SOMOS PEDRA


Ademais a Maçonaria, construindo-se em um Centro de União, bem se sabe, deixa aos cuidados de cada Ir.’., religião ou filosofia. Contudo de modo genuinamente maçônico, sem sair do campo bíblico, deve ser dito que melhor nos identificamos com a pedra.
As corporações da Idade Média, que construíram as grandes catedrais, de sua arte tiveram valores morais e espirituais que ainda servem de fundamento a doutrina maçônica.
Análogas, a Arquitetura ( ou arte de construir ) e a nossa sublime ORDEM. Construindo de modo Real; outra, construindo simbolicamente de modo ideal, filosófico.
Os maçons de hoje não mais operários, mas sim aceitos ou especulativos, propõem-se a erguer edifícios abstratos, quais sejam templos a virtude.
Não nos negamos, aceitar significados mais espiritualizados, como sermos participantes na construção de um Grande Templo que existe projetado no interior do coração de cada um.
A origem etimológica do vocábulo maçom, o substantivo “makjo” do verbo “makòn” – “fazer ou preparar argila para a construção”, deduz-se o de formas vocabulares sem documentação, reconstituído pelo latim medieval “machio” e o Frances “maçon” (com o final (N) no português onde finalizamos com um (M) , maçonaria é a arte de construir do pedreiro. Somos pedreiros.
A interpretação de símbolos nos permite dizer que o maçom tanto é “pedreiro” como é “pedra”. No 2° livro de Reis; 6° capítulo e narrado a construção do Templo de Jerusalém, tem servidos de notáveis lições maçônicas desde a Idade Média.
Os operários de Salomão e os de Hiram seu aliado, Rei de Tiro, e os Giblitas (da cidade fenícia de Gebal que os gregos chamavam de Biblos) cortaram e prepararam as madeiras e as pedras para a construção.
Registra a Bíblia: “O Templo foi construído com pedras já talhadas; de modo que não se ouviu barulho de martelo, de cinzel, nem qualquer outro instrumento de ferro no Templo, durante sua construção. (II Reis 6.7). As pedras e madeiras são lavradas. Aquelas pedras bem preparadas e levadas por operários mais hábeis ao lugar devidamente projetado na Grande Construção.
Este os destinos que tiveram mortes capazes de nos ensinarem a viver.
Enfim somos pedras. Embora saibamos que o corpo físico tornará ao pó e nos sentimos esmigalhados pela pedra de mestres, prosseguimos no trabalho de preparar a pedra (que somos nós mesmos), pois possuímos um Templo delineado pelo S.A.D.U. em nossos corações.


Laquito Leães


O TEMPLO DEVE SER RESPEITADO



Sinopse: Cada um se dá o valor que acha valer.

O templo não é local exclusivo para fazer ordem-unida, marchar, bater continência, apresentar armas, formar fileira, ler a ordem do dia e cumprir ritual de forma impecável. É local sagrado! Sim! É o espaço tridimensional físico mais sagrado que o maçom possui: ele mesmo! O templo é o local onde ele se percebe em união com o Todo.

É inaceitável comportamento inadequado dentro do templo que representa o homem símbolo no universo. Não se trata do templo físico feito de cimento, areia e tijolos: isso é matéria. O templo é outro. Feito de carne, ossos, nervos, e, principalmente, intelecto e espírito.

A loja representa o homem. Feita para o homem. Simbolicamente é um homem deitado de costas com a cabeça no oriente. Adentrar ao templo significa que se está penetrando o local mais recôndito de si mesmo: representação viva do que cada um é.

O maçom esclarecido e espiritualizado entra no templo consciente que está caminhando dentro em si mesmo. Local onde prospecta por virtudes, valores e mudanças em todas as dimensões.

É na aparência externa que o outro reconhece imediatamente aquele que já se iniciou maçom. Uma coisa é iniciar alguém, isso é simbólico, outra é iniciar a si mesmo, isso é sublime, real!

A iniciação simbólica é trabalhada no grau de Aprendiz Maçom; a iniciação real acontece depois, em surdina, no íntimo de cada um. Inicialmente burila-se o lado externo da pedra: mundo da aparência, da fantasia, dos sentidos, daquilo que parece ser.

Subsequentemente trabalha-se o interior da pedra, da realidade, daquilo que os outros não vêem: que representa o maçom no universo. Este é o maçom de fato e em sentido lato.

Aquele que já se iluminou enxerga dentro de si mesmo, vê dentro da pedra. O que passou pela cerimônia da iniciação pode até camuflar sua aparência externa que os outros vêem, mas é impossível camuflar de si o que ele é por dentro.

