VISITAÇÃO MAÇÔNICA


O verbo visitar dentre outras definições significa: “Ir ver (alguém) em casa ou em outro lugar onde esteja, por cortesia, dever, afeição, etc. (...)”.

Sabe-se que a Maçonaria é um grande corpo social onde suas células são representadas pelas Lojas que a compõe, cada uma com suas peculiaridades, variando de Oriente para Oriente e a cultura daquela região.

Sem perder sua essência cada Loja se apresenta “diferente” da outra através do Rito que se pratica, do imóvel (Templo) em que as Sessões são realizadas, do modelo de gestão que é aplicada nesta ou naquela, mas, principalmente, no Quadro de Obreiros que a frequentam e ali trabalham.

Como todo agrupamento humano a Loja Maçônica tem no seu cerne as diversas formas de pensar, agir, participar e interatuar junto aos Membros participantes e a comunidade que está estabelecida.

A importância da visitação maçônica está na oportunidade que o Irmão pode ter de fortalecer os laços de amizade, na possibilidade de conhecer novos Ritos, de conhecer novas ideias que poderão ser aplicadas na sua Loja e de obter ensinamentos de suma importância para fazer progresso na Instituição.

Sempre acrescentamos algo dentro de nós quando visitamos outros Irmãos. O carinho demonstrado, a satisfação pela nossa presença e a atenção que nos é dispensada faz bem ao ego e recarrega o espírito de bons fluídos, cria no íntimo a certeza da irmandade que renasce a cada visita que fazemos.

Ganhamos experiência no convívio com os mais sábios. Todo Irmão, independente do Grau, tem algo para ensinar; devemos ouvi-lo, observar e ter humildade suficiente por sermos, sempre, aprendizes da complexa Arte Real, que exige muito estudo e reflexão para que sejamos capazes de compreender a complexidade do universo astral e interior de cada um.

Um Irmão que não visita outras Oficinas está perdendo a conveniência que a Maçonaria oferece, as relações interpessoais fazem parte do autoconhecimento e devemos fazer da prática da visita uma constante em nossa vida maçônica.

A confraternização pós Sessão corrobora o ideal de estarmos juntos e poder compartilhar o alimento da vida, depois de perfazer o sustento da alma. Diferentes egrégoras são fundamentais para espargir emoções vibrantes que contemplam o Maçom com os preceitos que a Ordem celebra.

Ao visitar estamos prestando uma sincera homenagem à Loja visitada no sentido de valorizar o trabalho dos ocupantes dos cargos que esmeram seus encargos pela honra da visita.

O visitante trás consigo a representação de uma coirmã e leva o prestígio que ela ostenta. Duas classes de Irmãos são enriquecedores numa Loja: os aprendizes e os visitantes.

Ambos trazem alegria e são fundamentais para o bom andamento da Sessão; é a maior riqueza de uma Oficina. Não há de se ter dúvida, o ato da visitação maçônica significa muito mais que mera presença física e incorpora o princípio da Fraternidade que norteia a convivência entre as Lojas e os Irmãos, além de promover o engrandecimento de ambos e sugerir a reciprocidade de quem foi visitado.

Daí a máxima: “Só é visitado quem visita”.


Antonio Cezar D. Ribeiro

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