Venerável
Mestre, Digníssimos Vigilantes, Respeitáveis Irmãos
Permitam-me,
com humildade e fervor, compartilhar convosco não apenas uma reflexão, mas um
chamado. Um grito silencioso que ecoa entre as Colunas, clamando por escuta,
por verdade, por coragem.
Vivemos um
tempo estranho, em que muitos juram pela espada do Compromisso, mas ajoelham-se
diante da conveniência. Onde o silêncio do Aprendiz é mais ruidoso que a fala
dos Mestres, e o Companheiro, que deveria subir a escada da compreensão, vê-se
perdido entre degraus de vaidades e sistemas que não reconhecem sua sede.
É preciso
dizer: a Maçonaria não é uma estrutura para servir homens, mas para que homens
se elevem por ela.
Onde estão
as Lojas que pensam com liberdade? Onde os Irmãos que debatem sem medo? Onde
estão os líderes que ouvem mais do que ordenam?
Há Irmãos
com mais de 30, 40, 50 anos de vivência maçônica, que trazem à tona o que
muitos sentem e poucos verbalizam: as Lojas, que são a alma viva da Ordem, têm
sido tratadas como meras engrenagens de um sistema que teme ser questionado.
Mas nós não
fomos iniciados para viver de joelhos. Fomos iniciados para erguermo-nos como
Colunas vivas, sustentando o Templo da Virtude com retidão.
Se os Irmãos
que ardem em vontade, estudo e entrega não são ouvidos...
Se os que
buscam reformar com base em nossos princípios são vistos como rebeldes...
Se os que
denunciam o apequenamento do Ideal são silenciados...
Então em que
nos tornamos?
A Ordem
sempre foi contracorrente. Nascemos no seio da razão iluminada, sustentados
pela busca do conhecimento e pela prática da Justiça. Não podemos agora aceitar
a mornidão de um sistema que teme a voz viva das Lojas e dos Irmãos dedicados.
A fidelidade
do Maçom é ao altar onde jurou, não aos tronos que se erguem sobre o medo e o
silêncio.
Por isso,
irmãos, que esta peça de instrução sirva como brasão de coragem.
Que ela
reacenda a Luz no coração dos adormecidos.
Que ela
inspire aos sinceros que ainda lutam nos bastidores por uma Maçonaria viva,
justa e pensante.
Não há força
que vença o Espírito de Verdade quando ele habita o coração dos Iniciados.
E onde
houver um único Irmão fiel à Palavra, ali estará a Centelha que pode reacender
a Força de toda uma Ordem.
Somos o
Templo.
Somos as
Colunas.
Somos a Voz.
E a Voz não
será silenciada.
Assim seja
entre os que se lembram do Juramento.
T.’.F.’.A.’.
A/D
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