A transposição das colunas vestibulares separa dois universos: macro e microcosmo; no macrocosmo está o homem que parece ser: corresponde à sala dos passos perdidos, átrio etc.; no microcosmo o homem real, que é: sua essência, existência, realidade, consciência, alma, templo, etc.

Tudo no universo é energia. O homem é energia. O pensamento é energia.

A Mecânica Quântica já caminha em direção da obtenção de explicações razoáveis desta manifestação. Místicos reportam-se a algo denominado por eles como Egrégora, uma força coletiva que se manifesta em condições especiais de colaboração e fusão espiritual. Até associam a manifestação do espírito de pessoas mortas na criação desta manifestação etérea.

Mesmo ao incrédulo da manifestação energética dos mortos em tais ocasiões há de considerar, no mínimo, a presença das pessoas vivas que colaboram com a criação de um campo energético concentrado. É física! O homem já está quase lá!

Por ora apenas intuímos e percebemos tal possibilidade sentida, mas em futuro próximo haverá comprovação científica desta manifestação energética.

Isto dá sustentação para a necessidade de preparar o templo material de pedra, de modo a tornar-se eficiente para concentrar energias. Entrar no templo antes do que se definiu por consenso, ritualística e regulamentação é uma forma de conspurcar um local sagrado preparado para lidar com variadas formas de energia.

Entrar antes de o ambiente estar preparado é desobediência, rebeldia, brutalidade. Pode-se até entrar antes do permitido! Quem impede ao embrutecido de fazer estragos? Apenas ele mesmo! Desobedecer ao acordado a priori certamente altera o espaço físico onde se formará o homem-símbolo espiritual que cada um é; respeitar tal dispositivo no mínimo acata o direito dos demais usuários do local.

A falta de respeito ao local sagrado altera a essência espiritual coletiva dos irmãos reunidos em assembleia. Por empatia, com sentimento fraterno deve-se reverenciar o sentimento dos irmãos recolhidos dentro de si mesmos em presença do Grande Arquiteto do Universo! Maçonaria não é religião, o templo maçônico não é local de adoração, mas o mais sagrado dos templos que cada um é.

Este local é sagrado, inefável, deve ser tratado com respeito porque assim cada um respeita a si mesmo. O templo de pedra é apenas a sua representação simbólica, mas quem o desrespeita e o conspurca com sua presença ao entrar antes da hora está desrespeitando primeiro a si próprio, depois a todos os outros irmãos que compartilham do mesmo espaço.

Entrar no templo é entrar no lugar mais sagrado do Universo para cada um: é adentrar em si mesmo. E nesta ocasião cada um se dá o respeito que acha que deve; se dá a importância que acha pertinente.

Cada um entra em seu local mais sagrado trajando-se interna e externamente da forma em que se dá importância. Toda sessão em loja é magna para aquele que se respeita. Certo seria trajar-se sempre para evento de importante envergadura, ocasião magna.

O ritual recomenda: terno, gravata, sapato, cinto, meias pretas e camisa branca. Qualquer diferença é apenas aceitável, tolerável, afinal cada um se dá o valor que acha possuir.

Como falar de amor com alguém que nunca foi amado?

Como poderá amar a si mesmo aquele que nunca foi amado?

O bruto que não respeita a si mesmo nunca foi amado.

Se o maçom em formação ainda não despertou e não se dá valor, pode entrar de forma contumaz, com a indumentária com que se sente melhor trajado para comparecer diante de si mesmo, dentro de si mesmo, diante do universo, perante o Grande Arquiteto do Universo: isto é pessoal, é intransferível. Cada um se dá o valor que acha que deve.

O templo é lugar sagrado que recebe a cada um naquilo que é em sentido lato, não tem como escamotear a própria percepção de realidade de si mesmo, da sua consciência e memória.

À glória do Grande Arquiteto do Universo, o templo deve ser respeitado!

Charles Evaldo Boller

Bibliografia:

  1. CAPRA, Fritjof, O Ponto de Mutação, A Ciência, a Sociedade e a Cultura Emergente, título original: The Turning Point, tradução: Álvaro Cabral, Newton Roberval Eichemberg, primeira edição, Editora Pensamento Cultrix Ltda., 448 páginas, São Paulo, 1982;
  2. GOSWAMI, Amit, O Universo Autoconsciente, como a Consciência Cria o Mundo Material, tradução: Ruy Jungmann, ISBN 85-01-05184-5, segunda edição, Editora Rosa dos Tempos, 358 páginas, Rio de Janeiro, 1993;
  3. KEATING, Kathleen, A Terapia do Amor, título original: The Love Therapy Book, tradução: Terezinha Batista dos Santos, ISBN 85-315-0797-9, 11ª edição, Editora Pensamento Cultrix Ltda., 98 páginas, São Paulo, 1999;
  4. ZOHAR, Danah, O Ser Quântico, Uma Visão Revolucionária da Natureza Humana e da Consciência, Baseada na Nova Física, tradução: Maria Antônia van Acker, primeira edição, Editora Best Seller, 186 páginas, 1990.


