"Eu vos deixo a Paz, Eu vos dou
a minha Paz!"
Jesus Cristo
Os cristãos costumam saudar desejando a Paz: “Paz a você!”,
A Paz esteja contigo!”“. Jesus Cristo,
nos encontros com os apóstolos depois da ressurreição, saudava dizendo “A paz
seja convosco! Não tenham medo!” (cf Lc 24,36; Jo 20, 19-26).
A liberdade de consciência e a liberdade para professar a
própria fé, ou de não ter fé ou religião alguma, ou de ter opção política de
sua escolha, ou qualquer outra tendência, deveriam ser garantidas a todos. É um direito humano fundamental, reconhecido
pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Desgraçadamente, essa liberdade é, quiçá, vista como secundária e, por
isso, vitimada diante de outros interesses que acabamos, por vezes, não
compreendendo quais são.
Cálculos perversos nos conduzem a violências sempre
maiores. Não haverá Paz verdadeira
enquanto a liberdade, num todo, não for respeitada e assegurada a todas as
pessoas.
Antes de sermos iniciados na Sublime Ordem, nos é
perguntado se acreditamos em Deus.
Depois, como Maçom, temos ciência do por quê. São inúmeros os motivos para que os Maçons
acreditem no Grande Arquiteto do Universo, que é Deus. Um dos motivos é a busca da felicidade geral
e da Paz Universal; a Paz entre os Homens; a Paz definitiva.
Quem não ama a Paz?
Quem não deseja a Paz?
Os países mais malévolos do globo, os governos mais iníquos
e os grupos mais ateus, dentre outros, são aqueles que não amam a Paz,
fabricam, usam e vendem armas bélicas.
Existe um profundo vínculo entre ateísmo e guerra e entre o
desprezo de Deus e desprezo da Paz.
Ao Maçom cabe buscar a troca das armas homicidas, pelos
instrumentos da Paz entre os homens, como parte da missão de amar o próximo
como a si mesmo.
As guerras são monstruosidades dos campos de batalha e
invocam o advento da Paz eterna.
Entretanto, poucos estão dispostos a construir a verdadeira Paz e
defendê-la, porque nem todos os homens estão com o propósito de amar o Deus da
Paz.
O Maçom crê no Grande Arquiteto do Universo. O Homem precisa crer em Deus. Nas religiões mais puras e mais aperfeiçoadas
existe a crença em Deus. E, naqueles que
Nele crêem, há a busca da Paz. Todavia,
existe uma diferença entre a Paz do Mundo e a Paz que a Maçonaria prega.
O Mundo procura a Paz alicerçada no equilíbrio das forças e
no temor às armas; a nossa Ordem prega uma Paz entre os Irmãos, entre os povos,
através do trinômio Liberdade, Igualdade e Fraternidade, lema que a Maçonaria
adota como programa de emancipação das classes sociais, dentro da lei e da
justiça, independente de cor, raça e religião.
A Paz que permanecerá para sempre.
E a Paz para sempre não é apenas a Paz da consciência, a
Paz íntima, a Paz social, mas a Paz completa, a Paz na Terra, que vem da
ausência de combates, a Paz nos corações, que vem da prática do amor: a Paz nas
cidades e nos campos, que vem da implantação da justiça social.
A Paz dentro de nós, a Paz fora de nós.
A Paz que nasce com a morte do racismo, do ódio, do
egoísmo, da tirania e da ignorância.
Um combate que a Maçonaria se propôs, promovendo o bem
estar da Humanidade, levantando templos à virtude e cavando masmorras ao
vício.
Um combate que, ao contrário do que nos leva a vislumbrar,
procurará sempre buscar e manter aquilo que existia no início dos tempos: A PAZ!
E. Figueiredo – é
jornalista – Mtb 34 947 e pertence ao CERAT – Clube Epistolar Real Arco do
Templo/ Integra o GEIA – Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas/Membro do GEMVI –
Grupo de Estudos Maçônicos Verdadeiros Irmãos/ Obreiro da ARLS Verdadeiros
Irmãos – 669 – (GLESP)