou ponto de equilíbrio em nossa Câmara do medo.

Quando existe este meio termo surge à virtude. De maneira que a virtude moral se realiza na pessoa a partir do que sua razão o ensina como bom.

Aristóteles: A Virtude é um hábito, ou seja, se cria em nós e geramos este hábito mediante a prática, a repetição contínua nos realimentando, diz Aristóteles que fazemos justos praticando a justiça.

Generosos praticando a generosidade, para que exista a virtude deve haver luta, mas luta interna em nosso laboratório químico, entre o bem que se deve fazer e o mal que devemos evitar etc.

Aristóteles afirma que nem toda ação, nem toda paixão admite o meio termo, porque existem coisas ruins em si mesmas: paixões perniciosas em si mesmas como são a malignidade, o despudor e a inveja, e ações repugnantes em si mesmas o adultério, o roubo e o homicídio.

Daí que se observa o primeiro. Quais são as intenções? De quem ingressa à Ordem. No entanto, como exemplos de virtude cabe assinalar o Valor (meio entre a temeridade e a covardia), a Temperança (meio entre a intemperança ou libertinagem e a insensibilidade). Sendo a virtude mais importante no ser humano a da Justiça. 

Ainda, que é muito difícil que exista justiça humana, que em termos simples “é dar a cada o que é justo o que na justiça o chegue a corresponder” (perdoando o pleonasmo para ser mais explícito) tacitamente não haverá justiça divina.

Existe uma grande diferença marcante entre Amoral e Imoral. Amoral é um adjetivo que pode se aplicar a uma pessoa. Podemos citar: um trabalho realizado por alguém. 

Quando o termo se refere a um indivíduo, se o apresenta a este como despojado de sentido moral.

É imoral quando vai contra as leis que limitam os atos dentro do correto e que faz determinadas coisas sabendo que são maléficas. É dizer, o que pensa ou que atua de forma diferente a que o grupo social a qual pertence considera inadequado.

Uma ação imoral é diretamente oposta à moral e aos bons costumes. Isto significa que se trata de um comportamento ruim e incorreto. Em certas ocasiões à moral se dá crédito como um sentido, ter sentido Moral…?

Como os demais sentidos dos quais está facultado a ser humano.

Diferença entre ética e moral Aética, segundo a definiu Aristóteles (embora seja um conceito mais antigo), está relacionada com o modo de ser e o caráter. Refere-se ao conjunto de costumes, caráter e a disposição do homem na vida. É dizer, que a forma em que a pessoa atua de acordo às normas que regem essa sociedade.

De tal forma que considero que a moral está sujeita aos usos e costumes dos povos, as que se convertem em regras, posteriormente em normas e finalmente em leis, que se aplicam à sociedade para a boa convivência. De maneira que as leis emanadas dos usos e costumes sejam regidas e governem as sociedades.

1. Na ordem maçônica qual é a virtude moral que deve caracterizar o bom maçom? Transparência. Justiça Honestidade. Ou é uma utopia ou sonho impossível.

2. Podem existir na Ordem, Maçons que se desempenham com dupla moral? Será uma verdade?

3. Se na ordem maçônica se diz que em nossas Sessões estudamos a filosofia moral, para conhecer e praticar as virtudes. Existe alguma razão para esta (a moral) não se leve a efeito pelos maçons que dizem que a praticamos?

As virtudes morais são as perfeições da alma e mais exatamente da vontade e do caráter.

As virtudes, sempre, na maçonaria são abstratas, valores intangíveis e invisíveis, mas se estas chegam a penetrar a nosso cérebro e germinam as ideias, são para sempre e se convertem no órgão diretor de nossa existência “se é nossa vontade” como maçons, para ele não existe prova ou exame que o acredite, cada um sabe se subiu os degraus ou somente gastou em vão suas forças e dinheiro. Ou seguimos como profanos?


 Por J. A. de Casso Tradução livre feita por Juarez de Oliveira Castro Fonte: Loja Alferes

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