O VENERÁVEL MESTRE MAÇOM NÃO PODE SER UM FROUXO

Uma pessoa jamais deve falar sobre aquilo que ignora e em relação às instituições terrenas ligadas à espiritualidade a maçonaria é a instituição onde isto é mais gritante.

A ciência sobre uma instituição terrena ligada à espiritualidade que tornaria alguém apto a discorrer sobre ela não é necessariamente decorrente da participação efetiva na mesma – não é necessário ser ou ter sido de uma religião para falar sobre ela -, mas em relação à maçonaria sim.

Quem não é um maçom de uma loja reconhecida pela Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI) não tem condição alguma de falar sobre a maçonaria, pois não fazendo parte da egrégora espiritual maçônica que age no plano terreno não faz parte da egrégora espiritual maçônica e assim não sabe o que é maçonaria, pois, não recebe o influxo espiritual necessário para tirar o véu.

Os conspiracionistas que propagam pelo mundo uma pretensa trama de dominação global pela maçonaria não são maçons de uma loja reconhecida pela GLUI e consequentemente não sabem o que é a maçonaria para poder falar sobre o que ela é, fez, faz e pretende.

Toda a ideia que os conspiracionistas têm sobre a maçonaria é apenas produto de repetição cega e vazio e raso por sua falta de essência.

Basta que uma pessoa tenha uma simples faísca da centelha divina vibrando em seu coração para que, com tal consciência, não se deixe levar pelas besteiras que dizem sobre a maçonaria, principalmente sobre as pretensas tramas de dominação global.

Enquanto os conspiracionistas acreditam que os maçons passam o tempo tramando sobre a dominação do mundo os maçons estão debatendo sobre comer peixe assado na brasa ou churrasco de frango em um evento social.

Os conspiracionistas e todos aqueles que vêem na maçonaria uma instituição com força e intenção voltada ao domínio do mundo apenas superestimam a maçonaria vendo nela forças que ela não tem. Tais pessoas, por não serem maçons de uma loja reconhecida pela GLUI e não saberem o que é a maçonaria imaginam que a maçonaria tem planos para o mundo inteiro inclusive para as próximas décadas, enquanto que lojas maçônicas penam para aprovar o calendário das sessões do ano e imaginam que a maçonaria se infiltra na política para aumentar a sua teia de poder, enquanto que a discussão política é de fato proibida e a consciência política dos maçons não é melhor do que a dos não maçons, pois impera o “todo partido político é igual”.

Todo este superestimar que os não maçons têm em relação à maçonaria não é aproveitado de forma instigativa pelos maçons. Se os conspiracionistas e outras pessoas acreditam que a maçonaria tem poder para controlar o mundo é isto que a maçonaria deve fazer, pois, considerando o que é necessário que um homem seja para ser maçom, não há pessoas melhores para controlar o mundo do que os maçons.

O mundo atual, no atual estado de consciência da humanidade, necessariamente é controlado por alguém e o mundo deve escolher quem quer que o controle. Não adianta as pessoas de bem se omitirem do controle do mundo, pois se elas não tomarem as rédeas outras pessoas tomarão.

Desconsiderando a choradeira de que todo controle é “opressão”, que “as coisas devem ser feitas por amor” e “por consciência”, que “controle é coisa de gente do mal” e toda uma infinidade de chororôs, o fato é que o mundo atual no atual estado de evolução da humanidade terá controle por alguém e se não for por uns será por outros.

Há pessoas que simplesmente não pretendem ver o mundo sendo controlado por pessoas que são completamente opostas aos ideais maçônicos, principalmente no que tange à sua falta de moral e à sua falta de ética.

Há pessoas que preferem ver o mundo sendo controlado por homens que não traiam suas esposas a homens que tenham amantes e sejam sustentados por uma propaganda de que o que importa são suas decisões políticas.

Há pessoas que preferem ver o mundo sendo controlado por pessoas inteligentes, cultas e sábias a analfabetos funcionais que louvem a própria ignorância e transformem sua ignorância em virtude sendo sustentados por uma propaganda de que pessoas ignorantes têm um coração mais puro.

