A romã é o fruto da romãzeira, comum no Oriente Médio e no
Mediterrâneo. Sua polpa é usada para a preparação de aperitivos, sobremesas e
até mesmo bebidas alcoólicas.
O interior deste fruto é subdividido por finas películas que
formam pequenas sementes comestíveis.
Então o que este fruto tem ou por que está ligado à nossa Ordem?
Fato é, que sua simbologia pode ser vista sem muito esforço se
prestarmos atenção nos detalhes, e detalhes dentro de nosso próprio templo,
aliás, confesso não ter reparado antes de iniciar esta pesquisa…
Por falar em pesquisa, logo no início o primeiro local onde
identifiquei as Romãs foi em nosso Ritual, elas aparecem no alto das Colunas B
e J no painel do Grau de Aprendiz.
Sendo sincero, na dúvida de o porquê estarem no alto de Ambas as
Colunas decidi aprofundar a pesquisa por elas.
As Colunas B e J possuem diversas interpretações e uma pesquisa
vasta e ampla, fato é que B (Booz ou Boaz) e J (Jackin) simbolizam Estabilidade
e Força. Sendo assim, o que as romãs fazem no alto destas colunas?
Aprofundando a pesquisa, descobri que as Romãs simbolizam a
fertilidade e que existem inúmeros simbolismos em torno delas, tanto em
religiões quanto na Maçonaria.
Fato é, que o fruto da romãzeira quando cultivada e podada, transforma-se
em uma árvore que pode atingir aproximadamente 03 metros de altura. Suas raízes
são muito fortes, seu tronco apesar de fino é muito resistente, suas folhas
verdes brilham como poucas e se adaptam a qualquer clima.
Seu período de frutificação é longo, aqui no Brasil podendo
fornecer seu fruto por longos 09 meses, fornecendo até 50 kg durante todo este
período.
Além de todas estas qualidades, este fruto fornece suas
vitaminas para diversos tipos de alimentos, remédios e até mesmo perfumes.
Mas por que a Maçonaria Universal adotou a Romã como um de seus
símbolos?
Pois bem, achei alguns exemplos:
As romãs são todas iguais, são unidas e se apoiam umas nas
outras, portanto podemos deduzir que elas simbolizam a nossa fraternidade;
Suas sementes uniformes formam o fruto em um todo, portanto
podemos deduzir que nela simboliza a harmonia entre os IIr.’.;
Suas sementes também podem ter diversas aparências, diversas
formas mesmo que uniformes dentro do fruto. Neste caso, deduzimos que todos nós
possuímos diversas aparências, religiões, opiniões políticas, gostos musicais,
nossa própria verdade, mas o principal, estamos sempre juntos e unidos e
seguindo o mesmo propósito, pela nossa família e pelo nosso Grande Arquiteto do
Universo (GADU.);
Sua vasta qualidade tanto em beleza quanto em vitaminas,
demonstram a humildade em fornecer e doar o que há de melhor em nós mesmos.
“Diante de todas essas qualidades (Beleza, Força, Evolução)
podemos deduzir que assim devem ser os maçons, discretos, evoluindo sempre de forma
gradativa e possuir qualidades diferenciadas para melhorar e transformar o
mundo em um lugar melhor, e principalmente deixar o nosso legado para as
futuras gerações”.
Conclusão
Impressionante o que se pode aprender com um simples fruto não é
mesmo? Elaborei este trabalho inteiro ouvindo músicas clássicas que adoro
ouvir… criei uma playlist só de músicas que podem me inspirar em um momento de
reflexão como este… Mentalizei o nosso templo, confesso que me emocionei em
diversos momentos, principalmente naqueles em que me lembro dos meus queridos e
amados irmãos.
Pesquisar sobre a Romã me fez refletir sobre diversos assuntos
relacionados à nossa Ordem, e até mesmo os que não são relacionados…
Ultimamente, com a crise em que o mundo passa, o Brasil destoa
com crises infinitas, de identidades morais e éticas, de verdades e mentiras
absolutas ou até mesmo de lados opostos… (como os de Direita e de Esquerda)…
Impressionante como nada é por acaso, na mesma semana em que
diversas discussões vieram à tona, me deparo com uma pesquisa como esta… Será
obra do Nosso Grande Arquiteto? Como um fruto pôde me mostrar com sua
simplicidade o caminho que devo percorrer?
Pois é, escrevendo este trabalho, principalmente na parte das
sementes, confesso que me emocionei, lembrei das últimas palavras do Ir.’.
Sandro antes de fechar a última Loja, mentalizei meu Ir.: Glauco, que me
proporcionou toda essa benção que possuo hoje, lembrei do meu querido ir.’. Zé,
que possui uma opinião ou uma verdade totalmente diversa da minha, do meu Ir.’.
Paulo e de tantos outros que possuem as suas verdades…
Este simples fruto, me mostrou que mesmo possuindo verdades
distintas aos dos meus queridos e amados IIr.’. Eles são e sempre serão a MINHA
FAMÍLIA!
Referências
Ritual 1 Grau – Aprendiz Maçom (Rito Escocês Antigo e
Aceito);
Aprendiz, O Início da Jornada – Amilcar Alabarce Mathias;
Recanto das Letras – Portal Maçônico;
Universo Maçônico – Revista Digital
Autor: Augusto de Ávila Azevedo