Os Mestres de uma Loja
Maçônica são os detentores do conhecimento, que deve ser passado aos aprendizes
e companheiros.
Desde que foi
implantado em 1.738, o grau de Mestre, é assim. Tendo adquirido maturidade e
sabedoria, são os Mestres que levarão os mais novos ao topo da escada, grau por
grau, até que estes se tornem Mestres também. Porém, alguns às vezes lançam
idéias que se perpetuam e nem sempre se mostram úteis ao aprendizado.
Vejamos algumas coisas
ditas que para nada servem. Vamos a
PRIMEIRA que me veio à mente: TENHA PACIÊNCIA, VOCÊ CHEGARÁ LÁ.
Algumas vezes, não
sabendo responder a pergunta do aprendiz, o Mestre sai com essa. Ás vezes até
admoesta o aprendiz chamando-o de apressado e curioso.
Todos nós passamos por
isso pelo menos uma vez, e não tínhamos como saber a verdade. Perguntar era
arriscado naquele tempo. Agora com a facilidade da rede mundial, todos podem
dirimir suas dúvidas sem “tomar um pito”.
Porém sempre recomendo
aos aprendizes que me procuram, para que tudo que ler pesquisar ou copiar deve submeter
a um Mestre, que poderá avaliar melhor o valor e a veracidade daquilo.
Outra: APRENDIZ NÃO
FALA.
Essa recomendação,
embora pareça verdadeira, não espelha a realidade. Sabemos que o silêncio pode
ajudar na concentração para a faina do desbaste da pedra, mas não é preciso
ficar em completa mudez.
Aprendiz tem direito à
palavra, só não pode entrar em discussão de temas que ainda não domina, mas
pode usá-la para fazer um anúncio, ou um agradecimento. Porém os Mestres, para
ficarem “numa boa” desaconselham a manifestação, tolhendo o direito de
expressão do maçom iniciante.
Mais uma: APRENDIZ NÃO
PODE VISITAR UMA LOJA SEM A COMPANHIA DE UM MESTRE.
Quem inventou isso?
Imagine um aprendiz em viagem a outro oriente ficar impedido de visitar uma
Loja, porque não tem ao seu lado, um Mestre de sua Oficina.
A visita é importante
para aprender novas coisas e conhecer outros irmãos e ritos. Nos tempos
remotos, as “novas” eram transmitidas através da visita.
Mesmo aprendiz, o
visitante leva consigo a força vibratória dos irmãos a quem ele representa, e
sua presença deve ser vista como uma dádiva e uma benção pelos anfitriões.
Especialmente em visita a outra Loja, ele deve fazer uso da palavra para se
identificar e agradecer a acolhida. Segundo Da Camino, o visitante deve ser
visto como “outra luz”, “outra força” e “outro alimento”, e merece o mínimo
direito de falar. Só falta botar isso na
cabeça de certos Mestres.
Outra sem pé nem
cabeça, que se ouve é: NÃO BASTA ENTRAR PARA A MAÇONARIA, É PRECISO QUE A
MAÇONARIA ENTRE EM VOCÊ.
Que mensagem transmite essa frase? Nenhuma. Nada
podemos fazer para a maçonaria “entrar” no iniciado. Isso dependerá de como sua
Loja o instruirá, e dos Mestres que servirão de exemplo para ele, e
principalmente do próprio aprendiz.
Tudo mais é uma
incógnita, e a história mostra que cada um entende a filosofia maçônica à sua
maneira. Essa citação é uma forma de retórica
que parece bonita para ser enunciada em sessão de iniciação com a Loja cheia de
visitantes, porém se torna maçante aos presentes. É um discurso dispensável, de
pouco alcance e inteligência.
Esta muito falada, e
que me dá arrepios, é a infeliz, SOMOS ETERNOS APRENDIZES.
Essa soa falsa, uma
léria. Imagine um Mestre após seu tempo de estudo, em direção ao caminho da
Luz, voltando ao primeiro grau.
Aquele que assim fala
se acha um mestre perfeito, e o vistoso avental, é sua maior conquista que ele
precisa anunciar ao mundo.
Essa declaração de
falsa modéstia é uma verborreia inútil que nada ensina, nem nada de bom
transmite. É uma demonstração de duvidosa humildade, dita apenas para
VANGLORIAR-SE (segundo Castellani e Rizzardo)
Autor - Laurindo
Roberto Gutierrez
* Loja de Pesquisa
Maçônica Brasil – Londrina-Pr
* Loja de Pesquisa
Maçônica Francisco Xavier Ferreira- Porto Alegre- RS