Há pessoas que preferem ver o mundo sendo controlado por pessoas que acreditam em Deus e o reconhecem como todo poderoso submetendo-se a ele e às suas leis a pessoas que não acreditam em Deus e por isto ignoram e rejeitam suas leis, mas que são sustentadas pela propaganda de que uma pessoa não é melhor que outra por não acreditar em Deus.

Há pessoas que preferem ver o mundo sendo controlado por pessoas plenamente conscientes o tempo todo a pessoas viciadas em maconha, cocaína, crack e outros entorpecentes, mas que são sustentadas por propagandas insanas em defesa do uso das drogas. O mundo atual em seu atual estado de evolução coloca tais escolhas a todos.

O maçom não é perfeito, mas busca ser e este é o seu trabalho. É através desta boa vontade, de reconhecer-se como ser imperfeito e que necessita ser alguém melhor, que as portas dos céus são abertas ao maçom. O maçom olha para cima e vê Deus como um ser perfeito, por isto se reconhece imperfeito.

O exemplo do maçom é Deus e é nele que o maçom se espelha. Toda a consciência sobre Deus que a maçonaria entrega aos maçons não adiantará se os maçons aceitarem ser controlados por pessoas que não acreditam em Deus.

A geometria na vida do maçom deve ser aplicada em seu pensamento e consequentemente em suas ações. Se o maçom sabe o que está de um lado na busca por Deus deve também saber o que está do outro lado onde há a negação e a rejeição a Deus. Se o maçom sabe o que pode esperar de um homem que maçom busca a perfeição do Supremo Arquiteto do Universo deve também saber o que esperar de alguém que nega e rejeita a Deus.

O maçom não pode ser egoísta e se ele quer Deus para si e sua família deve querer também para os outros de forma a não aceitar que os outros sejam controlados por quem nega e rejeita a Deus. O maçom não pode aceitar que o mundo seja controlado pelo oposto do que ele busca.


É incoerente que o maçom, que busca a igualdade, a liberdade e a fraternidade entre os povos, que vive pela fé, a esperança e a caridade, que sabe o que é ser maçom e sabe o que é a maçonaria e o que a maçonaria quer para o mundo, aceite que o mundo seja controlado por pessoas que são o oposto da maçonaria e do ser maçom.

Se os conspiracionistas e outros acreditam que a maçonaria tem poder para controlar o mundo é exatamente isto que a maçonaria deve fazer; ou, quem os maçons querem ver controlando o mundo?

Os que negam e rejeitam a Deus?

Os usuários de drogas?

Os que traem suas esposas?

Os analfabetos funcionais?

Os que no futuro vão querer casar com um pepino porque sentem atração física por pepinos?

Os que clamam pela morte de fetos humanos?

Se a maçonaria não se importa que tais pessoas controlem o mundo também não deve se preocupar em protestar contra os resultados das ações de tais pessoas. Uma pessoa que vive por e para Deus agirá neste sentido, enquanto que a que vive contra Deus agirá contrariamente a Deus.

Um maçom verdadeiro sabe o que é a maçonaria e sabe quem são seus irmãos e não precisa pensar muito para constatar o que é melhor para o mundo.

Controle é poder, o poder é para ser usado e para ser usado é preciso ter coragem. Muitas pessoas ambicionam o poder, mas não têm força interior e poder de espírito para mandar o cachorro fazer cocô fora de casa.

O cargo de venerável mestre maçom de uma loja é ambicionado por muitos maçons, mas a maioria não têm pulso para ser um venerável mestre maçom de uma loja. O ser que existe foi criado para existir assim como o poder que foi institucionalizado foi criado para ser usado.

Não adianta desejar ser venerável de uma loja e não ter coragem de usar os poderes inerentes ao cargo de venerável. Se alguém não tem coragem para exercer as atribuições inerentes ao cargo que exerce deve deixar que outro o faça. A sustentação espiritual de uma loja é o seu venerável e a maçonaria a nível global se faz com a conduta – de ação ou omissão – do venerável de sua loja.

O venerável faz a sua loja e a prepara para aquilo que ela fará para o mundo maçônico e para o mundo profano. Não se trata de “ego”, “escravidão” ou “opressão”, mas de cumprir a função que se exerce.

O venerável deve ter coragem de ser venerável; não pode ter medo de fazer o seu dever por medo de ferir os sentimentos de um irmão ao contrariá-lo em sua opinião.

A maçonaria, à luz da Grande Obra de Deus, é piramidal e consequentemente hierárquica. Quem não tem condições de compreender e aceitar um sistema hierárquico e obedecer a regras não pode ser maçom. Uma pessoa que leva para o lado negativo – principalmente o da ofensa pessoal – uma decisão hierárquica tomada por seu superior na mais completa e absoluta imparcialidade e com lealdade e boa-fé não pode ser maçom.

