terça-feira, 5 de agosto de 2025

A VOZ SILENCIADA DAS COLUNAS


Venerável Mestre, Digníssimos Vigilantes, Respeitáveis Irmãos

Permitam-me, com humildade e fervor, compartilhar convosco não apenas uma reflexão, mas um chamado. Um grito silencioso que ecoa entre as Colunas, clamando por escuta, por verdade, por coragem.

Vivemos um tempo estranho, em que muitos juram pela espada do Compromisso, mas ajoelham-se diante da conveniência. Onde o silêncio do Aprendiz é mais ruidoso que a fala dos Mestres, e o Companheiro, que deveria subir a escada da compreensão, vê-se perdido entre degraus de vaidades e sistemas que não reconhecem sua sede.

É preciso dizer: a Maçonaria não é uma estrutura para servir homens, mas para que homens se elevem por ela.

Onde estão as Lojas que pensam com liberdade? Onde os Irmãos que debatem sem medo? Onde estão os líderes que ouvem mais do que ordenam?

Há Irmãos com mais de 30, 40, 50 anos de vivência maçônica, que trazem à tona o que muitos sentem e poucos verbalizam: as Lojas, que são a alma viva da Ordem, têm sido tratadas como meras engrenagens de um sistema que teme ser questionado.

Mas nós não fomos iniciados para viver de joelhos. Fomos iniciados para erguermo-nos como Colunas vivas, sustentando o Templo da Virtude com retidão.

Se os Irmãos que ardem em vontade, estudo e entrega não são ouvidos...

Se os que buscam reformar com base em nossos princípios são vistos como rebeldes...

Se os que denunciam o apequenamento do Ideal são silenciados...

Então em que nos tornamos?

A Ordem sempre foi contracorrente. Nascemos no seio da razão iluminada, sustentados pela busca do conhecimento e pela prática da Justiça. Não podemos agora aceitar a mornidão de um sistema que teme a voz viva das Lojas e dos Irmãos dedicados.

A fidelidade do Maçom é ao altar onde jurou, não aos tronos que se erguem sobre o medo e o silêncio.

Por isso, irmãos, que esta peça de instrução sirva como brasão de coragem.

Que ela reacenda a Luz no coração dos adormecidos.

Que ela inspire aos sinceros que ainda lutam nos bastidores por uma Maçonaria viva, justa e pensante.

Não há força que vença o Espírito de Verdade quando ele habita o coração dos Iniciados.

E onde houver um único Irmão fiel à Palavra, ali estará a Centelha que pode reacender a Força de toda uma Ordem.

Somos o Templo.

Somos as Colunas.

Somos a Voz.

E a Voz não será silenciada.

Assim seja entre os que se lembram do Juramento.

T.’.F.’.A.’.

A/D

  

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