Primeiramente devo
esclarecer que esta não é a única denominação maçônica dada ao “Criador”,
alguns ritos usam ou nos primórdios usavam expressões como: Supremo Arquiteto
do Universo; Grande Geômetra; Autor de todas as coisas; Supremo Artífice do
Universo; Glorioso Arquiteto do Universo; Senhor dos Mundos.
O mais importante é
prestarmos a atenção que estas expressões não nomeiam o Ser Superior (nomear:
designar pelo nome, pronunciar o nome de), elas fazem a denotação do mesmo.
Denotar significa
anunciar, mostrar por certos sinais ou indicar as qualidades ou características
do ser ou objeto estudado.
Não há ninguém que
não visualize o Criador como algo “Grande”, “Supremo”, e já que somos “peões de
construção” nosso mais elevado superior deverá ser um “Arquiteto” ou” Artífice”,
também é para nós tão claro como ele ter sido o autor do “Universo.
Apenas uma
curiosidade: Os Ritos que substituíram a palavra “Grande” por “Supremo”
explicam que o adjetivo “grande” designa dimensões mais que ordinárias, mas que
não demonstram o real valor. Ex: Minas Gerais é um GRANDE ESTADO, mas ao
olharmos um mapa do Brasil vemos que ele não é o MAIOR ESTADO.
Já o adjetivo
“Supremo” refere àquilo ou quem está acima de tudo. E eles estão os cobertos de
verdade! Na Sublime Ordem não usamos os nomes do Criador por alguns motivos;
Maçonaria não é religião e não tem correlação direta com alguma, portanto não
podemos usar atributos de nenhuma; praticamos a Tolerância e como tal
reconhecemos que o sentimento de vínculo com algo maior do que o ser humano, a
Terra, a Natureza e os ciclos devam ser respeitados sob quaisquer
manifestações.
Os deveres do homem
para com o Criador constituem a verdadeira religião! Deus; Allah, Logos,
Osíris, Brahma, Elohim e muitos outros substantivos procuram resumir em
caracteres (letras) o sentimento de respeito e de “realidade última”.
Cada substantivo
usado para nomear o Criador leva em conta a história de um povo e
principalmente sua forma de escrita, acompanhem o exemplo: I.H.V.H. (Y.H.W.H)
era assim que os hebreus pronunciavam o nome do Criador, pois era proibido
dizer Iod, He, Vau, He, após o exílio eles designavam o Criador como Elohim e
Adonai
.
Este tetragrama tão
conhecido pelos Maçons aparece mais de seis mil vezes no texto hebraico do
Antigo Testamento, às vezes sozinho ou em conjunção com outro substantivo.
O nome YaHVeH (Javé
em português), ou YeHoVaH (Jeová em português), são transliterações possíveis
para a língua portuguesa.
Centenas de anos
depois, os que faziam as cópias do Livro Sagrado, toda vez que deparavam com os
nomes de Deus, em profundo respeito substituíam pelo substantivo “SENHOR” ou
“DEUS”.
Vejam estes
exemplos:
Jeová Rafa => O
Senhor Cura (Ex 15:26);
Jeová Nissi => O
Senhor Nossa Bandeira (Ex 17.8-15);
Jeová Shalom =>
O Senhor Nossa Paz (Jz 6.24);
Jeová Ra’ah => O
Senhor Meu Pastor (Sl 23.1);
Jeová Tsid - Kenu
=> O Senhor Nossa Justiça;
Shekináh => A
Glória de Deus;
Jeová - Jiréh =>
O Senhor Prova (Gn 22.14);
Jeová Shammam =>
O Senhor Esta Ali (Ez 48.35);
El - Elyon =>
Deus Altíssimo (Gn 14. 18-29);
El - Shaddai =>
O Deus que é suficiente para as necessidades do seu povo (Ex 6.3);
El - Olam => O
Eterno Deus (Gn 21.33);
Adonai =>
Senhor, Mestre (Ex 23.17; Js 10. 16,33).
Neste período que
antecede o Natal recebemos muitas mensagens a respeito de Jesus Cristo,
recordamos seu nascimento, sua história, até mesmo sua morte e todos os valores
que como símbolo maior do Cristianismo ele desperta em seus seguidores.
Que todos nós
Maçons Cristãos possamos multiplicar as vibrações positivas geradas na noite do
dia 24 de dezembro para todos os outros dias do ano.
Ao me dirigir ao
Grande Arquiteto do Universo, rogarei por Saúde-Força-União para você meu Irmão
e toda sua família e que Jesus Cristo o Grande Arquiteto da Igreja lhe cubra
com Paz-Saúde-Prosperidade.
“E o verbo se fez
carne, e habitou entre nós” (Jo 1,14).