O venerável de uma loja deve confiar em seus irmãos a ponto de ter a confiança de que suas decisões, tomadas quando necessárias e para o bem da loja, não serão levadas para o lado negativo, o lado do vitimismo.

O maçom, além de não poder ser vitimista, deve tanto ser maduro para não levar a decisão do venerável como uma afronta pessoal quanto deve confiar em seu irmão exercendo o cargo de venerável. A vida é feita de fases e para alcançar uma nova é preciso transcender a fase em que se encontra e se uma loja não consegue aprovar o cardápio de um evento social quanto mais conseguirá construir o seu próprio templo. Quando as questões ordinárias e pequenas de uma loja começam a procrastinar indefinidamente cabe ao venerável usar o malhete para que a loja possa evoluir.

Fora da maçonaria existe um mundo que não para e enquanto maçons perdem tempo discutindo se vão comer peixe ou frango em um evento social existem pessoas moral e eticamente abomináveis que trabalham constantemente para controlar o mundo para fins abomináveis. A maçonaria deve otimizar o seu tempo para que os maçons possam trabalhar aquilo que realmente precisa ser feito no mundo e que diz respeito não só à loja ou aos maçons, mas a todos.

As questões ordinárias e pequenas de uma loja devem ser resolvidas, mas não se deve perder tempo com isto e cabe ao venerável da loja fazer com que a loja resolva logo tais questões sem deixar que coisas assim procrastinem-se eternamente a ponto de comprometer o tempo dos maçons dentro da maçonaria.

A maçonaria não está no mundo para perder tempo discutindo cardápios, locais de festa, se a festa vai ter banda ou DJ e coisas que não têm importância alguma à humanidade. Para que a maçonaria cumpra o seu dever no mundo ela terá que ir ao mundo e para isto ela terá que ter feito o seu dever de casa, terá que ter resolvido as questões ordinárias e pequenas da loja. É dever do venerável ser venerável ao ver que a loja insiste em não seguir em frente.

Entre a maçonaria que controla o mundo e a maçonaria que não consegue decidir se vai comer peixe ou frango certamente o mundo precisa mais da maçonaria que controla o mundo, mas para que a maçonaria controle o mundo é necessário que já tenha decidido se vai comer peixe ou frango e quando os maçons demoram mais que o necessário para decidir se vão comer peixe ou frango cabe ao venerável mestre maçom da loja agir como venerável mestre maçom da loja.

Para alcançar as grandes coisas é necessário transcender as pequenas. Uma loja que não consegue resolver suas questões ordinárias e pequenas não está pronta para sair ao mundo e agir como maçonaria. O venerável mestre maçom não pode ser um frouxo, não pode ter medo de usar o poder que lhe foi investido, pois se não houvesse necessidade de ter tal poder tal poder não lhe seria dado.

O venerável de uma loja é responsável pela loja e é seu dever levá-la ao mundo, pois o mundo precisa disto. Atualmente a maçonaria é superestimada e muitos pensam que a maçonaria é muito mais do que é, mas poderá chegar o tempo em que ao invés de os não maçons acreditarem que a maçonaria pode tudo acreditarão que ela não pode coisa alguma.

Rudy Rafael


SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE NA MAÇONARIA



À
GLORIA DO GADU
                    
Ao sermos iniciados na Maçonaria, aprendemos que ela é uma associação de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o  GADU, e  que tem como principio a LIBERDADE, IGUALDADE E  FRATERNIDADE.           
                      
Neste nosso trabalho, tentaremos falar alguma coisa sobre um dos princípios da Maçonaria que é a FRATERNIDADE e a SOLIDARIEDADE. 
                      
A palavra FRATERNIDADE pressupõe amor, abnegação, desvelo, compreensão e tolerância, enquanto a SOLIDARIEDADE seria um sentido moral que vincula o individuo a vida, aos interesses e às responsabilidades de um grupo social, nação ou da própria humanidade. 
                      
Nós, Maçons, temos conhecimento de que nosso dever é fazer o bem, sem olhar a quem. Devemos verificar as necessidades alheias e mesmo de nossos Irmãos para que cumpramos com eficiência nossa obrigação do dever assumido. 
                      
A atitude solidária é à saída de si para se dar ao outro, quem quer que ele seja. Ela não acontece  apenas entre amigos, mas se estende a todos. Ela é o olhar atento que capta a  necessidade do outro. A solidariedade revela o quanto uma  pessoa é verdadeiramente humana.  Em outras palavras, a pessoa “verdadeira” é aquela que é solidária ao outro nos momentos de  felicidade e nas situações de dor e de sofrimento. 

Em determinadas ocasiões será aquele que estará  ao lado do outro, silenciosamente, “colocando-se na sua pele”.  A solidariedade será num mundo  marcado pelas desigualdades e injustiças, o gesto de abraçar a causa  de todos os que vivem  “à margem da vida”. 
                     
Vivemos hoje, num “sistema” que estimula as pessoas a lutarem, freneticamente, por tudo aquilo que as desfigura em sua própria essência: a ambição e a ganância sem limites, a fome pelo poder  que oprime os outros, o consumo desenfreado, o narcisismo, a  ostentação, o   individualismo, a inveja e a competição a qualquer preço. Só tem valor quem possui quem domina e manipula o outro. Para “subir na vida, vencem aqueles que são” espertos e aqueles que, “bajulam” e que fazem “alianças estratégicas”. 
                      
Não podemos esquecer que a Maçonaria também tem suas regras, e cada Maçom tem suas obrigações individuais, como por exemplo, o dever de freqüência, o de ser pontual com seus compromissos, e principalmente reconhecer como Irmão todo Maçom regular, ajudando-o, protegendo-o e defendendo-o, sempre de forma justa, contra as injustiças do mundo profano, se necessário for com riscos da própria vida.

                      
Bem caríssimos IIrm.’. , levando-se em consideração que todo Maçom deve ter uma conduta digna e reta  pode-se concluir como é difícil “ser Maçom de verdade”, não que se possa dizer que a Maçonaria exija demais de nós, mas sim pela conduta individual de muitos Maçons imperfeitos.

Estes Maçons imperfeitos são aqueles Irmãos que mesmo tendo sido agraciados com a oportunidade de ingressar nesta tão sublime ordem, o que lhes proporciona conviver  com  princípios tão nobres, por vezes são conduzidos pela própria vaidade, deixando escapar por entre os dedos à oportunidade de tentarem se igualar a tantos verdadeiros Maçons. 
                      
Por isso, nós através da Fraternidade, devemos sempre  aprimorar nossas relações sociais  com os irmãos, com nossos familiares e com os profanos e ser também  mais  Tolerantes, ou seja, mais calmos, ponderados  e  justos em nossas decisões e  menos agressivos, para  podermos desenvolver em nossos corações a CARIDADE e com ela  aliviar o sofrimento alheio, em vencer  nossas próprias paixões e más tendências e a amar ao próximo como nos amou o G.ADU.  
                      
Para encerrar, gostaria de citar São Francisco de Assis, em sua Oração, onde ele faz um relato da mais bela filosofia do Amor ao Próximo:

                      “Senhor! Fazei de mim um instrumento da tua Paz”,
                        Onde houver trevas, que eu leve a luz,
                        Onde houver ódio que eu leve o perdão,
                        Onde houver dúvida que eu leve a fé,
                        Onde houver desespero que eu leve esperança,
                        Onde houver discórdia que eu leve união,
                        Fazei-me antes, Senhor,
                        Amar que ser amado,
                         Perdoar que ser perdoado,
                         Pois é dando que se recebe,
                         Perdoando que se  é perdoado,
                         E é morrendo que se vive, para a vida eterna ““.

BIBLIOGRAFIA: 
-         RITUAL DE APRENDIZ MAÇOM - RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO (Grande Oriente Paulista)
-         BOLETIM INFORMATIVO - O APRENDIZ
-         EDITORA A TROLHA
-         OPINIÕES PESSOAIS DOS INTEGRANTES DESTE TRABALHO. 

Trabalho efetuado pelos IIr:.
Jairo Bonifácio
Marcelo da Silva Marques
Ronaldo Nunes

Marcio Felipe Dutra

CORDA DE 81 OU 12 NÓS.


Maçônico, em sua parte superior. Sua ‘localização elevada’ lhe dá uma conotação celestial, confirmada pelos doze nós que aparecem em intervalos ao longo da corda e que simbolizam os doze signos do zodíaco.

Estes nós também correspondem às doze colunas que, exceto no lado leste, rodeiam o santuário interior de nossos templos em sua totalidade. Cinco destas colunas estão situadas ao norte, os outras cinco no Sul e as duas restantes, “Jaquim” e “Boaz”, no Ocidente.”

A corda de 12 nós que forma um friso nas paredes dos templos antigos da maçonaria escocesa simboliza a Cadeia de União que une todos os maçons e foi inspirada na corda mística “

Portanto, a corda de 12 nós usada nos templos maçônicos é um laço místico, ornamento que representa uma escola esotérica e sua literatura e simboliza o vínculo sagrado e indissolúvel que se estabelece entre o maçom admitido e os demais membros da Ordem.

Essa deve ser a leitura do simbolismo da corda de 81 nós encontrada nos templos das Grandes Lojas brasileiras.

A corda de 81 nós corresponde à corda de 12 nós dos templos originais onde foram praticados inicialmente os graus simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito.

RITUAL DE 1804 DO REAA
As Lojas francesas que adotaram os primeiros rituais organizados pela Grande Loja Geral Escocesa em 1804 para os Graus de Aprendiz e Companheiro do Rito Escocês Antigo e Aceito trabalharam nos templos ornamentados com a corda de doze nós, a qual foi incorporada ao Rito a partir do simbolismo do local que caracteriza a natureza no escocesismo.

A corda de 12 nós substituiu em alguns templos as 12 colunas que representam as casas zodiacais. Também as Lojas filiadas ao Grande Oriente de França praticaram nos templos com a ornamentação aqui descrita os rituais de 1805 produzidos pelo Grande Oriente para o mesmo Rito.

Fonte Ir. José Castelani:
O painel representativo dos instrumentos usados pelos Pedreiros Livres. Uma das possíveis origens da corda de 81 nós é datada de 23 de agosto de 1773, por ocasião da instituição da primeira palavra semestral em cadeia da união, quando, na casa "Folie-Titon" em Paris, tomou posse Louis Phillipe de Orleans, como Grão-Mestre da Ordem Maçônica na França. Naquela solenidade estavam presentes 81 irmãos, e a decoração da abóbada celeste apresentava 81 estrelas.

Avançando mais no tempo, encontramos na Sociedade dos Construtores, embrião da Maçonaria atual, a herança da corda com nós, não necessariamente 81, mas 3, 5, 7 ou 12, que era desenhada no chão com giz ou carvão, alegoricamente fazendo parte de um Painel representativo dos instrumentos usados pelos Pedreiros Livres.


Laquito Leães

OS FILHOS DA VIÚVA

É como se autodenominam os maçons. Existem duas explicações para a origem da expressão.

*A primeira é relacionada com a lenda de Osíris, mito solar egípcio, decalcada em outras lendas mais antigas, como a do deus agrário Dumuzi, dos sumerianos.

Foi Plutarco quem transmitiu, no primeiro século da era cristã, a melhor versão da lenda de Osíris, confirmada, posteriormente, pela tradução dos textos hieroglíficos.

A lenda é tipicamente decalcada nos mitos solares, pois, de acordo com ela, Osíris foi assassinado no 17º dia do mês Hator, que marcava o começo do inverno.

A lenda, assim, do ponto de visto místico, mostra o Sol (Osíris) morto pelas forças das trevas (Set), deixando viúva a Ísis, para renascer, posteriormente, completando um novo ciclo, também representado pelas sucessivas mortes e renascimentos dos vegetais, de acordo com a influência solar.

Os Maçons, identificando-se com Hórus, são os filhos da viúva Ísis, a mãe-Terra, privada do poder fecundante do Sol (Osíris), pelas forças das trevas. A segunda explicação para a origem da expressão está ligada à lenda de Hiram, largamente baseada na lenda de Osíris e em outros mitos da antiguidade.

O artífice fenício Hiram construtor do templo de Jerusalém, segundo a lenda (mas, na realidade, um entalhador de metais, responsável pela confecção das colunas e das bacias necessárias ao culto), era filho de uma viúva da tribo de Neftali. Knight e Lomas avançam a teoria de que Hiram Abiff era, na realidade, Sequenere Tao II, o verdadeiro rei egípcio que viveu em Thebas, cerca de 640 km a Sul de Hyksos, capital de Avaris, perto dos limites do reino de Hyksos.

Sequenere era o "novo rei do Egito, que não conhecia José", que foi vizir por volta de 1570 A.C. Apophis especula-se, quereria conhecer os rituais secretos de Horus, que permitiam aos faraós transformarem-se em Osíris na morte e viver eternamente como uma estrela.

Apophis enviou homens a seu soldo para extrair a informação de Sequenere, mas ele mais facilmente morreria com violentas pancadas na cabeça antes de contar alguma coisa; na verdade, foi o que aconteceu.

A identificação de Hiram Abiff como sendo Sequenere baseia-se no crânio da múmia, o qual parece ter sido esmagado por três golpes aguçados, como os que foram deferidos em Hiram Abiff. E quanto aos assassinos descritos no folclore maçônico como Judeus? Knight e Lomas sugerem que estes serão dois dos irmãos expatriados de José, Simeon e Levi, auxiliados por um jovem padre de Thebast. Como prova, Knight e Lomas apontam a múmia encontrada ao lado da de Sequenere.

O corpo não embalsamado pertencia a um jovem que morreu com os órgãos genitais cortados, e com um estertor de agonia no rosto. Teria ele sido enterrado vivo como castigo pelo seu crime?

Os rituais maçônicos referem Hiram Abiff como o 'Filho da Viúva'... na lenda egípcia, o primeiro Horus foi concebido após a morte de seu pai, pelo que a mãe já era viúva mesmo antes da concepção. Parece lógico que, todos os que, daí em diante, se tornaram Horus, os reis do Egito, se apelidaram de “Filho da Viúva".

A lenda do Mestre Construtor Hiram Abiff é a grande alegoria maçônica. Na realidade, a sua história figurativa é baseada numa personalidade das Sagradas Escrituras, mas os seus antecedentes históricos são de acontecimentos e não da essência; o significado reside na alegoria e não em qualquer fato histórico que possa estar por detrás.

Para o construtor iniciado, o nome Hiram Abiff significa Meu Pai, o Espírito Universal, uno em essência, três em aparência. Ainda que o Mestre assassinado seja o estereotipo do Mártir Cósmico – O Espírito crucificado do Bem, o Deus moribundo – cujo Mistério é celebrado por todo o mundo.

Os esforços levados a cabo para descobrir a origem da lenda de Hiram demonstram que, apesar da forma relativamente moderna de representação da lenda, os seus princípios fundamentais remontam a uma longínqua Antiguidade.

É habitualmente reconhecido pelos estudiosos maçônicos que a história do martirizado Hiram é baseada em antigos rituais egípcios do deus Osíris, cuja morte e ressurreição retratam a morte espiritual do Homem e sua regeneração através da iniciação nos Mistérios.

Hiram é também identificado com Hermes através da inscrição na Placa de Esmeralda. Os "Filhos da Viúva" - Outros entendimentos pode-se dizer, escreve Persigout, que os Maçons eram os filhos da viúva, isto é, da Natureza sempre virgem e fecunda. Dá-se esse nome aos franco-maçons, diz Gédalge, em memória da viúva que foi mãe do arquiteto Hiram. Mas Ísis, a "Grande Viúva" de Osíris, procurando os membros esparsos de seu esposo, também é considerada a mãe dos Franco-Maçons que, seguindo-lhe o exemplo, procuram o corpo de seu Mestre Hiram, assassinado pelos três maus Companheiros, que simbolizam os vícios capazes de aniquilar o Ser: a Inércia, a Sensualidade e o Orgulho.

Quando, portanto, em dezembro, afirma Ragon, o sol hibernal parece deixar nossos climas para ir reinar no hemisfério inferior, parecendo, para nós, que ele desce ao túmulo, então a natureza fica viúva de seu esposo, daquele de quem ela recebe todos os anos, alegria e fecundidade.

Seus filhos ficam desolados; é, portanto, com muita razão que os maçons, filhos da natureza, e que, no grau de Mestre, revivem essa bela alegoria, se chamam filhos da viúva (ou da Natureza); como no reaparecimento de deus, eles se tornam os filhos da luz.

Segundo essa interpretação, acrescenta Ragon, devemos concluir que Hiram, arquiteto do templo de Salomão, ao se tornar o herói da lenda maçônica, é Osíris (o sol) da nova iniciação; que Ísis, sua viúva, é a Loja, emblema da terra, e que Órus, filho de Osíris (ou da luz) e filho da viúva, é o Maçom, isto é, aquele que mora na loja terrestre.

Para outros autores, a Franco-Maçonaria é Viúva desde que Jacques de Molay, grão-mestre dos Templários, foi queimado. A palavra "viúva" vem do latim vidua, e significa propriamente vazio, privado de. A palavra vazio tem o sentido de espaço e não de vácuo.

Nessa acepção, a expressão os "Filhos da Viúva" significaria os "Filhos do Espaço" e, como o Espaço é símbolo de Liberdade, os Franco-Maçons seriam igualmente os "Filhos da Liberdade. Mas a "Viúva" é caracterizada por um véu negro e então simboliza as Trevas que, como dissemos acima, são inerentes ao Espaço.

Esse é o motivo pelo qual os maçons são ao mesmo tempo os "Filhos da Viúva" e os "Filhos da Luz". Eles são "Filhos do Mundo das Trevas", mas, no seio do mundo, manifestam-se como os "Filhos da Luz".


http://filhosdehiran.blogspot.com.br/2008/10/filhos-da-viva-filhos-da-luz-como-se.html

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